Turismo e resistência à segregação socioespacial: a revolução periférica do Complexo Baianão na cidade de Porto Seguro, Bahia

dc.contributor.advisorTodesco, Carolina
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7868921464769737pt_BR
dc.contributor.authorFerreira, Jean Carlos Estanislau
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0009-0007-6731-1152pt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2034642980782883pt_BR
dc.contributor.referees1Fonseca, Maria Aparecida Pontes da
dc.contributor.referees1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4606530449881824pt_BR
dc.contributor.referees2Jesus, Likem Edson Silva de
dc.date.accessioned2025-03-20T22:10:27Z
dc.date.available2025-03-20T22:10:27Z
dc.date.issued2025-02-18
dc.description.abstractSocio-spatial segregation is considered as territorial separation through social stratification, based on characteristics such as income, culture and race, created by hegemonic groups. In tourist destinations, these groups are represented by large national and foreign entrepreneurs in the tourism and real estate trade, supported by neoliberal policies, who contribute to the formation of peripheral areas and inequalities. This is the reality of the tourist destination Porto Seguro and its largest and most populous peripheral area, the Complexo Baianão. However, in contrast, there is resistance from those affected by unequal relations of power and power. Resistance occurs in various forms; Lefebvre and Harvey call it an urban revolution, when individuals and disadvantaged social groups join forces in movements that seek another city, one that is more just, egalitarian and representative of its inhabitants. In the Complexo Baianão, this resistance is carried out by the movements Ateliê Cultivo de Poesia, Batalha do Complexo, Brasil Chama África, Café dus Pretus, Coletivo Jovem Muká Mukaú, Lambe Lambe Porto Seguro, Levante Popular da Juventude, Movimento LGBTQIAPN+, Rua Juventude Anticapitalista and Sarau Odara. In this sense, the objective of this work is to understand how social resistance movements in the Baianão Complex, the largest outskirts of Porto Seguro/BA, contribute to confronting socio-spatial segregation induced by tourist urbanization in the city. The research is qualitative and data collection occurred through documentary research, non-participant observation in the Complexo Baianão, semi-structured interviews with the public administration of Porto Seguro and with the social movements of the Complexo Baianão. Data analysis was based on categorical content analysis. The results show that the municipal public administration of Porto Seguro, through the current neoliberal global political paradigm, handed the territory over to hegemonic agents and, on the other hand, encouraged the creation of the Complexo Baianão, a peripheral neighborhood, designed and planned to be a place of residence for individuals with similar financial, cultural and racial characteristics, who work in the jobs and underemployment generated by the tourist activity. The social and popular movements of the Complexo Baianão emerge to make an urban revolution, which begins in the streets and squares of the group of neighborhoods and is gradually spreading to other areas of the city. The aim is to reclaim the spaces that were taken, the autonomy now lost, as well as the valorization of the peripheral identity. The strategies of these movements are through cultural interventions, occupation of political spaces, demonstrations and acts in public spaces and through the educational awareness of children and young people who are the proposal of the next generation to make the revolution in Porto Seguro. Furthermore, the Complexo Baianão itself stands as a space of resistance in the territory, opposed to the dynamics of the tourist atmosphere present in the city.pt_BR
dc.description.resumoA segregação socioespacial é considerada como a separação territorial por meio da estratificação social, através de características como renda, cultura e raça feita pelos grupos hegemônicos. Nos destinos turísticos, esses grupos são representados pelos grandes empresários de capital nacional e estrangeiro do trade turístico e imobiliário, sob aval da política neoliberal, que colaboram para a formação das periferias e das desigualdades. Essa é a realidade do destino turístico Porto Seguro e da sua maior e mais populosa periferia, o Complexo Baianão. Em contraposição, tem-se a resistência por parte dos afetados pelas relações desiguais de força e poder. A resistência ocorre de várias formas, Lefebvre e Harvey a nomeiam como revolução urbana, quando indivíduos e grupos sociais mais desfavorecidos somam forças em movimentos que buscam uma outra cidade, mais justa, igualitária e representativa para seus habitantes. No Complexo Baianão, essa resistência se dá pelos movimentos Ateliê Cultivo de Poesia, Batalha do Complexo, Brasil Chama África, Café dus Pretus, Coletivo Jovem Muká Mukaú, Lambe Lambe Porto Seguro, Levante Popular da Juventude, Movimento LGBTQIAPN+, Rua Juventude Anticapitalista e Sarau Odara. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é compreender de que forma os movimentos sociais de resistência do Complexo Baianão, a maior periferia de Porto Seguro/BA, contribuem para o enfrentamento da segregação socioespacial induzida pela urbanização turística na cidade. A pesquisa é qualitativa e a coleta de dados ocorreu por meio da pesquisa documental, observação não participante no Complexo Baianão, entrevista semiestruturada com a gestão pública de Porto Seguro e com os movimentos sociais do Complexo Baianão. Já a análise de dados foi feita com base na análise de conteúdo categorial. Os resultados demonstram que a gestão pública municipal de Porto Seguro, por meio do atual paradigma político global neoliberal entregou o território na mão dos agentes hegemônicos e, por outro lado, estimulou a criação do Complexo Baianão, como bairro periférico, forjado e planejado para ser local de moradia dos indivíduos com características financeiras, culturais e raciais similares, que trabalham nos empregos e subempregos gerados pela atividade turística. Os movimentos sociais e populares do Complexo Baianão surgem para fazer uma revolução urbana, que se inicia nas ruas e praças do conjunto de bairros e aos poucos se ramificam para outros espaços da cidade. O intuito é a retomada dos espaços que foram tomados, da autonomia ora perdida, bem como da valorização da identidade periférica. As estratégias desses movimentos são por meio de intervenções culturais, ocupação de espaços políticos, manifestações e atos em espaços públicos e através da conscientização educacional de crianças e jovens que são a proposta da próxima geração a fazer a revolução em Porto Seguro. Ademais, o próprio Complexo Baianão se coloca como um espaço de resistência no território, oposto a dinâmica da atmosfera turística presente na cidade.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.identifier.citationFERREIRA, Jean Carlos Estanislau. Turismo e resistência à segregação socioespacial: a revolução periférica do Complexo Baianão na cidade de Porto Seguro, Bahia. Orientadora: Dra. Carolina Todesco. 2025. 128f. Dissertação (Mestrado em Turismo) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/63129
dc.languagept_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Nortept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TURISMOpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectTurismopt_BR
dc.subjectSegregação socioespacialpt_BR
dc.subjectMovimentos de resistênciapt_BR
dc.subjectRevolução urbanapt_BR
dc.subjectPorto Seguro (BA)pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::TURISMOpt_BR
dc.titleTurismo e resistência à segregação socioespacial: a revolução periférica do Complexo Baianão na cidade de Porto Seguro, Bahiapt_BR
dc.typemasterThesispt_BR

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