CERES - Especialização em História e Cultura Africana e Afro-brasileira
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TCC Família de santo: religião afro-brasileira na cidade de Ouro Branco/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016) Souza, Rodson Sidney de; Macedo, Helder Alexandre Medeiros deO trabalho faz uma análise do terreiro Tenda Umbandista Preto Velho de pai Tadeu na cidade de Ouro Branco RN. Pai Tadeu, assim como é chamado pelos fiéis do terreiro, está na religião umbandista há mais de 15 anos. Partindo desse pressuposto fomos impelidos a iniciar as entrevistas com as pessoas que fazem parte do terreiro, um total de 3 entrevistas. Para que o trabalho possua respaldo nos debruçamos na leitura de Roger Bastide, Vagner Gonçalves e da bibliografia que aborda o assunto. Com as entrevistas detectamos que o público do terreiro é diversificado e fiel no que se refere ao seu regresso no terreiro.TCC Ensino de história e cultura afro-brasileira e africana: perspectivas e discussão teórico-metodológica sobre o cotidiano escolar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05) Medeiros, Edna Batista de; Medeiros, Janaina Luciana de; Mayara Ferreira de Farias; Medeiros, Janaina Luciana de; Farias, Mayara Ferreira de; Medeiros, Joelson Severino deEnsejando a concretização do reconhecimento da identidade, história e cultura de um grupo étnico, o presente trabalho possibilitou reconhecimento, igualdade das raízes africanas da nação brasileira. Outrossim, objetivou-se discutir questões relacionadas à inserção do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, sobre a relevância e necessidade da aplicabilidade da temática no contexto escolar, na procura por valorizar os sujeitos e sua cultura. Neste contexto, pensou-se na seguinte questão problema: trabalhar e inseridos no cotidiano da sala de aula para que haja a real inserção do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana? Assim, a pesquisa em questão, utilizou como metodologias: a pesquisa qualitativa e bibliográfica, em revistas, livros e sites que abordavam sobre a mesma ou temática semelhante. A fundamentação teórica, por sua vez, pautou se na ótica de autores como: Abreu (2007), Azevedo Neto (2009), Brasil (2003, 2004, 2008), Bittencourt (2004), Cavalleiro (2005, 2011), Carvalho (2006), Freire (1992), Fonseca (2003), Gomes (2001), Menezes (2002), Rosa (2006), Santos (2005), Santos (1987), dentre outros. A intervenção pedagógica foi, por conseguinte, realizada em sala de aula na “Escola Municipal Paulino Batista de Araújo”, na qual procurou-se mostrar a Lei 10.639/03 no contexto escolar, na busca por valorizar o ensino da diversidade cultural afro-brasileira e africana no cotidiano da Instituição supracitada. Como principais resultados, destacam-se: uma contação de história, com enredo simples, o tema da inclusão do negro e da diversidade valorizando o negro e sua identidade, bem como, slides.postGraduateThesis.type.badge Lei 10.639/2003 – Antecedentes históricos, desdobramentos e análise dos casos das redes estaduais de educação dos estados de Sergipe e Pernambuco(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-07) Costa, Thiago Richard Duarte; Elíbio Júnior, Antônio Manoel; Freitas, Idalina Maria Almeida de; Santos, Rosenilson da SilvaO presente artigo tem por objetivo analisar a lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e da Cultura Africana e Afro-brasileira no ensino básico. Busca-se, a partir de uma pesquisa bibliográfica, compreender os antecedentes históricos dessa lei, no sentido de perceber os seus desdobramentos em termo de políticas de governo da federação e dos entes federados e em que medida os seus objetivos tem modificado o ensino ofertado pelas escolas públicas, tendo por base a análise dos resultados obtidos por pesquisas acadêmicas realizadas sobre as redes estaduais de ensino dos estados de Sergipe e Pernambuco. Percebeu-se que, ainda que haja alguns avanços no sentido de elaboração de políticas públicas que visam equacionar as distorções e desigualdades raciais, bem como, no que se refere a práticas de ensino que contribuam para educação para relações étnico-raciais, ainda há muito a se fazer para que a concretização desses objetivos seja uma marca da nossa educação, e não resultado de ações isoladas.postGraduateThesis.type.badge Cruz e Sousa: literatura e a questão “racial” na poesia simbolista(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-07) Oliveira, Elisângela Medeiros de; Elíbio Júnior, Antônio Manoel; Freitas, Idalina Maria Almeida de; Santos, Rosenilson da SilvaO presente artigo examina a literatura de João da Cruz e Sousa em relação a aspectos relacionados à sua obra literária no que se refere à questão racial/social/cultural em que mergulha o autor na busca de se autoafirmar como expoente poético do Simbolismo, escola a qual pertenceu, e seu conflito interior em relação à discriminação racial sofrida no decorrer da vida pessoal e poética.postGraduateThesis.type.badge Religiões afro-brasileiras: em um debate a partir da Base Nacional Comum Curricular(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-07) Araújo, Maria José; Elíbio Júnior, Antônio Manoel; Freitas, Idalina Maria Almeida de; Santos, Rosenilson da SilvaNesse artigo, apresentaremos uma abordagem bibliográfica acerca das religiões afro-brasileiras, nas regiões do Brasil e de maneira especial nos estados brasileiros. A todo instante surgem expressões religiosas que tendem a influenciar as pessoas modificando, assim, sua maneira de pensar e agir no mundo. Dentro dessas variedades de religiões, vemos as afro-brasileiras, que num passado não tão distante sofreram perseguição em seus rituais como também a seus adeptos. Hoje parece que não mudou muito, pois apesar de suas celebrações não serem proibidas como antigamente, vemos certo preconceito e ocultação em nossas salas de aula, onde os alunos têm acesso às religiões cristãs, no entanto outras denominações religiosas e as de matrizes africanas pouco ou nada se falam, se restringindo apenas como assunto do dia 20 de novembro, onde é comemorado o dia da Consciência Negra; sem falar que os próprios livros didáticos quando apresentam à temática, se resume em uma página ou metade da mesma. No presente artigo apresentaremos uma abordagem acerca das religiões afro-brasileiras dentro da disciplina de Ensino Religioso que vem sendo abordada no documento Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ministério da Educação, e também esboçar uma reflexão acerca da Lei 10. 639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. Essa obrigatoriedade não se restringe somente à disciplina de história e sim, ao Ensino Religioso, como também tratar de todo o contexto e rituais religiosos existentes na cultura de matrizes africanas.postGraduateThesis.type.badge Livro didático de História: como a cultura e a história africana e afro-brasileira estão sendo abordadas na avaliação nacional dos livros didáticos de História do 5º ano do Ensino Fundamental (2012 – 2014)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-07) Bezerra, Cainhara Lopes; Elibio Júnior, Antônio Manoel; Freitas, Idalina Maria Almeida de; Santos, Rosenilson da SilvaO artigo objetiva analisar de que forma o guia do livro didático de história utilizado nos anos de 2012, 2013 e 2014 do 5º ano do ensino fundamental está abordando a temática relacionada à história e cultura africana e afro-brasileira. Levando em conta a importância atribuída ao livro didático enquanto instrumento de apoio para os professores e que muitas vezes o único recurso tecnológico disponível em algumas escolas. Como também que os professores que atuam nesse ano não são formados na área de história e muitas vezes não são preparados para atuarem de forma correta por falta de conhecimento e pelo seu despreparo acadêmico relacionado à questão histórica e cultural africana e afro-brasileira. Investigar de que maneira esse guia pode contribuir, facilitar e esclarecer o professor para que o mesmo possa optar por uma melhor escolha, assim ajudá-los de forma satisfatória no desenvolvimento das suas práticas docentes.TCC Escravidão e Liberdade em Jardim do Seridó (1872-1888)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-11) Paiva, Liz Coutinho e; Macêdo, Muirakytan Kennedy de; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; Pereira, Ariane de MedeirosA história da escravidão no Seridó ainda não é muito conhecida, devido aos poucos trabalhos acadêmicos e sua divulgação. Tentando colaborar com a visibilidade urgente dessa temática, o presente estudo tem como objetivo, perceber a dinâmica da escravidão e a busca pela liberdade na Cidade do Jardim, (atualmente, Jardim do Seridó), no período entre 1872 a 1888. O eixo norteador é a análise das práticas da libertação dos escravos por eles mesmos e por outrem. Desse modo, buscaremos compreender a dinâmica social dos processos de libertação no final do século XIX na Cidade do Jardim, dando visibilidade à documentação acerca dos afro-brasileiros cativos de Jardim do Seridó, especialmente, as Alforrias, o Fundo de Emancipação e a Comissão Libertadora Jardinense. Diante desta temática e fontes, realizamos pesquisas documentais no acervo do LABORDOC do Centro de Ensino Superior do Seridó, CERES/UFRN, como também, foi efetivada uma entrevista com o Senhor Sebastião Arnóbio de Morais, secretário da Paróquia de Jardim do Seridó, sobre a Comissão Libertadora Jardinense, assim como, foi analisado o Censo de 1872. Os aportes historiográficos para a análise do problema de pesquisa, basearam-se no plano regional, nas dissertações produzidas sobre o assunto pelas historiadoras Ariane de Medeiros Pereira (2014), Michele Soares Lopes (2011) e Cláudia Cristina do Lago Borges (2000). Para uma discussão da historiografia nacional nos baseamos nas produções de Sidney Chalhoub (1990), Wlamyra R. de Albuquerque (2009), Francisco Vidal Luna e Herbert S. Klein (2010).postGraduateThesis.type.badge Irmandade dos Negros do Rosário: tradição e resistência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-11) Oliveira, Mônica Sabino de; Macêdo, Muirakytan Kennedy de; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; Pereira, Ariane de MedeirosOs membros da Irmandade dos Negros do Rosário de Jardim do Seridó foram sujeitos sociais capazes de construírem a história presente ao mesmo tempo em que se relacionam com o passado ressignificando sua identidade por meio de ritual festivo e devoção. Estudando esse grupo, intentamos pesquisar sua história, as permanências e conflitos que envolvem os seus membros e determinados segmentos administrativos e eclesiásticos, tentando compreender através dos discursos como são construídos os espaços de sociabilidades deste grupo. Considerando tal propósito foram utilizadas fontes orais que evocam a memória dos componentes mais velhos da irmandade, além de intelectuais, historiadores e autoridades administrativas da irmandade e do poder eclesiástico. Para dialogar com a problemática foram utilizados como aportes historiográficos: Michel de Certeau, Luiz da Câmara Cascudo, Veríssimo de Melo. Foram apreciados como lastro historiográfico e antropológico, as produções acadêmicas de Bruno Goulart, Fernanda Pires Rubião e Diego Marinho Gois. Ao final da pesquisa concluímos que as Irmandades são um espaço de luta e resistência, onde o homem negro procura reorganizar-se socialmente.postGraduateThesis.type.badge Negros do Rosário Mirim: uma mudança na tradição(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-12) Santos, Xirley Anne Vale dos; Macêdo, Muirakytan Kennedy de; Andrade, Joel Carlos de Souza; Pereira, Ariane de MedeirosEste artigo científico baseia-se em pesquisa sobre o grupo dos Negros do Rosário Mirim de Caicó-RN. O grupo foi formado através do desdobramento de atividades de membros adultos antigos da Irmandade dos Negros do Rosário de Caicó, que tem tradição multissecular e atuação na Igreja católica em celebração religiosa nos quais se destacam a dança do espontão e produção de instrumentos artesanais para o grupo: caixas e pífanos. O grupo de crianças surgiu com o fim de renovar os quadros do grupo mais antigo. Usaremos como recorte temporal o período de surgimento desse último grupo entre 2013 e 2015, buscando compreender o contexto, as motivações da criação do grupo, assim como sua atuação. Utilizamos com fontes documentais os arquivos da Irmandade dos Negros do Rosário de Caicó e depoimentos orais.postGraduateThesis.type.badge A Dança do Espontão na Sala de Aula(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-12) Azevedo, Suele Sanara Santos de; Macêdo, Muirakytan Kennedy de; Bueno, Almir de Carvalho; Pereira, Ariane de MedeirosA cultura afro-brasileira pode ser trabalhada na sala de aula através de expressões artísticas. No caso presente partimos de projeto de vivência escolar, no qual elegemos a Dança do Espontão da Irmandade dos Negros do Rosário de Caicó-RN, enfatizando os valores culturais dos negros na história local, com a finalidade de possibilitar a inclusão de crianças mediante a dança e os ritos afro-brasileiros, valorizamos nessa experiência a cultura regional, suas tradições e costumes, realçando o protagonismo negro na sociedade brasileira. Para isso se fez necessário uma dinâmica pedagógica em que as aulas fossem atrativas, onde as crianças interagissem umas com as outras. Daí propormos uma metodologia com rodas de conversa e debate sobre o tema, uso de instrumentos musicais étnicos (tarol, caixa e pífano), oficinas de dança e confecção de lanças coreográficas (espontões), visita guiada ao Santuário do Rosário e à casa da Irmandade dos Negros do Rosário. Por fim, a culminância do projeto se deu com a apresentação dos alunos na comunidade escolar do bairro Frei Damião. A bibliografia utilizada baseou-se na produção historiográfica e antropológica sobre as irmandades negras do Seridó (GOIS, 2014; SILVA, 2012; MACÊDO, 2014). Com a vivência escolar realizada, esperamos ter oferecido meios para que os alunos experimentassem uma atividade didático-pedagógica onde aprendessem a história e cultura afro descendente em uma ação que levou em conta a arte.postGraduateThesis.type.badge Educação étnico-racial no livro didático do ensino fundamental(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-12) Medeiros, Maria Leda de; Souza, Ana Santana; Andrade, Joel Carlos de Souza; Silva, Italo Ramon Chianca eEsta pesquisa tenciona observar de que maneira se tem efetivado a Lei 10.639/03 (BRASIL, 2003), que torna obrigatório, nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, o ensino sobre História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. Nesse sentido, o estudo é bibliográfico, pois seu foco é o livro didático de língua portuguesa. Pretendemos evidenciar como a coleção Português Linguagens, para o Ensino Fundamental, anos finais, de autoria de Wiliam Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães,referentes ao triênio 2014, 2015 e 2016, publicado em 2012 pela Editora Saraiva, trata a questão étnico-racial. Compreende-se que o livro didático é uma das principais ferramentas de auxílio ao professor para desenvolver o processo ensino-aprendizagem. No caso de língua portuguesa, os textos e imagens empregados para o ensino da língua podem compor uma narrativa de afirmação das questões étnicas ou, ao contrário, contribuir para uma intensificação do preconceito e desvalorização da cultura africana e afrodescendente. Além da coleção indicada e a lei mencionada, também foram consideradas as Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (BRASIL, 2004) e autores que discutem o livro didático, como Tagliani (2011) e Sá e Ferreira (2014) entre outros. Os resultados alcançados indicam que a coleção analisada, no que diz respeito à questão étnico-racial, apesar de buscar uma adequação à lei, ainda não trata o tema de forma a apresentar, satisfatoriamente, um discurso afirmativo e positivo quanto à história e cultura do povo africano e afrodescendente.postGraduateThesis.type.badge As vozes literárias das mulheres africanas e afrodescendentes: uma análise do livro didático de Língua Portuguesa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-12) Costa, Gislene Alves da Silva; Macêdo, Muirakytan Kennedy de; Dias, Valdenides Cabral de AraújoO presente trabalho ressalta a importância de refletir sobre a escrita feminina no contexto das representações das raízes africanas e afro-brasileiras, evidenciadas pela obrigatoriedade do ensino de história e cultura africanas, conforme orienta a Lei 10.639/03. Para efetivação da lei, é necessário que a importância da cultura africana e afro-brasileira sejam ratificadas nos materiais didáticos no sistema de ensino brasileiro. Nesse sentido, a literatura tem um papel fundamental na luta pela igualdade de direitos, especialmente das mulheres negras que reivindicam seu espaço como escritoras. Desse modo, o objetivo da pesquisa consiste em analisar a abordagem que o livro didático Ser protagonista: língua portuguesa (2013) faz da literatura africana e afrodescendente de autoria feminina. A fundamentação teórica se constituiu de autores como Carneiro (2003), Evaristo (2005), Job (2015), além de documentos como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2004). Compreende-se que este trabalho é relevante para os estudos realizados pela comunidade acadêmica, proporcionados pelo curso de “Especialização em História e Cultura Africana e Afro-brasileira”, bem como para profissionais da educação e pesquisadores interessados no assunto abordado. A pesquisa identificou que o livro didático analisado não favorece a difusão e valorização da literatura escrita pelas mulheres negras africanas e afro-brasileiras.postGraduateThesis.type.badge A Tradição oral africana e afrodescentente na escola: possibilidades pedagógicas em poemas de Odete Semedo e Conceição Evaristo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-12) Freire, Maria Marcela; Souza, Ana Santana; Andrade, Joel Carlos de Souza; Dias, Valdenides Cabral de AraújoO presente artigo resulta de uma investigação sobre algumas possibilidades pedagógicas de abordar a cultura africana e afrodescendente na escola, focando a tradição oral, de natureza narrativa, difundida pela poesia. O estudo teve como objeto poemas de Odete Semedo, de Guiné Bissau e Conceição Evaristo, do Brasil. O artigo partiu de uma motivação pessoal, mas também se deu pela compreensão de que é de fundamental importância que o aluno seja conhecedor das Literaturas não apenas canônicas, isto é, aquelas eleitas como as mais importantes, bem como das Literaturas Africanas em Língua Portuguesa e Afro-brasileiras, tomando como ponto de partida a premissa de que a Literatura é um recurso importante para evidenciar a identidade de uma sociedade por meio de sua história e cultura. A pesquisa foi bibliográfica, visto que foram utilizados poemas já publicados da autora africana e afro-brasileira, tendo, portanto, abordagem qualitativa, isto é, os poemas selecionados foram utilizados como fonte de dados, interpretação e atribuição de significados. Os resultados mostraram que o elemento narrativo e com ele o papel da tradição oral é bastante presente nos poemas que foram analisados, evidenciando a tradição viva nos poemas de Odete Semedo e a continuação desta, de maneira atual e transformadora, nos poemas de Conceição Evaristo. A análise dos poemas, subsidiada por autores como CASCUDO (1984); BENJAMIN (1994), VANSINA (2010); BONVINI (2001), HALL (2006), entre outros, evidenciou elementos pedagógicos para uso da literatura em sala de aula como instrumento de conhecimento da história e da cultura africana e afro-brasileira.postGraduateThesis.type.badge Nordeste, Cabo Verde e o Conflito da Seca: Uma proposta para o ensino de literatura baseado em Vidas Secas e Chiquinho(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-12) Guilherme, Maria Aparecida de Souza; Souza, Ana Santana; Andrade, Joel Carlos de Souza; Macedo, Muirakytan Kennedy deNesse trabalho, objetivamos investigar as possibilidades didáticas para as aulas de literatura no Ensino Médio, apresentadas pelas obras Vidas Secas (1938), do brasileiro Graciliano Ramos e Chiquinho (1947), do cabo-verdiano Baltasar Lopes. O estudo propõe a introdução do ensino de literatura africana por meio do diálogo com a literatura brasileira, enfatizando a temática da seca, tão presente na vida de alunos do Seridó e representada nas duas obras. Para tanto, o estudo parte de abordagens sobre a seca (SCOVILLE, 2011), focalizando o Nordeste e Cabo Verde (DUARTE NETO, 2010; BARROS, 2010), onde se desenrolam, respectivamente, as narrativas. Dessa forma, ocorreria a descolonização do currículo (GOMES, 2012) e o cumprimento da Lei 10.639/03, (BRASIL, 2003), colocando em práticas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2004a), além de promover a leitura literária, necessária na formação humana (COMPAGNON, 2009). Com base nos resultados, observamos que as obras Vidas Secas e Chiquinho possibilitam aos professores um olhar sobre a seca, temática fundamental para enriquecer as propostas pedagógicas, como também a introdução da literatura africana de forma interdisciplinar, podendo envolver professores de Língua Portuguesa, História e Geografia, em aulas não apenas expositivas, mas, principalmente, de pesquisa. Além disso, as narrativas selecionadas podem promover um discurso afirmativo pelo estudo da vida dos autores, escritores cuja importância nos cenários de seus países demonstram que o povo nordestino e cabo-verdiano são, além de imigrantes da seca, também pessoas que produziram obras importantes para seus países de origem, ganhando repercussão para além dos territórios nacionais.postGraduateThesis.type.badge Memórias da família Tum: as cozinhas como espaço de resistência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-14) Silva, Lúcia Araújo Dantas da; Silva, Danycelle Pereira da; Fernandes, Paula Rejane; Souza, Francinete Ferreira de AzevedoDesde a ocupação colonial do Seridó que se encontram registros da presença afro-brasileira e sua colaboração na construção da região. Escravos, mestiços e libertos que de forma silenciosa perpetuaram seus saberes e práticas através das artes de fazer como a alimentação. Essa transmissão, consciente ou não, aconteceu no âmbito familiar como podemos constatar com a família de Dona Zélia de Tum, objeto central desta reflexão. Este trabalho se propõe a analisar o papel dos saberes tradicionais como forma de resistência e em igual medida verificar como os repasses destas práticas através das memórias de família contribuem para elucidar o patrimônio imaterial afro-brasileiro. A metodologia utilizada se baseou em histórias de vida que compõem o universo da história oral. Tomando como caminho o universo familiar como um dos importantes elementos na perpetuação e resistência da cultura afro-brasileira, partimos das memórias da família Tum para pensar o legado através das artes de fazer e da alimentação afro-brasileira em Acari e no Seridó.TCC Nem exótico, nem folclórico: posso lhe contar uma história? Uma análise sobre as observações do cotidiano escolar descritas pelas crianças e jovens da Comunidade Quilombola Boa Vista dos Negros, Parelhas-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-14) Farias, Laísa Fernanda Santos de; Andrade, Juciene Batista Félix; Sousa Júnior, José Pereira de; Andrade, Joel Carlos de SouzaA Comunidade quilombola Boa Vista dos Negros, situada nas adjacências da cidade de Parelhas-RN, tem sido nos últimos anos objeto de pesquisas de várias áreas do conhecimento. Neste trabalho voltado para a área do ensino de História, a comunidade em questão passa por uma leitura a partir da análise dos depoimentos de seus próprios membros e, mais especificamente, pelas crianças e jovens quando estes levam a comunidade e seus costumes, comportamentos, opiniões e trajetórias de vida para dentro da sala de aula, no encontro com o material didático que estes se deparam em seu processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, este trabalho apresenta elementos e análises das falas das crianças e jovens desta comunidade quilombola, refletindo acerca de seu entendimento enquanto estudante, ser político e participativo em construção diante dos estereótipos, preconceitos e exclusões presentes inicialmente nos livros didáticos usados por estes em sala de aula e nas demais relações sociais desenvolvidas no seu cotidiano escolar. PALAVRAS-CHAVE: Comunidade Quilombola Boa Vista dos Negros, Educação, Direitos Humanos.TCC Preconceito racial na Escola de Ensino Fundamental José Nunes de Figueiredo, Ouro Branco/RN: um olhar sobre a sala de aula(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-14) Liberato, Gildete da Silva Medeiros; Andrade, Juciene Batista Félix; Bueno, Almir de Carvalho; Andrade, Joel Carlos de SouzaA noção de raça como produto cultural do mundo ocidental contribuiu para a formação da construção daquele que era tido como diferente. Dessa forma o relatório propõe-se a abordar as questões de raça que tangenciam o preconceito na Escola Municipal José Nunes de Figueiredo, Ouro Branco (RN). Concluiu-se, por meio de questionários aplicados com alunos e professores, que a cor branca se sobrepõe a cor negra nas respostas das fontes analisadas suprimindo o fator cultural brasileiro que é miscigenação. Utilizamos a aplicação de questionários e observação em sala de aula, onde esta ação viabilizou o desenvolvimento da pesquisa em questão.postGraduateThesis.type.badge Registro de contos e cantos nas comunidades quilombolas do Seridó Oriental do RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-14) Silva, Severino dos Ramos; Lima, Agostinho Jorge de; Bueno, Almir de Carvalho; Rocha, Maria das Dôres MedeirosO trabalho ressalta a importância da história oral, revelando o que os moradores das comunidades quilombolas falam, pensam e cantam. O objetivo da pesquisa foi produzir um minidocumentário que registrasse alguns contos e cantos das comunidades quilombolas na região do Seridó Oriental, especificamente, Boa Vista dos Negros, em Parelhas-RN, Negros do Riacho e Queimadas, em Currais Novos-RN, e “Macambira” em Lagoa Nova-RN. Apresenta testemunhos da vida árdua, luta contra o preconceito e de um tempo de dificuldades já superadas. O documentário tem 44:17 minutos de duração e foi produzido a partir de estórias contadas por moradores e moradoras das comunidades supracitadas, identificando-se ainda diversos cantos que fizeram ou fazem parte do cotidiano destas pessoas, com destaque para os cantos religiosos cantados em latim. Essa transmissão oral de conhecimentos é importante para perpetuar as memórias e a cultura do local, principalmente das gerações mais velhas para as mais jovens.postGraduateThesis.type.badge Protestos e manifestações afro-brasileiras na música negra baiana nos anos de 1980(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-14) Araújo Filho, Antônio Neves de; Lima, Agostinho Jorge de; Bueno, Almir de Carvalho; Farias, Elton John da SilvaO caminho traçado pela música negra popular brasileira nos anos de 1980, faz desse período menos uma “década perdida” se vistos à luz dos movimentos políticos e culturais que mobilizaram a população negra na região de Salvador capital da Bahia. O estudo e análises dos seus acordes, discursos e batuques possibilita quebrar as correntes impostas por uma cultura musical hegemonicamente branca e esteticamente conservadora, detentora de uma tradição cultural que estigmatiza a música negra e suas ferramentas instrumentais percussivas como coisa de preto, adentra nos sons dos tambores da música negra baiana, seus ritmos e estruturas musicais, e recorre aos discursos estético-musicais já elaborados em discos e CDs (ritmos e letras) abordando-os no exato contexto em que foram produzidos, associando-os aos extratos ideológicos que a leitura do momento político-social em que seus criadores estavam inseridos foi capaz de traduzir. Seus discursos musicais desenha uma estética sonora de alta densidade histórica para encontrar no samba-reggae o protagonismo da música negra que aponta para um novo ritmo que nasce como ingrediente para se contrapor, na rua, ao conservadorismo que se exprime pela ideologia dominante da falsa democracia racial, onde, os negros não passam da “cozinha”. O resultado desse traçado musical se dá por um Brasil que se reconhece pelas linhas sonoras que o canto negro conserva nos seus espaços de afirmação da história afro-brasileira.postGraduateThesis.type.badge Relato de Vivência Escolar: Capoeira, homenagem, resistência e conquista da liberdade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-05-14) Silva, Maria do Céu Araújo; Andrade, Juciene Batista Félix Andrade; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; Andrade, Joel Carlos de SouzaO trabalho Capoeira: homenagem, resistência e conquista da liberdade, relata atividades desenvolvidas em sala de aula da Escola Municipal Presidente Castelo Branco, em Currais Novos-RN, objetivando desconstruir atitudes e conceitos de cunho racistas presentes no convívio escolar a partir do estudo sobre a capoeira, que na maioria das vezes é vista apenas como manifestação folclórica e não como instrumento de luta e liberdade, remanescente da cultura africana e afro-brasileira, ainda presente no nosso cotidiano. Para embasamento teórico da pesquisa buscou-se apoio nos autores Adorno, Brasil, Romão, Munanga, Rangel, Rodrigues, dentre outros. Analisou-se a importância da capoeira não apenas como representativa da resistência à escravidão, mas para que nossas raízes africanas não sejam esquecidas. Como resultado, os alunos negros existentes na sala que procuravam negar sua descendência descrevendo-se como “morenos” passaram a se enxergar como fazendo parte da identidade negra, e assim se autodeclarar como negros em relação a sua etnia e elevando sua autoestima.