PPGFIL - Doutorado em Filosofia
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Tese Uma abordagem culturalista de Kierkegaard: o existencialismo cristão e a verdade da subjetividade(2016-11-17) Oliveira, Lauro Ericksen Cavalcanti de; Erickson, Glenn Walter; ; ; http://lattes.cnpq.br/8447713849678899; Hurtado, Jordi Carmona; ; http://lattes.cnpq.br/5749338796825826; Lima, Jorge dos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/1025007884170375; Capistrano, Pablo Moreno Paiva; ; http://lattes.cnpq.br/4190976774852728; Nunes, Tassos Lycurgo Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/5591762841657455Aborda o pensamento de Søren Kierkegaard em seus vários aspectos, eminentemente na questão da subjetividade e da verdade. Faz interconexões teóricas entre o pensamento de alguns autores contemporâneos como, Martin Heidegger, Ludwig Wittgenstein e as ideias de Kierkegaard. Destaca o caráter anti-metafísico do existencialismo cristão de Kierkegaard como uma posição teológica relevante para a compreensão da filosofia contemporânea atual. Objetiva, de modo mais geral, abordar a possibilidade de uma hermenêutica existencial centrada na subjetividade e como essa compreensão interna e sua relação com Deus fornece elementos formadores da verdade. Objetiva, de maneira mais específica, discorrer sobre a dialética hegeliana utilizada por Kierkegaard em oposição ao sistema conceitual de Hegel e as noções políticas e estéticas decorrentes; aprofundar a perspectiva culturalista dos estádios da vida em Kierkegaard; verificar a apropriação da influência kierkegaardiana em Heidegger e Wittgeinstein. Metodologicamente, recorre-se a uma revisão bibliográfica qualitativa das obras de Kierkegaard, fazendo análises comparativas com outros pensadores contemporâneos. Resulta em determinações pós-filosóficas de cunho subjetivista como forma de compreensão da realidade. Conclui que o estudo do pensamento kierkegaardiano não se resume apenas a um viés histórico de sua abordagem, contribuindo tal adensamento para uma melhor compreensão da realidade cultural hodierna sob um ponto de vista múltiplo e relativista.Tese Uma abordagem semântico-pragmática para classificação e definição de quantificadores(2020-02-28) Costa, David Gomes; Alves, Daniel Durante Pereira; ; ; Silva, Adriano Marques da; ; Pontes, André Nascimento; ; Feitosa, Hércules de Araújo; ; Gorsky, Samir Bezerra;Expressões quantificadoras estão na história da filosofia e da lógica pelo menos desde a criação do silogismo por Aristóteles. Outro momento central na história dessas expressões é o desenvolvimento do sistema formal do Begriffsschrift de Frege. Em seu trabalho, o autor inclui axiomas para quantificação sobre objetos individuais e conceitos. Sendo os quantificadores também um tipo de conceito, ele os denomina “conceitos de segundo nível”. Com o advento da teoria dos modelos (na década de 1950) a noção semântica de “interpretação” promove uma revolução copernicana neste campo de estudo e na maneira de definir os “conceitos” fregeanos, com ênfase nas expressões quantificadoras. Tal revolução não consiste simplesmente em uma nova forma de apresentar os quantificadores de Frege, mas possibilitou uma ampliação na variedade de quantificadores que podem ser implementados. Essa abertura a novas possibilidades é devida, basicamente, aos trabalhos de Mostowski (1957) e Lindström (1966) que desenvolvem a noção de quantificação generalizada. Existem, no entanto, limites tanto nessa implementação quanto na interpretação de certos quantificadores de línguas naturais. A dependência de uma expressão a um contexto é uma das barreiras que a linguagem natural impõe à lógica formal. Nesse sentido Grice em 1975 abre espaço em seu Logic and Conversation para um outro olhar sobre a “lógica da linguagem ordinária”. O presente trabalho se propõe a uma análise nas diversas tentativas de formalização de quantificadores em linguagens naturais. Partimos de uma abordagem que investigue aspectos lógicos e pragmáticos dos quantificadores. Visamos uma classificação de quantificadores que acreditamos ser capaz de elucidar questões sobre os limites de definições destas expressões.Tese A ambiguidade do processo de legitimação democrática em Habermas: uma leitura crítica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-25) Leitão Filho, Adalberto Ximenes; Dela-Savia, Sérgio Luís Rizzo; https://orcid.org/0000-0002-5012-9190; http://lattes.cnpq.br/3569074915058707; http://lattes.cnpq.br/5430878047068145; Pinzani, Alessandro; Silva, Felipe Gonçalves; Rouanet, Luiz Paulo; Caux, Luiz Philipe Rolla deO objetivo de nosso trabalho é demonstrar a possibilidade de conciliação entre o procedimentalismo habermasiano e o princípio da justiça social, especialmente, quando este estiver associado ao projeto civilizatório, emancipador e humanista da Modernidade. Para tanto, realizamos uma leitura crítica do processo de legitimação da teoria da democracia de Habermas, exposta em Direito e democracia: entre facticidade e validade, ancorada na ambiguidade acerca da questão da justiça social. Contrapomos a teoria democrática “madura” de Habermas com sua ampla perspectiva política, presentes nos textos políticos pré e pós Direito e democracia: entre facticidade e validade, e com os princípios teóricos sob os quais ela se assenta, além, de nos valermos das observações críticas de importantes comentadores e intérpretes especializados. Nossa tese é a de que o princípio da justiça social pode ser encontrado, e justificado, nas premissas e na perspectiva geral da teoria política habermasiana, que aspira alcançar a antiga promessa do projeto de uma sociedade livre, igual, justa, racional e auto-organizada. A teoria democrática de Habermas em Direito e democracia: entre facticidade e validade elenca duas fontes de legitimação que serão contraditas por ele em textos posteriores, onde se ressalta que não haveria legitimidade democrática sem justiça social. Isto nos levou ao seguinte dilema: esta ambiguidade aponta para uma contradição grave na teoria democrática ou é uma simples retórica, haja vista que Habermas se mantêm fiel às suas premissas centrais? É possível pensar uma democracia radical e uma sociedade igual, livre e justa sem justiça social? Devemos simplesmente, para isso, abandonar a argumentação sobre a legitimação democrática contida em Direito e democracia: entre facticidade e validade? A favor da posição de Direito e democracia: entre facticidade e validade encontra-se a constatação de direitos fundamentais sociais. A seu desfavor, a crítica excessiva a esses direitos, a rejeição do Estado de bem-estar social e, ainda, a ausência de uma proposta substituta. Argumentamos que a solução deste dilema passa pela compreensão dos direitos sociais como direitos fundamentais imprescindíveis e pelo entendimento de que um projeto político é também um projeto civilizatório, que, enquanto tal, não frutifica sem sensibilidade social perante o próximo e sem a institucionalização de um Estado social. Nosso trabalho contribui para preencher uma lacuna de uma importante problemática, até então secundarizada, do pensamento político habermasiano, que trata sobre a imprescindível e urgente reflexão sobre os fundamentos normativos da legitimação democrática, tão duramente contestados na sociedade contemporânea.Tese Análise do conceito de natureza em Kant(2017-12-01) Oliveira, Carlos Moisés de; Nahra, Cinara Maria Leite; ; ; Klein, Joel Thiago; ; Guedes, Jozivan; ; Madrid, Nuria Sánchez; ; Alcoforado, Rogério Emiliano Guedes;O presente trabalho busca analisar o conceito de natureza na obra de Immanuel Kant, para tanto iniciaremos com o conceito mecânico-causal, estabelecido na crítica da razão pura, como pressuposição fundamental para lidar com questões como a da possibilidade do conhecimento e da ciência, posteriormente abordamos o conceito de natureza suprassensível expresso na crítica da razão prática, com o qual Kant demonstra que determinadas formas naturais de comportamentos não podem ser circunscritas ou reduzidas a um esquema mecânico-causal, conclusão que se não compreendida adequadamente pode levar à separação entre os mundos sensível e suprassensível. Na segunda crítica é-nos apresentado apenas que esses mundos não são contraditórios, mas a resolução a essa aparente ambiguidade será desenvolvida por intermédio do conceito de natureza como totalidade orgânica presente na crítica da faculdade do juízo que se apresenta como um princípio regulativo do entendimento capaz de unificar os anteriores sentidos de natureza ou os mundos sensível e inteligível. Com esses conceitos estabelecidos indagamos sobre a possibilidade de um quarto conceito presente na complexidade da relação todo organizante entre homem e natureza, decorrente dessa análise compreendemos que um quarto conceito não poderia se sustentar a partir da ideia de complexidade, mas que por intermédio dessa ideia somos orientados a defender um conceito de natureza que construímos moldando o caráter da espécie para agir em conformidade com os ideias da razão pura prática, isto é, o ser humano (espécie) apresenta um caráter que ele mesmo forma e se ele mesmo forma, então pode ser modificado, pode melhorar em vista ao aprimoramento moral. Uma natureza que se articula com o homem para produzir nele uma natureza moral digna de felicidade.Tese O animal simbólico: simbolismo em Ernest Cassirer e Susanne Langer(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-04-27) Dantas, Leandro Fernandes; Alves Neto, Rodrigo Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/7983480785136119; http://lattes.cnpq.br/8609763464936124; Moraes, Francisco José Dias de; Passos, Fábio Abreu dos; Dias, Lucas Barreto; Pisseta, ÉcioEste estudo analisa os principais desenvolvimentos da teoria dos símbolos, ou filosofia das formas simbólicas, pioneiramente expressa na obra do filósofo alemão Ernest Cassirer e posteriormente desenvolvida pela obra da filósofa norte americana Susanne Langer. Refletimos sobre o caráter basilar do simbolismo na constituição humana dos significados que permeiam as formas variadas da cultura. Além disso, de um ponto de vista privado ou individual, consideramos o modo como os símbolos “configuram” a apreensão da realidade em matizes cognitivos e emocionais. A linguagem, o mito, a religião, a arte e o conhecimento são os produtos da capacidade de simbolização, que de modo geral constitui a cultura. A utilização de símbolos se torna um delimitador entre a condição humana e a animal, na medida em que por via do simbolismo os seres humanos podem adiar suas respostas aos estímulos do ambiente, enquanto os animais reagem a eles de maneira impulsiva. Os seres humanos possuem ideias implícitas, crenças subjacentes, nunca questionadas, numa palavra, cosmovisões que permeiam nosso comportamento e pensamento diante das coisas. Essas vias conceituais funcionam como “trilhos” previamente dispostos por onde o intelecto que compreende os fenômenos da realidade pode mover-se e seguir direções determinadas. Mas, a realidade é complexa, isto é, possui múltiplos aspectos e dimensões. Por isso nossa linguagem, longe de apontar para algum substrato absolutamente verdadeiro nos objetos, limita-se a enfatizar aspectos particulares das coisas. A experiência humana com os objetos não pode nunca ser reduzida a algum viés específico de simbolização, como a abstração de fórmulas científicas; porque nunca podemos separar a percepção do objeto das qualidades de sentimento que acompanham essa percepção. Cada aspecto das múltiplas experiências humanas tem uma reinvindicação à “realidade”, e cada forma de simbolização garante ao ser humano a possibilidade de “estabilização” e “consolidação” das nossas percepções e pensamentos, diante de um mundo em constante mutação.Tese Antecedentes histórico-filosóficos da problemática do tempo e do mal no Freiheitsschrift de Schelling: aproximações gnósticas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-06-14) Fernandes, Edrisi de Araújo; Bonaccini, Juan Adolfo; ; http://lattes.cnpq.br/1832122126753450; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Erickson, Glenn Walter; ; Macedo, Monalisa Carrilho de; ; http://lattes.cnpq.br/1111715712985263Esta tese objetiva contribuir para um melhor entendimento da relação entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift de Schelling, a partir de aproximações desde o Gnosticismo. Para tanto, antes de começar a tratar dessa relação far-se-á uma revisão da questão do Gnosticismo (capítulo I) corrente de pensamento essencialmente preocupada com a problemática do tempo e permeada pela crença em uma natureza má da criação, e que alegadamente teria influenciado de modo significativo algumas ideias de Schelling. Seguir-se-á uma avaliação das aproximações entre Gnosticismo, gnose e pensamento alemão (capítulo II) e outra particularmente dedicada às aproximações schellinguianas ao Gnosticismo (capítulo III). Analisar-se-á então o Freiheitsschrift como texto onde Schelling, tendo feito uma apropriação muito particular do Gnosticismo, vai além da teodicéia kantiana (capítulo IV). Interrogar-se á então (capítulo V) se algumas ideiaschave da filosofia schellinguiana (sobre a gnose, a criação, a dualidade, o tempo, o mal) são concebidas de um modo essencialmente distinto daquele do Gnosticismo histórico, apesar do muito que se disse em contrário. Apresentar-se-á em seguida a proposta de uma chave Platônica-plotiniana para o entendimento das relações entre o tempo e o mal no Freiheitsschrift (capítulo VI), passando-se logo em seguida às considerações conclusivas (capítulo VII). Constata-se que o Gnosticismo e o Neoplatonismo constituem sistemas por vezes convergentes entre si, e que o pensamento alemão é um dos espaços dessa convergência. Não obstante essa constatação, é possível afirmar que o pensamento schellinguiano, com sua valorização do tempo e de uma certa percepção do mal, é essencialmente antignóstico, a despeito de algumas observações em contrárioTese O aprimoramento cognitivo como bem primário em Rawls(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-04) Oliveira Neto, Fortunato Monge de; Nahra, Cinara Maria Leite; ; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; ; http://lattes.cnpq.br/7307691547383207; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Oliveira, Erico Andrade Marques de; ; http://lattes.cnpq.br/0725459534795685; Dutra, Delamar José Volpato; ; http://lattes.cnpq.br/7826882124566360; Oliveira Júnior, Nythamar Hilário Fernandes de; ; http://lattes.cnpq.br/3541527557611037A tese principal a ser demonstrada neste trabalho é a de que o aprimoramento cognitivo por meio do uso de fármacos pode ser incluído como um bem primário dentro do pensamento de Rawls. Para isso, o texto estrutura-se em duas partes. A primeira parte pretende descrever a teoria da justiça como equidade em seus elementos diretamente relacionados com os bens primários. A primeira informação a ser constatada é a unidade da noção de bens primários em toda a obra de Rawls. Alguns elementos são modificados, como por exemplo a distinção entre bens primários naturais e sociais. Os bens primários naturais são: a inteligência, a saúde, a imaginação, o vigor e a oportunidade (sorte) e os bens primários sociais são: direito e liberdade, oportunidades e poder, renda e riqueza e as bases sociais do autorrespeito. A percepção de alguns talentos como a inteligência também sofreu alteração, passando de ‘maior inteligência’ para uma ‘inteligência educada’. Isso ressalta a educação como bem primário que perpassa toda a obra de Rawls em perspectivas diferentes. A liberdade e o autorrespeito são bens-primários sociais que também serão aprofundados. Na segunda parte apresenta-se a definição de aprimoramento e como a distinção entre aprimoramento e tratamento é polêmica. da parte apresenta-se a definição de aprimoramento e como a distinção entre aprimoramento e tratamento é polêmica. Assim aprofundamos os problemas relacionados a prática do aprimoramento (enhancement) mostrando como os conceitos de bens primários de Rawls como a liberdade e o autorrespeito não estão em oposição a prática do aprimoramento, particularmente do aprimoramento cognitivo (cognitive enhancement) . Mostramos, ao contrário, que a proibição do aprimoramento cognitivo poderia levar a negação desses bens primários. Mas como poderíamos considerar o aprimoramento cognitivo como um bem primário social? O que fazemos nesta tese é mostrar como o aprimoramento cognitivo é importante para garantir que os bens primários sejam acessíveis aos cidadãos, bem como reconstituímos o processo que Rawls utiliza para a escolha de seus bens primários e verificarmos que o aprimoramento cognitivo através de fármacos poderia perfeitamente ser inserido como tal.Tese Aproximações e distinções entre Kant e Habermas a partir do pensamento cosmopolita(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-10) Pereira Júnior, José Jurandir; Menezes, Antônio Basílio Novaes Thomaz de; https://orcid.org/ 0000-0001-7841-2118; http://lattes.cnpq.br/5195640047312319; http://lattes.cnpq.br/1154678469138069; Caux, Luiz Philipe Rolla de; https://orcid.org/0000-0002-2458-5563; http://lattes.cnpq.br/5935263169414879; Consani, Cristina Foroni; Dutra, Delamar José Volpato; Klein, Joel ThiagoA presente tese pretende contribuir com a pesquisa sobre Kant e Habermas, envolvendo as suas distinções e aproximações no campo da filosofia política, em especial no tocante ao pensamento cosmopolita. Na discussão dessa problemática, requer-se uma análise sobre a crítica de Habermas ao déficit e atualização da teoria cosmopolita do filósofo Kant. Isto é, o trabalho volta-se sobre o debate que questiona se Habermas responde ou não a crítica do pensamento cosmopolita em relação à proposta kantiana. Nessa perspectiva, tornou-se importante destacar argumentos que alegam não ser possível alcançar tais elucubrações apenas pela perspectiva liberal clássica e republicana do pensamento político de Kant. O trabalho apresenta, portanto, os esforços por parte de Habermas em direção ao resgate do pensamento cosmopolita kantiano a partir de uma premissa histórica, ressaltando a posição desse autor frente ao quadro histórico e dados reais do mundo contemporâneo. Como por exemplo, nas seguintes questões: o formato das Nações Unidas supera a conjectura cosmopolita de Kant sobre a liga das nações ou houve erro na formulação teórica de Kant? Habermas parte também da problemática que procura explicar se o filósofo Kant tinha uma concepção de soberania de Estado nação muito forte. Será que por causa dessa concepção de Estado nação forte, não existe a autorização para que haja intervenção em nome dos direitos humanos? Para tentar responder essas e outras questões, a tese possui ainda como escopo encontrar o pressuposto da primazia dos conceitos políticos de uma sociedade plural e cosmopolita. Nesse sentido, a premissa histórica de Habermas (2018) carece de profundidade devido ao Projeto Cosmopolita possuir uma séria dificuldade de ser implantado pelo motivo de mais uma vez advir da imposição de um processo civilizatório que contraria a realidade histórica, social e cultural fora do Ocidente. Com mais essa problemática, na tentativa do alcance das hipóteses, destaca-se o argumento sobre a posição minimalista pela premissa histórica em Habermas, sendo possível vê-la na ideia já existente de um fórum para discutir conflitos entre as nações, como acontece com a ONU. Apesar disso, o filósofo evidencia esforços para uma posição maximalista, sobrevinda do construto da razão, que idealiza a possibilidade de um Estado mundial, tendo em vista que o direito implica também coerção em relação ao contrato global realizado entre as nações em seus aspectos supranacional e transnacional. A tese conclui demonstrando que Habermas tenta corrigir o déficit democrático da soberania popular à luz da premissa histórica na sua teoria discursiva e política, principalmente em relação à teoria liberal e republicana de Kant. Indica, assim, uma Democracia Constitucional que abre as portas para uma cidadania multicultural, tendo como escopo o alcance do Projeto Cosmopolita.Tese O argumento dos contrários e a hipótese sobre a imortalidade no Fédon de Platão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-02-20) Costa Júnior, Lourival Bezerra da; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; ; http://lattes.cnpq.br/3894235776240035; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Santos, José Gabriel Trindade; ; http://lattes.cnpq.br/9241627347381067; Costa, Admar Almeida da; ; http://lattes.cnpq.br/8649832887633328; Augusto, Maria das Gracas de Moraes; ; http://lattes.cnpq.br/2215674993892252Este trabalho tem como objetivo geral mostrar que no Fédon de Platão, a associação entre o argumento dos contrários e o argumento da reminiscência (72e 77e) seguida da analogia da investigação do eclipse do sol (99d-102a), que serve de modelo ao método de investigação ideal mostra que o método naturalista de investigação direta dos fenômenos (99c-100b) não conduz, necessariamente, ao verdadeiro conhecimento. Como método, adotou-se uma leitura comparativa e uma interpretação por aproximação do texto fonte. O resultado aqui obtido é a noção de como se dá o conhecimento no referido diálogo. Como conclusão se afirma que, nessa obra o conhecimento é uma espécie de recordação que se dá como reciprocidade entre um processo negativo de cognição e o estado cognitivo inatoTese Os argumentos transcendentais: Kant e o problema de Hume(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-05-11) Lima, Túlio Sales Souza; Bonaccini, Juan Adolfo; ; http://lattes.cnpq.br/1832122126753450; ; http://lattes.cnpq.br/3913710050478082; Faggion, Andréa Luisa Bucchile; ; http://lattes.cnpq.br/1145199922457791; Assis Neto, Fernando Raul de; ; http://lattes.cnpq.br/2343862670428432; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Perez, Daniel Omar; ; http://lattes.cnpq.br/3161542255903404O presente trabalho - Os argumentos transcendentais: Kant e o problema de Hume -, tem como seu objetivo geral interpretar a resposta de Kant ao problema de Hume à luz da conjunção das temáticas de causalidade e indução o que equivale a uma leitura cético-naturalista deste. Neste sentido, tal iniciativa complementa o tratamento anterior visto em nossa dissertação de mestrado, onde a mesma temática fora examinada a partir de uma leitura meramente cética que Kant fez do pensamento humeano e onde foi analisada apenas a causalidade. Dentre os objetivos específicos, listamos os seguintes: a) a filosofia crítica cumpre três funções básicas, uma fundante, uma negativa e uma que defenderia o uso prático da razão, aqui nomeada de defensiva; b) a solução kantiana do problema de Hume na primeira crítica cumpriria as funções fundante e negativa da crítica da razão; c) o tratamento kantiano da temática da indução nas demais críticas cumpriria a função defensiva da crítica da razão; d) que as provas da resposta de Kant ao problema de Hume são mais consistentes quando se consideram cumpridas estas três funções ou momentos da crítica. A estrutura básica do trabalho comporta três partes: na primeira - A gênese do problema de Hume -, nossa pretensão é reconstituir o problema de Hume, analisando-o sob a ótica das duas definições de causa, onde a diluição da primeira definição na segunda corresponde à redução psicológica do conhecimento à probabilidade, do que se segue a chamada naturalização das relações causais; na segunda - Legalidade e Causalidade -, menciona-se que quando se considera Hume na opção cético-naturalista, Kant não está habilitado a lhe responder através do argumento transcendental AB; A⊢B da segunda Analogia, prova que está embasada na posição de pensadores contemporâneos como Strawson e Allison; na terceira parte - Finalidade e Indução -, admite-se que Kant responde a Hume no nível do uso regulativo da razão, embora o desenvolvimento dessa prova exceda os limites da função fundante da crítica. E isto fica articulado tanto na Introdução quanto nas Considerações Finais, através do cumprimento da função defensiva [e negativa] da crítica. Neste contexto, com base no recurso aos ditos argumentos transcendentais que se projetam por toda a trilogia crítica, procuramos estabelecer solução para uma questão recorrente que reaparece em várias passagens de nossa apresentação e que diz respeito a existência e/ou a necessidade das leis causais empíricas . Diante disso, nossa tese é que os argumentos transcendentais somente constituem uma solução apodítica para o problema cético-naturalista de Hume quando está em pauta um projeto prático em que o interesse da razão esteja assegurado, conforme será, enfim, provado em nossas Considerações FinaisTese Ceticismo e fundamentação no sistema de Hegel(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-21) Albuquerque Bisneto, Oscar Cavalcanti de; Santos, Gisele Amaral dos; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; http://lattes.cnpq.br/3110980220689773; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Conte, Jaimir; Smith, Plínio Junqueira; Dela-Savia, Sérgio Luís Rizzo; https://orcid.org/0000-0002-5012-9190; http://lattes.cnpq.br/3569074915058707Esta tese pretende examinar a natureza da relação que Hegel estabelece com a tradição do pensamento cético. Em suma, e em que pese a real necessidade de uma exposição da apreciação feita pelo autor da Fenomenologia sobre o ceticismo moderno, sintetizado por ele na figura de Schulze, nossa abordagem consiste em mostrar o fato de que os principais argumentos dos antigos pirrônicos desempenham um papel fundamental no conjunto da filosofia hegeliana e que, longe de negligenciar, ou simplesmente tratar marginalmente o problema do ceticismo, Hegel parte do princípio de que a única forma viável de fundamentação filosófica legítima consiste em levar devidamente a sério o problema do ceticismo.Tese O coerentismo de Bonjour: uma leitura fundacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-06-22) Fianco, Cristiane; Costa, Claudio Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/2767426717797330; ; http://lattes.cnpq.br/9457009687079115; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Abath, Andre Joffily; ; http://lattes.cnpq.br/4938760014695877; Leclerc, André; ; http://lattes.cnpq.br/6525569862867870; Sousa, José Maria Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/3838529735214286Em The Structure of Empirical Knowledge, Laurence BonJour tenta provar a ineficiência de uma explicação fundacional, enquanto solução ao problema cético. A sua compreensão é que não existem crenças básicas no sentido próprio, ou seja, crenças capazes de ter alguma força justificadora que não seja advinda da coerência com outras crenças. Mostraremos que essa proposta não é alcançada por BonJour de forma satisfatória e que, em sua teoria, uma crença observacional não-inferencial seria mais plausível se fosse interpretada como sendo básica, nos termos de uma teoria fundacional fraca.Tese O conflito das fronteiras: Metafísica, Negatividade e o Extremo Oriente(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-05-30) Teixeira, Luiz Fernando Fontes; Bauchwitz, Oscar Federico; ; http://lattes.cnpq.br/6147711083494366; ; http://lattes.cnpq.br/7351092345116027; D'Amico, Claudia; ; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Santos, Gisele Amaral dos; ; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; Santos, Leonel Ribeiro dos; ; http://lattes.cnpq.br/7707912410094645O conflito das fronteiras se desdobra como um percurso natural da história do pensamento humano. Torna-se manifesto todavia apenas mediante um explícito choque cultural, que evidencia distintas formatações conceituais. Pensar este conflito pode esclarecer os enlaces responsáveis pelo desenvolvimento do pensamento contemporâneo. Esta tese pretende analisar, em um primeiro momento, a história do pensamento enquanto metafísica, apresentando um diagnóstico da maneira pela qual o Ocidente impinge sua lógica categórica. Por conseguinte, apresenta a tradição da negatividade, evidenciando um pensamento para além da ontologia clássica mediante uma henologia e uma meontologia no neoplatonismo e na mística medieval. Por fim, expõe o pensamento do Extremo Oriente como possiblidade de recepção contemporânea da negatividade e escapatória para a formatação ocidentalizante da filosofia vigente.Tese Conveniência e plausibilidade da proposição de que justiça é harmonia n A República de Platão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-11-05) Lima, Jorge dos Santos; Erickson, Glenn Walter; ; ; http://lattes.cnpq.br/1025007884170375; Santos, Gisele Amaral dos; ; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; Haddad, Alice Bitencourt; ; http://lattes.cnpq.br/6118912392644123; Feitosa, Zoraida Maria Lopes; ; http://lattes.cnpq.br/7729963390009107Essa tese de doutorado defende a interpretação de que n A República de Platão o argumento elaborado por Trasímaco, no qual justiça é a conveniência do mais forte, está implicitamente aceito por Sócrates. Apesar da defesa enfatizada por Trasímaco não demonstrar nenhuma afinidade com o argumento de Sócrates, ela propõe um comentário irônico e sarcástico sobre vida política. Sócrates aceita esse comentário para derivar dele uma noção mais refinada da categoria dos mais poderosos. Enquanto Trasímaco assume que a conveniência dos mais poderosos inclui o poder de submeter todos e tudo a seus prazeres individuais, Sócrates admite que os mais poderosos estejam definidos apenas pela sua característica de ser capaz de manter o poder em perpetuidade. Nesse contexto, o tema principal d A República é que a harmonia entre as classes funcionais da cidade é conveniente para poder perpétuo. Para conservação dessa harmonia, a classe funcional dos mais poderosos vê como conveniente renunciar um possível monopólio sobre prazer em prol de uma redistribuição que promova a harmonia, o que também se torna conveniente para as demais classes. Assim, pode-se dizer que os mais poderosos divulgam o sentido de justiça como sendo a conveniência de todos, mas que implicitamente acreditam somente no argumento de que a justiça é o que lhes é conveniente. Uma vez que a conveniência é o que promove a harmonia entre as classes funcionais, torna-se conveniente para Sócrates a crença de que a compreensão de justiça dos mais poderosos não seja divulgada publicamente. Também faz parte do argumento central d A República a noção de que toda a especulação presente no diálogo entre seus personagens não pode ser verdadeira, mas, na melhor das hipóteses, apenas plausível e conveniente. Sócrates precisa modificar a natureza das classes funcionais através de um programa direcionado de reprodução sexual e um programa de doutrinação ideológica para que a proposta de promover a harmonia através dos elementos da cidade, sob a alegação de que a justiça está a favor do mais fraco, torne-se o discurso mais plausível e conveniente. Para fazer o novo regime mais plausível, Sócrates desenvolve uma metafísica fundamentada na noção matemática de harmonia, tal metafísica a serviço da retórica oficial do regime político apresentado por SócratesTese A convertibilidade dos transcendentais e a ocultação do Belo no pensamento de Francisco Suárez(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-29) Meireles, Vítor Silva; Macedo, Monalisa Carrilho de; http://lattes.cnpq.br/1111715712985263; http://lattes.cnpq.br/6330041195870788; Bezerra, Cícero Cunha; Fernandes, Edrisi de Araújo; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; Lima, José Jivaldo; Nascimento Júnior, Walter Gomide doO propósito desse trabalho é evidenciar a existência de uma Antropologia dos Transcendentais na obra de Francisco Suárez, em especial na Disputationes Metaphysicae. O coração da Doutrina dos Transcendentais é a convertibilidade entre as propriedades do Ser: Uno (unum), Verdade (verum), Bem (bonum). Aristóteles usa o termo ἀντιστρέφει para expressar que existem características gerais que são intercambiáveis. Felipe, o Chanceler, por meio da sentença Ens et Bonum convertuntur, inaugura a doutrina no século XIII. A partir de Alexandre de Hales e Tomás de Aquino, a doutrina se enraíza na experiência humana. Por estar situado cronologicamente no Renascimento, Suárez possui grande tendência de aplicar a convertibilidade dos transcendentais na vida humana. Assim, observaremos como a conceituação suareziana do indivíduo como unum ens abre espaço para a condução dos transcendentais para o âmbito antropológico e social. Para tornar ainda mais evidente essa aplicação da doutrina, destacaremos como esta se mostra difundida na linguagem humana. Por fim, compreenderemos qual é o lugar do Belo no pensamento do Doutor Exímio e Piedoso.Tese Corpo e Capital em Marx(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-25) Fontes, Márcia dos Santos; Dias, Maria Cristina Longo Cardoso; http://lattes.cnpq.br/8581414763000546; https://orcid.org/0000-0003-4664-6467; http://lattes.cnpq.br/6170097169665850; Grespan, Jorge Luís; Moraes, João Carlos Kfouri Quartim de; Caux, Luiz Philipe Rolla de; Ramos, Silvana de SouzaEsta pesquisa tem como objetivo investigar a relação entre corpo e capital nos escritos de Karl Marx, traçando um percurso cujo ponto de partida serão os Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844, onde buscaremos compreender porque Marx se direciona a uma explanação da produção da corporalidade humana, dos sentidos humanos, enquanto faz a crítica do trabalho sob o modo de produção burguês nestes escritos que representam, em sua trajetória, o início de seus estudos sobre economia política. Buscaremos investigar de que modo esta teorização do corpo aparece enquanto pressuposição e posição nos estudos críticos da maturidade de Marx que serão sistematizados na obra magna O Capital, livro I. Neste, ao exprimir o movimento do capital tornado sujeito, Marx nos revela a relação entre a corporalidade humana e a incorporeidade do valor servindo-se do conceito fisiológico de “metabolismo” tanto como analogia explicativa acerca do funcionamento do modo de produção do capital, como da representação real da condição do corpo no processo de produção do valor, onde os corpos, indiferenciados no trabalho abstrato e, ao mesmo tempo, hierarquizados no mercado, aparecem como órgãos do capital que funcionalizam vitalmente as suas determinações e expressam suas contradições.Tese Credenciais epistêmicas da crença em Deus: uma comparação entre Alvin Plantinga e Richard Swinburne(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-07) Nascimento, Bruno Ribeiro; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; http://lattes.cnpq.br/4210778274129446; Miranda, Sérgio Ricardo Neves de; Portugal, Agnaldo Cuoco; Madureira, Jonas Moreira; Vaz, Bruno Rafaelo Lopes; http://lattes.cnpq.br/8825056204900445; Silvestre, Ricardo SousaO objetivo central desta pesquisa é comparar as credenciais epistêmicas da crença em Deus na epistemologia religiosa de dois dos principais pensadores da filosofia analítica da religião contemporânea: Alvin Plantinga (1932- ) e Richard Swinburne (1934- ). Mais precisamente, busca-se investigar como a crença na existência de Deus pode obter status epistêmico positivo, ou seja, como pode ser intelectualmente justificada ou racional ou ainda avalizada, a partir de comparações, contrastes ou complementações que podem ser feitos entre as propostas dos dois filósofos. Deste modo, será avaliado como Plantinga e Swinburne lidam com algumas questões fundamentais da filosofia analítica da religião ligadas à natureza e à relação entre fé e razão. Para que tal objetivo seja concretizado, foram escolhidos três méritos ou credenciais epistêmicas: a justificação deontológica, a racionalidade e o aval. Na primeira parte desta tese, serão clarificados os conceitos fundamentais ligados ao debate sobre a relação entre fé e razão na filosofia analítica contemporânea a fim de elucidar o problema central desta pesquisa; além disso, será esclarecido o que significa precisamente uma crença ter o mérito da justificação, da racionalidade ou do aval. Na segunda parte, são apresentadas as duas propostas epistemológicas que serão comparadas, a saber, a Epistemologia Reformada de Alvin Plantinga e o balanço evidencial probabilístico proposto pela teologia natural de Richard Swinburne. Por fim, visa-se comparar criticamente as duas propostas e analisar a possibilidade de articulação entre essas duas diferentes abordagens.Tese Da condição moral do homem em Kant a uma tese empírica sobre a origem da moral na humanidade(2015-12-03) Alcoforado, Rogério Emiliano Guedes; Nahra, Cinara Maria Leite; ; ; Vaz, Bruno Rafaelo Lopes; ; Dutra, Delamar José Volpato; ; Klein, Joel Thiago; ; Vidal, Maria José da Conceição Souza;A presente tese se propõe a investigar o que seja a moral a partir de sua funcionalidade para a espécie humana. E é aí onde residirá a discussão acerca da condição moral do homem, a qual pode ser entendida e estudada por múltiplas perspectivas. Além dessa funcionalidade que aponta para a viabilidade da cooperação humana, investigaremos um segundo nível de funcionalidade da moral que pode sugerir uma funcionalidade que transcende a espécie humana. O objetivo é a articulação de um diálogo construtivo que acreditamos ser capaz de nos ajudar a propor uma tese empírica sobre a genealogia da moral.Tese Da crítica da razão negra e do colonialismo à necropolítica: metamorfoses coloniais (a filosofia política e pós-colonial de Achille Mbembe)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-12) Costa, José Luiz Silva da; Sousa Filho, Alipio de; https://orcid.org/0000-0001-8126-0362; http://lattes.cnpq.br/4671867942395393; http://lattes.cnpq.br/7274840579020946; Bodziak Júnior, Paulo Eduardo; Freire, Alyson Thiago Fernandes; Rodrigues, Denise Carvalho dos Santos; Ferreira, Flávio Rodrigo FreireEsta tese aborda três aspectos fundamentais da obra do pensador Achille Mbembe, a saber, a questão da raça em a Crítica da Razão Negra, a crítica ao colonialismo e, as suas metamorfoses nas ascensões dos conceitos de inimizade e de necropolítica na contemporaneidade. Para alcançar este objetivo estruturamos esta tese em três capítulos. O primeiro capítulo trata da análise da constituição da ideia de raça desenvolvida a partir da análise do discurso branco e da invasão colonial, refazendo sua crítica ao conceito de negro e de raça formulados a partir da designação racial imposta pelo homem branco europeu, culminado na ideia de razão negra. Já o segundo capítulo trata das relações coloniais-raciais, ou seja, queremos compreender a crítica de Mbembe e outros autores do panafricanismo ao colonialismo, desenvolvendo tanto sua crítica a dominação colonial racial, assentado no poderio da Europa como centro do mundo e lócus da modernidade e, percebendo o lugar da modernidade filosófica como espaço da constituição dos discursos que endossam a racialização, percebendo como as figuras do negro e da África foram desumanizados. O terceiro capítulo irá tratar da metamorfose contemporânea das relações raciais-coloniais anteriores percebendo suas atualizações e reconfigurações na contemporaneidade, desenvolvendo como as relações sociais se transformaram em políticas de inimizade, com a projeção de inimigos internos e externos, e como esses processos culminaram numa lógica biopolítica de segregação de pessoas e territórios, exclusão e eliminação de indivíduos e grupos sociais, forjando uma forma contemporânea de política classificando quem deve viver e quem deve morrer, transformando as relações políticas em necropolítica.Tese A democracia feminista como uma política para o Brasil: representação, reconhecimento, decolonialidade, interseccionalidade e agonismo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Costa, Fernanda Alves da; Nahra, Cinara Maria Leite; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; http://lattes.cnpq.br/9225416276775090; Barbosa, Camila Palhares; Chagas, Flávia Carvalho; Dias, Maria Cristina Longo Cardoso; Vidal, Maria José da Conceição SouzaO cenário político atual tem visto um aumento significativo na participação de mulheres e de grupos historicamente marginalizados. No entanto, questões relacionadas a reivindicações de representatividade e reconhecimento ainda persistem na democracia. Em alguns casos, como no Brasil, a democracia, quando vista sob a ótica das políticas feministas, deve considerar a história do país. Isso implica na observação das opressões ainda presentes na sociedade, que devem ser investigadas e desmanteladas por meio de um pensamento interseccional e decolonial. Esse pensamento interseccional e decolonial deve lidar com disputas antagônicas que continuam a impedir ou dificultar a promoção de políticas de equidade para as mulheres e outros grupos ou movimentos sociais que se beneficiam do alargamento de direitos conquistados pelas mulheres. Examinar o pensamento filosófico em relação aos direitos no cenário político brasileiro atual deve ser considerado uma responsabilidade da razão em relação às mulheres. Desta forma, apresentamos a tese de que é possível pensar e construir uma Democracia Feminista para o Brasil que aborde as inúmeras desigualdades que a população ainda enfrenta. Essas desigualdades são resultado de processos históricos que podem ser superados por meio da promoção do reconhecimento, políticas de equidade e reparação. Além disso, a construção de espaços onde a disputa não ocorra de forma antagônica, mas sim através de um caminho plural e agonístico.