Programa de Pós-Graduação em História - CERES
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Dissertação Intelectuais no Sertão: o Club Romeiros do Porvir, a produção e circulação de representações em torno da intelectualidade, da cidade do Crato-CE e dos sertões (1900-1910)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-01-07) Alencar, Johnnys Jorge Gomes; Fernandes, Paula Rejane; ; http://lattes.cnpq.br/6472282774896644; ; http://lattes.cnpq.br/4354196815490726; Santos, Evandro dos; ; http://lattes.cnpq.br/7531766582443713; Andrade, Joel Carlos de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Leite, Juçara Luzia; ; http://lattes.cnpq.br/3044243677860576Autonomeados de “Romeiros do Povir”, alguns “moços” fundaram no ano de 1900, na cidade do Crato, uma agremiação literária. Em torno do Club Romeiros do Porvir esses intelectuais se empenharam, para além das finalidades artísticas, em construir e circular representações de progresso, de intelectualidade e dos sertões (como o “outro”, visto do Cariri). Desse modo, nos preocupamos, nesta dissertação, em compreender como os membros desse grupo construíram e circularam tais representações. Para tanto, investigamos a trajetória intelectual de alguns membros da agremiação, bem como, condições e práticas culturais emergentes na virada do século XIX para o XX; buscamos compreender como a atuação intelectual e cultural, dos membros do grupo, contribuiu para a construção e circulação de representações em torno de si e dos espaços em que estavam inseridos; e, por fim, analisamos as formas como os “romeiros do porvir” construíram e circularam representações em torno dos sertões. Os diálogos teóricos ocorreram, principalmente, no campo da História Cultural a partir dos estudos de Roger Chartier (1990, 2002) e dos conceitos de prática cultural, representação e circulação, trabalhados pelo mesmo autor. Para compreendermos a atuação e a organização dos intelectuais, por nós estudados, os conceitos de intelectual, redes de sociabilidade e geração, trabalhados por Jean-François Sirinelli (1996); e, os de trajetória, campo, habitus e o círculo de elogios mútuos, presentes nos estudos de Pierre Bourdieu (2002), foram importantes ferramentas na elaboração deste trabalho. Foram utilizadas fontes como os jornais A Liça e Cidade do Crato, textos literários, livros de memórias e atas das reuniões administrativas da agremiação.Dissertação Quando o anjo da História sobrevoa as terras sertanejas: usos e representações da noção de sertão na Casa da Memória Potiguar (1934-1972)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-01-09) Silva, Ledson Marcos Sousa da; Santos, Evandro dos; ; http://lattes.cnpq.br/7531766582443713; ; http://lattes.cnpq.br/4691952415293925; Andrade, Joel Carlos de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Fernandes, Paula Rejane; ; http://lattes.cnpq.br/6472282774896644; Costa, Bruno Balbino Aires da; ; http://lattes.cnpq.br/6237253183382621A presente dissertação tem por escopo investigar os usos da noção de sertão nos textos publicados na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, entre os anos de 1934 a 1972. Discute os escritos de homens como Eloy Castriciano de Souza, Nestor dos Santos Lima, José Augusto Bezerra de Medeiros e Luís da Câmara Cascudo, no intuito de enxergar diferentes concepções, contextos e, assim, os usos da noção. Neste recorte temporal, considera-se para a análise 27 volumes da Revista, além de obras que os sócios publicaram individualmente fora do Instituto. Utilizando o exame qualitativo, são acatadas as contribuições por parte de Michel Foucault e Paul Ricoeur no que tange a análise do discurso, a salientar os jogos de poder, os jogos de linguagem, representações e a vontade de verdade sobre o passado. A proposta de investigação se divide em dois momentos. Primeiro, toma-se como suporte a abordagem teórica da sociologia de Pierre Bourdieu para esmiuçar, na historiografia produzida pelos letrados, a teatralização do poder que se manifesta nas publicações, de maneira a examinar interesses políticos e intelectuais. Comemorações, necrologias, homenagens, atas da redação da Revista, respostas a outros homens de letras e biografias se encaixam nesse quadro de fontes, direcionado ao esquadrinhamento dos jogos de poder. Essa fase se caracteriza por se interrogar sobre a troca de elogios que ocorre em significativa parcela das fontes. No segundo momento, apresenta-se argumentos e questões a respeito dos usos da noção de sertão realizados pelo grêmio potiguar. Esta operação é uma tentativa de problematizar as representações, distintas facetas, além dos aspectos político e social inculcados aos sertões pela rede de sociabilidade formada pelo Instituto. Nesse transcurso, há o diálogo com a perspectiva da psicanálise, ao apontar, nas fontes, elementos do sertão visto como problema para os profissionais da política. O debate marca-se pela discussão da fé no progresso que anda paralelo às representações dos sertões nesse contexto selecionado. Desse modo, a dissertação coloca em questão as dimensões políticas e intelectuais do Instituto potiguar, entendendo que as representações dos sertões se pautam pelas intenções daquele que escreve. O argumento elaborado nesse trabalho é que as representações do sertão são usadas, sobretudo, na construção de uma história política, particular e elitista, por parte dos sócios.Dissertação Dos "confins do Brasil" às passarelas: os sertões em/na moda(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-01) Santos, Marcelino Gomes dos; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; ; ; Santos, Evandro dos; ; Andrade, Joel Carlos de Souza; ; Souza, Candice Vidal e;Esta dissertação trata da costura de sentidos sobre os sertões no espaço discursivo da moda brasileira, a partir do lançamento de duas coleções de vestuário assinadas por estilistas brasileiros e desfiladas em eventos de moda nacionais. Nesta direção, elegemos como objetos de estudo as coleções de moda “Carne Seca ou Um Turista Aprendiz em Terra Áspera”, do estilista mineiro Ronaldo Fraga, lançada na São Paulo Fashion Week, em 2013; e “Vaqueiro Desconstruído pela Alfaiataria”, do estilista paulista Akihito Hira, coleção vencedora do concurso Ceará Moda Contemporânea, em 2017. No trajeto dessa investigação, buscamos analisar o diálogo dos estilistas brasileiros com o conceito de sertão, sua inscrição no espaço discursivo da moda, sua associação à linguagem das roupas, observando os signos que foram agenciados pelos estilistas para levar os sertões às passarelas e discutir as (re)construções imagéticas e discursivas operadas a partir dos referidos eventos, com atenção às continuidades e rupturas de sentido sobre a ideia de sertão. Concebemos, neste caminho, que a presença do conceito de sertão no espaço discursivo da moda brasileira implica a sua (re)criação, isto é, o cerzir de novos enunciados, novas formas de vê-los e dizê-los, posto que a moda, antes de tudo, está ligada àquilo que é contemporâneo.Dissertação Representações do sertão nordestino na produção quadrinística potiguar (1992-2015)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-10) Silva, Filipe Viana da; Borges, Fábio Mafra; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; 033.893.504-54; http://lattes.cnpq.br/8883637703704518; http://lattes.cnpq.br/1852315743518234; http://lattes.cnpq.br/7253013322711065; Andrade Júnior, Lourival; http://lattes.cnpq.br/2227836576507822; Sá, Antônio Fernando de Araújo; http://lattes.cnpq.br/4761668150681726Problematiza a estética e forma como dois editoriais de quadrinhos do Rio Grande do Norte, Brasil, representaram o sertão nordestino, o sujeito sertanejo e suas práticas culturais. O estudo abrangeu doze (12) revistas, onde se constatou representações sertanejas em vinte (20) narrativas. Neste universo, dez (10) estão presentes em sete (07) números da revista Maturi, do Grupo de Pesquisa em História em Quadrinhos (Grupehq), de Natal; e dez (10) em cinco (05) publicações do Grupo Pau a Pique de Histórias em Quadrinhos (Grupphq), atual Associação Avoante de Cultura (AAC) da cidade interiorana de Currais Novos: Estórias de Vaqueiros, Caos nas Tetas, Kueka, Quadrinhos Avoante nº 01 e Kankão nº 01. Desta coleção, selecionou um (01) quadrinho de cada grupo para obter dados. Utilizou abordagem metodológica de análise semiótica a partir de Umberto Eco para decodificação dos signos gráficos conforme aponta Antônio Cagnin. Aplicou o esquema dos “vinte e dois painéis que sempre funcionam” de Wally Wood para identificar enquadramentos de cenas. Utilizou categorias para definir cada tipo de transição entre os requadros elaborados por Scott McCloud. Para reconhecimento dos signos sertanejos baseou em Janaína Amado, Erivaldo Neves, Durval Albuquerque Júnior e Antônio Araújo Sá. Após emprego do diagrama metodológico, encontrou duas estéticas de produção e duas representações sertanejas. Uma do litoral, contemplada de estereótipos como pobreza, miséria, doenças e rusticidade, atrelado à ideia de barbárie e violência; outra do interior, e entre as características, a representação de diversão, humor, bem como, perspectiva social e econômica, mesmo que ainda acompanhe estereotipias.Dissertação Florêncio Luciano e o plano de propaganda contra o analfabetismo em Parelhas-RN: uma experiência de educação entre o litoral e o sertão (1928-1930)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-29) Farias, Laísa Fernanda Santos de; Andrade, Juciene Batista Félix; http://lattes.cnpq.br/9746207094429740; http://lattes.cnpq.br/4075872461257574; Lima, Jailma Maria de; http://lattes.cnpq.br/7070010288416835; Medeiros Neta, Olívia Morais de; http://lattes.cnpq.br/7542482401254815; Borges, Cláudia Cristina do Lago; http://lattes.cnpq.br/0416996435431458Nesta dissertação, nos dedicamos em analisar como a criação do Plano de Propaganda Contra o Analfabetismo, projeto de educação cunhado no primeiro mandato do prefeito Florêncio Luciano em Parelhas/RN, entre os anos de 1928 a 1930 contribuiu para a modernização dessa cidade. Assim, investigamos por meio desse plano, as relações estabelecidas entre sertão e litoral no final da Primeira República no contexto da expansão das Escolas Rudimentares no Rio Grande do Norte, a partir das redes de influências e de sociabilidades estabelecidas pelo gestor em exercício, juntamente aos representantes dos órgãos estaduais, aqui personificados nas figuras de Nestor Lima, Amphilóquio Câmara, Manoel Dantas, Eliseu Vianna, José Augusto Bezerra de Medeiros e Juvenal Lamartine. No que diz respeito à metodologia utilizada, trabalhamos a partir da análise dos discursos aplicados em “fragmentos de memórias” tais como portarias, Atas, Leis, Decretos, bibliografia local e Relatórios, que apontam o planejamento do projeto, suas determinações e recenseamentos, além da comunicação assídua com o Departamento de Educação de Natal. Além disso, utilizamos ainda os Relatórios dos Presidentes de Província (1926 a 1928) e as Revistas Pedagógium nas edições de número 1 de 1921 e 12 de 1924, a fim de compreender como se encontrava o pensamento educacional no Rio Grande do Norte e como ele incentivou a criação de um espaço propício para a instalação do Plano de Propaganda Contra o Analfabetismo. Com isso, os resultados da verticalização dessas fontes nos proporcionaram interpretar não só o estreitamento das relações entre interior e capital, a composição de Florêncio Luciano enquanto um “homem da educação”, como também a interferência ocasionada pela constituição do espaço educacional parelhense na modernização local e na inserção de novas formas de sociabilidades.Dissertação Do sonho à realidade: a construção do Açude Sabugi (1958-1966)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-30) Mariz, Monielle Medeiros; Oliveira, Airan dos Santos Borges de; Lima, Jailma Maria de; 597.547.884-72; http://lattes.cnpq.br/7070010288416835; http://lattes.cnpq.br/1337420835014603; http://lattes.cnpq.br/4899127330436812; Andrade, Juciene Batista Felix; http://lattes.cnpq.br/9746207094429740; Cândido, Tyrone Apollo Pontes; http://lattes.cnpq.br/1087699078002007A nossa pesquisa, intitulada DO SONHO À REALIDADE: O AÇUDE SABUGI (1958 – 1966), tem como problemática compreender como a população sabugiense recebeu a construção do açude Sabugi, como essa obra foi significada pela população local, então para essa análise, trabalhamos com o recorte temporal de 1958 (ano em que foi solicitada a construção do açude) a 1966 (ano que o açude foi inaugurado). Para respondermos a essa questão, utilizaremos um acervo documental bastante heterogêneo, que abarca diferentes tipologias: textuais (cartas, avaliações de terra, jornais, procurações, tabelas de preços para desapropriação); iconográficas (06 fotografias relacionadas à construção do açude) e audiovisuais (vídeo da inauguração do açude Sabugi). Além destas, utilizou-se a técnica da entrevista. Sobre a metodologia e estudo dessas fontes, catalogamos as fontes, classificando-as por temáticas e tipologias; foram cruzados os dados encontrados nas diferentes fontes; produzimos tabelas e ponderações sobre a historicidade e produção dos jornais utilizados na pesquisa.Dissertação De flagelados da seca a soldados da borracha: sertanejos potiguares nos sertões amazônicos (1942-1946)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-30) Cunha, Tuylla Rayane Tavares da; Lima, Jailma Maria de; http://lattes.cnpq.br/7070010288416835; http://lattes.cnpq.br/6473344235356612; Andrade, Juciene Batista Felix; http://lattes.cnpq.br/9746207094429740; Falcão, Marcilio Lima; http://lattes.cnpq.br/5594231476327875Denominados como flagelados da seca, a população sertaneja do Nordeste brasileiro se tornou protagonista de determinados acontecimentos da história do Brasil, que os elevaram a outra categoria: a de soldados da borracha. Em decorrência da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e dos acordos firmados entre Brasil e Estados Unidos, os nordestinos foram convocados pelo Governo Vargas para integrar o esforço de guerra nos seringais amazônicos. Dessa forma, visando contribuir com o esforço de guerra e com o povoamento do Vale Amazônico, o governo brasileiro promoveu o deslocamento de milhares de nordestinos em direção à Amazônia. Assim sendo, neste trabalho, buscamos analisar como se deu a participação dos sertanejos do Rio Grande do Norte no Exército da Borracha, bem como o contexto político e social em que essa população se encontrava quando de sua inserção nesse esforço de guerra. Além disso, procuramos investigar como se desenvolveu a Campanha da Borracha no estado e a contribuição da propaganda nesse processo. Os diálogos teóricos se desenvolveram com a História Política e Social, a partir das contribuições de José D’Assunção Barros (2005, 2012) e René Remond (2003). Alguns conceitos foram essenciais para o desenvolvimento deste trabalho, como o de Sertões, discutido por Durval Muniz de Albuquerque Jr. (2011, 2012, 2019) e Antonio Carlos Robert Moraes (2012); o de propaganda, proposto por Maria Helena Rolim Capelato (2009); e os de política e migração, a partir das contribuições de Isabel Cristina Martins Guillen (1999), Frederico de Castro Neves (2000, 2001), Maria Verônica Secreto (2007) e Francisco Pereira Costa (2015). Metodologicamente, usamos a técnica qualitativa, envolvendo técnicas de observação documental de arquivo, de imprensa e de textos bibliográficos. As fontes consultadas, por sua vez, foram os jornais A Ordem, O Diário de Natal, O Acre, e os documentos referentes à organização administrativa do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia.Dissertação Entre estradas e veredas: messianismo nos sertões do estado do Rio Grande do Norte (XIX-XX)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-31) Silva, Vikelane Maria de Oliveira; Andrade Júnior, Lourival; Andrade, Joel Carlos de Souza; 028.710.014-64; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; http://lattes.cnpq.br/2227836576507822; http://lattes.cnpq.br/4975961601438193; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; http://lattes.cnpq.br/8883637703704518; Serafim, Vanda FortunaEste trabalho problematiza os sertões enquanto espaços de construção dos movimentos messiânicos no Brasil, tomando como objeto, o Movimento Messiânico da Serra de João do Vale, liderado pelo Beato Joaquim Ramalho nos fins do século XIX na Vila do Triunpho, Estado do Rio Grande do Norte. A problemática surgiu de uma escassa produção historiográfica sobre o movimento em âmbito regional e nacional. Inicialmente foram evidenciados nos escritos de Luís da Câmara Cascudo em um artigo publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e no jornal do Commercio do Rio de Janeiro no ano de 1941. Para uma melhor análise nos debruçamos sobre obras como “O messianismo no Brasil e no mundo” da socióloga Maria Isaura Pereira de Queiroz e “Leituras do "fanatismo religioso" no sertão brasileiro” de Cristina Pompa. Adotamos a abordagem de História do Discurso e História oral, a partir de autores como Eni Orlandi e Verena Alberti para a análise das fontes, sendo elas: artigos em jornais e revistas, arquivos privados, desenhos criados a partir de relatos orais de moradores da Serra de João do Vale, livros e entrevistas. Ao término deste trabalho foram verificados, os discursos que constituíram e nomearam o Movimento Messiânico da Serra de João do Vale partindo de conceitos que desqualificaram os sertões e sua religiosidade.Dissertação Sítio Culumins: um olhar sobre o sertão do Seridó, séculos XVIII e XIX(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-19) Souza, Hozana Danize Lopes de; Silva, Abrahão Sanderson Nunes Fernandes da; http://lattes.cnpq.br/1765694610852325; http://lattes.cnpq.br/8953422006294075; Oliveira, Antônio José de; http://lattes.cnpq.br/5483282992312123; Borges, Cláudia Cristina do Lago; http://lattes.cnpq.br/0416996435431458; Rocha, Luiz Carlos Medeiros da; http://lattes.cnpq.br/5076441464178801Localizado no atual território do munícipio de Caicó/RN, o sítio Culumins é tanto nome do lugar, quanto do objeto de estudo ligado ao contexto de interiorização do povoamento da capitania do Rio Grande, consolidado no final do século XVII e que teve na implantação das estruturas de fazenda um lócus privilegiado. Esse espaço, fundamentado pela interação entre indivíduos com as paisagens e cultura material, é analisado tendo em vista a compreensão dos aspectos relacionados a economia e a sociedade sertaneja no Seridó colonial, desde o final do século XVIII e ao longo do XIX. Diante disso, a partir dos objetos e do espaço aonde esses estão inseridos, utilizasse de levantamentos documentais, de relatos orais, de leitura e interpretação de referências bibliográficas, além do emprego de metodologias arqueológicas de pesquisa de campo e de laboratório, para se abordar práticas sociais e culturais ligadas ao consumo. Contudo, destaca-se que a ideia de consumo não se encontra restrita a pensar somente a comercialização, mas integra também a forma com que esses objetos foram utilizados e produzidos pelos indivíduos que ali habitaram e em como isso pode estar inserido a outras esferas de relações sociais. Essa perspectiva se constitui como uma maneira de entender a dimensão material presente nos espaços de moradia do sertão do Seridó, refletindo ainda a noção de uma materialidade que integra o sertão nordestino durante o período colonial.Dissertação Viajando os sertões: Nestor Lima e a territorialização das cidades sertanejas na obra "Municípios do Rio Grande do Norte" (1938-1942)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-07) Dutra, Adalgisa Maria Alencar; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; https://orcid.org/0000-0002-5967-7636; http://lattes.cnpq.br/8883637703704518; http://lattes.cnpq.br/6775028780591333; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Amorim, Sara Raphaela Machado deEstudo sobre o processo de territorialização das Zonas Fisiográficas – Zona do Rio Seridó e Zona do Rio Assú – a partir da obra Municípios do Rio Grande do Norte de autoria de Nestor dos Santos Lima. Nesse sentido, consideramos sua territorialização como um processo de mudanças no âmbito administrativo e eclesiástico como agente de mudanças no processo de ocupação desses sertões. Considera-se o processo de territorialização desses espaços a partir da obra, pois, são retratadas as características dos sertões e suas singularidades. A Zona do Rio Seridó é caracterizada pelas fontes documentais pesquisadas pelo autor, bem como, pelo uso das memórias enquanto fonte histórica. Buscamos, com base em Michel de Certeau (2002), analisar o contexto histórico da criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) para o entendimento do percurso intelectual do autor Nestor Lima e consequentemente as bases ideológicas que resultaram na sua principal obra sobre as cidades do Rio Grande do Norte. A Zona do Rio Assú é retratada a partir das cidades que compõem a região, de forma a ressaltar a fauna, flora e o processo de mudança histórica. Metodologicamente, partiu-se da leitura e revisão bibliográfica, seleção e composição de um quadro das cidades e suas respectivas zonas, bem como, analisou-se qualitativamente a obra, para o entendimento do processo histórico disposto pelo autor. Concluiu-se que o processo de escrita do mesmo resultou do seu lugar institucional enquanto agente do governo do estado, que os sertões do Seridó e do Assú foram descritos na historiografia de forma a ressaltar o processo de mudanças territoriais, e que a memória aparece na obra que foi fonte de pesquisa.Dissertação Os sertões naturais sob as lentes de Oswaldo Lamartine de Faria (1960-1980)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-17) Araújo, Natália Raiane de Paiva; Santos, Evandro dos; https://orcid.org/0000-0003-2904-0244; http://lattes.cnpq.br/9012358019406831; Andrade, Juciene Batista Felix; https://orcid.org/0000-0002-4590-2951; http://lattes.cnpq.br/9746207094429740; Medeiros Neta, Olívia Morais de; https://orcid.org/0000-0002-4217-2914; http://lattes.cnpq.br/7542482401254815; Costa, Bruno Balbino Aires daNesta dissertação examinamos a natureza como sujeito da história e o homem como agente geológico atuante no meio natural. Do ponto de vista histórico e espacial, a natureza que analisamos está localizada na região do Seridó potiguar, denominada de sertão do Seridó, interior do Rio Grande do Norte. Entrelaçamos neste trabalho os estudos do sertanista Oswaldo Lamartine de Faria sobre a região do Seridó, trazendo uma releitura da história e da etnografia seridoenses através do viés “natureza e homem”, abordando os conceitos de história ambiental, sertão e modernidade. Deste modo, tais conceitos foram investigados como caracterizadores e construtores do espaço sertanejo, configurando-se, assim, o enaltecer do bioma original brasileiro (a caatinga) e a construção de certa identidade sertaneja a partir de uma ideia de natureza. A partir do exame desta relação entre a humanidade e determinado meio natural buscamos demonstrar algumas de suas consequências, além de apontarmos soluções para o desenvolvimento da região em questão, efetuando, por conseguinte, uma nova abordagem sobre a tessitura da escrita sobre os sertões nordestinos.Dissertação Escrever um sertão: memória e etnografia em Oswaldo Lamartine de Faria (1945-2005)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-26) Medeiros, Eduardo Kleyton de; Santos, Evandro dos; http://lattes.cnpq.br/8839237473238900; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Turin, RodrigoA presente pesquisa debruça-se sobre a obra de Oswaldo Lamartine de Faria (1919 – 2007), escritor consagrado no universo letrado do Rio Grande do Norte, e que entre 1945 e 2005 dedicou-se ao estudo e à escrita sobre o mundo rural, especialmente o sertão do Seridó, construindo uma obra de gêneros textuais variados e com significativas marcas autobiográficas. A análise do discurso que operamos sobre seus ensaios e na escrita de si, principalmente em suas entrevistas e correspondências publicadas, permitiu empreender o exame de determinada concepção sobre o sertão do Seridó por ele construída ao longo do século XX, privilegiando os modos como no texto se manifestam sua experiência com o tempo e o espaço que põe em prática. Assim, no primeiro capítulo, abordamos os pressupostos existenciais que estruturam o saber histórico efetivamente usado pelo sertanista em sua leitura do sertão (RICOEUR, 2007). No segundo capítulo nos dedicamos à análise dos procedimentos de pesquisa e escrita que conformam a etnografia posta em prática pelo autor (CERTEAU, 1998). Por fim, consideramos que o sertanista faz usos deliberados do passado para, de maneira questionável, investir na consolidação de uma memória acerca de uma dominação política sobre o sertão do Seridó.Dissertação Atenas em ruínas, sertão e persistência: novas e velhas representações de Assú na escrita de Celso Dantas da Silveira entre as décadas de 1980 a 1990(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-04) Oliveira, Ericlis Dantas de; Fernandes, Paula Rejane; https://orcid.org/0000-0002-6273-2229; http://lattes.cnpq.br/6472282774896644; https://orcid.org/0000-0001-8237-5655; http://lattes.cnpq.br/6636531146430464; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Sales Neto, Francisco Firmino; https://orcid.org/0000-0001-9647-4638; http://lattes.cnpq.br/3836760295812952Esta pesquisa objetiva problematizar as representações de Assú/RN a partir da produção intelectual do jornalista Celso Dantas da Silveira (1929-2005). Nos propomos a analisar como o mesmo buscou se apropriar das representações para salvaguarda-las e em seguida se construir como herdeiro de um sertão de poesia. Enfatizamos que não buscamos investigar como as representações sobre Assú foram construídas, tendo em vista que a escrita de Celso da Silveira possui um caráter de preservação. Dito isto, buscamos pesquisar como Celso da Silveira se apropriou das representações de Terra dos Poetas, Terra dos Verdes Carnaubais e Atenas Norte-Rio-Grandense, colocando em circulação novas e antigas representações sobre a cidade e sobre si, essa última, emerge à medida que ele vai tentando fazer da urbe a base que legitima suas ações intelectuais. Nossas fontes foram livros escritos por Celso da Silveira, a análise foi embasada no Esquema Conceitual de Roger Chartier (2002), representação, apropriação, prática e circulação. Para responder nossos questionamentos, dialogamos com a História dos Sertões, História Cultural e História Intelectual.Dissertação "Em todos os períodos há flores nos sertões": representações sertanejas nas cartas-crônicas de Paulo Bezerra (1985-2016)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-30) Dantas, Brena da Silva; Fernandes, Paula Rejane; https://orcid.org/0000-0002-6273-2229; http://lattes.cnpq.br/6472282774896644; http://lattes.cnpq.br/6634542426821614; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; Mendes, Francisco Fabiano de AlmeidaO objetivo deste trabalho foi analisar as representações de sertões existentes nas cartas-crônicas do escritor seridoense Paulo Bezerra (1933-2017). As principais fontes da pesquisa foram as obras: Cartas dos Sertões do Seridó (2000), Outras Cartas dos Sertões do Seridó (2004), Novas Cartas dos Sertões do Seridó (2009), Cartas dos Sertões do Seridó – 4º Livro (2013) e Últimas Cartas dos Sertões do Seridó (2018). O material utilizado nesse estudo não foram cartas comuns, de cunho pessoal, mas cartas que foram enviadas com o intuito da publicação e divulgação do seu conteúdo, assim a chamaremos de carta-crônica, de acordo com Silva (2012). Essas produções eram enviadas por Bezerra ao jornalista Woden Madruga, que as publicava em sua coluna no jornal Tribuna do Norte. Com o passar dos anos e grande volume de cartas-crônicas já produzidas, estas foram sendo gradativamente publicadas em livros. A análise das fontes foi feita a partir dos conceitos de representação, apropriação e circulação, segundo Roger Chartier (2002), que nos possibilita apresentar as representações criadas e/ou reformuladas por Bezerra. Os sertões enquanto categoria produzida para delimitar um espaço físico, social e cultural será pensado a partir de autores como Janaína Amado (1995) em diálogo também com outros escritores que pensam os sertões brasileiros, mas evidenciando o sertão construído e narrado por Paulo Bezerra.Dissertação Projeto Baixo-Açu: uma análise sobre o discurso de modernidade no sertão potiguar (1975-1985)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-09-19) Brito, Maiara Brenda Rodrigues de; Oliveira, Airan dos Santos Borges de; https://orcid.org/0000-0002-5090-9787; http://lattes.cnpq.br/1337420835014603; https://orcid.org/0000-0003-3708-6533; http://lattes.cnpq.br/7133786165805891; Andrade, Juciene Batista Felix; https://orcid.org/0000-0002-4590-2951; http://lattes.cnpq.br/9746207094429740; Santos, Jovelina SilvaO presente trabalho se debruça sobre o Projeto Baixo-Açu, obra hídrica direcionada para o Vale do Açu (RN) durante a década de 1970. O intuito da intervenção era potencializar a produtividade das terras, inseri-la no mercado industrial, enfrentar os problemas relacionados a enchentes e estiagens que atacavam a região. Para enfrentar as adversidades, o Estado implementou um conjunto de ações consideradas modernas e que tiveram como respaldo o discurso de engenheiros e técnicos, o que pode ser caracterizado como uma modernização autoritária. O trabalho versa sobre as análises dos discursos políticos, técnicos e jornalísticos entre 1975 e 1985, os quais defenderam a modernidade para o Vale por meio do Projeto Baixo Açu. O estudo permitiu entender como os agentes do poder atuavam na defesa do projeto e como a ideia de modernidade era utilizada para fortalecer a concepção de progresso e salvação. O deslocamento da cidade de São Rafael, assim como a sua nova estrutura urbana também foi analisada a partir dos discursos que enalteciam a ideia de modernizar o sertão. A investigação também recuperou as considerações sobre as manifestações sociais durante a implementação da obra, e constatou perseguição política às lideranças sindicais, eclesiásticas e docentes. Este estudo faz uso do periódico Diário de Natal (1975 - 1979); materiais emitidos pelo Departamento da Polícia Federal - Superintendência Regional do Rio Grande do Norte; Ministério da Aeronáutica; Serviço Nacional de Informações; relatório e Panfleto de Propaganda do DNOCS e, também, se baseia em correspondências direcionadas ao Bispo Dom Heitor e discurso do político Moacyr Duarte. A narrativa ampara-se nos conceitos: sertão, modernidade, modernização e discurso.Dissertação Implantação da Aliança para o Progresso, o Programa Alimentos para a Paz e as Frentes de Trabalho no sertão do Seridó Potiguar (1961-1978)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-24) Silva, João Paulo de Lima; Lima, Jailma Maria de; https://orcid.org/0000-0001-8689-1753; http://lattes.cnpq.br/7070010288416835; https://orcid.org/0000-0002-4254-8571; http://lattes.cnpq.br/8111233309513952; Andrade, Juciene Batista Felix; https://orcid.org/0000-0002-4590-2951; http://lattes.cnpq.br/9746207094429740; Porto, PalomaEsta dissertação analisa a implementação dos programas Aliança para o Progresso, Alimentos para a Paz e as Frentes de Trabalho, no Seridó Potiguar entre 1961 e 1978. Embora com objetivos e ações diferentes, os três programas voltaram-se para o atendimento da população em épocas de calamidades climáticas, de secas ou de cheias e foram decisivos para a assistência aos sertanejos. Ao mesmo tempo em que os impactos sociais das calamidades diminuíam, esses programas serviram para fixar esses sertanejos nos seus locais de origem, impedindo, em alguma medida, as grandes migrações. O trabalho perpassa por uma análise com enfoque político – social historiográfico e dos conceitos de sertão, história política e pobreza. Essa pesquisa foi realizada no site da Hemeroteca Digital e nele foram encontrados os jornais: Diário de Natal, Diário de Pernambuco, Correio Braziliense e O Poti, que nos possibilitaram perceber como a imprensa noticiava a implantação de programas, mas também como se referia a momentos de calamidades, sejam de secas ou de cheias. Foram realizadas pesquisas no arquivo da Diocese da cidade de Caicó, onde através de cartas, relatórios e recibos, nos esclareceu e trouxe novos fatos referentes aos diversos programas implementados na região do Seridó potiguar. Da mesma forma, o 1º Batalhão de Engenharia e Construção de Caicó, nos apresentou relatórios oficiais que nos possibilitaram aprofundar os estudos sobre as obras gerenciadas pela instituição originando diversas Frentes de Trabalho. Ao longo do período estudado, buscamos esclarecer o quanto essas relações e estruturas estabelecidas em nome da seca e pobreza estabelecida, eram atividades primordiais para uma multidão que ofertava a mão de obra em troca de um pagamento e alimentação repassados através dos convênios firmados entre os governos do Rio Grande do Norte e o governo dos Estados Unidos da América.TCC Vastas e ermas: mulheres não brancas no sertão do Rio Grande (Seridó, séculos XVIII e XIX)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-25) Medeiros, Maria Alda Jana Dantas de; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; https://orcid.org/0000-0002-5967-7636; http://lattes.cnpq.br/8883637703704518; http://lattes.cnpq.br/5160729657830902; Santos, Ane Luise Silva Macenas; Irffi, Ana Sara Ribeiro Parente CortezEsse estudo aborda mulheres não brancas (índias, africanas, pretas, negras, mamalucas, cabras, crioulas, mulatas, mestiças e pardas) no Seridó, sertão do Rio Grande, e analisa as suas representações elaboradas nas documentações históricas referentes aos séculos XVIII e XIX. Mobilizando os conceitos de qualidade e condição, a investigação se desenvolve em fontes sesmariais, eclesiásticas (assentos de batismos, matrimônios e óbitos) e judiciais (inventários post-mortem, cartas de alforrias e ações de liberdade), e parte do cruzamento quantitativo e qualitativo das documentações, respaldada nos instrumentos metodológicos do paradigma indiciário e do método onomástico, em diálogo com uma abordagem micro histórica. Analisando as representações sobre o feminino nos sertões da América portuguesa e na historiografia regional seridoense, demonstra novas possibilidades sobre participação feminina no passado histórico. Observa as qualidades e condições mobilizadas no sertão do Seridó nas representações de mulheres não brancas, os usos e significados particulares do léxico nas mestiçagens nessa região. Em abordagem interseccional, analisa as estratégias de mobilidade acionadas por essas mulheres dentro de uma região sertaneja de poucos recursos, destacando o trabalho e a formação de famílias escravas, egressas, livres e matrifocais. A partir da reconstrução de trajetórias de mulheres não brancas, observa suas representações nos registros históricos no decorrer dos processos de mobilidade social, investiga também seus patrimônios e alianças horizontais e verticais firmadas em suas redes de contato, por vezes reforçadas pelo estabelecimento de parentesco espiritual, e suas lutas judiciais por liberdade. Ao versar sobre uma temática ainda pouco abordada na historiografia sobre o sertão do Seridó, esse trabalho alcança as trajetórias e lugares ocupados por mulheres não brancas no mundo simbólico e material do Seridó setecentista e oitocentista.Dissertação O Sertão é Neon: transversalidades e pluralidades de identidades de gênero no filme Boi Neon de Gabriel Mascaro (2015)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-26) Azevedo, Gleice Linhares de; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; http://lattes.cnpq.br/9977830338247954; Andrade Júnior, Lourival; https://orcid.org/0000-0003-2155-1816; http://lattes.cnpq.br/2227836576507822; Santiago Júnior , Francisco das Chagas Fernandes; https://orcid.org/0000-0003-2690-5222; http://lattes.cnpq.br/8893350729538284; Lima, Frederico Osanan AmorimEste trabalho tem como objetivo compreender os discursos instituídos pelas imagens cinematográficas contemporâneas sobre o sertão e as relações de gênero aí prevalecentes, sobretudo, na construção das masculinidades sertanejas configuradas em um cenário de rupturas e continuidades, em relação aos códigos morais que modelam o ser(tão). Para tal empreitada, partimos do recorte temporal delimitado entre os anos 2000 a 2015, tendo como marco algumas produções fílmicas com a temática do sertão, como Cinemas, aspirinas e urubus (2005), Luneta do Tempo (2014) e o gênero novela com a produção de Cordel Encantado (2011). Além de tais fontes, trabalhamos com a fonte basilar dessa escrita, o filme Boi Neon (2015), do diretor e roteirista pernambucano, Gabriel Mascaro. O referencial teórico e metodológico estrutura-se na análise de discurso de Michel Foucault visando entender as várias camadas de sentidos que constituem as imagens, sobretudo, cinematográficas para o estudo que nos propomos a realizar. Essa análise também partiu do uso de método arqueológico das imagens, ou seja, uma escavação das camadas visuais que constituem nosso modo de ver o sertão, a partir dos pressupostos apresentados pelo historiador da arte Georges Didi-Huberman. A discursão teórica também está fundamentada na Teoria Queer para compreender as novas relações de gênero que se movem na narrativa fílmica de Boi Neon, a partir das concepções de Judith Butler (2021) e das reflexões de Richard Miskolci (2021) e Guacira Lopes (2018) quando pensam o gênero como construção normativa na cultura e a possibilidade de viver outra diversidade, outras maneiras de exercer a masculinidade de maneira plural, para além das normas. Nessa direção, a partir do conceito de imagem sobrevivente ou imagem sintoma de Didi-Huberman, concluímos que as imagens do sertão anteriores à produção de Boi Neon são imagens sobreviventes de outras produções visuais anteriores (como os filmes do Cinema Novo e da Retomada) e que as imagens capturadas por Boi Neon são imagens-ação, que, por sua vez, são imagens críticas, transgressoras de uma dada visualidade do sertão e do tempo dessas imagens. Nessa linha, as imagens em volta do corpo masculino e feminino, nessa espacialidade são, de certa forma, desconstruídas e diferentes das elaborações já realizadas em volta do sertanejo(a), assim como é o sertão/agreste na perspectiva do filme. Portanto, o sertão contemporâneo de Boi Neon é um sertão em movimento, de passagens de temporalidades, o arcaico e o novo, do pretérito e presente, de corpos em “dilatação” e, enfim, um sertão em trânsito.Dissertação Neste mesmo chão, outros passos: indivíduos não-brancos nos Sertões do Rio Grande (Ribeira do Acauã, Totoró, Séculos XVIII-XIX)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-26) Santos, Matheus Barbosa; Macedo, Helder Alexandre Medeiros de; https://orcid.org/0000-0002-5967-7636; http://lattes.cnpq.br/8883637703704518; http://lattes.cnpq.br/8247369320821739; Santos, Ane Luise Silva Mecenas; https://orcid.org/0000-0002-5648-7060; http://lattes.cnpq.br/5086611569752849; Irffi, Ana Sara Ribeiro Parente CortezInvestiga representações acerca dos indivíduos não-brancos no Totoró e suas adjacências, espaço situado na Ribeira do Acauã, durante os séculos XVIII e XIX. Metodologicamente parte de revisão historiográfica, transcrição e leitura de inventários post-mortem, fontes sesmariais e cartas de alforria com registros de batismo, casamento e óbito relativos ao sertão do Seridó. Acreditamos que a constituição e as vivências no Totoró não envolveram apenas sujeitos lusitanos ou luso-brasílicos, bem como, não se restringiu somente ao núcleo familiar dos Lopes Galvão, mas também houve a presença e participação de pessoas e famílias formadas por índios, negros, Gentio de Angola e Mina, crioulos, cabras, mulatos, pardos e mestiços nas condições de livres, cativos ou forros. Operando os conceitos de dinâmicas de mestiçagens e qualidade, dialogando com os pressupostos da História Quantitativa e Serial e da Micro-História, buscamos compreender como estes indivíduos participavam e se inseriam nas dinâmicas sociais, econômicas, políticas e religiosas do seu tempo e espaço. Para isso, reconstruímos arranjos familiares que foram constituídos no cativeiro e rastreamos trajetórias específicas de pessoas não-brancas situados nesta territorialidade: Miguel Figueira Galvão, José Lopes Galvão e Paula Barbalho de Vasconcelos, e Diogo de Melo e Paula Maria da Conceição; visando perceber estratégias e formas de resistência que driblassem os limites que a sociedade colonial tentou impor.Dissertação "Captura" dos sertões na rede: um olhar sobre os sertões contemporâneos divulgados/visualizados nas mídias digitais (2018- 2022)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-28) Medeiros, Franciely de Lucena; Andrade, Joel Carlos de Souza; https://orcid.org/0000-0003-2141-0212; http://lattes.cnpq.br/6752728114568336; https://orcid.org/0000-0003-3324-1700; http://lattes.cnpq.br/6793386683754436; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; https://orcid.org/0000-0003-4153-9240; http://lattes.cnpq.br/7585947992338412; Santos, Evandro dos; Silveira, Pedro Telles daA atualidade compreende uma série de informações concentradas principalmente no uso das novas tecnologias, celulares, computadores, redes sociais, aplicativos de divulgação, compra e venda de produtos, streamings de filmes, séries e músicas, leitores digitais e diversas outras ferramentas. Diante deste processo de atualização, com seu caráter polissêmico e multifacetado, os sertões continuam a ser apresentados sob a ótica de discursos “clássicos”, em sua maioria como sinonímia da região Nordeste brasileira bem como das descrições sobre os sujeitos sertanejos e nordestinos. A atualização constante em que o mundo se encontra parece não se adequar à superação da simetria entre estas categorias. Neste sentido, objetiva-se realizar um estudo acerca das (re)apresentações dos sertões nas mídias digitais, a começar por sites informativos, de grande alcance e visibilidade, capazes de divulgar imagens negativas ou positivas acerca da categoria. Assim como o uso das redes sociais, com ênfase para o Instagram e uma página denominada Raízes do Sertão e o Blog do fotógrafo pernambucano, Fred Jordão. A investigação busca compreender, em diálogo com a história digital, as imagens/paisagens dos sertões disponíveis nas mídias digitais. Conclui-se, que a contemporaneidade dos sertões se aplica apenas a sua divulgação nos meios digitais enquanto um lugar com características áridas, de homens “austeros” devido ao ambiente hostil e, ao mesmo tempo, reforçam uma visão romantizada e telúrica sem enfrentar os problemas historicamente construídos e que acabam por naturalizar tais visões.
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