PPGBP - Mestrado em Biologia Parasitária
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Dissertação Análise da situação epidemiológica da dengue no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, no período de 2016 a 2020(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-31) Silva, Martha Laysla Ramos da; Fernandes, José Verissimo; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; http://lattes.cnpq.br/9573826494344864; Araújo, Joselio Maria Galvão de; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; Fernandes, Thales Allyrio Araújo de Medeiros; http://lattes.cnpq.br/5229478510326510A Dengue é uma doença febril aguda e sistêmica, que pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos à formas graves, potencialmente fatais. É uma arboviroses transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, sendo um dos agravos à saúde de maior importância em todo o mundo, ocasionando epidemias anuais principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, colocando em risco quase um terço da população do planeta. O presente trabalho apresenta um estudo descritivo de uma série temporal e distribuição espacial dos casos prováveis de dengue notificados no Estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizados dados secundários de notificação da doença no período entre 2016 a 2020, disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e Boletins Epidemiológicos da Secretaria Estadual de Saúde, no período referido. A análise dos dados foi realizada a partir de estatística descritiva. Durante a série temporal, foram notificados um total de 127.152 casos prováveis de dengue, sendo confirmados 38.051 casos da doença, o que representa 29,92% desse total. O sorotipo Dengue vírus do tipo – 1 (DENV-1) foi o mais prevalente em toda a série estudada. A 7ª região de saúde, que corresponde à região Metropolitana de Natal, teve o maior número de casos confirmados, totalizando 17.654, o que representa aproximadamente 46,36% do número de casos confirmados no estado. Em relação à caracterização sociodemográfica, constatou-se uma maior prevalência da doença em indivíduos do sexo feminino e a faixa etária mais acometida está entre 20 e 39 anos. Nesse período a dengue apresentou um comportamento epidemiológico que caracteriza um perfil endêmico, com alguns picos de incidência em determinados períodos. Este perfil epidemiológico da doença está correlacionado possivelmente, com flutuações no número de indivíduos susceptíveis e variações na densidade populacional dos vetores transmissores do vírus. Nossos dados mostram uma aparente redução do número de casos prováveis de dengue notificados no ano de 2020. É possível que essa redução do número de casos da doença tenha sido devido à subnotificação, uma vez que todos os esforços dos serviços de saúde estavam voltados para enfrentamento da atual pandemia do Coronavírus (SARS-COV-2).Dissertação Aperfeiçoamento do olfatômetro vertical: uma ferramenta para estudos comportamentais de insetos anemotáxicos hematófagos utilizando como modelo experimental Anopheles aquasalis (Diptera: Culicidae)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-05) Brambilla, Paula Blandy Tissot; Gama, Renata Antonaci; ; ; Guedes, Paulo Marcos da Matta; ; Paixão, Kelly da Silva;Os mosquitos do gênero Anopheles são vetores dos Plasmodium causadores da malária humana. O desenvolvimento de novas ferramentas, métodos e técnicas para combater a transmissão da malária são prioritárias. A fim de desenvolver novas formas de combate ao mosquito, temos que compreender o seu comportamento de busca pelo hospedeiro, que é o principal elo na transmissão da doença. Os olfatômetros são uma maneira simples e confiável de obter respostas comportamentais de insetos, quando utilizados de maneira específica para o inseto testado. Visando isso, o estudo teve como objetivo realizar importantes adaptações no olfatômetro vertical, tornando-o um olfatômetro vertical com fluxo de ar para insetos anemotáxicos hematófagos utilizando a espécie Anopheles aquasalis como modelo para estudos comportamentais. Verificou-se em bases de patentes públicas mundiais a existência do aparelho, posteriormente foi desenvolvido o olfatômetro, baseado em olfatômetros já existentes, implementado com fluxo de ar e sistema de vídeo, para que se tornasse adequado a insetos anemotáxicos, como descrito na literatura. Foram realizados testes com três câmeras diferentes, ausência e presença de fluxo de ar, testes de fumaça e bioensaios indiscriminantes com cairômonio octenol e animais. A fim de avaliar o funcionamento do olfatômetro e suas adaptações Como resultados podemos observar que não existem olfatômetros específicos para A. aquasalis, nem para o gênero Anopheles, e nenhum olfatômetro vertical com fluxo de ar para avaliar a resposta olfativa de insetos anemotáxicos. Observamos que plumas de odor geradas no teste de fumaça por vapor de água são muito mais densas, sendo mais apropriadas para avaliar a estrutura da pluma de odor do que as geradas por ácido acético e hidróxido de amônia, além de serem atóxicas e de baixo custo. Quanto as implementações notamos que a câmera GoPro Hero 3+ demonstrou desempenho superior as outras testadas, avaliando com nitidez movimentos de atração e ativação dos mosquitos; o fluxo de ar gerou turbulência nos testes de pluma de odor, tornando a difusão ativa ao invés de passiva. Nos bioensaios indiscriminantes com octenol observamos que taxas de 15mg/h tem maior média de atratividade (66,7%) comparada as de 14 mg/h (33,3%) e 18mg/h (0%), demonstrando que há relação entre a taxa de volatilização e número de insetos atraídos (p<0.05); com diferentes hospedeiros observamos não haver relação (p=1.00) entre diferentes espécies e atratividade de A aquasalis. Conclui-se que o desenvolvimento de uma ferramenta específica para avaliar o comportamento de insetos anemotáxicos hematófagos torna os resultados obtidos mais confiáveis, pois o aparelho é específico para os insetos, permitindo a realização de estudos comportamentais mais simples e exatos.Dissertação Aspectos epidemiológicos da dengue no estado da Paraíba no período de 2011 a 2014(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-10-23) Oliveira, Camila Alves de; Clemente, Tatjana Keesen de Souza Lima; Araújo, Joselio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; ; ; http://lattes.cnpq.br/8529380323484470; Maciel, Bruna Leal Lima; ; http://lattes.cnpq.br/5790541670952158; Nunes, Fabíola da Cruz; ; http://lattes.cnpq.br/8217991241768054A dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (gênero Flavivirus, família Flaviviridae), transmitido pela picada de artrópodes, principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. A infecção por dengue atualmente é considerada um grave problema de saúde público mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 50-100 milhões de pessoas se infectam anualmente em mais de 100 países do mundo. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico da dengue no estado da Paraíba no período entre os anos de 2011 a 2014. Uma pesquisa descritiva foi realizada, a qual utilizou dados secundários registrados no SINAN da Paraíba, onde foram analisados os casos notificados de acordo com variáveis como gênero, faixa etária, escolaridade, sorotipo, meses de notificação, classificação clínica e evolução da doença. De 2011 a 2014 na Paraíba foram notificados 53.373 casos suspeitos de dengue, dos quais 52,4% (28.020) foram confirmados. Em 2011 foram confirmados 53% (8.646) dos casos, em 2012 os confirmados foram equivalente a 58% (6.867), o ano de 2013 registrou 48% (8.827), e em 2014 com 49,5% (3.680). Houve predominância do sexo feminino (58%) dos casos. A média de idade dos confirmados foi de 18-60 anos representando 64,2%, quando considerados os anos de estudo. Quando analisado a evolução da doença, observou-se que 89% dos indivíduos confirmados com dengue evoluíram para a cura. Foram registrados 48 óbitos nesse período. O sorotipo DENV-1 foi predominante de 2011 a 2013, seguido do DENV-4. A classificação dengue clássico foi equivalente a 97% dos casos, dengue com complicações foi de apenas 0,1%, febre hemorrágica da dengue foi de 0,5% e por último a síndrome do choque da dengue. Os meses de maior notificação da doença foram no primeiro semestre do ano, com maior incidência entre os meses de março a junho. Conclui-se que as epidemias de dengue na Paraíba apresentaram diferenças importantes, e um diagnóstico imediato da infecção aliado a um diagnóstico molecular dos sorotipos circulantes na comunidade poderiam ser medidas de prevenção e controle para riscos potenciais de formas graves da doença na população.Dissertação Aspectos epidemiológicos da Raiva no estado do Rio Grande do Norte (2005 a 2021)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-10) Ferreira, Paulo Antônio da Rocha; Araújo, Joselio Maria Galvão de; https://orcid.org/0000-0003-3548-2786; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; http://lattes.cnpq.br/3769538515880345; Fernandes, José Verissimo; http://lattes.cnpq.br/7078820975978056; Bezerra, João FelipeA raiva é uma doença infecciosa grave e potencialmente fatal que atinge mamíferos, principalmente cães, mas também outras espécies. É causada pelo vírus da raiva, pertencente ao gênero Lyssavirus e a família Rhabdoviridae. Ele é transmitido através de saliva infectada, geralmente através de uma mordida. A raiva é considerada uma doença endêmica em todo o mundo, com maior incidência na África, Ásia e América Latina. O objetivo deste trabalho é descrever aspectos epidemiológicos da raiva em espécies de mamíferos no estado do Rio Grande do Norte. Para isso, foram utilizados como fonte de informações o livro de registros e anotações do setor de diagnóstico de raiva animal - LACEN/RN e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL, no período entre outubro de 2005 e dezembro de 2021. Nesse período foram encaminhadas 5.649 amostras para análise laboratorial de casos suspeitos de raiva, sendo 5.632 amostras de mamíferos não-humanos e 17 amostras de humanos. Do total de amostras de mamíferos não humanos encaminhadas e analisadas, 611 (10,8%) tiveram o diagnóstico de raiva confirmado. No mesmo período apenas uma das 17 amostras humanas analisadas teve o diagnóstico de raiva confirmado, o que corresponde a (5,89%) do total de casos suspeitos. Considerando as espécies estudadas, foram analisas amostras de 2.507 morcegos, desses 416 (16,6%) foram positivas para raiva. De um total de 1.647 amostras de caninos domésticos que foram examinadas, 17 (1,03%) foram positivas. Adicionalmente, foram analisadas 688 amostras de felinos domésticos, das quais, quatro (0,59%) foram positivas. No contexto dos bovinos, de 148 analisados, 92 (62,20%) foram positivos. Um total de 105 amostras de raposas foram estudadas e 59 (56,11%) foram positivas. Quanto aos equinos, das 47 amostras analisadas, 17 (36,18%) foram positivas. Das 18 amostras de ovinos analisadas, duas (11,11%) foram positivas. Das 11 amostras de suínos analisados, três (27, 28%) foram positivas para raiva. De três amostras de asininos analisadas, uma (33,33%) foi positiva. Das 417 amostras analisadas de primatas não humanos (PNH), 31 gambás e de 10 caprinos, nenhuma apresentou positividade para raiva. A partir deste estudo, podemos concluir que o vírus da raiva está circulando em populações de mamíferos no estado do Rio Grande do Norte, principalmente bovinos, eqüinos morcegos e raposas. Por se tratar de uma zoonose negligenciada com características epidemiológicas únicas e complexas, merece mais estudos e atenção das autoridades sanitárias.Dissertação Associação entre toxoplasmose e depressão pré e pós-parto em mulheres residentes no município de Santa Cruz-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Barros, Kézia Maria da Silva; Andrade Neto, Valter Ferreira de; Aloise, Débora de Almeida; http://lattes.cnpq.br/2325320450062404; http://lattes.cnpq.br/4863082845974813; http://lattes.cnpq.br/6529537327443149; Medeiros, Lilian Giotto Zaros de; Carneiro, Aroldo José BorgesA toxoplasmose, uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, é uma zoonose de distribuição geográfica mundial, que atinge todos os continentes, mesmo diante das variações climáticas. As manifestações clínicas, em boa parte da população são leves ou, em muitos casos subclínica. Contudo apresenta casos graves em imunocomprometidos, e ainda em gestantes pela transmissão vertical devido aos danos que pode causar ao desenvolvimento do neonato. Além disso, já foi demostrado que a toxoplasmose latente está associada a alterações comportamentais e distúrbios neuropsiquiátricos. Diante disso, avaliamos a hipótese da correlação entre a infecção por T. gondii e depressão pré e pós-parto. Nesse estudo, foi realizada uma pesquisa do tipo transversal de base populacional dirigido a mulheres entre 15 e 45 anos, residentes no município de Santa Cruz, interior do estado do Rio Grande do Norte, avaliadas em dois momentos: no final do 3º trimestre de gestação e após o parto. As gestantes foram abordadas nas 5(cinco) UBS (unidades básicas de saúde) distribuídas no município, e depois de 30 dias após a data provável do parto eram contatadas novamente para a segunda entrevista. Para avaliar os sintomas depressivos utilizamos a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) instrumento contendo 10 questões, validado tanto para uso na gravidez quanto no puerpério. Para identificar o perfil e aspectos epidemiológicos da toxoplasmose foi utilizado um questionário sociodemográfico estruturado para esse estudo. Os dados foram tabulados no programa Epidata e analisados através do STATA. Das 78 entrevistadas, 24 (30.77%) gestantes tinham sorologia positiva para toxoplasmose crônica, e 54 (69.23%) soronegativas, indicando uma grande porcentagem de mulheres suscetíveis a infecção pelo protozoário. E associando as duas condições clínicas, sorologia IgG positiva (infectada) e predisposição a depressão 10 (41.66%) foram encontradas, sendo 8 (33.33%) sem diagnósticos de outros transtornos até a gestação. Observou-se maior predisposição aos sintomas depressivos (de acordo com a escala EPDS) no período pós-parto 17 (62.96%) comparado ao período pré-parto 10 (37,03%), caracterizando maior vulnerabilidade no puerpério. A análise estatística mostrou correlação entre as áreas de localização das UBS e a prevalência para toxoplasmose, com maior percentual para Paraiso 8 (34.78%) e Maracujá 8 (50.00%) comparado aos outros bairros, embora não tenha mostrado diferença significativa com relação a variável renda, isso pode estar associado as condições socioeconômicas presentes nessas duas áreas. O grau de escolaridade alto, nessa população, demostrou fator de risco para prevalência da toxoplasmose. Portanto, dado ao número de mulheres em risco para toxoplasmose, ao desenvolvimento de sintomas depressivos na gravidez e puerpério e a falta de conhecimento sobre a doença e profilaxia, faz-se necessário uma maior investigação do desenvolvimento de depressão no pré e pós-parto associado à toxoplasmose e a implementação de programas de educação em saúde para o entendimento, bem como prevenção e rastreio.Dissertação Atividade anti-inflamatória do alcaloide caulerpina em modelo murino de lesão pulmonar aguda induzida por LPS(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-31) Maggi, Ícaro Valentim Câmara; Souto, Janeusa Trindade de; http://lattes.cnpq.br/6501426772186111; http://lattes.cnpq.br/0945015267086135; Santos, Barbara Viviana de Oliveira; Andrade Neto, Valter Ferreira deProdutos naturais presentes em algas marinhas do gênero Caulerpa têm sido foco de investigação científica, devido a compostos com diferentes atividades farmacológicas. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do alcaloide caulerpina, obtido de algas marinhas do gênero Caulerpa, em modelo murino de lesão pulmonar aguda (LPA) induzida por lipopolissacarídeo (LPS) bacteriano. Para isso, foi avaliada qual a dose da caulerpina que melhor poderia inibir a migração celular para o pulmão dos animais estimulados com LPS. Assim, camundongos Swiss foram tratados oralmente com diferentes doses da calerpina (4 Mg/Kg e 2 Mg/Kg) ou com dexametasona (1 Mg/Kg) via intraperitoneal. Uma hora após esse esquema de tratamento, os animais receberam por via intranasal, LPS (167 µg/mL). Após 24 horas, o lavado brocoalveolar (LBA) foi obtido para determinação do número total de leucócitos. O tratamento dos camundongos com a caulerpina, nas duas doses testadas, diminuiu a migração de leucócitos para a cavidade pulmonar de modo similar. Diante desses resultados a dose de 2 Mg/Kg foi usada para as demais análises. O mesmo procedimento foi repetido para avaliar a cinética de migração celular, contagem diferencial de células, determinação dos níveis de proteínas totais e de citocinas pró-inflamatórias no LBA e análise histológica do pulmão nos tempos de 6, 24 ou 48 horas. A caulerpina inibiu a migração de leucócitos para o pulmão no modelo de LPA nos três tempos analisados, com diminuição importante da migração de polimorfonucleares. É possível correlacionar esse efeito com a diminuição nos níveis de proteínas plasmáticas e das citocinas próinflamatórias IL-6, IL-12 e TNF-α no LBA, especialmente nos tempos de 24 e 48 horas. Por fim, a inibição do processo inflamatório pode ser acompanhada pela diminuição do dano tecidual observado no pulmão dos animais tratados com caulerpina, onde ocorre um menor infiltrado inflamatório, com menos edema, similar ao que se observa no pulmão dos animais tratados com dexametasona. Conclui-se que o tratamento com a caulerpina, na dose de 2 Mg/Kg, foi eficaz ao reduzir o processo inflamatório no pulmão em modelo murino de lesão pulmonar aguda.Dissertação Atividade antifúngica do óleo essencial de Lippia grata Schauer frente Candida albicans e dermatófitos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-24) Sales, Fábio do Nascimento; Andrade, Vânia Sousa; https://orcid.org/0000-0003-4138-4373; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; http://lattes.cnpq.br/7461951524172543; Bastos, Rafael Wesley; https://orcid.org/0000-0001-6781-9617; http://lattes.cnpq.br/3333946080391361; Ximenes, Eulália Camelo Pessoa de AzevedoEspécies do gênero Candida são responsáveis por cerca de 80% das infecções fúngicas graves, sendo a espécie Candida albicans a mais comumente isolada nestes casos, além de ser associada frequentemente a infecções fúngicas cutâneas e mucocutâneas. Dentre os fungos filamentosos responsáveis por micoses cutâneas em humanos, os dermatófitos, um grupo de fungos estritamente relacionados, afetam 25% da população mundial. Nas últimas décadas, tanto às espécies de Candida quanto de dermatófitos passaram a apresentar resistência aos antifúngicos. Diante desse contexto, percebe-se uma busca incessante da comunidade científica por protótipos moleculares que apresentem potencial antifúngico, como os de origem vegetal, devido a suas muitas propriedades antimicrobianas descritas na literatura. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica do óleo essencial da planta Lippia grata Schauer contra Candida albicans e diferentes espécies de fungos dermatófitos. O óleo essencial foi obtido a partir do processo de hidrodestilação, com posterior análise de seu teor percentual (%) e fitoquímica realizada por cromatografia gasosa associada à espectofotometria de massas. A bioatividade do óleo essencial obtido da planta Lippia grata foi investigada sobre 26 amostras fúngicas pela determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) por microdiluição em caldo e Concentração Fungicida Mínima (CFM) em meio sólido, enquanto a atividade sinérgica foi avaliada utilizando o método “checkerboard”. Os testes de quantificação da produção de biofilme e atividade antibiofilme do óleo essencial de Lippia grata foram realizados utilizando o cristal violeta para mensurar as densidades ópticas obtidas. O rendimento do óleo essencial de Lippia grata foi de 2.45%. Foram identificados quatro principais fitoconstituintes na caracterização química do óleo essencial de Lippia grata: carvacrol (51.4%) como constituinte majoritário, timol (15.6%), ρ-cimeno (12.2%) e γ-terpineno (7.4%). Constatou-se atividade antifúngica do óleo essencial de Lippia grata para 100% das cepas testadas com CIM e CFM variando entre 390.62 μg/mL a 3.125 μg/mL para cepas de Candida albicans. Para dermatófitos, a CIM variou entre 48.82 μg/mL a 390.62 μg/mL, enquanto a CFM variou de 48.82 μg/mL a 781.25 μg/mL. Somado a isso, na avaliação da CFM foi possível observar que o óleo apresentou ação fungicida contra todas as cepas do presente estudo. Com relação à avaliação do efeito de combinação de drogas, observou-se interação sinérgica (25%) e aditiva (75%) sobre as cepas testadas. Os resultados para a formação de biofilme revelaram que 100% das cepas foram produtoras de biofilme. Para as cepas de Candida albicans, 4 (22.22%) foram fracas produtoras, 5 (27.77%) moderadas produtoras e 9 (50%) fortes produtoras. Para as cepas de dermatófitos, todas foram fortes produtoras. Para a atividade antibiofilme do óleo essencial (IC50%) verificou-se inibição de biofilme variando de 42.36% a 94.89% para Candida albicans e 29.94% a 88.42% para dermatófitos, quando essas cepas foram pós-tratadas com as concentrações de CIM e 2xCIM do óleo essencial de Lippia grata. Quanto à erradicação de biofilme (CMEB80%), notou-se que as concentrações testadas foram capazes de erradicar a maioria dos biofilmes em formação das cepas testadas. Concluiu-se que o óleo essencial de Lippia grata apresentou alta atividade antifúngica, motivando novos estudos com o intuito de desenvolvimento futuro de fitofármacos para o tratamento de infecções fúngicas.Dissertação Atividade antifúngica e antibiofilme da fração Ag2 do extrato de Agelas dispar frente espécies de Candida(2020-02-11) Vital Júnior, Antonio Carlos; Andrade, Vânia Sousa; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Stoianoff, Maria Aparecida Resende;Os biofilmes microbianos constituem-se especialmente de uma barreira estrutural que dificulta a terapêutica antimicrobiana, possuindo um papel relevante nas enfermidades humanas. Para as leveduras do gênero Candida, os biofilmes caracterizam-se como um arranjo tridimensional complexo, constituídos por diferentes formas celulares incorporadas a uma matriz de substância polimérica extracelular. Nas últimas décadas se tornou crescente a busca por compostos naturais para o tratamento de infecções microbianas com o intuito de obter novas alternativas frente aos mecanismos de resistência aos antimicrobianos, incluindo aqueles induzidos por biofilmes. A esponja marinha, Agelas dispar (Família Agelasidae) vem sendo mencionada como uma fonte bioativa, em virtude dos seus metabólitos secundários, os derivados alcaloides, que apresentam atividade farmacológica significativa. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi determinar a atividade antifúngica e antibiofilme da fração Ag2 do extrato metanólico de A. dispar sobre cepas de leveduras do gênero Candida produtoras de biofilme. A atividade biológica de Ag2 foi averiguada em 13 espécies de Candida, avaliando a Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em caldo e pelo método da Concentração Fungicida Mínima (CFM). A quantificação da formação do biofilme e atividade antibiofilme do extrato foi realizada com o cristal violeta e mensurada as densidades ópticas obtidas. Foi encontrada atividade antifúngica para 13 cepas, com CIM variando entre 2,5 mg/mL e 0,1562 mg/mL e CFM apresentou valores oscilando de 5,0 mg/mL a 0,3125 mg/mL frente espécies de Candida. Os resultados da formação do biofilme indicaram que todos as estirpes foram produtoras de biofilme, sendo 10 (77%) cepas fracas produtoras e 3 (23%) moderadas produtoras. Sendo, 10 (77%) cepas fracas produtoras e 3 (23%) moderadas produtoras. As espécies C. krusei, C. glabrata e C. parapsilosis foram utilizadas no teste da atividade antibiofilme (em formação e maduro), resultando em inibição da viabilidade celular (IC50%) variando entre 49,6% a 57,6%, 70,5% a 76,3% (biofilme em formação) e 42,8% a 67,2%, 63,3% a 78,8% (biofilme maduro) quando as referidas cepas foram pós-tratadas, respectivamente, com as concentrações de 1,25 mg/mL e 2,5 mg/mL da fração Ag2. A Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), permitiu a visualização da atividade antibiofilme, diminuição quantitativa da comunidade microbiana, alteração estrutural e destruição a nível celular tanto no biofilme em formação quanto no maduro. Concluiu-se que a fração Ag2 do extrato metanólico de A. dispar apresentou atividade antifúngica e natureza do tipo fungicida, reduzindo a carga microbiana, além de mostrar eficiência em induzir modificações na morfologia estrutural das leveduras envolvidas no biofilme, conforme observados no MEV. Os resultados sugerem que, a Ag2 atua a nível de membrana plasmática e/ou parede celular das leveduras e pode ser uma estratégia terapêutica antifúngica e antibiofilme promissora frente as diferentes espécies de Candida.Dissertação Atividade antimicrobiana e efeito sinérgico entre o derivado sintético 4-Hidroxicumarina e anfotericina B frente cepas de Candida albicans(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-26) Souza, Monalisa Silva de; Andrade, Vânia Sousa; Luz, Jefferson Romáryo Duarte da; https://orcid.org/0000-0003-4138-4373; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215; http://lattes.cnpq.br/9355901092568662; Stoianoff, Maria Aparecida Resende; Melo, Maria Celeste Nunes deAs infecções fúngicas tornaram-se um grande desafio diante do impacto da resistência aos antifúngicos usuais na conduta terapêutica, além da falta de implementação de técnicas de diagnóstico mais avançadas nas unidades públicas de saúde. Concomitantemente, observa-se um maior número de casos, refletindo em aumento da incidência das doenças fúngicas, tanto em condições de imunossupressão como em pacientes imunologicamente hígidos em processos infecciosos adquiridos por via exógena. As espécies do gênero Candida continuam sendo as mais implicadas nas infecções fúngicas invasivas, as quais notoriamente desencadeiam altos índices de mortalidade. Diante desse cenário, houve um aumento na busca pelo desenvolvimento de novos agentes antifúngicos, assim como a implementação de estratégias para prevenir a candidemia. Estudos com produtos bioativos derivados de plantas, que historicamente apresentam propriedades biológicas bem consolidadas e que demonstram segurança quanto a toxicidade, vêm sendo avaliados para uma aplicação mais concreta. Dentre os compostos em estudo, ressalta-se as cumarinas e seus derivados, como a 4-Hidroxicumarina, o qual possui atributos importantes, incluindo propriedades antiviral, antitumoral e anticoagulante. Diante desse contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antifúngica do composto fenólico sintético 4- Hidroxicumarina sobre cepas de Candida albicans, bem como analisar os efeitos sinérgicos entre esse composto e o antifúngico anfotericina B. A atividade biológica da 4–Hidroxicumarina foi averiguada em 17 cepas de Candida albicans, a partir da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em caldo e pelo método da Concentração Fungicida Mínima (CFM). Para a verificar o efeito sinérgico, através do método de Checkerboard, foram selecionadas 5 cepas da espécie C. albicans, considerando critérios de patogenicidade entre as 17 cepas e os valores de CIM encontrados. Constatou-se atividade antifúngica, para 15 das 17 cepas testadas com CIM variando entre 5,0 e 0,625 mg/mL, e CFM variando entre 5,0 a 1,25 mg/mL. Com relação a avaliação do efeito sinérgico entre o composto sintético e o antifúngico, observouse que essa combinação apresentou caráter aditivo e indiferente frente algumas cepas. Concluiuse que a 4 - Hidroxicumarina apresenta potencial antifúngico, em sua maioria de natureza fungistática, ou seja, reduz a carga leveduriforme, porém mostrou-se pouco eficaz com relação ao efeito sinérgico quando associada a Anfotericina B, um antifúngico reconhecido como fungicida, sugerindo que a 4 - Hidroxicumarina poderá constituir uma estratégia promissora na terapêutica antifúngica.Dissertação Atividade antiplamódica de metalodroga associada à Cinchonina(2018-04-05) Morais, Camila Martins Gomes; Andrade Neto, Valter Ferreira de; ; ; Oliveira, Carlos Capistrano Gonçalves de; ; Pontes, Daniel de Lima; ; Medeiros, Lilian Giotto Zaros de;Atualmente, o tratamento quimioterápico é a única forma de controle da malária, e o desenvolvimento de novos fármacos com ação antimalárica de baixo custo, baixa toxicidade e eficazes são imprescindíveis. Esta busca proporcionou a associação de metais, que podem potencializar a ação antiplasmódica do composto e dimunuir sua toxicidade. Nesse sentido, foi avaliada a atividade antiplasmódica da cinchonina ligada ao cobre e da cinchonina sem metais. Para os testes in vitro, 7 concentrações seriadas (1:2) das drogas foram utilizadas em cepas de Plasmodium falciparum 3D7 e K1, variando de 0,78 a 50 µg/ml. Para análise da supressão da parasitemia, camundongos swiss fêmeas, pesando 27 ± 2 g com 6 a 10 semanas de vida foram utilizadas, inoculando 1x106 de hemácias parasitadas por Plasmodium berghei ANKA e separando-os em 4 animais por grupo, tratados “per gavage” por 4 dias consecutivos: Controle negativo tratados com placebo e Tween 20 a 2%; Controle negativo tratados com placebo; Tratados com cinchonina ligada ao cobre; Tratados com cinchonina e; Controle positivo tratado com cloroquina. Foram utilizadas doses de 5 mg/kg a 90 mg/kg. A atividade antimalárica, in vitro e in vivo foi avaliada pela inibição do crescimento do parasito com a droga teste em relação ao controle sem droga, além da avaliação da mortalidade cumulativa, a citotoxicidade em macrófagos murinos, toxicidade aguda, análises histopatológicas e determinação do índice de seletividade, todos realizados em triplicata. As IC50 nos testes antiplasmódicos in vitro variaram de 0,06 a 0,04 µg/ml para cin+Cu e 0,23 a 0,06 µg/ml para cinchonina e o índice de seletividade foi 32 e 122, respectivamente em cepas sensível e resistente a cloroquina. As cinchoninas exibiram atividade antiplasmódica in vivo reduzindo a parasitemia nos animais em até 93,3%, apresentando menor mortalidade para os grupos tratados com cinchonina ligada ao cobre. A análise hitopatológica apresentou discreta esteatose hepática para a cinchonina e a cin+Cu, e infiltrado inflamatório leve no primeiro composto. Apesar dos resultados promissores, estudos futuros são necessários sobre o mecanismo de ação dos compostos no organismo e ação no bloqueio de transmissão das formas gametocíticas para o vetor.Dissertação Atividade antiproliferativa e citotóxica do óleo essencial e extrato hidroalcóolico provenientes da Lippia grata SCHAUER(2019-03-08) Costa, Sara Ester de Lima; Andrade, Vânia Sousa; ; ; Fernandes, José Veríssimo; ; Albuquerque, Cynthia Cavalcanti de;A Caatinga um bioma rico com uma flora bem adaptada ao seu clima predominante, o semi-árido, onde algumas dessas plantas possuem propriedades medicinais, destacando-se entre elas a Lippia grata (antiga Lippia gracilis), conhecida como alecrim-da-chapada. Essa espécie da família Verbenaceae é usualmente utilizada para tratamento de afecções de garganta e estômago, através chás e infusões. O objetivo do presente estudo foi avaliar a citotoxicidade e atividade anti-proliferativa decorrente do uso do óleo essencial e extrato hidroalcóolico da L. grata em linhagem celular de adenocarcinoma gástrico (AGS) in celula. Para isso, foi avaliada a viabilidade celular por meio da redução do brometo 3-(4,5-Dimetiltiazol-2-il)-2,5- difeniltretazólico (MTT), ensaio clonogênico e citometria de fluxo, bem como a análise dos componentes químicos presentes no óleo essencial através de cromatografia gasosa associada a espectrometria de massa. A viabilidade celular foi avaliada nos períodos de 24 h, 48 h e 72 horas nas concentrações de 125, 250, 500, 750 e 1000 µg/mL para a redução do MTT tanto nas células AGS quanto na linhagem celular normal, de fibroblasto murino (3T3). Foi observada morte celular semelhante para AGS no período de 48 h e 72 h e discretamente em 24 h, tanto em relação ao óleo quanto ao extrato; a linhagem 3T3 apresentou morte celular apenas na maior concentração no período inicial, e durante 48 h e 72 h valores semelhantes a partir da concentração de 500 µg/mL. O ensaio clonogênico revelou redução em 100% da formação de colônias das células AGS. A citometria de fluxo revelou que o tratamento das células AGS com 500 µg/mL por 48 h foi melhor utilizando-se o óleo em detrimento do extrato, revelando 54,4% e 14% de células em apoptose tardia, respectivamente. Os componentes majoritários da análise fitoquímica do óleo essencial foram carvacrol (49,9%) seguido do timol (15,7%). Os resultados revelam um alto potencial antiproliferativo e anti-cancerígeno do óleo essencial e extrato da L. grata frente à linhagem AGS, derivada do câncer gástrico, pela indução da apoptose, quando comparado às células 3T3, sugerindo sua citotoxicidade seletiva para células malignas. Estes resultados são promissores e motivam a realização de novos estudos com os produtos obtidos das folhas da L. grata, visando avaliar farmacologicamente se viáveis no tratamento dos distúrbios gástricos.Dissertação Atividade microbiana e citotóxica de óleo essencial e extratos orgânicos provenientes da Myracrodruon urundeuva (Aroeira-do-sertão)(2017-01-30) Araújo, Ítalo Diego Rebouças de; Andrade, Vânia Sousa; Fernandes, José Verissimo; http://lattes.cnpq.br/0816505737639163; Bastos, Lysete Maria de Assis; Rachetti, Vanessa de Paula SoaresAtualmente, vêm intensificando-se os estudos na área de química medicinal com intuito de elucidar novos fitofármacos, seja através da obtenção de extratos, frações, compostos isolados ou óleos essenciais que apresentem algum tipo de atividade biológica. Neste contexto, destaca-se a aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), da família Anacardiaceae, já estudada quanto ao potencial antimicrobiano, anti-inflamatório e cicatrizante. Motivado por novas alternativas terapêuticas, considerando a crescente resistência microbiana, esse estudo avaliou a atividade antimicrobiana de produtos naturais obtidos das folhas da referida planta. Dentre estes está um óleo essencial, que foi extraído por hidrodestilação, caracterizado por RMN e GC-MS, e avaliado quanto à citotoxicidade, além de extratos orgânicos, que foram analisados quanto à atividade antimicrobiana: metanólico liofilizado, obtido por decocção; clorofórmico e acetato de etila, extraídos à temperatura ambiente com seus respectivos solventes e filtrados sob pressão reduzida. A atividade antibacteriana foi avaliada pela técnica da microdiluição em caldo, na qual as CIMs foram determinadas utilizando CTT (cloreto de 2,3,5-trifenil-tetrazolium) como revelador do crescimento bacteriano, e as CBMs por meio da análise do crescimento do conteúdo dos poços em ágar BHI. A citotoxicidade do óleo foi avaliada pelo método do MTT, brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difenil tetrazólio. O óleo, na caracterização química, dentre os terpenos identificados, apresentou como constituinte majoritário o α-pineno (87,85%). Além disso, tal óleo mostrou atividade antibacteriana frente a todas as cepas testadas, onde para algumas destas ocorreu equivalência entre os valores de CIM e CBM, que foram de 0,22 mg/mL para Staphylococcus aureus, 0,44 mg/mL para Salmonella Enteritidis e 7 mg/mL para Pseudomonas aeruginosa. Já para Staphylococcus epidermidis a CIM foi 0,11 mg/mL e a CBM 0,22 mg/mL. Escherichia coli foi inibida com CIM de 0,88 mg/mL e CBM de 1,75 mg/mL. Equivalência entre CIM e CBM foi observada para extrato metanólico frente a S. epidermidis (9,75 mg/mL). Para S. aureus, a CIM deste extrato foi de 9,75 mg/mL e a CBM 78 mg/mL. Foram resistentes a tal extrato: E. coli, S. Enteritidis e P. aeruginosa. Os extratos clorofórmico e acetato de etila foram bacteriostáticos frente às cinco cepas, porém, o clorofórmico inibiu todas estas com CIM de 15 mg/mL, enquanto o acetato de etila apresentou CIMs de 7,56 mg/mL para S. aureus, 1,89 mg/mL para S. epidermidis, 15,12 mg/mL para S. Enteritidis e 30,25 mg/mL tanto para E. coli quanto para P. aeruginosa. Quanto à citotoxicidade, o óleo essencial comprometeu a viabilidade celular da linhagem Vero E6, apenas na maior concentração, 4,4 mg/mL, inibindo cerca de 93,91% em 24h e 94,26% em 48h. Nas células HeLa, em 24h o óleo nessa mesma dose, teve inibição de 21%, que após 48h aumentou para 44,3%, mostrando possível ação antitumoral. Para a linhagem de células não tumorais HEK-293, o óleo não exerceu efeito tóxico sobre as mesmas. Conclui-se que os resultados são promissores, abrindo perspectivas futuras dos produtos das folhas de M. urundeuva serem farmacologicamente viáveis.Dissertação Avaliação da atividade antiviral de extratos obtidos da folha e fruto de Morinda citrifolia contra o vírus dengue(2017-02-23) Moreira, Polyanna Silva; Machado, Paula Renata Lima; Farias, Kleber Juvenal Silva; http://lattes.cnpq.br/8904316209025915; http://lattes.cnpq.br/9744152746941991; Peres, Nalu Teixeira de Aguiar; http://lattes.cnpq.br/4016244616460875; Andrade, Vânia Sousa; http://lattes.cnpq.br/9327124853897215A dengue é uma arbovirose que afeta o homem, gerando uma problemática na saúde pública do mundo, especialmente em países tropicais os quais apresentam condições que favorecem a disseminação do mosquito Aedes aegypti. Atualmente, dentre as várias estratégias para controle da doença, ainda não se tem uma vacina eficaz ou um antiviral capaz de combater essa infecção. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade antiviral de extratos obtidos da folha e frutos da planta Morinda citrifolia L. em cultura de células Vero infectadas com vírus dengue-2 (DENV-2). Inicialmente foram obtidos os extratos brutos (hidroetanólico) e as respectivas frações: hexano, clorofórmio e acetato de etila, analisados por cromatografia. O teste de citotoxicidade do extrato bruto, resíduo aquoso e frações foram realizados em cultura de células Vero pelo método MTT, nas concentrações de 1000; 500; 250; 125; 62,5; 31,2 μg/mL. O ensaio antiviral foi conduzido através das seguintes estratégias: células infectadas com DENV-2 (controle positivo); células mantidas com meio de cultura (controle negativo); células infectadas com DENV-2 e tratadas com o extrato ou frações. Após cinco dias de infecção a viabilidade celular foi avaliada pelo método de MTT e o sobrenadante da cultura foi utilizado para quantificação viral por unidade formadora de placa (PFU). Os resultados demonstraram que a análise cromatográfica dos extratos e frações revelou bandas distintas e sugestivas de saponinas, terpenos e flavonoides. Tais extratos e frações não foram tóxicos para as culturas de células, com exceção do tratamento das células com a fração clorofórmio obtido da folha e as frações hexano e acetato de etila do fruto verde, levando a uma viabilidade próxima de 65%. No ensaio antiviral o controle positivo apresentou viabilidade celular em torno de 60% após cinco dias de infecção. No tratamento com os compostos obtidos da folha observou-se que ao adicionar a fração de acetato de etila às células infectadas, estas mantiveram uma viabilidade celular próximo a 100% na concentração de 1000μg/mL e a 85% nas concentrações de 500 e 250μg/mL. O tratamento com a fração hexano apresentou uma viabilidade superior ao controle positivo em todas as concentrações. No entanto, na fração clorofórmio, a viabilidade manteve-se elevada apenas nas concentrações de 500 e 250μg/mL. O extrato bruto e a fração residual aquosa não demonstraram atividade antiviral. As células tratadas com o extrato e as diferentes frações obtidas dos frutos maduro e verde, apresentaram de um modo geral uma viabilidade celular próxima de 100% nas concentrações de 500 e 1000 μg/mL no fruto maduro e apenas 1000 μg/mL no fruto verde, com exceção das células que foram tratadas com a fração clorofórmio, na qual não foi possível observar nenhuma diferença significativa quando comparado ao controle positivo. Na quantificação viral observou-se que as células tratadas com as frações hexano e clorofórmio obtidos da folha e também os extratos brutos obtidos dos frutos maduro e verde tiveram ação antiviral, resultando na diminuição total da carga viral. Finalmente, a partir desse estudo podemos identificar uma possível atividade antiviral dos compostos obtidos de Morinda citrifolia contra o vírus dengue.Dissertação Avaliação da atividade antiviral e imunomoduladora do Zinco em modelo de infecção por SARS-CoV-2 in vitro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-31) Gomes, Léa Isis Martins; Machado, Paula Renata Lima; https://orcid.org/0000-0002-3085-9778; http://lattes.cnpq.br/8904316209025915; http://lattes.cnpq.br/3628747214363132; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; http://lattes.cnpq.br/2644540835478572; Farias, Kleber Juvenal SilvaA infecção pelo SARS-CoV-2 pode desencadear uma resposta inflamatória exacerbada, caracterizada pela atividade excessiva do sistema imunológico na tentativa de proteger o organismo do patógeno. Ao reconhecer as partículas virais, é desencadeada uma resposta imunológica bem agressiva podendo provocar imunopatologias mediada pela liberação de citocinas pró-inflamatórias, além de eventos citopáticos nas células infectadas. O zinco (Zn) é um micronutriente essencial, que desempenha papéis fisiológicos importantes em processos celulares, desde a resposta imune, transdução de sinal, homeostase de organelas a proliferação celular, já sendo bem conhecido por desempenhar atividades antioxidante, anti-inflamatória, imunomoduladora e antiviral. Alguns estudos relacionam o papel antiviral do Zn a imunidade, atrelando sua eficácia contra a COVID-19. As propriedades antivirais do Zn podem ocorrer desde a redução da infecção viral, inibição de protease e polimerase virais. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antiviral do zinco em linhagens de células epiteliais pulmonares infectadas por SARS-CoV-2 e investigar a relação com marcadores inflamatórios e estresse oxidativo. Para isso, foi realizado ensaio in vitro, no qual células Calu-3 foram infectadas com SARS-CoV-2 e tratadas com diferentes concentrações de Zn e Cobalto (Co), o qual foi utilizado como controle codependente, e as células e sobrenadante foram coletados para avaliações da carga viral, viabilidade celular, parâmetros inflamatórios e de estresse oxidativo. Os resultados demonstram que o Zn foi capaz de inibir a replicação viral em Calu-3, além de apresentar um efeito anti-inflamatório pela diminuição de produção de IL-6 e TNF-a, diminuiu o estresse oxidativo e o perfil de morte celular. Esses dados sugerem que o Zn possui potencial efeito antiviral como terapia adjuvante e poderá fornecer proteção através da diminuição da inflamação pulmonar.Dissertação Avaliação da atividade inseticida do fluralaner (Exzolt®) administrado em galinhas contra triatomíneos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-07) Pereira, Luanderson Cardoso; Guedes, Paulo Marcos da Matta; http://lattes.cnpq.br/5445410844075357; http://lattes.cnpq.br/0214566514443012; Silva, Andressa Noronha Barbosa da; Sousa, Rita de Cássia Moreira deTriatoma infestans, Triatoma brasiliensis, Triatoma pseudomaculata e Rhodnius prolixus são vetores do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, e galinhas são importantes fontes de alimentação para esses insetos em ambiente antrópico. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade inseticida do fluralaner (Exzolt®) administrado em galinhas contra triatomíneos (R. prolixus, T. infestans, T. brasiliensis e T. pseudomaculata). Doze galinhas (Gallus gallus domesticus) sem raça definida foram randomizadas, de acordo com o peso, em três grupos: Grupo 1- controle não tratado (n=4); Grupo 2 - dose única de 0,5mg/kg de fluralaner (Exzolt®) (n=4); e Grupo 3 - duas doses de 0,5mg/kg de fluralaner (Exzolt®) (n=4). Posteriormente, foram submetidas a repasto sanguíneo utilizando ninfas (n=10) de 3o,4o e 5 o estádios de T. infestans, T. brasiliensis, T. pseudomaculata e R. prolixus antes do tratamento e 1, 7, 14, 21, 28, 35 e 56 dias após o tratamento. Após o repasto sanguíneo foi determinada a eficiência de alimentação e a mortalidade das ninfas de triatomíneos. Os resultados demonstram maior sucesso na alimentação para R. prolixus, seguido por T. infestans, T. brasiliensis e T. pseudomaculata, respectivamente. O tratamento de galinhas com fluralaner não afeta a taxa de alimentação sanguínea dos triatomíneos. O tratamento com duas doses de fluralaner apresentou maior atividade inseticida para R. prolixus, T. infestans e T. brasiliensis, comparado ao tratamento com dose única. Eficácia inseticida semelhante foi observada para T. pseudomaculata utilizando tratamento com uma ou duas doses de fluralaner. A atividade inseticida do fluralaner (Exzolt®) contra triatomíneos foi observada até 21 e 28 dias após o tratamento com uma e duas doses, respectivamente. Nossos resultados demonstram que o tratamento de galinhas com fluralaner (Exzolt®) induz atividade inseticida contra triatomíneos até 28 dias após o tratamento e poderia ser utilizado como medida de controle da doença de Chagas em áreas endêmicas.Dissertação Avaliação da expressão de receptores da imunidade inata durante a infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi utilizando cepas/isolados com diferentes graus de virulência e patogenicidade(2016-01-29) Queiroga, Tamyres Bernadete Dantas; Guedes, Paulo Marcos da Matta; ; ; Camara, Antonia Claudia Jacome da; ; Andrade, Cléber de Mesquita;Estudos recentes têm demonstrado a importância de receptores do tipo Toll (TLRs) e do tipo NOD (NLRs) na resistência à infecção experimental pelo Trypanosoma cruzi. Entretanto, não existem trabalhos que correlacionem a expressão diferencial desses receptores em camundongos durante à infecção por cepas com diferentes graus de virulência e patogenicidade. Com a finalidade de compreender melhor o papel desses receptores na resistência ou susceptibilidade à infecção experimental pelo T. cruzi, camundongos Swiss Webster foram infectados com 1x104 tripomastigotas sanguíneos das cepas/isolados pertencentes aos seis grupos genéticos: Colombiana (Tc-I), Y (Tc-II), PL 1.10.14 (Tc-III), AM 64 (Tc-IV), 3253 (Tc-V) e CL (Tc-VI). Características biológicas inerentes as diferentes cepas/isolados foram avaliadas (parasitemia, sobrevivência e polimorfismo de formas tripomastigotas), juntamente com a expressão de receptores da imunidade inata (TLR1, TLR2, TLR3, TLR4, TLR5, TLR6, TLR7, TLR8, TLR9, NOD1, NOD2 e NALP3), suas moléculas adaptadoras (TRIF, MyD88, RIP2, ASC e Caspase-1), citocinas (IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12p35, IL-12p40, IL-18, IFN-g e TNF-α) e da enzima iNOS em tecido muscular cardíaco. As cepas Y e Colombiana apresentaram os maiores picos de parasitemia e geraram 100% de mortalidade nos animais. A cepa CL e o isolado PL 1.10.14 apresentaram picos intermediários de parasitemia e geraram 70% de mortalidade nos camundongos infectados. Por outro lado, a cepa AM64 e o isolado 3253 geram os menores picos de parasitemia e 100% dos animais sobreviveram a infecção. Animais infectados com as cepas Y e Colombiana do T cruzi, cepas muito virulentas e patogênicas, apresentam elevada expressão de RNAm de NALP3, caspase-1, IL-1β, TNF-α e iNOS na musculatura cardíaca. Por outro lado, apresentam redução na expressão de RNAm de TLR4, TLR5, TLR9, TRIF, IL-6 e IL12p35 quando comparado aos demais grupos de animais infectados com cepas que apresentam menor virulência e patogenicidade. Ainda foi observado uma correlação negativa entre a expressão de RNAm de TLR4 e IL-6 e a quantidade de formas tripomastigotas sanguíneas. Os dados sugerem que as cepas Y e Colombiana, virulentas e patogênicas, induzem a inibição na expressão de RNAm de TLR4, TLR5, TLR9 e TRIF e levam ao aumento na expressão de RNAm de NALP3, caspase-1, IL-1β, TNF-α e iNOS na musculatura cardíaca podendo contribuir para a susceptibilidade a infecção.Dissertação Avaliação da expressão de receptores da imunidade inata em linhagens de camundongos suscetíveis e resistentes a infecção pelo Schistosoma mansoni(2016-01-29) Lima, Janete Cunha; Guedes, Paulo Marcos da Matta; Melo, Alan Lane de; ; http://lattes.cnpq.br/5549358735432795; ; http://lattes.cnpq.br/5445410844075357; ; http://lattes.cnpq.br/4092310916480803; Câmara, Antonia Cláudia Jácome da; ; http://lattes.cnpq.br/5445255186647578; Andrade, Cléber de Mesquita; ; http://lattes.cnpq.br/6366550343886595O presente estudo objetivou avaliar a expressão dos receptores da imunidade inata em linhagens de camundongos suscetíveis e resistentes à infecção pelo Schistosoma mansoni. Cerca de 30 cercárias da cepa LE do S. mansoni foram inoculadas por via subcutânea em camundongos machos das linhagens Balb/c, C57BL/6 e Swiss. Duas, sete, 12 e 16 semanas após a infecção (SAI) os camundongos foram mortos e quando possível foram avaliados os seguintes parâmetros: parasitismo (por meio de perfusão hepática), oograma, presença de granulomas hepáticos, e expressão do RNA mensageiro (RNAm) de citocinas da imunidade inata (IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12p35, IL-18 e TNF-α), dos receptores do tipo Toll (TLR1, TLR2, TLR3, TLR4, TLR5, TLR6, TLR7, TLR8, TLR9), dos receptores do tipo Nod (NALP1 e NALP3) e moléculas adaptadoras (Myd88, ASC, Caspase-1) em tecido hepático, por meio de PCR em tempo real. Camundongos Balb/c e C57BL/6 apresentaram sobrevivência de 70%, enquanto camundongos Swiss apresentaram sobrevivência de 100%, quando avaliados até 16 SAI. Em duas SAI os camundongos Swiss apresentaram maior expressão do RNAm de NLRP1, NLRP3, Caspase-1, IL-1β e IL-18, quando comparados aos Balb/c e C57BL/6. Os animais das linhagens Balb/c e C57BL/6 apresentaram maior expressão do RNAm de TLR2, TLR3, TLR5, NLRP3 e ASC em sete SAI, quando comparados aos Swiss. Em adição, a linhagem Balb/c apresentou expressão aumentada do RNAm de TLR6, TLR7, TLR9, Myd88, NLRP1 e TNF-α. Ademais, camundongos Swiss apresentam menor quantidade de parasitos adultos no sistema porta hepático e menor quantidade de ovos no fragmento íleo distal, em sete e 12 SAI, quando comparados aos C57BL/6 e Balb/c. Em conclusão, os camundongos C57BL/6 e Balb/c apresentam expressão elevada dos receptores TLRs e NLRs em sete SAI (início da oviposição), sugerindo maior suscetibilidade a infecção, com consequente aumento na taxa de mortalidade nestes animais. Outrossim, camundongos Swiss apresentam acentuado perfil inflamatório inicial (em duas SAI), o que poderia auxiliar no controle do parasitismo. E a supressão da ativação dos receptores e citocinas da imunidade inata, em sete SAI, poderiam ocasionar menor mortalidade e maior resistência à infecção neste período.Dissertação Avaliação da infecção por Trypanosoma cruzi em triatomíneos em municípios considerados de alto risco de transmissão no Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-20) Silva, Odair José Queiroz da; Câmara, Antonia Cláudia Jácome da; Silva, Andressa Noronha Barbosa da; https://orcid.org/0000-0001-7337-9320; http://lattes.cnpq.br/5445255186647578; https://orcid.org/0009-0004-9161-1081; http://lattes.cnpq.br/5721162971304714; Vieira, Thallyta Maria; Guedes, Paulo Marcos da MattaO estado do Rio Grande do Norte (RN) é endêmico para a doença de Chagas, apresentando 36 municípios de alto risco de transmissão do Trypanosoma cruzi. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência da infecção natural por T. cruzi em triatomíneos capturados em ambiente silvestre e unidades domiciliares (UDs) nos municípios de alto risco de transmissão do parasito no RN. Os triatomíneos foram coletados nas UDs e ambiente silvestre, identificados e o conteúdo intestinal foi analisado por exame direto, xenocultura e PCR do kDNA para a detecção do parasito. Um total de 22 UDs foram investigadas, sendo 14 no município de São Tomé e seis em Sítio Novo, e a presença de triatomíneos foi registrada em 21,4% (3/14) e 16,7% (1/6), respectivamente. O município de São Tomé apresentou um percentual elevado de triatomíneos infectados, correspondendo a 14,2%. Nas UDs, 40 espécimes de triatomíneos foram capturados e a única espécie identificada foi Triatoma brasiliensis, com índice de infecção natural por T. cruzi foi de 7,5%. No ambiente silvestre, a maior diversidade de espécies foi encontrada na ESEC-Seridó, onde foram capturados exemplares de T. brasiliensis, Triatoma pseudomaculata, Panstrongylus lutzi e Triatoma sp. Triatoma brasiliensis foi a espécie mais capturada tanto na ESEC-Seridó quanto em Sítio Novo. Esses dados ressaltam a importância da vigilância e controle constantes nos municípios de alto risco para prevenir a transmissão do T. cruzi para os seres humanos e animais.Dissertação Avaliação da presença de triatomíneos e distribuição de DTUs Trypanosoma cruzi em diferentes mesorregiões do Rio Grande do Norte, Brasil(2020-03-03) Honorato, Nathan Ravi Medeiros; Câmara, Antônia Cláudia Jácome da; Silva, Andressa Noronha Barbosa da; ; ; ; Bartholomeu, Daniella Castanheira; ; Gama, Renata Antonaci;Este trabalho avaliou a presença, a distribuição de triatomíneos e unidades distintas de tipagem (DTUs, Discrete Typing Units) do Trypanosoma cruzi isolados de vetores em diferentes mesorregiões do estado do Rio Grande do Norte (RN). As buscas ativas dos triatomíneos foram realizadas em áreas rurais de 21 municípios, 71 comunidades rurais e 345 unidades domiciliares no período de 2015 a 2019. A genotipagem foi realizada pelos marcadores do gene mitocondrial da subunidade 2 do citocromo oxidase (CO II), domínio divergente D71 do gene 24Sα do DNA ribossomal (rDNA) e espaçador intergênico dos genes miniexon (SL-IR).A infestação foi observada em 7,5% (26/345) dos intradomicílios e em 16,2% (56/345) dos peridomicílios pesquisados. A presença de ninfas no peridomicílio foi observada em 94,7% (45/47) das unidades domiciliares infestadas, indicando colonização neste ambiente. Um total de 1.084 triatomíneos foram capturados em ambientes antrópicos e silvestres, sendo o Triatoma brasiliensis (84,5%) a espécie mais encontrada, seguida de Triatoma pseudomaculata (14,9%), Panstrongylus lutzi (0,5%), Rhodnius nasutus (0,1%). O T. brasiliensis foi a única espécie encontrada no intradomicílio, peridomicílio e ambiente silvestre, e também infestou a maior variedade de ecótopos. A infecção natural pelo T. cruzi foi observada em 11% (96/872) triatomíneos, sendo T. brasiliensis a espécie com maior número de exemplares (95,0%). Dos 96 triatomíneos infectados, foi possível isolar o parasito de 33 (34,4%) amostras, todas foram genotipadas. A DTUI: haplótipo A no COII, rDNA 2 e SL-IR com 150pb foi identificada em 51,5% (17/33) dos isolados do parasito no peridomicílio infectando T. brasiliensis nas três mesorregiões estudadas, e T. pseudomaculata, na mesorregião Oeste. A DTU II: haplótipo C no COII, rDNA 1, SLIR com 150pb foi observado em 9,1% (3/33) dos isolados em T. brasiliensis apenas na mesorregião Central tanto no peridomicílio quanto em ambiente silvestre. Enquanto a DTU III: haplótipo B no COII, rDNA 2, SL-IR com 200pb estava em 27,3% (9/33) das amostras e também foi encontrada em todas as mesorregiões, no intradomicílio na mesorregião Oeste, em áreas silvestres no Centro e em peridomicílio no Agreste. A proximidade e até sobreposição de áreas de ocorrência dos genótipos foi observada em várias áreas. Em Caicó, este fato foi evidenciado pela detecção de infecções mistas com TcI e TcII. Estes resultados mostram que o T. brasiliensis continua sendo a espécie com maior importância epidemiológica no semiárido do RN, devido à ampla distribuição geográfica, alto grau de adaptação aos diferentes ambientes, ecótopos, elevado índice de infecção natural pelo T. cruzi e a diversidade de DTUs, e reforçam a necessidade de vigilância entomológica contínua no estado, a fim de impedir o contato desta espécie com os seres humanos e animais domésticos.Dissertação Avaliação da resposta imune em ovinos após imunização com antígenos SAG1, SAG2 e SAG3 candidatos à vacina anti-Toxoplasmose(2016-01-22) Meira, Valber Rudnelly; Andrade Neto, Valter Ferreira de; ; ; Bezerra, Ana Carla Diogenes Suassuna; ; Medeiros, Lilian Giotto Zaros de;A Toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Os ovinos, dentre os animais de produção, configuram-se como uma das espécies que apresentam uma maior susceptibilidade a este parasito, sendo um importante agente envolvido na ocorrência de abortos entre animais ruminantes, provocando perdas econômicas significantes e repercussões na saúde pública, uma vez que o consumo de produtos de origem ovina constituem-se como uma importante fonte de infecção para o homem. Neste estudo foram coletadas amostras de sangue de 90 ovinos em 02 fazendas situadas nos municípios de Macaíba e de Ceará Mirim, região metropolitana de Natal, Estado do Rio Grande do Norte. Os animais incluídos nesse estudo foram selecionados sorologicamente por ELISA e HAI e a resposta imune humoral dos ovinos imunizados com adenovírus recombinantes codificando SAGs foi avaliada por ELISA. A soroprevalência encontrada na Escola de Jundiaí foi de 50%, enquanto que na Fazenda Lanila foi de 25,6%.Provavelmente o manejo dos animais nessas fazendas está associado com a diferença de positividade observada.Os resultados preliminares mostram que nosso protocolo de imunização, avaliado 30 dias após a primeira dose, mostrou capacidade em estimular a produção de IgG total específicos contra os antígenos SAGs de T.gondii e que são importantes mecanismos de defesa principalmente do ponto de vista congênito e durante fase crônica da doença, especificamente AdSAG1, bem como não foram observadas alterações clínicas relevantes entre os animais vacinados. Estudos mais específicos são necessários para esclarecer de forma mais específica o impacto que tal regime de imunização exerce tanto na capacidade de proteção contra a parasitose e sobretudo se acarreta ou não algum dano a saúde do animal.