Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia por Autor "Aguiar, Kardec Alecxandro Abrantes"
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Dissertação Efeitos agudos do alongamento de músculos respiratórios em asmáticos: estudo cross-over, randomizado e duplo-cego(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-04-30) Aguiar, Kardec Alecxandro Abrantes; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; ; ; http://lattes.cnpq.br/4666288989355474; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; ; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; Campos, Shirley Lima; ; http://lattes.cnpq.br/3095741580780287Introdução: A asma é uma doença inflamatória cujas crises podem se reverter espontaneamente ou com tratamento farmacológico. A exposição prolongada aos seus efeitos pode comprometer a ação dos músculos respiratórios. Assim, embora o alongamento destes músculos seja visto como técnica de potencial benefício no tratamento e controle das pneumopatias crônicas, poucos estudos avaliaram asmáticos. Objetivos: Avaliar os efeitos agudos de um protocolo de alongamento de músculos respiratórios sobre os volumes pulmonares, frequência respiratória, volume minuto, índice de velocidade de encurtamento de músculos respiratórios e tolerância ao exercício em asmáticos com doença controlada. Materiais e métodos: estudo crossover, randomizado, duplo-cego no qual a amostra foi composta por asmáticas alocadas em dois grupos: grupo alongamento (GA) e grupo placebo (GP). O GA recebeu um protocolo de alongamento, enquanto o GP, manobra placebo. As variáveis foram analisadas durante o exercício utilizando pletismografia optoeletrônica. Análise estatística: as médias dos volumes pulmonares, frequência respiratória, volume minuto e índice de velocidade de encurtamento dos músculos respiratórios entre os grupos foram comparadas pela Two-way ANOVA com post hoc de Bonferroni. O tempo de tolerância ao exercício e a percepção de esforço foram comparados pelo teste t pareado. Foi considerado como valor de significância estatística p < 0,05. Resultados: Foram avaliadas 11 asmáticas com média de idade de 35,5 ± 7,8 anos, IMC de 24,4 ± 2,4 Kg/m2 , CVF e VEF1 igual a 95,8 ± 10,3 e 85,3 ± 11,5 % do valor predito, respectivamente. Não houve diferenças nos volumes pulmonares entre os grupos (alongamento versus placebo) durante o exercício, ocorrendo diferenças na análise intragrupo entre suas etapas (p < 0,01). A frequência respiratória e volume minuto foram similares nos grupos (p = 0,68 e 0,52). O índice de velocidade de encurtamento dos músculos inspiratórios da caixa torácica pulmonar foi menor no grupo alongamento, particularmente nos momentos de pedalada com carga (GP = 0,571 ± 0,222; GA = 0,533 ± 0,204 L/s) e recuperação (GP = 0,591 ± 0,222; GA = 0,531 ± 0,244 L/s), porém não existiu diferença com significância estatística (p = 0,27). O tempo de tolerância ao exercício foi similar entre os grupos (GP = 245 ± 109 seg versus GA = 218 ± 55,5 seg, p = 0,31). A variação do escore de Borg para percepção de fadiga se mostrou menor no GA (6,86 ± 0,55 versus 7,59 ± 0,73, p = 0,02). Conclusão: O alongamento de músculos respiratórios, considerando seus efeitos agudos, não modifica os volumes pulmonares, frequência respiratória, volume minuto e índice de velocidade de encurtamento de músculos respiratórios de asmáticos com doença controlada. Os resultados sugerem que o alongamento não influenciou a tolerância ao exercício com carga constante, embora tenha sido relatada menor sensação de fadiga nos indivíduos que se submeteram à técnica.