PPGEL - Mestrado em Estudos da Linguagem
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Navegando PPGEL - Mestrado em Estudos da Linguagem por Assunto "A Portrait of the Artist as a Young Man"
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Dissertação O tempo do artista em A portrait of the artist as a young man(2018-02-06) Mendonça Júnior, Jorge Witt de; Araújo, Rosanne Bezerra de; ; ; Oliveira, Andrey Pereira de; ; Ponte, Charles Albuquerque;A obra de James Joyce (1882-1941) que trabalhamos nessa pesquisa, A Portrait of the Artist as a Young Man, publicada em 1916, narra a história de Stephen Dedalus no período que vai da sua infância até o início da idade adulta. É a partir dessa perspectiva da evolução do texto juntamente com o personagem que propomos um estudo do romance enquanto gênero diferenciado no tratamento da categoria do tempo. Partimos com o objetivo de analisar de que maneira a linguagem desenvolvida pelo autor possibilita a criação de uma camada linguística para o desenvolvimento do personagem e do tempo ao longo da narrativa, possibilitando o compartilhamento de uma experiência temporal a partir da linguagem. Analisaremos como a linguagem é utilizada para desenvolver a temática da rebeldia do personagem, inserida na estrutura linguística da obra. Desenvolvemos essa pesquisa em A Portrait a partir do estudo de autores como Ricoeur (1995), Bakhtin (2010), Benjamin (2011), Lukács (2007), Mendilow (1972), Genette (1995), entre outros. Discutimos também a questão da interação narradorpersonagem e sua influência na evolução da narrativa, partindo de Candido (2007) e Auerbach (2002). Nossa proposta desenvolve primeiramente um estudo sobre as características romanescas que fazem da temática do tempo um elemento essencial à forma do romance. Abordamos, na sequência, a forma como a linguagem desenvolve uma reconfiguração da experiência temporal na estrutura linguística do romance. Chegamos à conclusão de que para configurar o tempo por meio da linguagem, o autor utiliza de recursos literários como, por exemplo, a relação entre o narrador e personagem observada na manipulação do ponto de vista, a possibilidade de unir o discurso do narrador às palavras do personagem por meio de uma linguagem híbrida, o uso de ferramentas como a repetição ou a exploração dos níveis da consciência do personagem pela sua linguagem, além da adaptação de estilos e padrões narrativos correspondentes a cada etapa da vida do personagem fazendo com que a sua evolução seja sentida, não apenas declarada, na própria experiência linguística da leitura.