CB - TCC - Ecologia

URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33058

Navegar

Submissões Recentes

Agora exibindo 1 - 20 de 202
  • TCC
    Instrumento de baixo custo para medir temperatura do ar: influência da cobertura vegetal em escala local
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-11) Costa Júnior, Jomar de Siqueira.; SILVA, Jonathan Mota da.; https://orcid.org/0000-0001-7571-9181; http://lattes.cnpq.br/3379521354576211; http://lattes.cnpq.br/7268097832383075; ATTAYDE, José Luiz de.; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; FREITAS, Helber Custódio de.; https://orcid.org/0000-0002-4861-1164; http://lattes.cnpq.br/5292757453104895
    Este estudo avaliou o efeito da cobertura vegetal sobre a temperatura do ar em escala local, no campus universitário da UFRN, no município de Natal (RN). Para isso, foi desenvolvido um abrigo meteorológico de baixo custo, utilizado para proteger sensores de temperatura e umidade, possibilitando medições mais precisas em diferentes condições de cobertura vegetal. Foram realizadas campanhas de campo durante o inverno e a primavera de 2024, em 19 pontos com diferentes graus de vegetação. Os resultados do Teste t Student, indicaram que, no inverno, as áreas vegetadas apresentaram tendência de temperaturas mais baixas em relação às áreas urbanizadas, sugerindo um efeito moderador da vegetação. Já na primavera, não houve diferença significativa entre os grupos. Apesar de limitações, como o curto período de coleta e o número restrito de pontos, o estudo evidencia o potencial do abrigo de baixo custo como ferramenta eficiente e acessível para monitoramento ambiental e destaca a importância da cobertura vegetal na regulação térmica.
  • TCC
    Diferenças e semelhanças nas culturas de canto em populações isoladas de bico-de-lacre (Estrilda astrild)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-08) Lobo, Lux de Lucca Drugowich da Gama; Velho, Tarciso Andre Ferreira; http://lattes.cnpq.br/8194534389725093; https://orcid.org/0009-0001-0782-8375; http://lattes.cnpq.br/2069068602212037; Ger, Kemal Ali; http://lattes.cnpq.br/0949406269847477; Sequerra, Eduardo Bouth; http://lattes.cnpq.br/2028204211415978
    A evolução de culturas de canto pode revelar pistas sobre os estágios iniciais da especiação. A variação em certos fenótipos indica caminhos possíveis de divergência. Já a permanência de outros sugere limites genéticos à variação dentro da espécie. O canto aprendido das aves pode divergir entre populações isoladas, gerando dialetos. Estrilda astrild (bico-de-lacre), nativa da África, foi introduzida nos séculos anteriores no Brasil e sul da Europa, formando grupos geograficamente isolados. Este estudo compara os cantos dessas populações para investigar efeitos do isolamento na cultura vocal. Para isso, foram analisadas 63 gravações de canto provenientes de cada localidade, segmentadas manualmente em motivos e analisadas com base em cinco parâmetros acústicos extraídos via Sound Analysis Pro. Os dados foram submetidos a análises estatísticas univariadas e multivariadas, como PERMANOVA, PCA e clusterização hierárquica. Observou-se conservação da estrutura geral do canto entre populações, com variações significativas associadas à localização geográfica. Os agrupamentos revelaram separação parcial entre os grupos, com maior proximidade entre Brasil e África. Esses padrões indicam diferenciação vocal ligada ao longo período de isolamento geográfico, embora limitada por restrições intrínsecas à espécie.
  • TCC
    O tipo de substrato natural utilizado por caranguejos chama-maré do gênero Leptuca não influencia sua predação por Minuca rapax
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-02) Couto, Laelia Rosa Costa; Pessoa, Daniel Marques de Almeida; https://orcid.org/0000-0002-2516-6766; http://lattes.cnpq.br/8413512010176898; http://lattes.cnpq.br/2553080001511997; Ribeiro, Karina; http://lattes.cnpq.br/0589962629835994; Costa, Felipe Pernambuco da; http://lattes.cnpq.br/0531406821003902
    Caranguejos chama-marés são animais que apresentam hábitos semiterrestres e ocorrem nos ecossistemas de manguezal ao longo da costa brasileira, sendo modelos adequados para estudos ecológicos e comportamentais. Sob uma perspectiva antipredatória, o tipo de substrato pode influenciar a camuflagem das presas e sua detectabilidade por predadores visuais, afetando diretamente suas chances de sobrevivência. Este trabalho teve como objetivo investigar a preferência de Minuca rapax por duas espécies simpátricas de chama-maré (i.e. Leptuca leptodactyla e Leptuca cumulanta) em diferentes substratos (i.e., lama e areia), no qual diferem em coloração corporal e uso de substrato (i.e. L. leptodactyla habita áreas arenosas e possui coloração clara, enquanto L. cumulanta ocorre em substratos lamosos e apresenta coloração escura). Em experimentos comportamentais de preferência de presas, indivíduos de M. rapax foram expostos simultaneamente a machos das duas espécies de Leptuca, os quais foram fixados ao substrato por uma linha de nylon colada à carapaça e amarrada a um prego. O comportamento do predador foi observado por 30 minutos em arenas delimitadas por placas de acrílico, com registro das ações: (i) primeira aproximação, (ii) primeiro ataque e (iii) primeiro consumo. Os resultados indicaram ausência de preferência significativa por qualquer uma das presas, independentemente do tipo de substrato. Além da diferença na coloração entre as espécies (i.e. L. leptodactyla e L. cumulanta), fatores como movimentação, valor nutricional ou o estado de saciedade do predador podem ter influenciado as escolhas observadas, mas não foram testados neste estudo.
  • TCC
    Um estudo sobre a utilização de locais de dormir por Callithrix jacchus
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-04) Lyra, Jully Thamires Alves da Silva; Souza, Arrilton Araújo de; Silva, Gessica Rafaelly Dantas da; https://orcid.org/0000-0002-6554-2500; http://lattes.cnpq.br/0396286456755679; https://orcid.org/0000-0002-4804-389X; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; Silva, Débora Louise da Cruz; https://orcid.org/0000-0002-9223-8870; http://lattes.cnpq.br/7728353162533373; Moreira, Igor Eloi; https://orcid.org/0000-0001-8013-8963; http://lattes.cnpq.br/0409116554762893
    A seleção de locais de dormir por primatas reflete estratégias comportamentais ligadas à proteção contra predadores e ao acesso a recursos. Este estudo investigou os fatores ecológicos e estruturais que influenciam a seleção de locais de dormir por Callithrix Jacchus em ambiente natural. Assim, testamos duas hipóteses: (1) os saguis selecionam locais de dormir com características estruturais específicas e; (2) a escolha do local de dormir dos saguis é influenciada pela proximidade a fontes alimentares. A pesquisa foi realizada na Floresta Nacional de Açu (RN) de fevereiro a dezembro de 2024, com observações sistemáticas de três grupos de saguis habituados (Água, Bosque e Torre). Foram identificados 51 locais de dormir, totalizando 78 ocorrências, das quais 27 foram reutilizações. Para os três grupos estudados (Água, Bosque e Torre), a cobertura foliar, a visibilidade do local de dormir e a circunferência do tronco mostraram-se como características estruturais importantes na escolha dos locais de dormir. Além disso, o grupo Bosque selecionou árvores mais altas, próximas a recursos alimentares. Embora existam diferenças entre os grupos, os resultados confirmam que as hipóteses foram aceitas: tanto as características estruturais das árvores quanto a proximidade a fontes de alimentação são fatores determinantes na escolha dos locais de dormir por C. jacchus. Isso reforça a importância da conservação de habitats para garantir o bem-estar e a sobrevivência da espécie em ambientes semiáridos.
  • TCC
    O Continente do fogo: desenvolvimento de um índice climático para estimar a probabilidade de incêndios florestais na África
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-11) Soares, Yldslan Damasceno; Mendes, David; Venticinque, Eduardo Martins; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; https://orcid.org/0000-0003-1418-5109; http://lattes.cnpq.br/4411895644401494; http://lattes.cnpq.br/0186972370111183; Oliveira Júnior, José Francisco de; https://orcid.org/0000-0002-6131-7605; http://lattes.cnpq.br/7026272780442852; Vasquez, Vagner Lacerda; https://orcid.org/0000-0003-3288-5475; http://lattes.cnpq.br/4732567677631192
    As queimadas florestais na África são eventos frequentes e intensificados por fatores climáticos como altas temperaturas, baixa umidade relativa, redução da precipitação e aumento da evaporação. Neste estudo, desenvolvemos um Índice de Risco de Incêndio Florestal (IRIF), com base em variáveis climáticas derivadas de reanálises do ERA5, para estimar a probabilidade de incêndios ao longo do continente africano. O índice foi aplicado em escala mensal e espacial, permitindo identificar áreas com maior suscetibilidade ao fogo. Os resultados apontam para uma concentração de risco especialmente nas regiões centro e sul da África durante os períodos de seca, corroborando com padrões já descritos na literatura. A ferramenta proposta demonstrou potencial para auxiliar no monitoramento e na gestão ambiental, servindo como subsídio para ações preventivas e políticas públicas. Embora o índice não incorpore dados sobre ignição ou cobertura vegetal, apresenta uma base sólida para análises futuras e aplicações em diferentes contextos ecológicos e climáticos.
  • TCC
    Quanto vale um recife? Uma abordagem sobre a disposição a pagar pelo turismo recifal
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-09) Fernandes, Marcelo Raionyne da Costa; Longo, Guilherme Ortigara; Albuquerque, Fabricio Claudino de; https://orcid.org/0000‑0001‑7547‑6642; http://lattes.cnpq.br/0286902753168274; https://orcid.org/0000‑0003‑2033‑7439; http://lattes.cnpq.br/3947302863354812; https://lattes.cnpq.br/6279044418276398; Severo, Luiza Waechter; https://orcid.org/0000-0002-7561-685X; http://lattes.cnpq.br/8962157221635768; Martello, Melina Ferreira; https://orcid.org/0009‑0002‑0790‑964X; http://lattes.cnpq.br/9448810283950744
    Os recifes tropicais abrigam cerca de 25% da biodiversidade marinha e oferecem diversos serviços ecossistêmicos essenciais, como o turismo — que rende bilhões de dólares por ano para regiões costeiras —, a provisão de alimentos, a proteção da costa e o valor estético. Entretanto, a forma como as mudanças climáticas e a degradação dos recifes afetam o interesse de visitação dos turistas ainda é pouco compreendida. Este trabalho avaliou economicamente a percepção dos turistas sobre visitar os recifes da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), no Rio Grande do Norte (RN), em seis diferentes cenários de conservação, que variam em relação ao estado de saúde dos corais e à presença e diversidade de peixes. Hipotetizou-se que os cenários mais conservados (corais saudáveis, presença e diversidade de peixes) seriam mais valorizados do que os cenários menos conservados (corais branqueados e peixes ausentes), e que a experiência prévia em um ecossistema recifal influenciaria a disposição a pagar (DAP) pela visitação em diferentes cenários. Utilizando o método de valoração contingente e a ferramenta da DAP, com apoio visual de fotos impressas, foram realizadas 63 entrevistas com turistas após o passeio ao recife. Os resultados mostram que os turistas atribuíram valores monetários significativamente maiores aos cenários com presença de peixes, independentemente da riqueza de espécies e do estado de saúde dos corais, demonstrando uma desvalorização de até 23% nos cenários sem peixes e com corais branqueados. A experiência prévia em recifes não apresentou influência significativa sobre a DAP, indicando que os visitantes percebem as mudanças estéticas nos cenários de forma semelhante, independentemente de terem ou não visitado um recife anteriormente. A partir das médias de DAP dos cenários extremos (corais saudáveis com maior diversidade de peixes vs. corais branqueados sem peixes), estima-se que a degradação recifal pode acarretar uma perda anual de até R$ 4,3 milhões na arrecadação do turismo recifal para diferentes setores econômicos do RN. Assim, os dados reforçam a importância de considerar a estética do ambiente recifal e o papel socioeconômico da atividade turística para a formulação de políticas públicas voltadas à conservação marinha.
  • TCC
    Mídias sociais e conservação: áreas protegidas costeiras do Brasil no Instagram
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-08) Santana, Maria Vitória de Assis; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; Duarte, Tulaci Bhakti Faria; https://orcid.org/0000-0002-2191-1829; http://lattes.cnpq.br/9315077108372713; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995; http://lattes.cnpq.br/7900340729193011; Venticinque, Eduardo Martins; https://orcid.org/0000-0002-3455-9107; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; Vasquez, Vagner Lacerda; https://orcid.org/0000-0003-3288-5475; http://lattes.cnpq.br/4732567677631192
    Áreas protegidas desempenham um papel essencial na conservação da biodiversidade e na manutenção dos serviços ecossistêmicos. As mídias digitais podem aumentar a visibilidade e o apoio social a essas áreas protegidas. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo analisar as publicações sobre áreas protegidas costeiras brasileiras no Instagram, com foco na relação entre a categoria das áreas (como Parques Nacionais, Áreas de Proteção Ambiental, Reservas Extrativistas, Monumentos Naturais e Reservas Biológicas) e o engajamento dos usuários (i.e., soma de curtidas e comentários), a partir da análise do conteúdo visual das postagens e dos elementos presentes nas imagens. A pesquisa explorou como as diferentes categorias de áreas protegidas, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), influenciam a visibilidade e o tipo de conteúdo compartilhado pelos usuários da plataforma. As áreas de Proteção Integral, como Parques Nacionais, foram as mais representadas nas postagens, sugerindo maior visibilidade e engajamento. Em contraste, áreas de Uso Sustentável, como as Reservas Extrativistas (RESEX), e as áreas com restrições à visitação, como as Reservas Biológicas (REBIO), apresentaram menor presença digital. Ao analisar as publicações, foi observado que a diversidade de atividades realizadas nas áreas protegidas, como lazer, atividades físicas, registros da fauna, flora e paisagens, além de selfies, propagandas e postagens não relacionadas ao local, influencia diretamente o nível de engajamento do público. Áreas que oferecem uma variedade maior de atividades recreativas, de lazer, como trilhas e visitas guiadas, apresentam níveis mais elevados de interação e engajamento online. A presença de perfis oficiais dessas áreas também desempenha um papel importante, ampliando a visibilidade das publicações, embora outros fatores, como a qualidade do conteúdo e a estratégia de divulgação, também afetem o alcance e a interação com os seguidores. Também foi identificado que os sites dos órgãos estaduais ambientais apresentam informações pouco organizadas sobre as áreas protegidas, o que pode dificultar o acesso e o conhecimento da população sobre esses espaços. a integração das mídias sociais com estratégias de comunicação digital bem estruturadas pode ser uma ferramenta essencial para aumentar a conscientização e fortalecer o apoio social à conservação.
  • TCC
    Asteraceae brasileiras com mais flores por capítulo apresentam maior razão pólen-óvulo
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-04) Nascimento, Diana Hermínia Rêgo do; Fonseca, Carlos Roberto Sorensen Dutra da; Paiva, Tales Martins de Alencar; http://lattes.cnpq.br/9322352222839022; https://orcid.org/0000-0003-0292-0399; http://lattes.cnpq.br/2567786500828682; https://orcid.org/0009-0009-6012-149X; https://lattes.cnpq.br/9045210294661214; Almeida, Adriana Monteiro de; https://orcid.org/0000-0001-5447-8593; http://lattes.cnpq.br/1733681004723492; Paterno, Gustavo Brant; https://orcid.org/0000-0001-9719-3037; http://lattes.cnpq.br/3661227833522004
    A razão pólen-óvulo (P:O) é considerada um bom indicador do sistema reprodutivo das plantas. Enquanto espécies que favorecem a autofertilização tendem a ter menor razão pólen-óvulo, plantas que favorecem a reprodução cruzada tendem a ter uma alta razão pólen-óvulo. As espécies da família Asteraceae possuem inflorescências constituídas de algumas poucas à centenas de flores que mimetizam flores e funcionam na atração de polinizadores. Este trabalho investigamos como o número de flores por capítulo está relacionado à razão pólen-óvulo nas Asteraceae. Nós esperamos que espécies com mais flores por capítulo terão um maior investimento em pólen em relação à óvulo, devido à competição entre machos. Este estudo analisou dados de 78 espécies brasileiras de Asteraceae depositadas no herbário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foram testadas: (i) as relações alométricas entre o número de flores por capítulo (log10) e o número de pólens e óvulos por capítulo (log10); (ii) a relação entre o número de grãos de pólens e óvulos por capítulo e (iii) a influência do sinal filogenético sobre o número de flores, pólens e óvulos por capítulo. Nossos resultados mostraram uma relação alométrica positiva entre o número de pólens (β = 1.532, P < 0.00001) e o número de flores por capítulo. Em contraste, encontramos uma isometria entre o número de óvulos (β = 0.998, P = 0.832) e o número de flores por capítulo. Além disso, o sinal filogenético de todas as variáveis florais foi fraco. Desta forma, espécies de Asteraceae com maior número de flores apresentam capítulos masculinizados, com maior investimento na função masculina.
  • TCC
    Neurotoxicidade e teratogenicidade induzidas por carbendazim e ametrina em zebrafish: implicações para a saúde ambiental e biológica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 0007-07-24) Tavares, Lívia Alves de Macedo; Luchiari, Ana Carolina; https://orcid.org/0000-0003-3294-7859; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; https://lattes.cnpq.br/8620335900960807; Coimbra, John Lennon de Paiva; http://lattes.cnpq.br/0035577156960374; Silva, Heloysa Araújo; https://orcid.org/0000-0002-3868-866X; http://lattes.cnpq.br/0300675333604699
    Ametrina (AMT) e Carbendazim (CBZ) são pesticidas amplamente utilizados em culturas agrícolas para combater pragas e aumentar a eficiência da produção de alimentos. Apesar dos riscos toxicológicos e da eficácia questionável, os impactos reais da exposição a esses produtos e seus resíduos no ambiente ainda são difíceis de determinar. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição aguda a esses pesticidas em organismos não alvo, usando como modelo o zebrafish (Danio rerio). Embriões de zebrafish foram expostos a diferentes concentrações dos químicos: 0,2, 1,0, 2,0, 20 e 40 mg/L para AMT, e 0,00007, 0,00015, 0,0003, 0,005 e 0,001 mg/L para CBZ, além dos controles negativos (água e DMSO) e positivo (3,4-dicloroanilina) (n=20/grupo). Foram avaliados mortalidade, teratogenicidade, cardiotoxicidade e neurotoxicidade. Houve elevada mortalidade e indução de malformações para ambos os pesticidas, com CL50 estimados em 1,33 mg/L para AMT e 0,002 mg/L para CBZ. Ambos os pesticidas induziram aumento na taxa de batimentos cardíacos em comparação com o grupo controle. Além disso, os pesticidas reduziram o comportamento de evitação, evidenciando o efeito neurotóxico. Esses resultados reforçam a necessidade de cuidados rigorosos na exposição a essas substâncias. Alternativas devem ser consideradas para garantir a integridade da saúde animal, humana e do meio ambiente, mitigando a contaminação de fontes de água, do solo e da biodiversidade.
  • TCC
    Compostagem como ferramenta pedagógica para a educação infantil e o ensino fundamental
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-03) Silva, Samira Karla Barbosa da; Almeida, Adriana Monteiro De; https://orcid.org/0000-0001-5447-8593; http://lattes.cnpq.br/1733681004723492; http://lattes.cnpq.br/0902174403917964; D'Oliveira, Rosangela Gondim; http://lattes.cnpq.br/5520187726130335; Maranhão, Dominique Cristina Souza de Sena; http://lattes.cnpq.br/4705984911441830
    O crescimento do consumo e o descarte inadequado de resíduos sólidos têm gerado impactos socioambientais significativos, evidenciando a urgência de ações de Educação Ambiental e de mudanças nas práticas pedagógicas adotadas nas escolas. A partir dessa perspectiva, a abordagem crítica e emancipatória da Educação Ambiental se destaca por favorecer aprendizagens significativas, sobretudo quando integrada a práticas interdisciplinares voltadas à real transformação da realidade escolar. Nesse contexto, a compostagem se mostra como uma ferramenta pedagógica eficaz, ao articular teoria e prática, promover reflexões sobre consumo, sustentabilidade e responsabilidade coletiva. Sob essa ótica, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o uso da compostagem como recurso educativo na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, além de elaborar um guia prático e acessível destinado a gestores, professores e alunos, com orientações para a implementação e manutenção de composteiras no ambiente escolar. Os resultados do presente estudo demonstraram que a compostagem é uma ferramenta pedagógica que pode promover uma aprendizagem significativa, capaz de ampliar a consciência ambiental e favorece o diálogo entre os campos de experiências previstos na BNCC e diferentes áreas do conhecimento, como Ciências, Geografia, Matemática, História e Língua Portuguesa. Quando orientada por uma abordagem crítica, essa prática fortalece o protagonismo dos alunos, estimula a reflexão sobre as problemáticas socioambientais e contribui para uma educação comprometida com a formação integral, consciente e sustentável.
  • TCC
    The future of provisioning ecosystem services in the Caatinga under the influence of climate change
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-09) Fonseca, Luana Ganade da; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995; http://lattes.cnpq.br/9620192499159145; Fagundes, Marina Vergara; http://lattes.cnpq.br/4534506918968475; Lucena, Rebecca Luna; https://orcid.org/0000-0003-4670-265X; http://lattes.cnpq.br/7007364724379098
    Seasonally dry tropical forests (SDTFs) are globally important for both biodiversity and the ecosystem services (ES) they provide to local populations. Brazil’s Caatinga, the world’s largest and most densely populated SDTF, supports numerous vulnerable communities that rely on native tree species for essential uses. Yet, this unique biome is undergoing rapid degradation and is among the most vulnerable to climate change, making large-scale ecological restoration increasingly urgent. As climate change alters species' ecological niches, anticipating future shifts is vital to sustaining both biodiversity and human well-being. Here, we model the future distribution of 29 Caatinga tree species linked to 13 economic and ecological uses, including restoration, agroforestry, civil construction, and honey production, under the two most likely climate scenarios (SSP2-4.5 and SSP3-7.0) and two timeframes (2021–2040 and 2081–2100). By aggregating species projections by their use type, we estimate the future spatial availability of provisioning ES and restoration potential. Model performance was high (μ-AUC > 0.7), especially for species used in civil construction and agroforestry. While most uses are projected to lose suitable area over time, restoration maintains the broadest extent, positioning it as a key integrative strategy. Synergies between restoration and other uses, especially agroforestry, industrial applications, and landscaping, are initially strong but diminish under more extreme scenarios. Temporal comparisons show that ecosystem service losses are largely scenario-driven, this means that even long-term outcomes under an optimistic pathway outperform near-term projections under pessimistic trajectories. Rather than presenting restoration and use as competing goals, our results highlight opportunities for alignment, offering spatially explicit insights to support climate-resilient, use-integrated restoration strategies across semi-arid regions undergoing rapid environmental and socio-economic change.
  • TCC
    Gerenciamento e destinação de resíduos sólidos em uma churrascaria de pequeno porte em Natal/RN
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-16) Nobre Junior, Francisco Sales; D’Oliveira, Rosângela Gondim; Medeiros, Paulo Ivo Silva de; https://orcid.org/0000-0001-7036-7535; http://lattes.cnpq.br/1977814195312592; http://lattes.cnpq.br/5520187726130335; https://orcid.org/0009-0006-9497-4069; http://lattes.cnpq.br/3819755180029907; Canela, Alice de Castro; http://lattes.cnpq.br/7774957354936080; Almeida, Elinei Araújo de; https://orcid.org/0000-0003-1617-5641; http://lattes.cnpq.br/3865714707038562
    Os resíduos sólidos gerados por um restaurante se tornam um grande desafio ambiental devido ao seu alto volume e também a variedade de resíduos descartados, como restos de alimentos, plásticos, metais e vidros. A gestão inadequada desses resíduos pode causar contaminações do solo e da água e também contribuir na emissão de gases do efeito estufa. Muitos restaurantes ainda enfrentam dificuldades em como lidar com essa situação e em implementar estratégias de gerenciamento dos seus resíduos, como através da reciclagem e da compostagem. A problemática envolve, ainda, a falta de conscientização dos consumidores e funcionários sobre a importância da separação adequada dos resíduos e do uso responsável dos recursos naturais. A implementação de soluções sustentáveis, como a redução do desperdício de alimentos e a utilização de embalagens ecológicas, é uma alternativa que pode diminuir significativamente a quantidade de resíduos gerados. Contudo, a legislação vem se tornando mais rigorosa em relação a resíduos sólidos passando a obrigar os estabelecimentos a se adaptarem em iniciativas de reciclagem e descarte correto dos materiais. Neste sentido, este trabalho teve por objetivo mensurar os principais resíduos sólidos gerados por uma churrascaria de pequeno porte, direcionando a importância da adoção de medidas sustentáveis e a destinação correta dos resíduos sólidos para a reciclagem. O estudo foi conduzido em três momentos: 1) observação dos resíduos produzidos e sensibilização dos funcionários; 2) separação e análise da composição gravimétrica dos resíduos sólidos gerados; e 3) destinação adequada dos resíduos. Para avaliar diferença estatística entre médias foi feita uma Análise de Variância seguida de Teste Tukey post-hoc para comparação entre tipos de resíduos. Nossos resultados foram altamente significativos (p<0,001), com o bagaço de laranja e restos de alimentos como os principais resíduos produzidos na churrascaria. Nós concluímos que com a dificuldade de lidar com a destinação do bagaço de laranja e sobras de alimentos, é necessário procurar alternativas inovadoras para destinação mais adequada desses resíduos.
  • TCC
    Efeitos de ondas de calor marinhas em macroalgas do gênero Gracilaria
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-09) Gomes, Valkiria de Souza; Soriano, Eliane Marinho; Borburema, Henrique Douglas dos Santos; 0000-0002-7300-7583; http://lattes.cnpq.br/2010685918065573; 0000-0001-6736-3795; http://lattes.cnpq.br/2017823516741199; 0009-0008-3837-6421; https://lattes.cnpq.br/5489526381959969; Câmara, Marcos Rogério; 0000-0002-9486-5544; http://lattes.cnpq.br/7907114482954096; Carneiro, Marcella Araújo do Amaral; 0000-0002-9823-3384; http://lattes.cnpq.br/2397478558863939
    As macroalgas marinhas desempenham papéis cruciais nos ecossistemas costeiros, atuando como produtores primários, abrigo e alimento para diversas espécies marinhas. Como produtores primários, elas participam ativamente na ciclagem de nutrientes e na produção de oxigênio. Espécies do gênero Gracilaria além de serem relevantes ecologicamente possuem uma considerável importância econômica, sendo amplamente utilizadas para a produção de ágar e extração de outros compostos bioativos. Assim, este estudo investigou os efeitos de ondas de calor marinhas (OCMs) simuladas sobre o crescimento, desempenho fotossintetizante e conteúdo pigmentar de Gracilaria caudata e Gracilaria birdiae do Nordeste do Brasil coletadas durante as estações seca e chuvosa. Gracilaria caudata exibiu maiores taxas de crescimento relativo (TCR), variando de 5,07% a 6,69% por dia antes das OCMs durante a estação chuvosa, enquanto G. birdiae apresentou TCR de 0,5% a 2,2% por dia. Durante as OCMs, G. caudata resistiu a temperaturas de até 32 °C na estação seca, enquanto G. birdiae não tolerou as OCMs simuladas para esta estação climática. No geral, o desempenho fotossintetizante, medido pelo rendimento quântico efetivo (ΔF/Fm′), diminuiu em ambas as espécies durante as OCMs, exceto em G. caudata na estação chuvosa. Em relação ao conteúdo pigmentar, G. caudata da estação seca apresentou redução nos pigmentos clorofila a e ficoeritrina sob OCMs, enquanto que os espécimes do período chuvoso não tiveram seu conteúdo pigmentar afetado pelas OCMs. Os resultados indicam que G. caudata, frequentemente encontrada em zonas intertidais superiores, apresenta uma maior tolerância térmica e capacidade de recuperação após estresse térmico, sugerindo maior potencial para aquicultura em cenários de mudanças climáticas.
  • TCC
    Diagnóstico ambiental da bacia hidrográfica do rio Pitimbu: uma revisão bibliográfica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-17) Cunha, Sarah Patrícia Ferreira da; Attayde, José Luiz; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; Panosso, Renata de Fátima; http://lattes.cnpq.br/2543467420133635; Silva, Jonathan Mota da; https://orcid.org/0000-0001-9995-8451; http://lattes.cnpq.br/3379521354576211
    O Rio Pitimbu é um rio urbano que desempenha um papel crucial para o abastecimento de água do município de Natal/RN. A sua bacia de drenagem enfrenta um processo de degradação ambiental decorrente do processo de urbanização acelerado e desordenado nas últimas décadas, com impactos negativos sobre os recursos hídricos. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre as condições ambientais da Bacia Hidrográfica do Rio Pitimbu, para identificar possíveis lacunas de conhecimento e orientar futuros projetos de pesquisa com foco nos recursos hídricos da bacia. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados Scielo e Web of Science, bem como no repositório institucional da UFRN. Foram encontrados 30 trabalhos relevantes para os objetivos desta pesquisa. Após a leitura desses trabalhos, foi possível concluir que existe uma lacuna de conhecimento sobre os processos hidrológicos da bacia, que a maioria dos trabalhos revisados abordaram o problema da qualidade da água e que inexistem estudos sobre cargas poluidoras nem estratégias de controle dessas cargas. Esta revisão bibliográfica destaca a importância de estratégias integradas de gestão dos recursos hídricos, de ações de controle da poluição e de recuperação de matas ciliares para a sustentabilidade ambiental e a segurança hídrica da região metropolitana de Natal. A preservação do Rio Pitimbu é essencial para o desenvolvimento sustentável desta região.
  • TCC
    Análise da cobertura e uso do solo na microbacia do Riacho Água Vermelha, RN
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Andrade, Joanderson Müller Lima de; Almeida, Adriana Monteiro de; http://lattes.cnpq.br/1733681004723492; Amaral, Ricardo Farias do; https://orcid.org/0000-0003-3725-5616; http://lattes.cnpq.br/5120081491389865; Cunha, George Bezerra da
    O riacho Água Vermelha, com 11 km de extensão, faz parte da bacia do rio Pirangi, no Rio Grande do Norte. Sua nascente está localizada em Macaíba e atravessa a cidade de Parnamirim. As águas do riacho desaguam no rio Taborda, seguindo para o rio Pirangi. Atualmente, tanto a qualidade de sua água quanto sua mata ciliar encontram-se degradadas. Com a substituição da vegetação por urbanização e pequenas propriedades agrícolas, o riacho Água Vermelha sofre impactos significativos como o assoreamento e poluição, o que afeta a qualidade da água, a fauna e a flora local. O presente estudo teve como objetivo analisar a cobertura e uso do solo em diferentes distâncias do riacho (30m, 60m, 100m, 120m, 300m, 500m). Para tal, foi criado um mapa, com os “buffers” no entorno do riacho Água Vermelha. As classes de cobertura foram obtidas do projeto Mapbiomas do ano de 2022. Após a análise de dados obtidos dos “buffers”, notamos que à medida que se aumenta a distância em relação ao riacho, a cobertura de floresta perde o lugar para a urbanização e agropecuária de pequeno porte. Na faixa de até 30m, observamos 55,4% de floresta contra 39% de área urbanizada e agropecuária. Já na faixa de 300 a 500m, observamos apenas 19,2% de floresta contra 80,1% de urbanismo e agropecuária. Com base nisso são necessárias ações urgentes de recuperação da mata ciliar e da qualidade da água do riacho Água Vermelha. Desta forma, é importante considerar medidas de recuperação para o riacho água vermelha, como restaurar a mata ciliar com espécies nativas, desenvolver medidas de tratamentos dos efluentes que desaguam no riacho, elaborar ações de educação ambiental para comunidade que vive no entorno, mostrando a importância de preservar o riacho e sua mata ciliar.
  • TCC
    Influência de variáveis ambientais na coloração de caranguejos chama-maré
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-17) Souza, Moisés de Oliveira; Pessoa, Daniel Marques de Almeida; https://orcid.org/0000-0002-2516-6766; http://lattes.cnpq.br/8413512010176898; Almeida, Elinei Araujo de; https://orcid.org/0000-0003-1617-5641; http://lattes.cnpq.br/3865714707038562; Venticinque, Eduardo Martins; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351
    A cor nos animais pode desempenhar papéis na comunicação intraespecífica e interespecífica e variar em relação a partes ou a todo o corpo. Alguns animais possuem cor similar com o ambiente ao redor para se tornar menos perceptíveis a predadores. Entre os vários grupos de animais, os caranguejos chama-marés possuem muitas cores e padrões na carapaça e quela, onde os machos exibem uma quela hipertrofiada que pode ser usada para defesa e para atrair fêmeas. Este estudo tem por objetivo determinar a influência que o habitat, substrato e o tamanho exercem sobre a coloração da carapaça e quela de chama-marés. Considerando as informações disponíveis na literatura científica e com base na percepção humana de cor a partir de fotos. Percebeu-se que a maior parte das espécies ocorrem em substrato de lama e em ambientes abertos, apresentando comumente quela laranja e carapaça na categoria verde. Além disso vimos que os indivíduos maiores, apresentam carapaça na cor preta. Embora os animais apresentem a quela geralmente laranja contrastando com o fundo escuro de lama, logo se tornando mais perceptíveis para os predadores, os machos com quela hipertrofiada sofrem menor predação. A carapaça geralmente na cor preta e verde tende a ser parecida com a cor do fundo, estando envolvida principalmente na termorregulação e camuflagem. Portanto, vários fatores visam explicar a cor dos caranguejos chama-marés a partir do sinal que querem transmitir.
  • TCC
    Revisão sistemática da literatura sobre germinação de sementes em Myrtaceae Neotropical
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-13) Urbano, Rhuama Martins; Staggemeier, Vanessa Graziele; https://orcid.org/0000-0003-4911-9574; http://lattes.cnpq.br/4357034543526737; https://lattes.cnpq.br/2858306104334625; Ger, Kemal Ali; http://lattes.cnpq.br/0949406269847477; Rodrigues, Guilherme de Almeida Garcia; https://orcid.org/0000-0002-8278-3082; http://lattes.cnpq.br/4194857941554477
    Estudos sobre a fase inicial de vida das plantas são essenciais para compreender os requisitos de sobrevivência e estabelecimento da flora. Em ambientes megadiversos como o Neotrópico, é esperado que exista uma ampla diversidade de estratégias de germinação das plantas. Myrtaceae é uma das famílias botânicas com grande riqueza de espécies nesta região, onde possui cerca de 2500 espécies. Essa família apresenta ampla variação morfológica, variando o tamanho do fruto, a sua coloração, o tipo de embrião e a quantidade de sementes. Os frutos de Myrtaceae são uma importante fonte de alimento para os animais, devido a sua disponibilidade ao longo do ano. Além disso, muitas espécies como a goiaba, pitanga e jabuticaba, tem valor socioeconômico. Apesar do grau de relevância dessa família botânica, há poucos estudos sobre a germinação de muitas espécies. Por essa razão, fizemos uma revisão sistemática da literatura sobre germinação de sementes em Myrtaceae Neotropical utilizando três repositórios online: Web of Science, Scopus e Scielo Brasil. O objetivo foi descrever o que sabemos sobre essa fase inicial de vida das sementes em Myrtaceae e sintetizar este conhecimento para direcionar pesquisas futuras no tema. Como resultado de busca, 9.758 publicações únicas foram encontradas e após a triagem de pertinência ao tema, 151 estudos atenderam aos critérios de inclusão. Esses estudos avaliaram a germinação de 17 gêneros e 64 espécies, sendo Eugenia o gênero mais estudado. Encontramos uma tendência espacial de elevada concentração de estudos no Brasil onde ocorreram 120 trabalhos (79,5%), especialmente nas regiões sul e sudeste. Os objetivos de estudo mais frequentes foram testar a germinação em diferentes temperaturas (36 estudos), testar o efeito do tipo de armazenamento para a germinação (32 estudos) e testes de tolerância à dessecação ou ao método de secagem de sementes (30 estudos). A espécie Campomanesia adamantium foi a mais estudada nos dois objetivos mais frequentes, citada por sete e quatro estudos, respectivamente. Os critérios de germinação adotados pelos autores variaram, contudo, a protrusão da radícula foi a mais usada (45,3% dos estudos). A maioria dos experimentos (81,5%) foram conduzidos em laboratório. O substrato mais utilizado foi o papel (59,6% dos estudos) e a temperatura mais frequente foi de 25°C (57,6%). Um total de 150 publicações informaram a porcentagem de germinação das sementes, pouco mais da metade dos estudos apresentaram dados sobre índice de velocidade de germinação, menos da metade dos estudos apresentaram o teor de água e tempo médio de germinação, variáveis importantes para o conhecimento sobre o comportamento germinativo de espécies vegetais. São necessários mais esforços de pesquisa sobre a germinação de Myrtaceae a fim de que esses estudos possam contribuir com estratégias para restauração ecológica. A falta de congruência metodológica entre as pesquisas inviabiliza a execução de uma meta-análise dos dados já publicados, o que reforça a necessidade de elaboração de um protocolo consistente para germinação de sementes em Myrtaceae.
  • TCC
    Número de grupos e distribuição espacial de Callithrix jacchus em ambiente urbanizado no município de Natal, Rio Grande do Norte
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-16) Ribeiro, Sara Emily Lima; Pinto, Míriam Plaza; Mendes, Raone Beltrão; http://lattes.cnpq.br/0147268304079829; http://lattes.cnpq.br/7876219494961528; Almeida, Adriana Monteiro de; http://lattes.cnpq.br/1733681004723492; Guerreiro, Bianca Villar Carvalho; http://lattes.cnpq.br/8845335554512350; Mendes, Raone Beltrão; http://lattes.cnpq.br/0147268304079829
    Os primatas Neotropicais são essencialmente arborícolas e dependentes de habitats florestais. A perda e fragmentação de habitats são fortes ameaças antropogênicas para esses organismos em muitas regiões, como na Mata Atlântica. Alguns primatas conseguem sobreviver em ambientes urbanizados, como Callithrix jacchus (sagui-de-tufos-brancos), espécie de pequeno porte e onívora. Nessa pesquisa investigamos aspectos populacionais quantitativos e espaciais de C. jacchus em uma área urbana, no Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, município de Natal, Brasil, extremo norte da Mata Atlântica. Entre junho e novembro de 2024 percorremos 7,38 km duas vezes por semana em turnos alternados para registrar vocalização e visualização de grupos de C. jacchus e gatos domésticos (Felis catus), animal com maior potencial de predação de C. jacchus no local. Em um total de 45 saídas de campo obtivemos 177 registros, dos quais 64 foram registros de avistamento e 20 de vocalização de C. jacchus. Ao menos nove grupos de C. jacchus (6,67±1,70 ind./grupo) foram contabilizados. Ao todo tivemos 93 registros de gatos, com no mínimo um e no máximo oito gatos por avistamento (2,27±1,73 ind./avistamento). O mapa de calor feito a partir dos registros de avistamento permitiu definir o número e a localização espacial dos grupos de C. jacchus e a localização espacial dos agrupamentos de gatos, indicando uma baixa sobreposição espacial entre os registros dessas espécies. A análise do uso do habitat, porcentagem de estruturas em que o C. jacchus se encontrava, confirmou que C. jacchus foram visualizados usando predominantemente árvores. Os estudos sobre aspectos ecológicos de C. jacchus em vida livre em ambientes urbanos ainda são escassos, sendo uma abordagem inédita neste local de estudo. A continuidade desse trabalho permitirá identificar outros aspectos ecológicos desses animais, como por exemplo a distribuição temporal do recrutamento populacional, e os recursos mais utilizados. As estruturas urbanas e paisagísticas amigáveis à presença C. jacchus também podem ser investigadas em estudos futuros, e fornecer informações úteis para a execução de estratégias de manejo de habitat que podem favorecer a manutenção dessa espécie neste ambiente, em um cenário de contínua perda de habitat.
  • TCC
    Fenologia comparativa entre os estratos arbustivo e arbóreo da Floresta Nacional de Nísia Floresta (RN)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-14) Santos, Rafael Rocha dos; Staggemeier, Vanessa Graziele; https://orcid.org/0000-0003-4911-9574; http://lattes.cnpq.br/4357034543526737; http://lattes.cnpq.br/4136495002184964; Pinto, Míriam Plaza; https://orcid.org/0000-0002-4030-5015; http://lattes.cnpq.br/7876219494961528; Soares, Natalia Costa; https://orcid.org/0000-0001-5408-7146; http://lattes.cnpq.br/4642385280748629
    A fenologia permite investigar dinâmicas ecológicas essenciais para a conservação da biodiversidade, em especial o comportamento das espécies às variações sazonais. Entretanto, a maioria dos estudos fenológicos vegetais se concentra em apenas uma forma de vida, ignorando as interações presentes no ecossistema. Esse fato é ainda mais grave nas regiões tropicais, onde florestas biodiversas carecem de estudos que investiguem as interações em ambientes com alta heterogeneidade. Por essa razão, nosso estudo monitorou quinzenalmente, durante 12 meses, a fenologia reprodutiva de árvores e arbustos na Floresta Nacional de Nísia Floresta (RN). Os padrões de floração e frutificação apresentaram comportamentos diferentes para cada forma de vida. Observamos uma sincronia na floração, que foi manifestada primeiramente pelas árvores e o pico ocorreu em novembro/2022. Nos arbustos, a floração foi mais tardia, com dois picos distintos, o primeiro em dezembro/2022 e o segundo no final de janeiro/2023. A frutificação ocorreu durante todo o ano. Nas árvores ocorreram dois picos de frutos imaturos, nos meses de março e maio de 2023. Nos arbustos, picos de atividade ocorreram do período de fevereiro a meados de junho/2023. Frutos maduros atingiram o pico no mês de dezembro/2022 em árvores e no mês de julho/2023 para os arbustos. O comprimento do dia foi a variável abiótica que apresentou correlação com o maior número de fenofases, afetando positivamente a produção de botões e flores. A temperatura média foi significativamente positiva para a frutificação em árvores, porém demonstrou ser negativa para a fenofase de frutos maduros nos arbustos. A precipitação foi a variável abiótica menos correlacionada com as fenofases, indicando ser negativa para a produção de botões nas árvores e positiva para frutos imaturos dos arbustos. As correlações significativas entre as variáveis climáticas e as fenofases de cada forma de vida sugerem que os fatores abióticos afetam de maneira distinta a produção de flores e frutos dos estratos. A assincronia das fenofases entre as formas de vida contribui para a disponibilidade de recursos ao longo do ano, essencial para a manutenção da comunidade ecológica.
  • TCC
    Cenário epidemiológico da esquistossomose mansônica no munícipio de Natal-RN no periodo de 2015 a 2022
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-01-19) Carvalho, Vítor Rérick Silva de; SOUZA, Maria de Fátima de; https://orcid.org/0000-0002-2983-6165; http://lattes.cnpq.br/7011426083461968; Silva, Rízia Maria da; http://lattes.cnpq.br/7010526237292316; Gonçalves, Ruana Clara Bezerra
    A esquistossomose mansônica é uma doença infecto parasitária ocasionada por um trematódeo, a espécie Schistosoma mansoni, que vive na corrente sanguínea dos seus hospedeiros definitivos. Esta doença apresenta-se de forma endêmica no estado do Rio Grande do Norte. O estudo teve como objetivo analisar o cenário epidemiológico considerando a frequência e a carga parasitária das infecções pelo S. mansoni, bem como, a importância malacológica nos 93 corpos hídricos, ambos no município de Natal, a capital do estado. Os dados coproscópicos e malacológicos analisados nesse estudo foram fornecidos pelo Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) do município supracitado e compreende o período de 2015 a 2022. Os dados referentes aos índices pluviométricos foram obtidos do posto meteorológico da EMPARN, UFRN-INMET (Natal). A análise dos dados foi realizada de maneira descritiva, com abordagem quantitativa. Com o levantamento dos casos positivos para a infecção por S. mansoni foi observado que a frequência maior ocorreu em 2015, porém a carga parasitária diminuiu no período de 2015 a 2019, mantendo somente a carga de até quatro ovos por grama de fezes, pelo método Kato-Katz. Os dados malacológicos avaliados permitiram mapear e evidenciar a importância epidemiológica potencial dos corpos hídricos, tomando como parâmetro a distribuição geográfica de Biomphalaria no município em foco. Verificou-se que a maior quantidade desses caramujos nos corpos hídricos ocorre após o final do período chuvoso.