PGBIOEF - Mestrado em Biologia Estrutural e Funcional

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  • Dissertação
    Dimorfismo sexual do núcleo pré-mamilar ventral de ratos: uma avaliação estereológica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-04-24) Andrade, Cássia Manuele Silva de; Cavalcante, Judney Cley; Ladd, Fernando Vagner Lobo; http://lattes.cnpq.br/7975576082142180; http://lattes.cnpq.br/3748556524794047; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Donato Júnior, José
    O hipotálamo é a principal estrutura do sistema nervoso responsável por integrar fatores extrínsecos e intrínsecos, garantindo ao organismo a detecção das variações ambientais, bem como a resposta adequada a esses estímulos. O hipotálamo possui neurônios especializados funcionalmente, que estão agrupados em forma de núcleos. O núcleo pré-mamilar ventral (PMV) é um núcleo hipotalâmico que faz parte de circuitos de integração entre status reprodutivo e nutricional, bem como de regulação de comportamentos sociais motivados, atuando como um relé de informações feromonais, que modulam o comportamento reprodutivo e agonístico. Estes circuitos são formados por uma série de núcleos interconectados cuja maioria já foi descrito como sexualmente dimórfico em roedores, pelo menos. O entendimento das diferenças entre os sexos em uma região do sistema nervoso pode direcionar pesquisas e gerar diferentes interpretações de resultados. No entanto, falta esta análise ao PMV. Diante disso, analisamos e comparamos diferentes aspectos morfológicos do PMV de ratos machos e fêmeas em diferentes fases do ciclo estral (estro e diestro). Para isso, foi realizada uma análise morfoquantitativa tridimensional (análise estereológica) do PMV, tendo como base o princípio de Cavalieri, análise de densidade de volume dos neurônios baseado no princípio de Delesse, volume neuronal médio por meio do nucleator e quantificação do número total neurônios por fractionator óptico. Essas análises foram realizadas em 21 animais divididos em três grupos: fêmea estro (n=6), fêmea diestro (n=7) e macho (n=8). O PMV de fêmea no estro ou diestro apresentaram médias menores em todos os parâmetros analisados que o PMV de machos. No entanto, apenas volume neuronal (p<0,0001) e número total de neurônios (p<0,005) apresentaram resultados estatisticamente significativos. Nossos dados apontam para potenciais diferenças sexualmente dimórficas, sendo os machos com tamanho médio maior do que as fêmeas em todos os parâmetros analisados.
  • Dissertação
    Paradigmas educacionais no ensino de embriologia para a formação inicial do profissional de enfermagem
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-04-23) Leopoldino, Samella Karine de Macedo; Morais, Danielle Barbosa; Camillo, Christina da Silva; https://orcid.org/0000-0003-3277-1857; http://lattes.cnpq.br/1768180848750009; http://lattes.cnpq.br/0976353769615041; Ramos, Deyla Moura; Cruz, Luciana Hoffert Castro
    A Embriologia integra o eixo básico dos cursos de graduação da área biomédica. Em sua aplicação clínica destaca-se o papel dos Enfermeiros, responsáveis por assistir diretamente à mulher não gestante, gestante e/ou o neonato. Porém, seu ensino é desafiador e enfrenta entraves, como carga horária escassa e distanciamento com a prática clínica; o que relacionase a uma limitação na formação dos Enfermeiros. Objetivou-se, portanto, contribuir com a formação inicial do Enfermeiro, a partir da integração dos conhecimentos em Embriologia com a prática clínica. Realizou-se uma investigação descritiva de corte transversal com abordagem qualitativa, realizada nas etapas: levantamento das ementas de Embriologia para a Enfermagem, nos cursos de graduação do país; revisão da literatura acerca dos distúrbios do desenvolvimento comumente relacionados à prática clínica; pesquisa com Enfermeiros acerca da contribuição da Embriologia em sua prática clínica; e intervenção prática com discentes de Enfermagem através de oficinas. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e da técnica de análise de conteúdo de Bardin. A análise de 63 ementas evidenciou que conteúdos importantes como distúrbios do desenvolvimento (67%) e desenvolvimento dos sistemas orgânicos (33%) são pouco contemplados. As intercorrências gestacionais e neonatais mais prevalentes na literatura incluíram distúrbios dos sistemas cardiovascular (16%), nervoso (12,8%), respiratório (12,8%) e digestório (7,7%). A Embriologia se faz presente na atuação dos Enfermeiros, principalmente na assistência à gestante (74%). Dos profissionais que responderam ao questionário, 36% considerou que desenvolvimento dos sistemas e más formações congênitas deveriam ter sido explorados durante sua graduação. Notou-se pouca implementação de metodologias ativas e escassez de aulas práticas. Aos graduandos de Enfermagem, a aplicação das oficinas potencializou confiança, segurança, interesse e aprendizado, e contribuíram para a integração teórico-prática do conteúdo, com alto grau de satisfação. Os resultados mostraram como o ensino da Embriologia integrado à prática clínica pode favorecer a atuação do Enfermeiro na saúde materno-fetal. Espera-se que estes possam contribuir para embasar novos estudos na área, que somem esforços para um novo olhar sobre a importância do ensino de Embriologia aliado à prática na Enfermagem, potencializando a formação destes futuros profissionais, com vistas à promoção de uma assistência à saúde da mulher e do neonato mais assertiva e resolutiva.
  • Dissertação
    Caracterização citoarquitetônica do córtex auditivo primário e secundário de Golfinho-Clímene (Stenella clymene): a quimera acústica do Atlântico
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-23) Santoro, Giovanna Almeida; Gavilan, Simone Almeida; https://orcid.org/0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; http://lattes.cnpq.br/1921953377145496; Fragoso, Ana Bernadete Lima; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Ladd, Fernando Vagner Lobo; Cavalcanti, José Rodolfo Lopes de Paiva
    A audição é um sentido fundamental para odontocetos, essencial para comunicação e percepção ambiental, refletida inclusive em adaptações neuroanatômicas de acordo com os hábitos de cada espécie. Apesar da importância, o estudo neurológico de cetáceos enfrenta desafios devido à dificuldade de acesso a amostras e raridade de espécies, resultando em lacunas e controvérsias na literatura, além de espécies sem qualquer descrição neuromorfológica. O golfinho Stenella clymene está entre as espécies não descritas e sua caracterização torna-se ainda mais urgente devido a sua origem filogenética: a única espécie de golfinho híbrida na natureza. Á vista disso, o presente estudo aborda a citoarquitetura do córtex auditivo de Stenella clymene, uma espécie de golfinho endêmica do Oceano Atlântico, para a qual dados neuroanatômicos são inéditos, incluindo também a área auditiva secundária, pouco caracterizada em todo o táxon cetáceo. Além disso, buscou-se compará-los com suas ascendências filogenéticas de modo a relacionar com sua natureza híbrida. Adicionalmente, foi elaborado e detalhado um protocolo de perfusão e coleta de encéfalos de pequenos cetáceos, visando otimizar a qualidade das amostras e a comparabilidade entre os estudos, uma vez que não há documentos completos dessa natureza nas publicações científicas. As amostras foram obtidas de um espécime resgatado vivo no litoral do nordeste brasileiro, mas que veio a óbito durante a reabilitação. O resgate foi conduzido pelas instituições locais responsáveis. A análise histológica identificou cinco camadas corticais em ambas as áreas auditivas, com a ausência de uma típica camada IV definida, embora uma distinção morfológica possa sugerir o contrário. Foram observadas variações em espessuras e características morfológicas entre A1 e A2, corroborando segregação hierárquicas, assim como divergências inter-hemisféricas e funcionais relevantes. Achados de estruturações citoarquitetônicas ainda não detalhadas em outros cetáceos foram descritos por este estudo. Embora haja similaridades com Stenella coeruleoalba, diferenças com outras espécies indicam variabilidade. Os resultados ampliam o conhecimento sobre a organização cortical cetáceos, além da caracterização inédita de Stenella clymene e detalhamento de A2. Desse modo, fornecem uma base para futuras investigações sobre a função auditiva e as adaptações ecológicas e comportamentais das espécies, além da viabilização de mais estudos comparativos pelo aumento da padronização metodológica do protocolo produzido.
  • Dissertação
    Organização e morfologia dos núcleos da rafe de embriões de galinha (Gallus gallus domesticus)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-04-23) Bandeira, Andréa Silva de Medeiros; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Lima, Ruthnaldo Rodrigues Melo de; https://orcid.org/0000-0002-6218-9238; http://lattes.cnpq.br/5233940343676740; https://orcid.org/0000-0002-1439-2100; http://lattes.cnpq.br/5713799562685894; Pinheiro, Isabeli Lins; Freire, Gustavo da Cunha Lima
    Os núcleos da rafe (NR), localizados no tronco encefálico e caracterizados por seus neurônios serotonérgicos, desempenham papéis essenciais nas funções fisiológicas e comportamentais. Embora sejam amplamente estudados em mamíferos, há uma lacuna sobre a morfologia desses núcleos em aves, especialmente durante o desenvolvimento. Este estudo objetivou caracterizar morfologicamente os NR em embriões de galinha (Gallus gallus domesticus) de 19 dias. Sob aprovação da CEUA/UFRN 419.055/2024, foram utilizados dez embriões, incubados em condições controladas. Os encéfalos foram extraídos, processados, microsseccionados e submetidos à coloração de Nissl e imuno-histoquímica para serotonina, demonstrando um cluster rostral e outro caudal. No cluster rostral os núcleos: lineares rostral e caudal, o dorsal da rafe com suas subdivisões, paramediano, B9, mediano e pontino da rafe. No cluster caudal, os núcleos: magno da rafe, ventrolaterais rostral e caudal, pálido e obscuro da rafe. Os neurônios imunorreativos à serotonina apresentaram-se predominantemente arredondados e distribuídos ao longo de todo tronco encefálico. Os resultados indicam que a organização dos NR em embriões de galinha apresenta similaridades filogenéticas com outros vertebrados apresentando diferenças em relação aos núcleos dorsal da rafe, paramediano, mediano e B9. O completo entendimento da neuroanatomia desses núcleos pode embasar futuras pesquisas em neurociência comparativa e translacional.
  • Dissertação
    O estresse oxidativo e o desenvolvimento do córtex auditivo em ratos modelo de autismo: efeito do extrato antioxidante de Libidibia ferrea na formação das redes perineuronais
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-28) Cortez, Lorena Nobre; Anomal, Renata Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/6437989445919424; http://lattes.cnpq.br/5292951752742899; Kragelund, Fabiana Santana; Cavalcante, Judney Cley; http://lattes.cnpq.br/7975576082142180
    Introdução: O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado principalmente por deficiências na comunicação social, comportamentos repetitivos e percepção sensorial alterada. Pessoas com autismo frequentemente apresentam alterações na acurácia auditiva, ou hiper/hipossensibilidade ao som. Sabe-se que os mapas topográficos e a acuidade dos sistemas sensoriais no cérebro são refinados durante o período crítico, no início da vida pós-natal, por meio do amadurecimento dos neurônios inibitórios parvalbumino-positivos e da rede perineuronal ao seu redor. Alterações no período crítico mediadas, por exemplo, pelo estresse oxidativo aumentado, podem ter grande impacto no desenvolvimento da percepção sensorial, retardando o desenvolvimento das redes perineuronais nos córtices sensoriais. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo investigar se a administração de moléculas antioxidantes durante o período crítico do desenvolvimento do córtex auditivo primário pode influenciar no desenvolvimento das redes perineuronais ao redor dos neurônios do córtex auditivo primário (Au1), secundário dorsal (AuD) e secundário ventral (AuV) de roedores modelo de autismo. Metodologia: Para a pesquisa, utilizamos um modelo roedor de autismo tratado com ácido valpróico no 12º dia embrionário (ratos VPA) para induzir características do autismo nos animais. No período crítico do desenvolvimento de Au1, dias pós natais 10 a 12 (P10 a P12), injetamos, por via intraperitoneal, exossomos de macrófagos tipo M2 para transportar o extrato de frutas da planta Libidibia ferrea com moléculas antioxidantes ao tecido cerebral - grupo de ratos tratados com antioxidantes (VPA cOxi). Também injetamos, no mesmo período, exossomos sem o extrato antioxidante, no grupo VPA sOxi. O grupo Controle não recebeu injeção de ácido valpróico nem de exossomos. Para analisar o desenvolvimento das redes perineuronais em AuD, Au1 e AuV realizamos histoquímica para Wisteria floribunda, e quantificamos o número e a densidade de células marcadas com rede perineuronal na camada IV e em todo o córtex AuD, Au1 e AuV dos grupos experimentais Controle, VPA sOxi e VPA cOxi. Resultados: Como resultado observamos que o número e a densidade de células envolvidas pela rede perineuronal em Au1 e AuV era maior no grupo Controle do que nos grupos VPA sOxi e VPA cOxi, tanto na quantificação de todas as camadas corticais ou da camada IV. Não houve diferença no número e na densidade de células do grupo tratado com antioxidante, VPA cOxi, e não tratado, VPA sOxi. Conclusão: No presente trabalho foi possível concluir que os ratos modelo de autismo apresentaram prejuízo na formação da rede perineuronal ao redor dos neurônios do córtex auditivo, indicando um déficit no período crítico do desenvolvimento do mapa tonotópico. A administração de extrato de frutas com ação antioxidante no período e/ou na dosagem utilizada em nosso estudo não foi capaz de impedir o desenvolvimento das alterações na rede perineuronal ao redor dos neurônios do córtices auditivos dos ratos modelo de autismo.
  • Dissertação
    Diferentes critérios modificam o padrão de dominância coronariana em uma população: um estudo cadavérico
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-02) Rebouças, Anne Karolline Rangel; Cavalcante, Judney Cley; http://lattes.cnpq.br/7975576082142180; http://lattes.cnpq.br/1836762649597078; Abreu, Bento João da Graça Azevedo; https://orcid.org/0000-0001-8010-806X; http://lattes.cnpq.br/1725848357337658; Silva Neto, Eulampio José da
    O aporte de sangue cardíaco é realizado de maneira heterogênea pelas artérias coronárias direita e esquerda. A distribuição anatômica destas artérias e seus ramos diante da crux cordis determina o que foi chamada de dominância coronariana por Schlessinger (1940), o qual classificou os corações em dominância direita, esquerda ou balanceada dependendo da posição das artérias coronárias e de seus ramos em relação ao crux cordis, na face diafragmática do coração. Como forma de deixar o conceito mais fidedigno fisiologicamente, Falci Jr e colaboradores (1994) propuseram uma alteração neste conceito. Há correlações anatomoclínicas consideráveis para cada padrão de dominância, sendo a dominância esquerda aquela que conta com a maior gama de cardiopatias associadas. O presente estudo objetivou verificar a dominância coronariana em corações humanos de população do Rio Grande do Norte. Para isto 170 corações de cadáveres adultos fixados em formol 10% oriundos do Laboratório de Anatomia Humana da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foram dissecados e analisados utilizando os critérios dos autores supracitados. Segundo o critério de Schlessinger (1940), nosso estudo traz 73,5% dos corações com dominância direita, 19,5% de dominância balanceada e 7% de dominância esquerda. Consoante Falci Jr e colaboradores (1994), nossos dados demonstram 50,6% de dominância direita, 36,5% de dominância balanceada e 12,9% de dominância esquerda. Para ambos os critérios, a dominância direita é a predominante, seguida da balanceada e por último a dominância esquerda. Por conseguinte, independentemente do critério, conclui-se que a população regional tende a apresentar um menor risco de doenças cardiológicas, embora exista a necessidade de estabelecer um critério universal a fim de tornar os resultados mais fidedignos.
  • Dissertação
    Análise morfométrica das artérias coronárias e pontes miocárdicas em população do Rio Grande do Norte: um estudo cadavérico
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-17) Chaves, Quezia Oliveira; Cavalcante, Judney Cley; http://lattes.cnpq.br/7975576082142180; http://lattes.cnpq.br/6081148040599485; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Davim, André Luiz Silva
    Ponte miocárdica (PM) é o nome dado ao tunelamento parcial de vasos que irrigam o coração, ou seja, fibras do miocárdio sobrepassam esses vasos por um comprimento variável. Na maior parte dos casos tal condição é assintomática e de bom prognóstico, porém ela também pode estar associada a diversos cenários clínicos patológicos e até morte súbita. Por isso, caracterizações dessas variações tem relevância clínica e cirúrgica para respaldo das práticas profissionais assistenciais. O principal objetivo desta pesquisa foi contar e medir as PM de corações humanos de uma população do Rio Grande do Norte. Dos 169 corações analisados 86 apresentaram PM (50,89%), sendo um total de 101 PM. Das 101 PM, 91 encontravam-se na artéria interventricular anterior (90,10%), 9 na artéria interventricular posterior (8,9%) e 1 na artéria coronária direita (0,99%). 12 corações (12,79%) apresentaram mais de uma PM. Junto ao estudo de incidência e morfometria das PM, fizemos também medições das artérias coronárias e das artérias interventriculares. A artéria coronária direita mediu em média 123,59±2,88 mm; a artéria coronária esquerda mediu uma média de 12,11±0,34 mm; A artéria interventricular anterior mediu em média 108,65±1,88 mm; e a artéria interventricular posterior mediu em média 55,27±1,35 mm. A prevalência de PM visto no atual estudo está acima da média mundial, embora a maior incidência na artéria interventricular anterior esteja de acordo com a literatura. Estudos semelhantes feitos em populações de estados próximos também apontam para uma menor prevalência de PM. Embora as PM sejam de prognóstico benigno, suas repercussões podem estar associadas a isquemia miocárdica, disfunções ventriculares e morte súbita. Por isso enfatizamos a importância da atual investigação e de mais pesquisas que ajudem a traçar um melhor perfil epidemiológico dessa anormalidade.
  • Dissertação
    Relação entre o tempo de fixação e a presença de artefatos de retração que simulam invasões linfovasculares em neoplasias malignas humanas
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-29) Silva, Paulo Ricardo França da; Camillo, Christina da Silva; https://orcid.org/0000-0002-1586-5256; http://lattes.cnpq.br/0021644707162925; http://lattes.cnpq.br/5429301282173700; Santos, Pedro Paulo de Andrade; Moura, Sérgio Adriane Bezerra de; Martins, Fabiane Ferreira
    As neoplasias malignas constituem uma das principais causas de morte no mundo, representando um grande desafio para a saúde pública global. Tão importante quanto a compreensão dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento e progressão de neoplasias é a assertividade no diagnóstico, indispensável para o tratamento eficaz da doença. A invasão linfovascular (ILV) é um importante marcador de prognóstico no estadiamento de neoplasias malignas, desempenhando um papel crítico na avaliação da agressividade e do potencial metastático do câncer. A presença de células neoplásicas no interior de vasos linfáticos e/ou sanguíneos é considerada um indicador de alto risco para disseminação metastática, influenciando diretamente nas decisões terapêuticas. A técnica histológica da obtenção de cortes em parafina com posterior coloração pela hematoxilina-eosina (HE) é a mais utilizada na rotina de anatomia patológica para análise histopatológica de neoplasias malignas, sendo a fixação uma etapa crítica na adequada preparação dessas amostras para garantir a preservação da morfologia tecidual e a consequente precisão diagnóstica, condição que também depende da capacidade técnica e da experiência do patologista, assim como das variações nas particularidade morfológicas do tecido neoplásico. Dessa forma, este estudo investiga o impacto dos tempos de fixação química pelo formaldeído por 6, 48 e 72 horas em neoplasias malignas de mama (n=3), cólon (n=3) e útero (n=3) visando identificar se há interferência na interpretação em diferenciar espaços vazados entre o estroma e o parênquima como sendo artefatos de retração (AR) ou invasões linfovasculares, durante a avaliação histopatológica de três médicos patologistas. O padrão de invasão das lesões também foi analisado correlacionando com o tempo de fixação e o surgimento desses artefatos. Os resultados evidenciaram que os artefatos de retração são comuns em lâminas histológicas confeccionadas pela técnica em parafina para análise histopatológica de amostras neoplásicas malignas com percentual alto de dúvidas na diferenciação entre AR e ILV, reforçando a necessidade de estudos complementares. Os tempos de 6 e 72 horas para fixação por formaldeído mostraram melhores resultados na integridade morfológica para presença de artefatos mimetizadores de invasões linfovasculares, sendo o tempo de 6 horas o adequado para tecidos colônicos e uterinos com padrão expansivo de invasão. Já em lesões mamárias, o tempo de 6 horas não foi suficiente para preservar adequadamente o tecido, destacando a influência do padrão de invasão infiltrativo nesse tipo de amostra. O estudo recomenda ampliar a discussão sobre fatores pré-analíticos e analíticos, padrões de invasão, tipos histológicos e das bases moleculares e celulares das neoplasias malignas, visando reduzir os erros e melhorar a reprodutibilidade dos resultados.
  • Dissertação
    Análise dos impactos da pandemia da Covid-19 na motivação, percepção do ambiente educacional e saúde mental dos alunos de anatomia humana para o curso de farmácia
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-22) Lins, Lucas Alexandre Araújo; Clebis, Naianne Kelly; https://orcid.org/0000-0002-1749-7565; http://lattes.cnpq.br/9094438527470150; http://lattes.cnpq.br/5790804067224406; Lopes, Fivia de Araújo; Holanda Júnior, Francisco Wilson Nogueira; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário
    Durante a pandemia de COVID-19, a transição das aulas de anatomia humana para o formato remoto, imposta pela necessidade de distanciamento social, trouxe desafios significativos para a educação. A ausência de interação pessoal, feedback imediato dos professores e a troca de ideias típicas das aulas presenciais impactou a aprendizagem dos alunos. Para minimizar esses efeitos, foram adotadas diversas metodologias, como aulas síncronas, videoaulas, fóruns de discussão e acompanhamento contínuo por monitores, com atividades planejadas para estimular os alunos e facilitar a compreensão do conteúdo de anatomia humana. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o processo de aprendizagem dos alunos matriculados na disciplina MOR-0048 Anatomia Humana para o Curso de Farmácia do DMOR/UFRN, nos períodos letivos de 2021.1, 2021.2 e 2022.1 em ambos os turnos (matutino e noturno), durante a pandemia de COVID-19, considerando os diferentes fatores envolvidos nesse processo. Os dados foram coletados por meio de questionários aplicados aos alunos matriculados na referida disciplina. Ao observar os índices de motivação, foi possível perceber que o formato híbrido apresentou resultados superiores aos do presencial, enquanto o formato remoto mostrou-se estatisticamente semelhante ao híbrido em diversos aspectos. No entanto, o formato presencial foi associado a uma queda no nível motivacional em comparação aos outros dois formatos, algo percebido de forma significativa, especialmente, pelas condições adversas do retorno presencial, fato que corrobora a percepção do ambiente educacional como um fator decisivo para o relacionamento com a disciplina e o processo de ensino como um todo. Essa correlação foi corroborada quando os resultados relacionados aos comportamentos adotados para evitar contágio foram avaliados, indicando a permanência dessas práticas sociais e pessoais, de forma geral entre as turmas, evidenciando um impacto duradouro da pandemia da COVID-19 no dia a dia dos estudantes. Além disso, os dados apontaram níveis de utilização de estratégias de enfrentamento bem marcados, especialmente para as turmas do presencial, indicando mais uma vez que o retorno as condições de ensino presencial ainda representavam um risco potencial para os alunos e, assim, o processo de ensino aprendizagem poderia ser influenciado por esses aspectos, especialmente por suas repercussões na saúde mental dos estudantes, influenciando os níveis de estresse, ansiedade e depressão. Com isso, a conclusão é de que o processo de ensino aprendizagem sofre influência significativa tanto da percepção do ambiente educacional quanto do nível de motivação, sendo fatores determinantes para o relacionamento dos estudantes com a disciplina, bem como da representatividade desse cenário para o curso de uma forma geral. As estratégias de enfrentamento adotadas pelos estudantes, por sua vez, estiveram bastante relacionadas a transição do ensino híbrido para o presencial, representando um intensificador do nível de enfrentamento, sugerindo a necessidade de apoio psicológico direcionado para os estudantes, com o objetivo de mitigar os impactos negativos na saúde mental e proporcionar a manutenção salutar do processo de ensino aprendizagem, considerando não somente as vias de transmissão de conteúdo, mas principalmente o contexto em que o estudante está imerso.
  • Dissertação
    Avaliação hepática e pancreática de animais diabéticos induzidos por estreptozotocina tratados com extrato de spondias tuberosa arruda
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-07) Silva, Cecília Paulino Cassiano da; Medeiros, Karina Carla de Paula; http://lattes.cnpq.br/3379499427344725; https://orcid.org/0000-0003-2569-0362; http://lattes.cnpq.br/4863078663818880; Araújo Júnior, Raimundo Fernandes de; Gonçalves, Islania Giselia Albuquerque
    A Diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico crônico caracterizado pela hiperglicemia persistente, resultante da deficiência na produção de insulina pelo pâncreas e/ou da sua ação, levando a complicações a longo prazo. A terapia farmacológica da DM enfrenta limitações devido ao elevado número de efeitos colaterais. Tratamentos alternativos à base de produtos naturais têm potencial no tratamento do DM. A espécie Spondias tuberosa Arruda, conhecida como umbuzeiro, tem sido amplamente utilizada na medicina tradicional para tratar doenças digestivas, infecções e diabetes. Apesar de sua utilização frequente, há poucos estudos sobre seus benefícios. No entanto, um estudo recente demonstrou sua atividade anti-hiperglicemiante. Considerando o fácil acesso a essa espécie na região e seu potencial farmacológico, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito antidiabetogênico do extrato de Spondias tuberosa Arruda(ESt), em ratos diabéticos induzido por estreptozotocina, incluindo análises clínicas, bioquímicas, morfológicas, e avaliação de possíveis marcadores envolvidos no efeito terapêutico da espécie em estudo. Foram utilizados 52 ratos Wistar, e a Diabetes mellitus induzida por estreptozotocina (50mg/kg i.p.). Os grupos foram divididos em 5 : GC (animais do grupo controle), DM (animais com diabetes experimental), EX (animais não diabéticos tratados com ESt), DMEX (animais com diabetes experimental tratados com o ESt) e DMIN (animais com diabetes experimental tratados com insulina). O ESt (500 mg/kg, v.o.) e insulina NPH (10UI, s. c.) foram administrados diariamente por 30 dias após a instalação do diabetes mellitus. Os parâmetros analisados mostraram que houve um aumento de ingestão hídrica, consumo de ração, perda de peso, aumento de AST(aspartato aminotransferase), e danos morfológicos significativos no tecido hepático e pancreático dos animais diabéticos. O tratamento com o ESt foi capaz de reduzir AST, melhorar a depleção de glicogênio hepático e a injúria pancreática observadas nos animais diabéticos. Essa melhoria também foi observada nos animais tratados com a insulina. Na avaliação das espécies reativas de oxigênio (EROs) observou-se que a DM aumentou a imunofluorescência desse parâmetro, bem como da enzima superóxido dismutase (SOD) por imunohistoquímica, entretanto o tratamento com o ESt não foi capaz de reverter. Diante destes resultados pode-se concluir que o ESt reduziu a enzima hepática AST, melhorou as alterações histopatológicas e morfométricas do tecido hepático e pancreático, mesmo sem conseguir amenizar a hiperglicemia da DM experimental. Os resultados desta pesquisa contribuíram para um melhor entendimento da complexa fisiopatologia do DM1 e incentivará pesquisas com novas alternativas terapêuticas ou complementares baseadas em plantas medicinais da rica flora brasileira.
  • Dissertação
    Avaliação estereológica dos efeitos da ayahuasca (Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis) no córtex somatossensorial de saguis (Callithrix jacchus) juvenis induzidos ao transtorno depressivo maior
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-10) Pereira, Luiz Roberto Fernandes; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; https://orcid.org/0000-0002-6218-9238; http://lattes.cnpq.br/5233940343676740; https://orcid.org/0000-0002-2113-5188; http://lattes.cnpq.br/4518556817494188; Cavalcante, Judney Cley; Santana, Melquisedec Abiare Dantas de; Morais, Paulo Leonardo Araújo de Góis
    O córtex somatossensorial primário, localizado no giro pós-central, interpreta informações sensoriais do corpo. Pessoas com depressão podem ter alterações na percepção sensorial, possivelmente devido ao estresse e transtorno depressivo. A Ayahuasca, com DMT, mostrou efeitos antidepressivos rápidos em pacientes e modelos animais, indicando potencial terapêutico e necessidade de estudos sobre seu uso na depressão. Objetivo: Avaliar os efeitos da Ayahuasca no tratamento da depressão através de parâmetros morfoquantitativos no córtex somatossensorial primário de saguis (Callithrix jacchus). Metodologia: O animal experimental utilizado no estudo foi o sagui, validado como um modelo translacional animal de depressão juvenil. Para os resultados foram utilizados seis saguis divididos em grupos de 2 animais, designados aleatoriamente em 3 grupos, sendo 2 no grupo família (GF), 2 no grupo isolado (GI) e 2 no grupo tratado (GT). Os animais receberam o chá da Ayahuasca por gavagem. Foi realizada perfusão, craniotomia, microtomia, e as secções obtidas foram coradas com a técnica de Nissl, usando tionina. Foi feita a estereologia para análises morfoquantitivas do SI, para estimar o volume total, o número e o volume neuronal. Resultados: Quanto ao volume cortical, as análises revelaram variações no volume do córtex somatossensorial entre os grupos estudados. O GF apresentou menor volume em comparação com o GI e GT, enquanto o GT mostrou maior volume em relação ao GF e GI. Quanto ao volume neuronal, o GF apresentou um volume significativamente maior do que GI e GT (p<0,001). Já o GI apresentou um volume significativamente menor do que GT (p<0,001). E quanto ao número neuronal, no grupo GT, o número de neurônios foi menor em relação ao GF e maior em comparação ao GI. Conclusões: A depressão causa uma diminuição no volume neuronal do SI; a Ayahuasca pode se mostrar como potencial promotor de neuroplasticidade, levando ao aumento de volume neuronal.
  • Dissertação
    Mediação de aulas práticas no museu: estratégias para fortalecer a aprendizagem no ensino médio
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-09) Santos, Eduardo Lúcio Primo dos; Camillo, Christina da Silva; Nascimento, Renata Swany Soares do; https://orcid.org/0000-0002-1586-5256; http://lattes.cnpq.br/0021644707162925; http://lattes.cnpq.br/0805542059194370; Gavilan, Simone Almeida; Paiva, Monique Danyelle Emiliano Batista
    Buscar métodos adequados para estimular o cognitivo e vivenciar experiências no ensino de ciências e biologia em ambientes não formais de ensino podem colaborar com a fixação do conteúdo e melhorias no aprendizado de estudantes. Nesse contexto, o presente trabalho foi formulado visando avaliar como o Museu de Ciências Morfológicas (MCM) da UFRN pode contribuir para o aprendizado dos alunos do Ensino Médio acerca da morfologia humana através de aulas práticas. Esse espaço museal, aqui também reconhecido como espaço não formal de educação, possui um vasto acervo de peças formolizadas, taxidermizadas e também plastinadas, dispostas em três salas de exposição: Morfologia Humana, Fauna Marinha e Biodiversidade Animal, e conta com a presença de monitores capacitados para conduzir os visitantes em uma fascinante viagem ao conhecimento. Desse modo, participaram da pesquisa 63 (sessenta e três) alunos de 6 (seis) turmas da 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Edgar Barbosa, localizada na cidade do Natal/RN. Inicialmente, foram avaliados os conhecimentos prévios dos alunos através do questionário 1, o qual também serviu de elemento norteador para a preparação da aula teórica. No segundo momento, o professor de biologia das turmas ministrou uma aula teórica em sala de aula sobre a morfologia do sistema respiratório humano, e após 24 horas os alunos responderam ao questionário 2 contendo 10 (dez) questões de múltipla escolha, referente ao assunto estudado. No terceiro momento, os alunos participaram de uma aula prática no auditório do MCM sobre o referido sistema, sendo dessa vez ministrada pelos monitores do museu. No MCM os alunos foram separados em grupos e em seguida conduzidos para um estande, organizado com várias peças anatômicas (sintéticas, formolizadas e/ou plastinadas), no qual eles recebiam as informações repassadas pelo monitor sobre uma região do sistema respiratório, tendo acesso a visão e/ou tato das peças disponíveis. Após 24h da aula prática, os alunos responderam ao questionário 3, idêntico ao anterior, objetivando quantificar e comparar os resultados entre esses dois momentos. Houve diferença estatisticamente significativa entre as respostas dos questionários 2 e 1, 3 e 1 e nenhuma diferença entre as respostas obtidas nos questionários 3 e 2. Assim, compreendemos que o MCM pode contribuir com o fortalecimento da aprendizagem para alunos do Ensino Médio, mostrando-se importante para a comunidade escolar, como um espaço não formal de ensino.
  • Dissertação
    Estudo estereológico dos efeitos da ayahuasca na neuroanatomia do estriado de sagüis (Callithrix jacchus) em um modelo de depressão
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-26) Bandeira, Wigínio Gabriel de Lira; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; https://orcid.org/0000-0002-6218-9238; http://lattes.cnpq.br/5233940343676740; https://orcid.org/0000-0003-2683-7565; http://lattes.cnpq.br/4116720554260986; Santana, Melquisedec Abiare Dantas de; Morais, Paulo Leonardo Araújo de Góis; Lima, Ruthnaldo Rodrigues Melo de
    O estriado (St) integra funções cognitivas, motoras e límbicas e desempenha um papel crítico no processamento de emoções, motivação e recompensas. Pode sofrer diversas alterações morfofisiológicas nas doenças neuropsiquiátricas. A depressão, um transtorno psiquiátrico complexo, afeta milhões de pessoas em todo o mundo e leva a um risco aumentado de suicídio, diminuição da qualidade de vida e comprometimento funcional. Os tratamentos convencionais requerem uso prolongado, levando à resistência aos medicamentos; assim, novos tratamentos e estratégias terapêuticas têm sido amplamente estudados. A ayahuasca resulta da infusão conjunta do cipó Banisteriopsis caapi e das folhas de Psychotria viridis, possui propriedades psicoativas, e seu uso na depressão tem mostrado resultados promissores. Nosso objetivo foi avaliar morfoquantitativamente os efeitos da Ayahuasca no St em um modelo já validado de depressão juvenil induzida em primata não humano. Seis saguis foram divididos em grupos de dois animais cada. Um grupo foi mantido em convívio familiar (GF) e dois grupos foram isolados socialmente (GI). O isolamento foi realizado separando o animal de todos os demais da colônia. Um dos grupos isolados recebeu doses de chá de ayahuasca (GT) 3 dias antes e duas vezes durante o período de isolamento, enquanto os demais grupos receberam a mesma dose de placebo. Após 13 semanas de experimentação, foram realizadas eutanásia e perfusão transcardíaca. Os cérebros foram seccionados e corados com tionina pelo método de Nissl. Avaliamos o estriado utilizando técnicas estereológicas para verificar o volume total e estimar o número total de neurônios e o volume neuronal. Seções equidistantes do caudado e do putâmen foram analisadas para todas as medidas e selecionadas por amostragem sistemática e uniforme. O GI e GT apresentaram volumes aumentados quando comparados ao GF. O GI apresentou aumento no número neuronal total de St em relação ao GF. O tratamento parece ter controlado esse aumento. O isolamento aumentou a distribuição neuronal no corpo estriado e a Ayahuasca teve um efeito reverso. Nossos dados mostram uma diminuição no volume de neurônios St e na ação neuroprotetora da Ayahuasca em um modelo de depressão juvenil em primatas não humanos submetidos ao isolamento social, evidenciado pela manutenção do volume e número neuronal normal.
  • Dissertação
    Uso de corante natural extraído do pau-brasil (Paubrasilia echinata) para o processo de plastinação
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-01-30) Souza, Pablo Rudá Ferreira Barros de; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; https://orcid.org/0000-0002-6218-9238; http://lattes.cnpq.br/5233940343676740; http://lattes.cnpq.br/1543564713740808; Ferreira, Maria Rosana de Souza; Silva, Ewerton Fylipe de Araújo
    A anatomia, conhecida há vários séculos, é uma disciplina de extrema importância na formação de profissionais na área da saúde. A utilização de cadáveres, que é essencial para seu ensino, faz repercutir amplas discussões sobre a maneira mais eficiente para utilização dessas peças. Atualmente, a maneira mais comum de conservar as peças cadavéricas para o ensino da anatomia é utilizando formaldeído “uma substância química volátil e com odor desagradável, que causa irritabilidade nos olhos e nas vias respiratórias”. Buscando popularizar e ampliar ainda mais o ensino da anatomia, o médico alemão Dr. Von Hagens desenvolveu uma técnica em 1977 chamada de Plastinação, que favorece a minimização dos efeitos indesejados causados pelo formol. A técnica consiste em um processo de desidratação, buscando remover tecido gorduroso e água presente na peça, seguido pela impregnação de polímeros: silicone, epóxi e/ou poliéster nos tecidos biológicos, o que possibilita uma maior durabilidade das peças cadavéricas. Mesmo sendo uma técnica inovadora e facilitadora do estudo da anatomia, mesmo sendo uma técnica inovadora, existem possíveis melhorias a serem feitas no que diz respeita a coloração que sofre uma perda natural. Essa técnica possibilita uma maior durabilidade das peças cadavéricas e as torna com aparência mais próxima ao natural. Por não apresentar substâncias conservadoras que causam malefícios a saúde, a plastinação facilita o manuseio e uso de peças cadavéricas para fins didáticos e científicos. Para que a visualização das estruturas se torne ainda mais evidente, pode-se utilizar corantes específicos, na tentativa de aproximar ainda mais as peças plastinadas do real, como, a pintura das peças. Com isso, se fez necessário o desenvolvimento de um protocolo de coloração dos tecidos musculares, associado à técnica de plastinação, tornando a técnica ainda mais eficiente. De acordo com o que foi explanado, o objetivo do presente trabalho é analisar a qualidade da coloração em peças plastinadas com corante extraído da casca do pau-brasil (Paubrasilia echinata) na técnica de plastinação. Para isso, foram utilizados métodos de alocação do corante em diferentes etapas do processo de plastinação, bem como sua associação com substâncias desidratantes distintas, nas quais utilizará acetona ou álcool etílico, a fim de avaliar a melhor eficiência do corante para produção do protocolo adequando no processo de plastinação. O que tornará o ensino da anatomia humana mais eficiente.
  • Dissertação
    Análise histopatológica evolutiva da carcinogênese induzida em cavidade oral, esôfago e estômago de ratos
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-11) Nunes, Matheus Medeiros; Santos, Pedro Paulo de Andrade; https://orcid.org/0000-0002-5793-3886; http://lattes.cnpq.br/2878739335493429; http://lattes.cnpq.br/0903077142436392; Martins, Fabiane Ferreira; Moura, Sérgio Adriane Bezerra de
    A complexidade da carcinogênese como um todo requer estudos detalhados para auxiliar na sua compreensão. O objetivo do presente estudo foi realizar a indução química da carcinogênese, analisando a evolução histopatológica das alterações epiteliais que culminam com o aparecimento do Carcinoma Epidermoide em diferentes regiões do trato digestório (Cavidade oral, esôfago e estômago) com tempos distintos de indução. Utilizamos 15 ratos Wistar machos, divididos em 3 grupos, um de controle e dois de diferentes semanas de indução, como modelo experimental de carcinogênese induzida pelo composto 1-óxido 4 nitroquinolina (4-NQO), sendo realizada a análise histopatológica dos casos estudados com estabelecimento do diagnóstico, bem como a análise histomorfométrica para a obtenção da área da lesão. Correlacionando com a mensuração dos pesos dos ratos durante o processo de indução da carcinogênese. Nossa amostra consistiu em dois grupos, um grupo com 8 semanas (G8) e um segundo grupo com 12 semanas (G12). Ao final do tempo de indução, os grupos foram eutanasiados e os órgãos estudados foram removidos, sendo eles: Língua e palato (Cavidade oral), esôfago e estômago, todos foram submetidos ao processamento laboratorial para a confecção de lâminas histopatológicas. Os resultados histopatológicos, mostraram em ambos os grupos a presença de hiperqueratinização e graus diferentes de displasias, descreveu-se também a formação de carcinoma epidermoide em língua, palato, e esôfago, já no estômago, observou-se erosão epitelial. Além disso, constatamos que as lesões neoplásicas se mostraram como carcinomas bem diferenciados. Os dados sobre peso e áreas de lesão foram normalmente distribuídos sendo verificado pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e o teste ANOVA foi utilizado para as áreas das lesões e mostrou diferença significativa para o órgão, assim sendo foi sugerido o teste Post-Hoc sua realização mostrou que o esôfago possui área de lesão maior que a língua, palato e estômago. O modelo de indução se mostrou eficaz para formação de lesões para estudos de carcinogênese experimental, ressaltando a importância desses estudos para entendimento e fundamentação dos processsos oncológicos em seres humanos.
  • Dissertação
    Avaliação da atividade antitumoral de nanopartículas híbridas de goma de caju e core-shell magnéticas funcionalizadas com oxaliplatina e ácido retinóico no câncer colorretal
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-16) Silva, Cainã Ogum Gonçalves da; Araújo Júnior, Raimundo Fernandes de; Garcia, Vinicius Barreto; http://lattes.cnpq.br/1903940945895093; http://lattes.cnpq.br/4866548385190092; Alves Júnior, Clodomiro; Clebis, Naianne Kelly; Farias, Naisandra Bezerra da Silva; Anomal, Renata Figueiredo
    O câncer colorretal (CCR) é um dos tipos de câncer mais prevalentes e letais em todo o mundo, demandando urgentemente o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Neste estudo, exploramos o potencial de nanopartículas core-shell (NPCS) e nanopartículas de goma do caju (NPGC), combinadas com oxaliplatina e ácido retinóico, como uma nova abordagem no tratamento do CCR. Nosso objetivo foi sintetizar e caracterizar nanossistemas híbridos NPGC+OXA+NPCS e NPGC+OXA+NPCS+RA, avaliando sua eficácia em modelos in vitro e in vivo de CCR, focando na viabilidade celular, apoptose, captação de nanossistemas e resistência a drogas. Para alcançar nossos objetivos, empregamos métodos de síntese avançados para produzir os nanossistemas híbridos, seguidos de caracterização físico-química. Testamos a ação terapêutica desses nanossistemas em culturas celulares de CCR e em um modelo murino utilizando a linhagem de células CT-26, sob a influência de um campo magnético, para observar a viabilidade, apoptose, captação pelos tumores, efeitos morfológicos e resistência às drogas. Os resultados demonstraram que os nanossistemas híbridos NPGC+OXA+NPCS e NPGC+OXA+NPCS+RA exibiram uma significativa eficácia antitumoral, reduzindo a viabilidade das células de CCR in vitro e inibindo o crescimento tumoral in vivo. Observamos uma maior indução de apoptose e uma melhor captação dos nanossistemas pelas células tumorais. Além disso, a funcionalização com ácido retinóico potencializou o efeito antiproliferativo, sugerindo uma abordagem promissora para superar a resistência à oxaliplatina. A exposição ao campo magnético pareceu amplificar a eficácia dos nanossistemas, indicando um caminho inovador. Concluímos que a nível molecular, os nanossistemas híbridos desenvolvidos neste estudo representam uma estratégia terapêutica inovadora e eficaz contra o câncer colorretal. A combinação de NPGC, NPCS, oxaliplatina e ácido retinóico, especialmente sob a influência de um campo magnético, oferece uma plataforma promissora para o avanço no tratamento do CCR, abrindo novas perspectivas para terapias antitumorais mais direcionadas e personalizadas.
  • Dissertação
    Análise morfológica do trato gastrointestinal de bobo-pequeno (Puffinus puffinus) e suas causas de encalhe na costa da bacia Potiguar, Nordeste brasileiro
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-05) Teixeira, Gabriel Dutra; Farias, Daniel Solon Dias de; Gavilan, Simone Almeida; https://orcid.org/0000-0001-6790-1696; http://lattes.cnpq.br/6556168670883302; https://orcid.org/0000-0002-5923-8625; http://lattes.cnpq.br/7813685791586480; https://orcid.org/0000-0002-2316-7634; http://lattes.cnpq.br/1020321982578181; Fragoso, Ana Bernadete Lima; Oliveira, Radan Elvis Matias de
    O Puffinus puffinus é uma ave marinha migratória que, durante a época não-reprodutiva, realiza sua migração para o Atlântico Sul, atravessando o Hemisfério por volta do mês de setembro. A zona costeira do Nordeste brasileiro, em particular a Bacia Potiguar (Rio Grande do Norte e Ceará), é reconhecida como um ponto crucial nas rotas migratórias para essa espécie. Nessa região, o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potiguar (PMP – BP) registra anualmente diversos espécimes de aves, vivos e mortos, que encalham ao longo desse litoral. Este estudo tem como objetivo analisar o padrão morfológico do trato gastrointestinal do bobo-pequeno, Puffinus puffinus, bem como os aspectos anatomopatológicos desses órgãos em espécimes encalhados na costa do Rio Grande do Norte e Ceará. Os dados foram coletados através do PMP-BP, por monitoramento diário no período de 2011 a 2022. Os animais vivos foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Fauna Marina do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-UERN), em Areia Branca/RN, enquanto os animais mortos foram submetidos à necropsia no Laboratório de Biota Marinha da UERN, onde foram coletadas amostras do trato gastrointestinal. O material coletado foi processado histologicamente no Laboratório de Morfofisiologia dos Vertebrados, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Registraram-se 66 indivíduos durante o período monitorado, sendo 14 machos, 17 fêmeas e 35 com sexo indeterminado. Dentre eles, 43 foram classificados como adultos e 12 como juvenis. A análise espaço-temporal revelou que 33 animais encalharam no estado do Ceará e 33 indivíduos no Rio Grande do Norte, no período de setembro a fevereiro. Na análise de causa mortis, identificou-se que resíduos sólidos, trauma mecânico e contaminação por óleo, categorias de origem antropogênica, totalizaram aproximadamente 33%. Outras causas incluíram esgotamento energético, sepse e parasitose. A análise histológica do trato digestório revelou a presença das quatro túnicas características do sistema, as camadas mucosa, submucosa, muscular e adventícia/serosa. O esôfago se apresenta com a região da mucosa bastante pregueada revestido por epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado, seguido de lâmina própria com diversas glândulas mucosas. Presença da muscular da mucosa dando seguimento para a submucosa. Camada muscular bem desenvolvida, apresentando uma camada interna circular e uma mais externa longitudinal. Por fim há a camada serosa, composta por tecido conjuntivo frouxo, permitindo assim irrigação sanguínea. O pró-ventrículo é a porção glandular do estômago, logo em sua camada mucosa é caracterizada por ser pregueada. O epitélio de revestimento é cilíndrico simples nos pregueamentos, enquanto nos sulcos formados pelas depressões das pregas é caracterizado como cúbico simples. A submucosa é constituída majoritariamente pelas glândulas proventriculares. A muscular e serosa se mantém padrão. No ventrículo observamos vilosidades que compõem o epitélio de revestimento. Essa superfície de revestimento é composta por epitélio cilíndrico simples alternando para cúbico simples. Não é identificado a muscular da mucosa. A camada da submucosa é fina e aglandular, A camada muscular é mais desenvolvida, porém o padrão se mantém, junto com a camada serosa. No intestino delgado, a camada mucosa o epitélio de revestimento das vilosidades e criptas é epitélio cilíndrico simples com microvilosidades. A camada muscular da mucosa é bem desenvolvida. A camada submucosa é quase imperceptível. Por fim, a camada muscular e a camada serosa vão apresentar a mesma configuração já evidenciada pelos outros tecidos. A interpretação e organização dos laudos de necrópsia somados a análise histológica de tecidos oferecerão respostas mais completas dentro do campo de estratégias de conservação a favor desses animais.
  • Dissertação
    Análise histomorfométrica renal de ratos induzidos à hiperprolactinemia tratados com melatonina
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-21) Galvão, André Pukey Oliveira; Abreu, Bento João da Graça Azevedo; Silva, Ewerton Fylipe de Araújo; https://orcid.org/0000-0001-8010-806X; http://lattes.cnpq.br/1725848357337658; Martins, Fabiane Ferreira; http://lattes.cnpq.br/6569473943631639; Freitas, Manuela Figueiroa Lyra de
    O aumento nos níveis de prolactina provoca uma condição patológica chamada de hiperprolactinemia. Essa condição está associada a muitas doenças, incluindo a doença renal crônica (DRC), a qual representa a síndrome mais comum de hipersecreção hipofisária, tanto em homens como em mulheres. Em contrapartida, a melatonina tem apresentado um potencial de prevenir a hepatotoxidade e nefrotoxidade, devido ao papel na eliminação de radicais livres pela melatonina (MEL). Com base nisso, o objetivo do presente trabalho foi realizar a análise histomorfométrica renal de ratos induzidos a hiperprolactinemia e tratados com melatonina. Para o trabalho foram utilizados 36 ratos machos, divididos em dois períodos de tratamento: 30 e 60 dias, cada grupo de tratamento foi subdividido em três grupos: Controle, DOMP (ratos induzidos a hiperprolactinemia) e DOMP+MEL (ratos induzidos a hiperprolactinemia e tratados com melatonina). A indução da hiperprolactinemia foi obtida com dose de 4mg/kg de domperidona, via subcutânea (SC). O tratamento com melatonina foi de 200μg/100g, via SC. Os resultados da análise histomorfométrica renal dos animais controles e tratados no período de 30 dias demonstrou que não houve diferença significativa nas seguintes variáveis: área glomerular, área da cápsula glomerular, espaço urinário e diâmetro glomerular. Nas análises dos túbulos contorcidos proximais (TCP) a área do túbulo e altura do epitélio demostraram um aumento nos que receberam tratamento durante os dois períodos. Os túbulos contorcidos distais (TCD) também apresentaram as mesmas características dos TCP. Como medidas biométricas, o peso renal e o peso dos animais, também não houve diferenças significativas. No tempo de tratamento de 30 dias, a variável do índice renal somático apresentou diferença significativa com valores de 0,29 ± 0,05 e 0,22 ± 0,04 entre os grupos controle e DOMP+MEL respectivamente. O tratamento com domperidona provocou danos histomorfométricos no parênquima renal de ratos adultos, nos animais tratados em ambos os períodos de tempo. As alterações provocadas na estrutura do néfron, provocada nos grupos que utilizaram apenas domperidona sugere que esse tratamento influencia negativamente nas funções renais, diminuindo a atividade renal e consequentemente funções homeostáticas. O tratamento com melatonina exógena se mostrou eficiente na reversão dos danos ocasionados pela domperidona, evidenciando suas propriedades renoprotetoras.
  • Dissertação
    Ação neuroprotetora da ayahuasca no córtex pré-frontal de saguis (Callithrix jacchus) induzidos a um estado depressivo
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-01) Batista, Lílian Andrade Carlos de Mendonça; Ladd, Fernando Vagner Lobo; Coelho, Nicole Leite Galvão; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; https://orcid.org/0000-0002-6670-8656; http://lattes.cnpq.br/0907170560632356; https://orcid.org/0000-0002-7942-2008; http://lattes.cnpq.br/6178623703992315; Nascimento Júnior, Expedito Silva do; Fiuza, Felipe Porto
    O Transtorno depressivo maior pode se apresentar em episódio único ou recorrente, podendo durar dias, sendo os sintomas diversos que influenciam nas relações do cotidiano. Uma das principais causas para esse transtorno é o estresse crônico, e a resposta biológica a esses estressores que pode ocasionar uma desregulação na fisiologia humana. Nosso grupo objetiva identificar a competência neuroprotetora da Ayahuasca nos aspectos comportamentais e morfoquantitativos no córtex pré-frontal de saguis (Callithrix jacchus) submetidos a um protocolo de estresse crônico induzido. Foram utilizados 4 machos e 4 fêmeas, alocados em 3 grupos, sendo 02 no grupo família (GF), 02 no grupo isolado (GI) e 04 no grupo tratado (GT), todos selecionados de forma aleatória. Selecionamos espécimes com idade entre 7 e 9 meses de vida. O registro comportamental foi colhido pelo método de amostragem focal contínua, coletando frequência e/ou duração de comportamentos. Uma fração (1/6) das seções obtidas, a partir da microtomia do encéfalo, foram submetidas a coloração histológica com técnicas de Nissl. Para a estimativa dos parâmetros morfoquantitativos foi utilizada a estereologia, técnica de quantificação histológica tridimensional. Dentre os comportamentos, não constatamos diferenças significativas entre os grupos na fase experimental, exceto na ingestão de alimento (H(2) = 6,00, p = 0,050). Quanto ao volume total do córtex préfrontal (CPF), não foi encontrada diferença significante entre grupos (H(2) = 3,00, p = 0,223). No que diz respeito a densidade neuronal, visualmente apresentava ser mais intensa no GF e GT em comparação ao GI nas três áreas do córtex pré-frontal selecionadas. Com relação ao volume médio neuronal do córtex pré-frontal medial (VNmCPF), encontramos diferença significativa entre grupos (H(2) = 5,37, p = 0,057); no volume médio neuronal do córtex pré-frontal dorsolateral (VN-dlCPF), não encontramos diferença significante entre grupos (H(2) = 3,81, p = 0,098); no volume médio neuronal do córtex pré-frontal ventral (VN-vCPF), foi encontrada diferença significativa entre grupos (H(2) = 7,75, p = 0,029). Nesse estudo observamos uma redução sutil no volume do córtex pré-frontal do sagui quando comparamos o GF com o GI, o que pode ser corroborado por alguns comportamentos, dependentes do comando social, que também apresentaram redução. No mCPF e no dlCPF observamos uma redução de em média 25% na densidade neuronal quando comparamos o GF com o GI. Quando comparado o GF com o GT observamos similaridade nas quantidades. A atrofia de neurônios do córtex pré-frontal é associado a transtornos depressivos e ansiedade, esta característica foi identificada em saguis do GI das três regiões do CPF (medial, dorsolateral e ventral), sugerindo ser um marcador do estado depressivo. Avaliamos que no GT o volume neuronal é similar ao GF, dados encontrados nas três regiões do CPF. Estes resultados apontam que a Ayahuasca apresenta ação neuroprotetora na manutenção do número de neurônios e no volume neuronal impedindo a atrofia característica no contexto da depressão. Por fim, o tratamento profilático da Ayahuasca pode ajudar na proteção do córtex pré-frontal e isso é um ganho para a população mundial que sofre cada vez mais com essa doença.
  • Dissertação
    O ensino da morfologia humana e as ferramentas acessíveis para o aluno com deficiência visual
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-05) Silva, Gabriel Henrique Santana da; Camillo, Christina da Silva; https://orcid.org/0000-0002-1586-5256; http://lattes.cnpq.br/0021644707162925; https://orcid.org/0000-0001-8676-3284; http://lattes.cnpq.br/2624968511879332; Fonseca, Gessica Fabiely; http://lattes.cnpq.br/2836927327702138; Martins, Fabiane Ferreira
    A pessoa com deficiência visual (DV) é aquela que apresenta baixa visão ou cegueira. Esses alunos antes de ingressarem no ensino superior enfrentam diversas barreiras precisando muitas vezes se adequar as metodologias de ensino, indo contra um aporte de leis que viabilizam o ingresso e asseguram o acompanhamento desses alunos durante a sua formação. Para a área da saúde, as Ciências Morfológicas têm grande importância para a formação inicial dos discentes, servindo como base para os componentes posteriores. A Anatomia, a Histologia e a Embriologia são componentes das Ciências Morfológicas, cujo as atividades metodológicas baseiam-se no estímulo visual, com atlas anatômicos, espécimes cadavéricos, imagens histológicas, microscópios, modelos embrionários e outros. Essas ferramentas acabam segregando as pessoas com deficiência visual. Logo essa pesquisa objetivou analisar estudos e discursos epistemológicos no âmbito do ensino da morfologia humana, visando detectar ferramentas de ensino acessíveis para estudantes com deficiência visual. Assim, essa dissertação conta com dois capítulos identificando as ferramentas de ensino e o processo de inclusão e acessibilidade. O capítulo 1 consta de uma revisão de escopo, que através de combinações de palavras permitiu mapear 17 estudos nas principais bases de pesquisa, sendo possível identificar 16 ferramentas, sensoriais e tecnológicas, que favoreceram a acessibilidade do ensino das Ciências Morfológicas. Já o capítulo 2 consta de um levantamento e avaliação das ferramentas de ensino utilizadas no Departamento de Morfologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil, a partir da análise do discurso de 7 discentes, com baixa visão ou cegos, de diferentes cursos da área da saúde. Os participantes, atendidos pela Secretaria de Inclusão e Acessibilidade da instituição, cursaram componentes curriculares obrigatórios da área de morfologia, como a Anatomia, a Embriologia e a Histologia. A pesquisa permitiu avaliar se durante a empiria ocorreu, ou não, a validação das ferramentas utilizadas pelos estudantes com DV. Para além, foi possível identificar o pouco preparo dos docentes e a falta de flexibilidade com os alunos com deficiência visual no processo de formação e desenvolvimento dos componentes curriculares, a partir da ótica dos discentes.