PPGFIL - Doutorado em Filosofia
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Navegando PPGFIL - Doutorado em Filosofia por Autor "Alves, Daniel Durante Pereira"
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Tese Uma abordagem semântico-pragmática para classificação e definição de quantificadores(2020-02-28) Costa, David Gomes; Alves, Daniel Durante Pereira; ; ; Silva, Adriano Marques da; ; Pontes, André Nascimento; ; Feitosa, Hércules de Araújo; ; Gorsky, Samir Bezerra;Expressões quantificadoras estão na história da filosofia e da lógica pelo menos desde a criação do silogismo por Aristóteles. Outro momento central na história dessas expressões é o desenvolvimento do sistema formal do Begriffsschrift de Frege. Em seu trabalho, o autor inclui axiomas para quantificação sobre objetos individuais e conceitos. Sendo os quantificadores também um tipo de conceito, ele os denomina “conceitos de segundo nível”. Com o advento da teoria dos modelos (na década de 1950) a noção semântica de “interpretação” promove uma revolução copernicana neste campo de estudo e na maneira de definir os “conceitos” fregeanos, com ênfase nas expressões quantificadoras. Tal revolução não consiste simplesmente em uma nova forma de apresentar os quantificadores de Frege, mas possibilitou uma ampliação na variedade de quantificadores que podem ser implementados. Essa abertura a novas possibilidades é devida, basicamente, aos trabalhos de Mostowski (1957) e Lindström (1966) que desenvolvem a noção de quantificação generalizada. Existem, no entanto, limites tanto nessa implementação quanto na interpretação de certos quantificadores de línguas naturais. A dependência de uma expressão a um contexto é uma das barreiras que a linguagem natural impõe à lógica formal. Nesse sentido Grice em 1975 abre espaço em seu Logic and Conversation para um outro olhar sobre a “lógica da linguagem ordinária”. O presente trabalho se propõe a uma análise nas diversas tentativas de formalização de quantificadores em linguagens naturais. Partimos de uma abordagem que investigue aspectos lógicos e pragmáticos dos quantificadores. Visamos uma classificação de quantificadores que acreditamos ser capaz de elucidar questões sobre os limites de definições destas expressões.Tese O aprimoramento cognitivo como bem primário em Rawls(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-04) Oliveira Neto, Fortunato Monge de; Nahra, Cinara Maria Leite; ; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; ; http://lattes.cnpq.br/7307691547383207; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Oliveira, Erico Andrade Marques de; ; http://lattes.cnpq.br/0725459534795685; Dutra, Delamar José Volpato; ; http://lattes.cnpq.br/7826882124566360; Oliveira Júnior, Nythamar Hilário Fernandes de; ; http://lattes.cnpq.br/3541527557611037A tese principal a ser demonstrada neste trabalho é a de que o aprimoramento cognitivo por meio do uso de fármacos pode ser incluído como um bem primário dentro do pensamento de Rawls. Para isso, o texto estrutura-se em duas partes. A primeira parte pretende descrever a teoria da justiça como equidade em seus elementos diretamente relacionados com os bens primários. A primeira informação a ser constatada é a unidade da noção de bens primários em toda a obra de Rawls. Alguns elementos são modificados, como por exemplo a distinção entre bens primários naturais e sociais. Os bens primários naturais são: a inteligência, a saúde, a imaginação, o vigor e a oportunidade (sorte) e os bens primários sociais são: direito e liberdade, oportunidades e poder, renda e riqueza e as bases sociais do autorrespeito. A percepção de alguns talentos como a inteligência também sofreu alteração, passando de ‘maior inteligência’ para uma ‘inteligência educada’. Isso ressalta a educação como bem primário que perpassa toda a obra de Rawls em perspectivas diferentes. A liberdade e o autorrespeito são bens-primários sociais que também serão aprofundados. Na segunda parte apresenta-se a definição de aprimoramento e como a distinção entre aprimoramento e tratamento é polêmica. da parte apresenta-se a definição de aprimoramento e como a distinção entre aprimoramento e tratamento é polêmica. Assim aprofundamos os problemas relacionados a prática do aprimoramento (enhancement) mostrando como os conceitos de bens primários de Rawls como a liberdade e o autorrespeito não estão em oposição a prática do aprimoramento, particularmente do aprimoramento cognitivo (cognitive enhancement) . Mostramos, ao contrário, que a proibição do aprimoramento cognitivo poderia levar a negação desses bens primários. Mas como poderíamos considerar o aprimoramento cognitivo como um bem primário social? O que fazemos nesta tese é mostrar como o aprimoramento cognitivo é importante para garantir que os bens primários sejam acessíveis aos cidadãos, bem como reconstituímos o processo que Rawls utiliza para a escolha de seus bens primários e verificarmos que o aprimoramento cognitivo através de fármacos poderia perfeitamente ser inserido como tal.Tese Os argumentos transcendentais: Kant e o problema de Hume(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-05-11) Lima, Túlio Sales Souza; Bonaccini, Juan Adolfo; ; http://lattes.cnpq.br/1832122126753450; ; http://lattes.cnpq.br/3913710050478082; Faggion, Andréa Luisa Bucchile; ; http://lattes.cnpq.br/1145199922457791; Assis Neto, Fernando Raul de; ; http://lattes.cnpq.br/2343862670428432; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Perez, Daniel Omar; ; http://lattes.cnpq.br/3161542255903404O presente trabalho - Os argumentos transcendentais: Kant e o problema de Hume -, tem como seu objetivo geral interpretar a resposta de Kant ao problema de Hume à luz da conjunção das temáticas de causalidade e indução o que equivale a uma leitura cético-naturalista deste. Neste sentido, tal iniciativa complementa o tratamento anterior visto em nossa dissertação de mestrado, onde a mesma temática fora examinada a partir de uma leitura meramente cética que Kant fez do pensamento humeano e onde foi analisada apenas a causalidade. Dentre os objetivos específicos, listamos os seguintes: a) a filosofia crítica cumpre três funções básicas, uma fundante, uma negativa e uma que defenderia o uso prático da razão, aqui nomeada de defensiva; b) a solução kantiana do problema de Hume na primeira crítica cumpriria as funções fundante e negativa da crítica da razão; c) o tratamento kantiano da temática da indução nas demais críticas cumpriria a função defensiva da crítica da razão; d) que as provas da resposta de Kant ao problema de Hume são mais consistentes quando se consideram cumpridas estas três funções ou momentos da crítica. A estrutura básica do trabalho comporta três partes: na primeira - A gênese do problema de Hume -, nossa pretensão é reconstituir o problema de Hume, analisando-o sob a ótica das duas definições de causa, onde a diluição da primeira definição na segunda corresponde à redução psicológica do conhecimento à probabilidade, do que se segue a chamada naturalização das relações causais; na segunda - Legalidade e Causalidade -, menciona-se que quando se considera Hume na opção cético-naturalista, Kant não está habilitado a lhe responder através do argumento transcendental AB; A⊢B da segunda Analogia, prova que está embasada na posição de pensadores contemporâneos como Strawson e Allison; na terceira parte - Finalidade e Indução -, admite-se que Kant responde a Hume no nível do uso regulativo da razão, embora o desenvolvimento dessa prova exceda os limites da função fundante da crítica. E isto fica articulado tanto na Introdução quanto nas Considerações Finais, através do cumprimento da função defensiva [e negativa] da crítica. Neste contexto, com base no recurso aos ditos argumentos transcendentais que se projetam por toda a trilogia crítica, procuramos estabelecer solução para uma questão recorrente que reaparece em várias passagens de nossa apresentação e que diz respeito a existência e/ou a necessidade das leis causais empíricas . Diante disso, nossa tese é que os argumentos transcendentais somente constituem uma solução apodítica para o problema cético-naturalista de Hume quando está em pauta um projeto prático em que o interesse da razão esteja assegurado, conforme será, enfim, provado em nossas Considerações FinaisTese Ceticismo e fundamentação no sistema de Hegel(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-21) Albuquerque Bisneto, Oscar Cavalcanti de; Santos, Gisele Amaral dos; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; http://lattes.cnpq.br/3110980220689773; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Conte, Jaimir; Smith, Plínio Junqueira; Dela-Savia, Sérgio Luís Rizzo; https://orcid.org/0000-0002-5012-9190; http://lattes.cnpq.br/3569074915058707Esta tese pretende examinar a natureza da relação que Hegel estabelece com a tradição do pensamento cético. Em suma, e em que pese a real necessidade de uma exposição da apreciação feita pelo autor da Fenomenologia sobre o ceticismo moderno, sintetizado por ele na figura de Schulze, nossa abordagem consiste em mostrar o fato de que os principais argumentos dos antigos pirrônicos desempenham um papel fundamental no conjunto da filosofia hegeliana e que, longe de negligenciar, ou simplesmente tratar marginalmente o problema do ceticismo, Hegel parte do princípio de que a única forma viável de fundamentação filosófica legítima consiste em levar devidamente a sério o problema do ceticismo.Tese O coerentismo de Bonjour: uma leitura fundacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-06-22) Fianco, Cristiane; Costa, Claudio Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/2767426717797330; ; http://lattes.cnpq.br/9457009687079115; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Abath, Andre Joffily; ; http://lattes.cnpq.br/4938760014695877; Leclerc, André; ; http://lattes.cnpq.br/6525569862867870; Sousa, José Maria Arruda de; ; http://lattes.cnpq.br/3838529735214286Em The Structure of Empirical Knowledge, Laurence BonJour tenta provar a ineficiência de uma explicação fundacional, enquanto solução ao problema cético. A sua compreensão é que não existem crenças básicas no sentido próprio, ou seja, crenças capazes de ter alguma força justificadora que não seja advinda da coerência com outras crenças. Mostraremos que essa proposta não é alcançada por BonJour de forma satisfatória e que, em sua teoria, uma crença observacional não-inferencial seria mais plausível se fosse interpretada como sendo básica, nos termos de uma teoria fundacional fraca.Tese Credenciais epistêmicas da crença em Deus: uma comparação entre Alvin Plantinga e Richard Swinburne(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-07) Nascimento, Bruno Ribeiro; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; http://lattes.cnpq.br/4210778274129446; Miranda, Sérgio Ricardo Neves de; Portugal, Agnaldo Cuoco; Madureira, Jonas Moreira; Vaz, Bruno Rafaelo Lopes; http://lattes.cnpq.br/8825056204900445; Silvestre, Ricardo SousaO objetivo central desta pesquisa é comparar as credenciais epistêmicas da crença em Deus na epistemologia religiosa de dois dos principais pensadores da filosofia analítica da religião contemporânea: Alvin Plantinga (1932- ) e Richard Swinburne (1934- ). Mais precisamente, busca-se investigar como a crença na existência de Deus pode obter status epistêmico positivo, ou seja, como pode ser intelectualmente justificada ou racional ou ainda avalizada, a partir de comparações, contrastes ou complementações que podem ser feitos entre as propostas dos dois filósofos. Deste modo, será avaliado como Plantinga e Swinburne lidam com algumas questões fundamentais da filosofia analítica da religião ligadas à natureza e à relação entre fé e razão. Para que tal objetivo seja concretizado, foram escolhidos três méritos ou credenciais epistêmicas: a justificação deontológica, a racionalidade e o aval. Na primeira parte desta tese, serão clarificados os conceitos fundamentais ligados ao debate sobre a relação entre fé e razão na filosofia analítica contemporânea a fim de elucidar o problema central desta pesquisa; além disso, será esclarecido o que significa precisamente uma crença ter o mérito da justificação, da racionalidade ou do aval. Na segunda parte, são apresentadas as duas propostas epistemológicas que serão comparadas, a saber, a Epistemologia Reformada de Alvin Plantinga e o balanço evidencial probabilístico proposto pela teologia natural de Richard Swinburne. Por fim, visa-se comparar criticamente as duas propostas e analisar a possibilidade de articulação entre essas duas diferentes abordagens.Tese Entre a matéria e a forma: o problema da objetividade dos fenômenos quânticos em Werner Heisenberg(2019-12-11) Cabral, João Edson Gonçalves; Alves, Daniel Durante Pereira; ; ; Nahra, Cinara Maria Leite; ; Santos, Gisele Amaral dos; ; Pessoa Júnior, Osvaldo Frota; ; Medeiros, Stanley Kreiter Bezerra;Esta pesquisa procura problematizar a interpretação conceitual de Werner Karl Heisenberg (1901-1976) em torno do problema da objetividade dos fenômenos quânticos, ou seja, em torno do antigo problema metafísico que remonta à filosofia grega, de investigar os últimos constituintes da natureza, o que, no caso de Heisenberg, significa indagar o estatuto filosófico-ontológico das vinte e cinco partículas elementares conhecidas em seu tempo. Heisenberg defende a ideia segundo a qual as partículas elementares são, em última instância, formas matemáticas que a energia deve assumir a fim de tornar-se matéria, o que aproxima sua interpretação ao modo como Platão concebia as formas puras, ou eidos. Nossa pesquisa procura problematizar a interpretação idealista de Heisenberg, e discutir as variadas facetas que estão envolvidas e implicadas neste seu posicionamento filosófico idealista. Por fim, defendemos a ideia da existência de uma tensão interna entre as posturas do filósofo Heisenberg que defende uma aproximação com as formas de Platão, para o problema da objetividade dos fenômenos quânticos, e do físico Heisenberg que aceita indiretamente um fundo objetivo material inerente aos fenômenos quânticos. Defendemos ainda que a estratégia de superação dessa tensão interna entre a física e filosofia, ou entre matéria e forma, em Heisenberg, constitui-se no que denominamos de atitude pragmática de Heisenberg, que consiste em preservar, simultaneamente, uma posição epistemológica-positivista no âmbito da física quântica, o que significa manter-se nos estreitos limites do que é possível conhecer pela observação, e uma posição ontológico-metafísica, no âmbito da filosofia, isto é, a posição de buscar as respostas últimas em relação a tudo o que existe.Tese Esforços para uma teoria do significado em psicanálise(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-03-02) Ribeiro, Álvaro Luís dos Santos Gomes; Alves, Daniel Durante Pereira; ; ; Batista Neto, Alberto Leopoldo; ; Vaz, Bruno Rafaelo Lopes; ; Oliveira, Érico Andrade Marques de; ; Gorsky, Samir Bezerra;O que conhecemos quando conhecemos o significado de uma sentença ou de uma linguagem? Essa é uma pergunta de suma importância para o pensamento de Michael Dummett em seu livro The logical basis of metaphysics. Diante das possíveis respostas, critérios lógico-formais serão buscados para delinear de que maneira essas chamadas teorias do significado serão distintas. Quando é possível tal caracterização da linguagem ganhamos um modo de discutir diferentes visões metafísicas via suas respectivas teorias do significado. A psicanálise, enquanto saber que lida com o tema do significado inconsciente, pode se beneficiar com isso. Seu status científico, muitas vezes atacado, seria mais bem medido no caso de conseguirmos formalizar seus conceitos? Acreditamos ser possível destacar sua prática linguística e aplicar a ela os critérios formais exigidos por Dummett para uma descrição de uma teoria do significado. Podemos ao menos iniciar esse trabalho analisando um tema muitas vezes esquecido pelos psicanalistas: os chistes. Se ao menos dermos as indicações de como isso pode ser feito, futuros trabalhos poderão indicar formalmente que tipo de ciência podemos esperar da psicanálise, bem como sua ligação com a metafísica.Tese Ética e linguagem no Tractatus Lógico Philosophicus e nas investigações filosóficas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-09) Garcia, Caio César da Silva; Vaz, Bruno Rafaelo Lopes; http://lattes.cnpq.br/8825056204900445; https://orcid.org/0000-0002-2501-9133; http://lattes.cnpq.br/4250825024443708; Alves, Daniel Durante Pereira; Ciccarelli, Vincenzo; Giarolo, Kariel Antonio; Silva Filho, Marcos Antonio daLudwig Wittgenstein desenvolveu dois trabalhos fundamentais que marcaram etapas distintas de sua trajetória filosófica: o Tractatus Logico-Philosophicus e as "Investigações Filosóficas. Juntas, essas obras oferecem um panorama abrangente da evolução do pensamento de Wittgenstein, desde uma análise lógica e estrutural da linguagem até uma exploração mais pragmática e contextual. Em ambas Wittgenstein discorre acerca de temas relevantes, como por exemplo a linguagem, seu uso e significado e a lógica. Apesar de ter construído duas fases de pensamento distintas perceberemos que a base de suas argumentações parte da análise da linguagem, ora como algo subjacente a realidade a partir de um espaço lógico no caso do Tractatus, ora como inserida no cotidiano a partir da ideia de ‘jogos de linguagem’ nas Investigações. Nessa perspectiva pretendemos averiguar a possibilidade de haver algum espaço nessas obras que possam tratar da ética. No Tractatus temos algumas referências diretas ao tema. Nas Investigações vemos a palavra ‘ética’ aparecer no § 77. Se temos esse tema citado, ainda que em poucos momentos, ele deve ter algum significado para Wittgenstein. Iniciaremos essa análise partindo de alguns argumentos contidos no Tractatus e em seguida faremos uma análise das Investigações observando se há uma relação mais precisa dessas duas obras com a ética seguindo a linha de raciocínio do filósofo austríaco. Com essa abordagem almejamos compreender se o discurso acerca da ética é possível nas duas fases desse autor.Tese Inferência e sensualismo na filosofia moral de Hume(2015-02-27) Jota, Renato de Medeiros; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; http://lattes.cnpq.br/9084485009453739; Bonaccini, Juan Adolfo; http://lattes.cnpq.br/1832122126753450; Dias, Maria Cristina Longo Cardoso; http://lattes.cnpq.br/8581414763000546; Conte, Jaimir; Guimarães, Livia Mara; http://lattes.cnpq.br/5653784199697401Considerando que a filosofia moral de Hume pode ser entendida como sendo “sensualista”, alguém poderia objetar que essa afirmação se mostra incompatível com o empirismohumeano, na medida em que o sensualismo pareceria restringiro agente moral aos limites dos sentidos, enquanto que o empirismo humeano estenderia suas conclusões para além dos mesmos. Para responder a essa possível objeção, defendemos uma interpretação que visa compatibilizar o sensualismo moral com o empirismo de Hume. Pois enquanto o primeiro é a fonte de nosso conhecimento moral, o segundo nos leva a estender as conclusões de nossas inferências morais para o futuro, mostrandoque esse seu “projecionismo”não seria incompatívelcom o sensualismo. Nossa hipótese de trabalho permite mostrar que essarelação entre sensualismo e empirismo é garantida pela relação entre o hábito e a imaginação. Nesse sentido, a tese édivididaem três capítulos. No primeiro,discutimos o contexto em que a filosofia moral de Hume está inserida. No segundo capítulo apresentamos uma discussão de algumas interpretações recentes da filosofia moral de Hume e propomos uma alternativa. No terceiro,por fim, explicamos como fazer generalizaçõesé indispensável para nossas inferências morais e como a relação entre hábito e imaginação desempenha um papel central neste processo, ao associar causalmente as percepções dos sentidos e estender nossas conclusões até o futuro.Tese Justificação da pena a partir de Kant(2015-02-24) Freire, Leonardo Oliveira; Alves, Daniel Durante Pereira; ; ; Oliveira, André Luiz Holanda de; ; Dutra, Delamar José Volpato; ; Bonaccini, Juan Adolfo; ; Efken, Karl Heinz; ; Zaidan Filho, Michel;A tese que defendemos constitui uma justificação da aplicação da pena a partir da filosofia de Kant. Defendemos, contrariando a maioria dos críticos do direito de punir em Kant, que a teoria penal kantiana envolve três critérios essenciais, o da retribuição, o da prevenção e da reabilitação, (exceto no caso de pena capital) mas somente o primeiro constitui a justificativa para aplicação da pena criminal, ao passo que o segundo e o terceiro como complementos ao direito de punir como direito de retribuir. Essa perspectiva compreende a retribuição como critério de justificação prima facie para a definição da pena, enquanto a prevenção, especial e geral, e a reabilitação, sendo critérios complementares diversos do direito de punir. A reabilitação, na execução da privação temporária da liberdade, e a prevenção, como elemento de coerção, o qual para Kant está inserido no Direito como um todo possibilitam enxergar a punibilidade como algo maior que a retribuição. Assim, sustentamos a ideia de compatibilidade entre as teorias da retribuição, da prevenção e da reabilitação na perspectiva do direito de punir em Kant. O primeiro capítulo trata da teoria do direito penal em Kant, cujo alicerce teórico é retirado da Doutrina do Direito da Metafísica dos Costumes, parágrafo 49, da seção E, "Do direito de punir e conceder clemência". Neste, tratamos da construção teórica da retribuição e das bases de sustentação para a justa punição a partir de Kant. Também neste capítulo defendemos que a limitação ou extinção da liberdade do criminoso pela punição se sustenta racionalmente na restauração da coexistência recíproca da liberdade de todos. No segundo capítulo abordamos as teorias punitivas, esclarecendo como Kant desenvolve uma teoria não restrita ao retribucinonismo. Fazemos uma releitura da teoria do ius puniendi defendemos que para Kant a liberdade é o fundamento que sustenta a punição. Além disso, nesse mesmo capítulo, dialogamos com alguns intérpretes contemporâneos de Kant, especialmente J. C. Merle, crítico da retribuição de Kant e defensor da reabilitação a partir de Kant, bem como discorremos sobre a coerência racional da proposta de pena capital na tese de Kant sem que isso possa inviabilizar a aceitação de punições específicas em outros casos visando à reabilitação. No terceiro e último capítulo tratamos da execução da pena de privação temporária da liberdade como possibilidade reabilitação a partir da ideia do aprimoramento moral. Discorremos sobre processo de aprimoramento através da educação, bem como sobre a possibilidade do aprimoramento moral biotecnológico no âmbito do sistema de execução penal atual e futuro. Ao final fazemos uma síntese do que defendemos e colocamos os pontos de destaque que justificam racionalmente a teoria do direito de punir em Kant conforme a entendemos.Tese Michael Sandel e a ética do aprimoramento genético humano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-29) Silva, Adan John Gomes da; Nahra, Cinara Maria Leite; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; http://lattes.cnpq.br/4180646289120287; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Fernandes, Edrisi de Araújo; Vilaça, Murilo Mariano; Dias, Maria Clara MarquesO objetivo deste trabalho é analisar a crítica que o filósofo estadunidense Michael Sandel dirige às técnicas de aprimoramento genético humano, a fim de compará-la com a obra mais ampla do autor. Com base nisso, esperamos mostrar algumas nuances do aspecto mais social do argumento de Sandel, ignoradas por muitos de seus leitores, bem como apontar os limites de sua crítica, sugerindo tanto que ela assume algumas premissas que não são livres de contestação quanto que outras partes de seus escritos oferecem elementos que tornam a rejeição aos aprimoramentos genéticos por parte do autor menos radical do que pode parecer à primeira vista. Para tanto, iniciamos com uma brevíssima descrição do cenário tecnológico e filosófico em que se desenrola o debate em torno do aprimoramento genético humano (introdução), descrição que devemos estreitar e aprofundar no primeiro capítulo, ao lidarmos com o tema da eugenia liberal. Seguimos, no segundo capítulo, com uma breve avaliação da crítica dirigida contra esse movimento pelo filósofo alemão Jürgen Habermas. No terceiro capítulo, quando finalmente conhecermos a crítica de Michael Sandel ao aprimoramento genético humano, faremos uma incursão em suas ideias mais amplas sobre política, a fim de fornecer um pano de fundo capaz de emprestar mais força ao seu posicionamento bioético. No quarto capítulo delineamos nossa crítica a esse autor, a qual acreditamos ser capaz de enfraquecer a confiabilidade e suposta inevitabilidade do cenário que ele desenha para um futuro de pessoas aprimoradas. Por fim, em nosso quinto e último capítulo, descrevemos qual é em nossa opinião o principal risco dos aprimoramentos, contrastando-o com aqueles apontados por Sandel, riscos que, embora não inviabilizem a ideia mais geral de aprimoramentos genéticos, reclamam um cuidado especial quanto à sua distribuição.Tese O problema da apraxía na epokhḗ pirrônica a partir do ponto de vista dos signos comemorativos em Sexto Empírico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-13) Marques, Saulo Bandeira de Oliveira; Santos, Gisele Amaral dos; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; https://orcid.org/0000-0003-0943-422X; http://lattes.cnpq.br/4784837119949516; Smith, Plínio Junqueira; Brito, Rodrigo Pinto de; Eva, Luiz Antonio Alves; Alves, Daniel Durante PereiraO debate sobre o alcance da suspensão do juízo (epokhḗ) está entre as principais discussões sobre o pirronismo, cuja objeção mais contundente alega a inviabilidade de agir (apraxía) em estado de suspensão do juízo. A controvérsia se situa quanto à abrangência da epokhḗ sobre as crenças comuns, a contrapor as leituras “urbana” e “rústica”. Embora ambas as perspectivas apresentem argumentos razoáveis, elas ensejam sérios problemas práticos, com implicações diretas sobre a viabilidade de se viver de acordo com o modo de vida (agōgḗ) pirrônico. A fim de superar os problemas decorrentes das acepções dessas leituras quanto aos limites da epokhḗ, defende-se uma tese que reconsidera a importância do signo comemorativo no âmbito da agōgḗ pirrônica, pela qual é possível estabelecer a coerência entre viver a vida e suspender o juízo. À vista dela, observou-se a objeção da apraxía no âmbito da discussão entre urbanos e rústicos e, diante do impasse entre esse e aquele sobre a epokhḗ, a sua permanência. Como alternativa, analisou-se o signo comemorativo e sua conformidade com o fenômeno e com a vida comum. Ante as suas relações com uma e outro, constatou-se sua factibilidade para desempenhar um papel de lógos na agōgḗ pirrônica. Tal resultado mostrou que esse novo ângulo interpretativo é uma resposta promissora contra as acusações de apraxía por oferecer uma chave de leitura que compatibiliza a epokhḗ com a agōgḗ pirrônicas.Tese Racionalidade filosófica, racionalidade científica e os limites da tradição analítica: uma contribuição à teoria das tradições de pesquisa racional de Alasdair MacIntyre(2017-04-27) Batista Neto, Alberto Leopoldo; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; http://lattes.cnpq.br/6251212894591449; Queiroz, Giovanni da Silva de; http://lattes.cnpq.br/5394233116315220; Erickson, Glenn Walter; Carvalho, Helder Buenos Aires de; http://lattes.cnpq.br/0515854046455020; Santos Filho, Ivanaldo Oliveira dos; http://lattes.cnpq.br/9222093635180691A teoria das tradições de pesquisa racional de Alasdair MacIntyre elabora uma perspectiva metafilosófica em que é possível avaliar os méritos relativos de enquadramentos rivais da racionalidade, de uma maneira que se assemelha a algumas abordagens canônicas na filosofia da ciência, evadindo-se, porém, tanto aos problemas relativos à compreensão do progresso teórico, quanto às restrições próprias das posições relativista e perspectivista, de modo a permitir, por um lado, uma percepção dos condicionamentos que operam sobre uma investigação e, por outro, assumir uma postura filosoficamente realista, amparada numa concepção da verdade como adequação da mente à realidade. Aproxima-se da tradição aristotélico-tomista e, em sua versão madura, encontra nessa tradição seu modelo e dela se considera continuadora. Compromete-se com uma concepção de racionalidade especificamente adaptada, argumenta-se, para a prática filosófica, sendo importante traçar uma distinção, ignorada por MacIntyre, entre uma racionalidade filosófica e uma racionalidade científica, esta dedicada à construção de modelos exploratórios adequados à predição e controle de fenômenos e aquela ocupada com o julgamento sobre a natureza e a estrutura da realidade como tal. Considerando a origem histórica dessa divisão de caminhos e abordando a maneira como alguns filósofos de orientação aristotélico-tomista trataram a relação entre ciência natural e filosofia da natureza, estabelece-se a primazia de uma perspectiva filosófica que não assuma simplesmente o modelo da racionalidade científica para uma mais completa fundamentação de uma teoria da pesquisa racional em moldes macintyreanos. Essa complementação da teoria das tradições de pesquisa racional de MacIntyre permite, por sua vez, elaborar uma crítica à filosofia analítica que encontra na admissão da racionalidade científica como modelo para a racionalidade filosófica o elemento capaz de atribuir ao movimento a identidade unitária de uma tradição. Tal identidade deve ser entendida antes como pressuposto operacional que como adesão a teses ou parâmetros metodológicos bem definidos, e ilumina as críticas esparsas de MacIntyre àquela tradição, apontando para a existência, nela, de uma forma de emotivismo filosófico generalizado.Tese Rational theory revision in logic: beyond abductivism(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-24) Erickson, Evelyn Fernandes; Alves, Daniel Durante Pereira; Hjortland, Ole Thomassen; 00000000000; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; http://lattes.cnpq.br/5064826781158043; Rodrigues, Cassiano Terra; http://lattes.cnpq.br/3192898321927332; Silva Filho, Marcos Antônio da; http://lattes.cnpq.br/8812185124107415Uma tendência recente da filosofia da lógica, sob a designação de “antiexcepcionalismo lógico”, propõe que a epistemologia da lógica deve ser aproximada à das ciências: teorias lógicas não são justificadas por intuições a priori, mas ao invés, como nas outras ciências, por evidências a posteriori ou empíricas. Como exatamente a relação entre lógica e ciência será desenvolvida por um anti-excepcionalista ainda há de ser determinada. Uma abordagem preferida por muitos é adotar o “método abdutivo” para selecionar a melhor teoria lógica. É argumentado aqui que tal abordagem não é livre de problemas. Anti-excepcionalismo lógico não deveria suceder ou fracassar nos métodos do abdutivismo lógico, ou de qualquer método de revisão de teorias em particular. Ao invés de definir o anti-excepcionalismo em termos da aplicação do método científico de revisão de teorias à logica, a presente tese propõe definí-lo apenas em termos de revisão racional de teorias. Tal definição permite que diferentes visões ontológicas e metodológicas se enquadrem no escopo do antiexcepcionalismo. A presente tese articula o que seria revisão racional de teorias lógicas para além do abdutivismo lógico.Tese Revisitando o teste de Turing: análises e consequências(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Gomes, Victor Pereira; Gorsky, Samir Bezerra; http://lattes.cnpq.br/0510346828626186; https://orcid.org/0000-0003-0054-019X; http://lattes.cnpq.br/7955621454612375; Vaz, Bruno Rafaelo Lopes; http://lattes.cnpq.br/8825056204900445; Alves, Daniel Durante Pereira; Bjørdal, Frode; Estrela, Kênio Ângelo Dantas FreitasO Teste de Turing, apresentado por Alan Turing como “o jogo da imitação” em seu artigo Computing Machinery and Intelligence (1950), trouxe à baila a discussão acerca da (im)possibilidade de máquinas digitais pensantes e inteligentes existirem. Após sua publicação, o Teste de Turing tem sido alvo de inúmeras críticas e objeções. Uma das objeções mais relevantes direcionadas ao referido teste é o Argumento do Quarto Chinês, que foi desenvolvido pelo filósofo Norte-Americano John Searle em seu artigo Minds, Brains, and Programs (1980), com o intuito de refutar o que ele chama de Inteligência Artificial Forte e também o Teste de Turing. O presente texto objetiva revisitar o Teste de Turing, assim como o Argumento do Quarto Chinês, e trazer uma análise acerca do conceito de inteligência no contexto do Teste de Turing, partindo do seguinte questionamento: “Como Turing entende o conceito de inteligência dentro do seu teste? Trata-se de inteligência humana (chamada aqui de inteligência genuína), ou trata-se de algum outro tipo de inteligência (seja qual for esta inteligência)?” Como resultados da pesquisa, argumenta-se que 1) é possível interpretar o Teste de Turing de forma a concluir que ele não foi desenvolvido objetivando avaliar se o computador digital envolvido nele possui inteligência genuína (humana) ou não, mas sim para avaliar se ele pode ser considerado inteligente, no sentido do que é aqui chamado de Turing-inteligência; 2) o Teste de Turing não está necessariamente comprometido com a Inteligência Artificial Forte; 3) o Argumento do Quarto Chinês nem sempre desafia o Teste de Turing; 4) o Teste de Turing é possível, isto é, realizável na prática, contanto que passe por algumas modificações, resultando numa nova versão do teste, aqui denominada de Teste de Turing Ideal; 5) o Chat-GPT é um exemplo de sistema de IA capaz de passar no Teste de Turing Ideal e, consequentemente, de ser classificado como Turing-inteligente. De posse de tais resultados, tem-se, como conclusão da pesquisa e como resposta ao questionamento previamente enunciado, que o TT pode ser interpretado de forma a sustentar a hipótese de que passar em tal teste é condição suficiente não para que um sistema de IA possua inteligência genuína, mas sim um outro tipo de inteligência, a saber, a Turing-inteligência.Tese Topics in logical anti-exceptionalism and paraconsistent logics(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-03) Silva, Sanderson Molick; Almeida, João Marcos de; http://lattes.cnpq.br/3059324458238110; http://lattes.cnpq.br/4180373073004125; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; Strasser, Christian; Wansing, Heinrich; Omori, HitoshiA rivalidade entre a lógica clássica e suas concorrentes não-clássicas ocupa um lugar importante na filosofia da lógica contemporânea. A questão central é saber como escolher um sistema lógico (ou teoria lógica) dentre as várias possibilidades disponíveis. Uma proposta recente, nomeada anti-excepcionalismo lógico, afirma que disputas lógicas podem ser decididas através do emprego dos mesmos métodos de escolha de teoria utilizados nas ciências exatas, isto é, através da inferência à melhor explicação e da análise das virtudes teóricas de cada teoria em disputa. Esta tese filosófica tem sido explorada como uma agenda de pesquisa para investigar problemas como a revisabilidade da lógica, o caráter a priori do conhecimento lógico, o debate pluralismo/monismo lógico, os métodos de escolha de teorias lógicas, e outras questões similares. A presente monografia consiste numa investigação de tópicos fundacionais para o anti-excepcionalismo lógico em sua relação com uma classe específica de lógicas não-clássicas, a saber, a das lógicas paraconsistentes. A primeira parte da tese explora questões fundacionais do debate anti-excepcionalista a partir da aplicação de métodos e ferramentas conceituais da filosofia da ciência. Tópicos como a impregnação teórica na escolha de teorias lógicas, a subdeterminação dos dados lógicos, a noção de dado adequada para as lógicas paraconsistentes, o papel das virtudes teóricas nos desacordos lógicos, como também a adequada noção de aprioricidade para os propósitos anti-excepcionalistas, são introduzidos e discutidos. A segunda parte é dedicada aos aspectos técnicos das lógicas paraconsistentes. Os resultados centrais são a introdução de uma nova família de lógicas paraconsistentes não-monotônicas de primeira ordem capazes de validar muitas propriedades centrais das lógicas não-monotônicas. Além disso, apresentamos uma nova demonstração de compacidade para lógicas de primeira ordem finito-valoradas e caracterizadas por uma semântica não-determinística.Tese Transhumanism: a new metanarrative(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-14) Antônio, Keoma Ferreira; Fernandes, Edrisi de Araújo; Sorgner, Stephan Lorenz; http://lattes.cnpq.br/4882655662159487; http://lattes.cnpq.br/7666048890315155; Silva, Adan John Gomes da; Vaz, Bruno Rafaelo Lopes; Alves, Daniel Durante Pereira; Vilaça, Murilo MarianoPretendemos, neste trabalho, fazer uma defesa de que o Transhumanismo Tecnoprogressista, desenvolvido por James Hughes e David Wood, pode promover uma nova metanarrativa a partir da qual podemos contemplar um horizonte para uma possível solução ao rol numeroso de atrocidades que culminam no risco existencial. O Transhumanismo não é um movimento filosófico, cultural, político e social monolítico. As subdivisões ocorrem, proeminentemente, em virtude do matiz político que orienta cada submovimento. Além do Transhumanismo Tecnoprogressista, há o Extropinismo, fundado por Max More e inserido no neoliberalismo, e o UpWingers, fundado por FM-2030 – ou seu antigo nome Fereidon Esfandiary –, que expressa uma visão política alternativa à antiga dicotomia direita-esquerda. Criticamos aqui o extropianismo por sua fundamentação ocorrer dentro das bases falidas do neoliberalismo pós-crise de 2008 e por sua inconsistência em adotar uma filosofia de afirmação da vida fundamentada na recorrente prática da austeridade. Discutimos que, embora o transhumanismo tenha raízes no humanismo, suas proposições o transcendem. Apesar dos benefícios que o humanismo nos proporcionou ao inventar o humano e sua dignidade, seus direitos e prerrogativas, tirando-nos da dependência do divino, o movimento também inventou os processos de desumanização. Cabe, então, ao Transhumanismo Tecnoprogressista propor um cenário eutópico onde possamos conceber o fim do sofrimento de humanos e outros animais a partir do uso da tecnologia, extensão de nossa natureza em seus bons aspectos, e de uma filosofia otimista de afirmação da vida.