PPGPO- Doutorado em Patologia Oral

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  • Tese
    Estudo imuno-histoquímico e in vitro de proteínas do sistema ativador de plasminogênio em carcinomas de células escamosas de língua oral
    (2020-02-14) Mafra, Rodrigo Porpino; Pinto, Leão Pereira; ; ; Barboza, Carlos Augusto Galvão; ; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; ; Carvalho, Cyntia Helena Pereira de; ; Souza, Lelia Batista de;
    O carcinoma de células escamosas (CCE) é a neoplasia maligna mais frequente da cavidade oral e apresenta prognóstico desfavorável. Assim sendo, pesquisas têm buscado esclarecer o papel de biomarcadores no comportamento biológico do CCE oral. Nesta perspectiva, destacam-se o ativador de plasminogênio tipo uroquinase (uPA) e seu receptor (uPAR), além do inibidor do ativador de plasminogênio-1 (PAI-1). O presente trabalho analisou, por meio de imuno-histoquímica, a expressão das proteínas uPA, uPAR e PAI-1 no CCE de língua oral (CCELO) e sua relação com parâmetros clinicopatológicos. Este experimento também avaliou os efeitos in vitro da proteína recombinante humana PAI-1 (rhPAI-1) na linhagem celular SCC25, derivada de CCELO. A imunoexpressão de uPA, uPAR e PAI-1 foi analisada em 60 casos de CCELO, de forma semiquantitativa, nas células neoplásicas do front de invasão tumoral. Visando a associação dos achados imuno-histoquímicos com variáveis clinicopatológicas e taxas de sobrevida, os casos foram classificados nas categorias baixa expressão (≤50% das células positivas) e alta expressão (>50% das células positivas). No experimento in vitro, foram analisados os seguintes grupos: G0 (controle; células cultivadas na ausência de rhPAI-1), G10 (células tratadas com rhPAI-1 a 10 nM) e G20 (células tratadas com rhPAI-1 a 20 nM). Diferenças entre estes grupos foram investigadas através dos ensaios: viabilidade celular (Alamar Blue), ciclo celular (marcação com iodeto de propídio, PI), apoptose/necrose (marcação com Anexina V e PI), atividade migratória (Wound healing) e invasão celular (Transwell). A análise imuno-histoquímica revelou alta expressão do uPA na maioria dos CCELOs, mas sem relações significativas com parâmetros clinicopatológicos. As expressões do uPAR e do PAI-1, em nível membranar, foram associadas a recidivas locais (p=0,019) e ao elevado tumor budding (p=0,046), respectivamente. A expressão membranar do PAI-1 também apresentou associação significativa com o alto escore de risco histopatológico (p=0,043). A análise estatística evidenciou ausência de associações significativas entre as variáveis imunohistoquímicas (uPA, uPAR e PAI-1) e indicadores de prognóstico do CCELO (sobrevida específica e sobrevida livre da doença). No estudo in vitro, decorridas 24 horas da administração da rhPAI-1, os grupos G10 e G20 exibiram maior viabilidade celular em comparação ao grupo controle (p=0,020), assim como aumento da progressão para a fase S do ciclo celular (p=0,024). No que concerne aos percentuais de células apoptóticas e necróticas, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. Nos grupos celulares cultivados na presença da rhPAI1, também foi constatado aumento da atividade migratória (p=0,039) e do potencial de invasão (p=0,039), respectivamente, nos intervalos de 24 horas e 72 horas. Os achados deste estudo sugerem o envolvimento das proteínas uPA, uPAR e PAI-1 na patogênese do CCELO. Entretanto, a expressão destes biomarcadores pode não estar relacionada com a sobrevida dos pacientes. Os resultados in vitro demonstram que o PAI-1 exerce efeitos estimulatórios na proliferação, migração e invasão celular, podendo assim contribuir para a agressividade biológica do CCELO.
  • Tese
    Valor prognóstico dos polimorfismos funcionais nos genes da mmp-1, mmp-13 e IL-8 no carcinoma epidermóide oral e de orofaringe
    (UNIVERSIDADE FEDERAL RIO GRANDE DO NORTE, 2013-06-26) Matos, Felipe Rodrigues de; Freitas, Roseana de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/9512014003639405; ; http://lattes.cnpq.br/6755254213132873; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; ; http://lattes.cnpq.br/0224522010734716; Silveira, Ericka Janine Dantas da; ; http://lattes.cnpq.br/2186658404241838; Santos, Jean Nunes dos; ; http://lattes.cnpq.br/0926138204356872; Souza, Lelia Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/6671914892609743
    Tumores malignos tem a habilidade de invadir tecidos normais e de se espalharem para sítios anatômicos distantes, originando, a metástase o maior fator de mortalidade do câncer. As metaloproteinases de matriz (MMP)-1 e MMP-13 tem sido associada a invasão tumoral e a metástase, pois a MMP-1 degrada colágeno tipo I, que é o substrato mais abundante no estroma tumoral e a MMP-13 degrada coágeno tipo IV, dentre outros , que está presente na membrana basal dos vasos. Pesquisas mostram que a IL-8 é um potente fator angiogênico e está associada ao crescimento tumoral, à metástase e ao pobre prognóstico do câncer. O presente trabalho se propõe a verificar a existência e a frequências dos polimorfismos nos genes das MMPs-1(rs2071230 e rs470558), -13(rs2252070) e da IL-8 (rs4073 e rs2227532) e investigar o possivel valor prognósticos dos mesmo em uma serie de casos de carcinoma epidermoide oral e de orofaringe(CEOO). Foram genotipados por meio de PCR em tempo real 98 amostra de pacientes com carcinoma epidermóide e 134 amostras controle.
  • Tese
    Análise do estresse oxidativo, reparo do DNA e alterações epigenéticas no líquen plano
    (2019-08-30) Gonzaga, Amanda Katarinny Goes; Medeiros, Ana Miryam Costa de; Silveira, Ericka Janine Dantas da; ; ; ; Souza, Lelia Batista de; ; Miguel, Márcia Cristina da Costa; ; Squarize, Cristiane Helena; ; Alves, Pollianna Muniz;
    O líquen plano (LP) é uma doença mucocutânea, inflamatória, imunologicamente mediada por linfócitos T citotóxicos (LTCD8+). Enquanto o líquen plano oral (LPO) é considerado uma lesão potencialmente maligna, o líquen plano cutâneo (LPC) é uma condição tipicamente autolimitada, sugerindo que a patogênese destas lesões pode ser distinta. Assim, o objetivo deste trabalho foi, primeiramente, avaliar os níveis de marcadores de estresse oxidativo na saliva de pacientes com LPO e, posteriormente, analisar o perfil de expressão de proteínas de reparo do DNA (XRCC1 e APE1) e da acetilação da histona H3K9 no LPO e LPC. Para o estudo sobre estresse oxidativo, trinta e quatro indivíduos participaram da pesquisa, sendo 22 diagnosticados clínica e histopatologicamente com LPO (reticular e erosivo) e 12 casos controle. A sialometria em repouso foi realizada e, posteriormente, foi realizada a análise de marcadores do estresse oxidativo (MPO, MDA) e ação antioxidante (SOD, GSH), através de estudo colorimétrico. Para realização do estudo sobre reparo do DNA e acetilação da histona H3K9, a amostra total foi composta por 89 casos de LP, sendo 66 de LPO e 23 de LPC. A análise da expressão da APE1 e XRCC1 foi realizada através de imuno-histoquímica, enquanto a análise da acetilação da H3K9 foi realizada através de imunofluorescência. Foram fotografados cinco campos representativos das lesões e as análises foram realizadas de forma quantitativa. A análise estatística foi realizada utilizando os softwares SPSS e GraphPad Prism. No estudo relacionado ao estresse oxidativo, dos 22 pacientes diagnosticados com LPO, a maioria era do sexo feminino (86.4%) e relatava ter entrado na menopausa (63.2%). Em sua maioria, as lesões de LPO encontravam-se na fase ativa (77.3%), havendo predominância do LPO do tipo reticular (68.2%). Quanto aos níveis de estresse oxidativo, não houve diferença estatisticamente significativa ao comparar os valores de SOD, GSH, MPO e MDA entre os grupos caso e controle, como também entre os LPO erosivos e reticulares (p > 0.05). Indivíduos com lesões inativas de LPO apresentaram um nível mais alto de SOD, quando comparados aos que possuíam lesões ativas (p = 0.031). O estudo relacionado ao reparo do DNA e acetilação da histona H3K9, demonstrou que a imunorreatividade para APE1 e XRCC1 foi significativamente maior no LPC do que no LPO (P = 0,003 e P = 0,034, respectivamente). Houve uma correlação positiva significativa e moderada entre APE1 e XRCC1 no grupo do LPO (Rho = 0,544; P <0,0001). A avaliação dos níveis de acetilação da histona H9K3 não revelou resultados significativos comparando o LPO e a LPC, nem comparando LPO erosivo e reticular (P> 0,05). Em conclusão, nossos achados revelaram que os marcadores de estresse oxidativo na saliva de pacientes com LPO foram semelhantes aos casos de controle, o que pode estar relacionado à alta exposição do ambiente da cavidade bucal a diversos estímulos físicos, químicos e microbiológicos, importantes geradores do estresse oxidativo. Além disso, alterações no perfil de expressão das proteínas de reparo do DNA foram mais expressas no LPC do que nos casos de LPO e a acetilação da histona H3K9 é um evento epigenético encontrado em ambas as lesões.
  • Tese
    Sobrevida e fatores prognóstico do Carcinoma Epidermóide de Boca e Orofaríngeo: análise de 1776 casos
    (2018-12-20) Queiroz, Salomão Israel Monteiro Lourenço; Gurgel, Bruno César de Vasconcelos; ; ; Silveira, Ericka Janine Dantas da; ; Lima, Kenio Costa de; ; Lira, Cláudia Cazal; ; Santos, Edilmar de Moura;
    O carcinoma epidermóide (CE), destaque para o de boca (CEB) e orofaríngeo (CEOf), é o tipo de câncer mais frequente na região de cabeça e pescoço, com mais de 90% de apresentação nessas regiões, representando 6% de todos os carcinomas. Avaliação epidemiológica dessa patologia com base populacional ainda é escassa e essa neoplasia é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Diante desses fatos, este estudo tem o propósito de descrever e analisar a sobrevida com destaque para os principais fatores associados ao seu prognóstico. Para isso foi realizado um estudo de prognóstico retrospectivo em bancos de dados e prontuários, onde foram selecionados todos os casos com diagnóstico de CEB e CEOf da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, dos últimos 11 anos. As sobrevidas foram calculadas com Kaplan-Meier e comparação das funções com Log-Rank. Os riscos calculados em modelos univariados de Cox e modelos preditivos na análise multivariada de Cox. Para Sobrevida Livre da Doença (SLD) do CEB destacaram-se como fatores de pobre prognóstico, o Sistema de Gradação Histopatológica de Malignidade (SGHM) da Organização Mundial da Saúde (OMS) em pouco diferenciada, localização na região retromolar, não ter companheiro conjugal, estadiamento avançados e tratamentos mais complexos. Essas características se repetiram na Sobrevida Global (SG) para CEB, com exceção do estado conjugal atual. Na SG do CEOf, a localização em base de língua e o consumo de álcool obtiveram os piores prognósticos. Já para SLD do CEOf, o SGHM OMS em pouco diferenciado, tabagismo e não ter companheiro conjugal, obtiveram os piores prognósticos. O SGHM OMS parece ser um fator prognóstico eficaz para o CEB. Não ter companheiro pode comprometer a SLD (CEB e CEOf), com repercussão na qualidade de vida do paciente, adesão e manutenção do tratamento. Os fatores de riscos já bem estabelecidos, como consumo de álcool e fumo, parecem se comportar como fatores prognóstico importantes no CEOf, mas devem ser abordados com cautela, principalmente quando não verifica-se o tipo, tempo e quantidade utilizados. Mesmo com a melhora na sobrevida do CEO e CEOf mediante avanços no tratamento, ela ainda preocupa a medida que aumenta a dificuldade do diagnóstico (Lábio>Oral>Orofaringe). Tanto para CEB como para o CEOf as sobrevidas foram consideradas medianas, reafirmando fatores prognósticos já bem estabelecidos, como estadiamento clínico e localização, outros ainda controversos, como SGHM, habito de fumar e de beber, ganharam força como fatores prognósticos independentes e um coadjuvante inesperado, o estado conjugal atual.
  • Tese
    Efeito de diferentes doses de laser de baixa intensidade em células-tronco dentais cultivadas sobre arcabouços de ácido polilático
    (2018-10-31) Carvalho, Laura Priscila Barboza de; Barboza, Carlos Augusto Galvão; ; ; Nobrega, Fernando José de Oliveira; ; Queiroz, Lelia Maria Guedes; ; Nunez, Manuel Antonio Gordon; ; Freitas, Roseana de Almeida;
    As células-tronco mesenquimais dentais (dMSC) têm sido amplamente utilizadas na engenharia tecidual por sua capacidade de auto-renovação e potencial multilinhagem. Dentre as dMSCs, as células-tronco da polpa do dente decíduo esfoliado (SHEDs) destacam-se pela facilidade de coleta, capacidade proliferativa e tempo sobrevivência. O objetivo do estudo foi avaliar, através de experimentos in vitro, o efeito de diferentes doses do laser de baixa intensidade (LBI) na atividade biológica de SHEDs cultivadas sobre arcabouços de ácido polilático (PLA). Células previamente isoladas e caracterizadas foram cultivadas sobre filmes de PLA e foram irradiadas ou não (controle) com um laser diodo InGaAlP (660 nm, 30 mW, modo de ação contínuo) em um screening de doses (1, 4, 7.5, 15, 22.5 e 30 J/cm²). A proliferação e viabilidade celular foram analisadas nos intervalos de 24, 48 e 72 h, através dos ensaios do Alamar Blue e Live/Dead. A morfologia celular foi avaliada por MEV no intervalo de 72h. A avaliação do estresse oxidativo foi realizada através das dosagens de malondialdeído (MDA) e glutationa (GSH). Densidades de energia de 1 J/cm² e 4 J/cm² promoveram um efeito estimulador da proliferação celular nos três intervalos de tempo quando comparados ao grupo controle e aos demais grupos irradiados. Por outro lado, doses elevadas de irradiação (22.5 e 30 J/cm²) promoveram redução significativa das células. Verificou-se que a viabilidade celular foi afetada ao longo do experimento nos grupos L22.5 e L30, que apresentaram maior quantidade de células mortas no intervalo de 72h. Na análise por MEV evidenciou-se uma maior densidade celular nos grupos L1 e L4, contrapondo-se às SHEDs arranjadas mais dispersamente nos grupos L22.5 e L30. Em relação ao estresse oxidativo, nos grupos L1 e L4 houve elevação dos níveis de GSH e redução do MDA, de modo contrário, nos grupos L22.5 e L30 houve redução dos níveis de GSH e elevação do MDA. Conclui-se que doses baixas de LBI (1 e 4 J/cm²) promovem proliferação e tem efeito citoprotetor em SHEDs cultivadas sobre arcabouços de PLA, enquanto doses elevadas (22.5 e 30J/cm²) tem ação citotóxica e reduzindo a viabilidade e proliferação destas células.
  • Tese
    Estudo da imunoexpressão do VEGF165 e do VEGF165B em lesões orais de líquen plano e pênfigo vulgar
    (2018-06-28) Nóbrega, Luciana Eloísa da Silva Castro; Costa, Antonio de Lisboa Lopes; ; ; Santos, Jean Nunes dos; ; Souza, Lelia Batista de; ; Moraes, Maiara de; ; Freitas, Roseana de Almeida;
    O Líquen Plano Oral (LPO) é uma doença mucocutânea mediada imunologicamente, de etiologia desconhecida, relativamente comum, com prevalências, na população mundial, que variam de 0,22 a 5%. O pênfigo vulgar é uma doença autoimue crônica que pode acometer a mucosa oral sendo o mais comum dos tipos de pênfigo. Entretanto, sua ocorrência é rara, com incidência estimada na população geral de um a cinco casos por milhão de pessoas diagnosticadas a cada ano. O VEGF-A é a proteína angiogênica mais potente tanto na angiogênese normal quanto na patológica. O splicing alternativo do éxon 8 do gene do VEGFA dá origem a duas famílias conhecidas de proteínas isofórmicas, uma desempenhando papel angiogênico, VEGFxxxa, e outra um papel antiangiogênico, VEGFxxxb. Este trabalho se propôs a avaliar a expressão imunoistoquímica do VEGF165 (angiogênico), do VEGF165b (antiangiogênico) em 46 casos de LPO reticular, 23 casos de LPO erosivo e 12 casos de PV, usando como controle 11 casos de hiperplasia fibrosa. Todos os espécimes das lesões e os casos controle foram divididos em e zonas para a análise das marcações, em zona superficial (Z1), média (Z2) e profunda (Z3). Os resultados deste experimento foram submetidos a testes estatístico não-paramétricos com nível de significância de 5%. Comparando apenas as lesões para o marcador anti-VEGF165 foram observadas diferenças significativas apenas nas zonas mais profundas entre as lesões de LPO reticular e PV, e entre as lesões de LPO erosivo e PV. Para o marcador anti-VEGF165b diferenças significativas foram observadas nas zonas médias entre as lesões de LPO reticular e PV; e nas zonas profundas entre LPO erosivo e PV e entre LPO reticular e PV. Avaliando o marcador VEGF165b nos espécimes sem categorizá-los por zonas foram observadas diferenças significativas entre as lesões de LPO reticular e PV. Na análise da correlação entre ambos os marcadores em cada lesão foram observadas correlação positiva fraca e significativa nas zonas média e profunda do LPO reticular e na zona superficial do LPO erosivo. Os resultados do presente estudo sugerem a participação do processo angiogênico na patogênese do LPO e na progressão das lesões de líquen plano oral e pênfigo vulgar, porém outros estudos devem ser realizados a fim de que esses achados, principalmente em relação ao pênfigo vulgar seja fundamentado, uma vez que a presente pesquisa é uma das primeiras que avalia a angiogênese na lesão já estabelecida dessa doença.
  • Tese
    Estudo da expressão imunohistoquímica de SO2, FGF-10 e WNT-1 em lesões odontogênicas epiteliais benignas
    (2018-02-02) Nascimento, Marcelo Anderson Barbosa; Souza, Lelia Batista de; ; ; Ribeiro, Betania Fachetti; ; Barboza, Carlos Augusto Galvão; ; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; ; Queiroz, Lelia Maria Guedes;
    Os dentes desenvolvem-se a partir de interações sequenciais entre o epitélio e o mesênquima derivado da crista neural em diferentes estágios de histodiferenciação e morfodiferenciação. Ao final da odontogênese, espera-se que as estruturas que participaram da formação destes tecidos desapareçam ou permaneçam quiescentes. Não é incomum que os remanescentes epiteliais da odontogênese originem lesões, como cistos e tumores odontogênicos. No desenvolvimento dentário precoce, a manutenção das células-tronco é regulada por uma série de fatores de transcrição específicos, que inclui OCT-4, SOX-2, Nanog, Stat-3 e c-Myc e diversos outros genes Homeobox e vias de transcrição (SHH, Wnt/β-catenina, FGF, BMP) contribuem para o destino e diferenciação celular. No entanto, há a participação destes genes e vias na patogênese de vários tipos de tumores. O objetivo do presente estudo foi avaliar a imunoexpressão de SOX2, FGF-10 e Wnt-1 em uma série de casos de lesões odontogênicas e alguns espécimes de germes dentários. A amostra consistiu de 20 Ceratocistos Odontogênicos (CO), 20 Ameloblastomas sólidos (AM), 20 Tumores odontogênicos adenomatoides (TOA), 10 Tumores odontogênico epitelial calcificante (TOEC) e 05 casos de germes dentários usados comparativamente. A imunoexpressão foi avaliada de acordo com o percentual de células epiteliais imunomarcadas e intensidade de células positivas resultando na pontuação de imunomarcação total (PIT) que variou de 0 a 7. A análise da imunoexpressão da SOX2 revelou positividade na maioria dos casos das lesões estudadas. A pontuação de imunomarcação para SOX2 revelou haver diferença estatisticamente significativa entre os grupos de lesões estudadas, com maior frequência em CO e TOEC (p <0,001). Após o pareamento, observou-se diferença significativa entre AM e CO, AM e TOEC, CO e TOA, CO e TOEC e, TOA e TOEC (p <0,05). A análise da imunoexpressão da FGF-10 e Wnt-1 revelou positividade em todos os casos das lesões estudadas, mas sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos de lesões estudadas (p = 0,628). Houve diferença significativa em relação aos escores de positividade para Wnt-1 (p <0,001) com maior frequência em CO e TOA. Após o pareamento, observou-se existir diferença estatisticamente significativa entre AM e CO, AM e TOEC, CO e TOEC e, TOA e TOEC (p <0,05). O padrão de expressão de SOX2, FGF-10 e Wnt-1, em germes dentários e nas lesões odontogênicas aqui avaliadas, confirma a participação destas vias na odontogênese e também no desenvolvimento das lesões odontogênicas.
  • Tese
    Imunoexpressão das proteínas APE1, XRCC1, p53 e Ki67 em carcinoma de células escamosas de língua oral
    (2018-01-25) Oliveira, Viviane Alves de; Freitas, Roseana de Almeida; ; ; Ribeiro, Betania Fachetti; ; Gurgel, Bruno César de Vasconcelos; ; Galvão, Hebel Cavalcanti; ; Moura, Jamile Marinho Bezerra de Oliveira;
    O carcinoma de células escamosas oral (CCEO) resulta de processos de descontroles de eventos celulares provocados por mutações decorrentes de agentes genotóxicos, o que pode levar, dentre outros fatores, à perda de controle do processo de proliferação celular, sendo este considerado um dos precursores do câncer oral. A busca por biomarcadores para o CCEO constitui alvo de várias pesquisas, dentre as quais destacam-se proteínas de reparo do DNA como a XRCC1 e APE1 e proteínas do ciclo celular como p53 e Ki67. Assim, o objetivo desta pesquisa foi analisar a expressão imunoistoquímica das proteínas de reparo APE1, XRCC1 e das proteínas envolvidas no ciclo celular p53 e ki67, associando-as entre si e com parâmetros prognósticos clínicos e histopatológicos, em carcinoma de células escamosas de língua oral (CCELO), visando contribuir para o melhor entendimento da participação dessas proteínas no desenvolvimento desta neoplasia. A expressão imunoistoquímica de APE1 e XRCC1 foi avaliada de forma semiquantitativa e a de p53 e ki67 de forma quantitativa, em 58 casos de Carcinoma de células escamosas de língua oral (CCELO). Os dados clínicos foram coletados nos prontuários médico de cada paciente e a gradação histopatológica de Brandwein-Gensler efetuada para cada caso. Para a análise estatística foram realizados os testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher e adotou-se significância de p<0,05. A maioria dos casos apresentou alta imunoexpressão para APE1 (n = 36; 62,1%), assim como para XRCC1 (n = 38; 65,5%). Já para as proteínas Ki67 e p53, houve uma distribuição igual quando os casos foram categorizados em baixa e alta expressão (n = 29, 50%). A imunoexpressão de XRCC1 foi significativamente maior nos casos de lesão em estágio inicial I e II (n = 23; 62,2%) em relação aos estágios avançados III e IV (n=16, 80%, p = 0,05). A imunoexpressão de p53 foi significativamente maior nos casos de lesão em estágio avançado (n = 19; 65,5%) e baixa em estágios iniciais (n=17, 60,7%; p = 0,047). Nenhuma das proteínas estudadas mostrou associação entre si, nem com os demais parâmetros clínicos e a gradação histopatológica. Apesar da associação significativa da maior imunoexpressão de XRCC1 com melhor estadiamento clínico e da p53 com o pior estadiamento clínico, estas não foram embasadas quando analisado o desfecho dos pacientes. Os resultados desta pesquisa indicam que XRCC1 e APE1 participam do processo de carcinogênese do CCELO, porém, a expressão imunoistoquímica destas e de p53 e Ki67 não mostraram associação com parâmetros prognósticos.
  • Tese
    Vesículas extracelulares derivadas de macrófagos alteram o potencial de invasão, proliferação e migração de linhagens celulares do carcinoma de células escamosas de língua oral
    (2018-02-02) Silva Filho, Tiago João da; Queiroz, Lelia Maria Guedes; ; ; Barboza, Carlos Augusto Galvão; ; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; ; Oliveira, Denise Helen Imaculada Pereira de; ; Miguel, Márcia Cristina da Costa;
    O câncer é composto pelas células malignas em proliferação associadas às diferentes células circunjacentes, formando o microambiente tumoral (TME), onde há uma constante troca de informações. Uma das formas de comunicação entre os diferentes tipos celulares do TME se dá por meio da liberação de vesículas extracelulares (EVs), um campo de estudo ainda pouco explorado. O presente estudo se propôs a avaliar os efeitos das EVs liberadas por macrófagos do TME, células altamente plásticas em seu fenótipo (M1 – perfil antitumoral; M2 – perfil pró-tumoral), em diferentes linhagens do carcinoma de células escamosas de língua oral (CCELO) no tocante à capacidade invasiva, proliferativa e migratória. Foi observado que as amostras de EVs extraídas dos macrófagos eram relativamente puras em EVs, porém subtipo inespecíficas. No ensaio de invasão em miomas, quando colocadas as células inflamatórias em cocultura com as células HSC-3, as células M1 inibiram a invasão e M2 aumentaram a capacidade invasiva das células malignas. Por outro lado, o tratamento com M1 EVs aumentou a capacidade invasiva das células HSC-3 e o tratamento com EVs de M2 inibiu a invasão dessas células, sendo observado um perfil semelhante nas células SCC-25 e SAS quando submetidas aos mesmos tratamentos. Na análise do marcador Ki-67 nos miomas, tanto as células HSC-3 quanto SCC-25 e SAS apresentaram o mesmo padrão de proliferação independentemente do tratamento utilizado, quando comparados com os respectivos controles negativos. Quando analisada a proliferação das células malignas no IncuCyte®, tratadas com EVs dos diferentes tipos de macrófagos em diferentes concentrações, foi identificado um aumento na capacidade proliferativa de células HSC-3 e SAS tratadas com M1 EVs em um padrão dose dependente. Um aumento da capacidade proliferativa seguindo um padrão dose dependente também ocorreu quando as células SAS foram tratadas com M2 EVs. Nos demais ensaios de proliferação no IncuCyte® também foram identificados efeitos na capacidade proliferativa, no entanto um padrão dose dependente não foi observado. No ensaio de migração no IncuCyte®, foram identificadas diferenças significativas na capacidade migratória de células SCC-25 e SAS tratadas com diferentes tipos de EVs nas diferentes concentrações, quando comparadas ao controle negativo. Os achados deste estudo sugerem que as EVs derivadas de macrófagos são fatores importantes na tumorigênese do CCELO, bem como abre discussões sobre os diferentes efeitos das células inflamatórias no TME a depender do tipo de comunicação celular executada.
  • Tese
    Resposta imune e mecanismos de evasão na carcinogênese de lábio: um estudo imunoistoquímico
    (2018-01-30) Lopes, Maria Luiza Diniz de Sousa; Silveira, Ericka Janine Dantas da; Miguel, Márcia Cristina da Costa; ; ; ; Batista, Aline Carvalho; ; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; ; Souza, Lelia Batista de;
    A vigilância imunológica, principalmente mediada por linfócitos T CD8+, reconhece e destrói células malignas ou alteradas. Contudo, através de estratégias imunossupressoras, como as vias de sinalização do ligante de morte celular programada-1 (PD-L1) e do antígeno leucocitário humano-G (HLA-G), estas células mutadas conseguem escapar da resposta imune antitumoral. Este estudo investigou a imunoexpressão de PD-L1, HLA-G, CD8 e granzima B (GrB) no microambiente de carcinomas de células escamosas (CCEs) de lábio (n = 40), de queilites actínicas (QAs; n = 55) e de mucosa labial saudável (MLS; n = 10). As amostras foram submetidas à técnica da imunoistoquímica e as análises das imunomarcações seguiram métodos semi-quantitativos (PD-L1 e HLA-G) e quantitativos (CD8 e GrB). A expressão das proteínas foi comparada entre os três grupos de amostras, bem como com parâmetros clinicopatológicos das lesões e sobrevida global dos pacientes com CCE de lábio. A correlação entre as proteínas e o tipo do microambiente tumoral de acordo com a presença de PD-L1 e CD8 também foram avaliados. Os testes estatísticos incluíram o exato de Fisher, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, correlação de Spearman e log-rank para comparação das curvas de sobrevida global construídas pelo método Kaplan-Meier. O nível de significância foi estabelecido em 5%. Os números de células CD8+ e GrB+ aumentaram progressivamente de MLS para CCEs de lábio, com QAs exibindo números intermediários (p < 0,01). A menor expressão dessas proteínas foi associada à metástase para linfonodos e tumores pobremente diferenciados (p < 0,05). A expressão de PD-L1 e HLA-G em células neoplásicas/ceratinócitos e estroma/tecido conjuntivo foi significativamente maior em CCEs de lábio e QAs, em comparação com MLSs (p < 0,05). PDL1 não foi significativamente associado aos aspectos clinicopatológicos das lesões. A maioria dos CCEs de lábio mostrou coexistência de células PD-L1+ e CD8+ (72,5%) no microambiente tumoral. A expressão de PD-L1 foi diretamente correlacionada à infiltração linfocítica CD8+ e GrB+ em CCEs de lábio (p < 0,05). A expressão das proteínas não foi associada com a sobrevida global dos pacientes com CCEs de lábio (p > 0,05). Nossos achados sugerem que as moléculas imunossupressoras PD-L1 e HLA-G estão consistentemente expressas desde QAs e se mantém até fases avançadas dos CCE de lábio. A correlação entre a expressão de PD-L1 e a expressão de CD8 e GrB nos carcinomas sugere que PD-L1 pode surgir como um mecanismo de escape frente a uma resposta antitumoral ativa.
  • Tese
    Análise da forma fosforilada do fator de choque térmico 1 (pHSF 1) em carcinomas de células escamosas de língua oral
    (2018-01-29) Pereira, Laudenice de Lucena; Miguel, Marcia Cristina da Costa; ; ; Costa, Antonio de Lisboa Lopes; ; Godoy, Gustavo Pina; ; Queiroz, Lelia Maria Guedes; ; Cavalcante, Roberta Barroso;
    O carcinoma de células escamosas de língua oral (CCELO) apresenta altas taxas de morbimortalidade, apesar dos avanços recentes no tratamento das neoplasias. Assim, várias pesquisas vêm tentando detectar alterações morfológicas ou identificar biomarcadores que possam apresentar poder preditivo de recidiva e metástase e novas estratégias e/ou opções terapêuticas mais individualizadas com intuito de melhorar o prognóstico destes pacientes. O fator do choque térmico 1 (HSF1) atua de diferentes formas na progressão tumoral, favorecendo o surgimento, desenvolvimento e invasividade tumoral e sua superexpressão vem sendo pesquisada em neoplasias. Esta pesquisa objetivou analisar se a forma fosforilada do fator de choque térmico 1 (p-HSF1) exerce alguma influência na patogênese do CCELO. Foi realizado um estudo imunoistoquímico em 69 casos de CCELO, verificando-se a expressão do p-HSF1 e correlacionado esta imunoexpressão com alguns parâmetros clinicopatológicos e sobrevida dos pacientes. Foi avaliado e comparado o escore de imunopositividade do p-HSF1 entre CCELO e mucosa oral normal (MON) e esta expressão foi ainda correlacionada aos sistemas de gradação histológica propostos por Brandwein-Gensler et al. (2005) e pelo modelo BD (ALMANGUSH et al., 2014). As curvas de associação de análise de sobrevida aos outros parâmetros foram realizadas pelo método Kaplan Meier e as diferenças dessas curvas submetidas ao teste log-rank (p<0,05). Verificou-se maior escore de imunoexpressão (p<0,001) de p-HSF1 em CCELOs em relação a MON, sugerindo que esse fator pode influenciar a patogênese destes tumores. A imunoexpressão do p-HSF1 não foi associada aos parâmetros clinicopatológicos pesquisados nesta amostra. O tamanho do tumor (T) T3/T4 foi associado ao alto risco tanto pelo sistema de Brandwein-Gensler et al. (2005) quanto pelo modelo BD (ALMANGUSH et al., 2014), sugerindo que tumores maiores podem ser associados a piores parâmetros histopatológicos. Os resultados da análise por meio do método BD, mostraram relevância prognóstica, uma vez que pacientes classificados como de alto risco por este sistema, foram associados a uma menor sobrevida global e maior número de óbitos, sugerindo sua possível inclusão como uma ferramenta útil na determinação do prognóstico de pacientes com CCELO.
  • Tese
    Estaniocalcina 2 modula eventos importantes para a tumorigênese oral e é um marcador prognóstico para pacientes com carcinoma de células escamosas oral
    (2017-12-15) Carmo, Andréia Ferreira do; Galvão, Hebel Cavalcanti; ; ; Miguel, Márcia Cristina da Costa; ; Freitas, Roseana de Almeida; ; Nunez, Manuel Antonio Gordon; ; Colleta, Ricardo Della;
    O hormônio glicoproteico estaniocalcina 2 (STC2) está envolvido na carcinogênese e progressão de muitos tipos de câncer. No entanto, seu significado clínico e mecanismos moleculares no carcinoma de células escamosas oral (CCEO) foram pouco estudados e permanecem incertos. O presente estudo investigou associações da expressão da STC2 com parâmetros clinicopatológicos e de sobrevida em pacientes com CCEO. Além disso, foram avaliados os efeitos biológicos causados pela redução dos níveis de STC2 em linhagens celulares de CCEO e fibroblastos associados ao câncer (do inglês CAF – carcinoma associated fibroblasts). A análise imunoistoquímica em 100 casos de CCEOs primários indicou que a superexpressão da STC2 foi associada com o parâmetro N do sistema TNM e foi um fator de risco independente para sobrevida específica da doença e sobrevida livre de doença em pacientes com CCEO. Usando ensaios in vitro, foi demonstrado que o silenciamento da STC2 em linhagens de CCEO promoveu a apoptose e reduziu a proliferação celular, migração, invasão e transição epitélio-mesenquimal. Análises adicionais revelaram que o CAF expressa maiores níveis de STC2 do que as células de CCEO. O silenciamento da STC2 no CAF reduziu a invasão celular do CCEO, sugerindo que a STC2 liberada por CAFs contribui para um fenótipo mais invasivo no CCEO. Esses resultados sugerem que a STC2 modula eventos importantes para a tumorigênese oral e pode ser um biomarcador prognóstico para pacientes com CCEO.
  • Tese
    Efeito do laser de baixa intensidade na atividade biológica de células-tronco da polpa de dentes decíduos humanos
    (2017-02-23) Antunes, Fernanda Ginani; Barboza, Carlos Augusto Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/5004397230198722; ; http://lattes.cnpq.br/4031509110803993; Moura, Carlos Eduardo Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/4717410137206021; Lucena, Eudes Euler de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/6969519171915250; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/4651814546820796; Souza, Lelia Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/6671914892609743
    O laser de baixa intensidade (LBI) tem apresentado resultados positivos na proliferação de diversos tipos celulares in vitro. A primeira parte do trabalho avaliou o efeito do LBI na proliferação e viabilidade de células-tronco da polpa de dentes decíduos humanos esfoliados (SHED). As células foram irradiadas ou não (controle) com um laser diodo InGaAlP (660 nm, 30 mW, modo de ação contínuo) usando duas diferentes doses (0,5 J/cm2 por 16 segundos e 1,0 J/cm2 por 33 segundos) e os três grupos foram estudados nos intervalos de 0, 24, 48 e 72 h. Foi observado que a dose de 1,0 J/cm2 promoveu um aumento na proliferação celular nos intervalos de 48 e 72 h quando comparada ao grupo controle e à dose de 0,5 J/cm2 e a viabilidade celular não foi afetada pela irradiação ao longo do experimento. Em conjunto, os dados mostraram que os parâmetros do LBI utilizados (660 nm, 30 mW, 1,0 J/cm2) promoveram proliferação das SHEDs e mantiveram a sua viabilidade. A partir destes resultados favoráveis, a segunda parte do trabalho avaliou o efeito do LBI com os mesmos parâmetros na proliferação de SHEDs cultivadas sobre arcabouços nanofibrosos de PLA confeccionados pela técnica de eletrofiação. Este procedimento permite a obtenção de arcabouços tridimensionais que simulam a matriz extracelular a partir de um biomaterial com propriedades físicas favoráveis e baixo custo. Três grupos experimentais (G1 – não irradiado; G2 – irradiado com 0,5 J/cm2; G3 – irradiado com 1,0 J/cm2) foram analisados nos intervalos de 24, 48 e 72 h. Os resultados indicaram que o PLA não é citotóxico para as SHEDs e que os grupos submetidos à laserterapia tiveram maior proliferação celular quando comparados com o grupo controle não irradiado. Com base nos achados, evidenciou-se que as nanofibras de PLA são arcabouços favoráveis para o cultivo de SHEDs e que a laserterapia estimulou a proliferação quando aplicada nas células cultivadas sobre este arcabouço. Com base nos dados gerais obtidos, conclui-se que a laserterapia nos parâmetros avaliados apresenta efeitos bioestimulatórios nas SHEDs cultivadas tanto na superfície padrão (plástico da placa de cultivo) quanto sobre arcabouços nanoestruturados de PLA.
  • Tese
    Análise da expressão imunoistoquímica de regy e de proteínas envolvidas na regulação da apoptose em carcinomas epidermoides de língua oral
    (2017-02-23) Brasileiro Júnior, Vilson Lacerda; http://lattes.cnpq.br/4759820873608342; Souza, Lelia Batista de; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; Queiroz, Lelia Maria Guedes; http://lattes.cnpq.br/3265824235655776; Oliveira, Márcio Campos; Freitas, Roseana de Almeida; http://lattes.cnpq.br/9512014003639405
    O câncer na cavidade oral é uma das lesões malignas mais frequentes na população mundial. Como o processo de desenvolvimento das neoplasias malignas remete a danos que promovem um desequilíbrio na regulação da divisão e morte celular, nos últimos anos, diversos estudos foram realizados com o intuito de verificar a influência desses danos no comportamento global das células e na evolução da doença. Nesse contexto, pesquisas recentes mostraram que alterações na expressão de REGg podem desempenhar um importante papel na progressão tumoral de várias neoplasias malignas, por interferir na regulação da apoptose. Diante disso, o presente trabalho propõe investigar a expressão imunoistoquímica dos marcadores REGg, p53, MDM-2, Bcl-2 e Bax em carcinomas epidermóides de língua (CELs) oral, com a finalidade de promover uma análise comparativa da imunoexpressão destas proteínas com os parâmetros clínico-patológicos de agressividade da lesão, no intuito de identificar se o REGg contribui para a progressão do tumor e se interfere na expressão das proteínas relacionadas a apoptose. Para tanto, foram coletadas informações clínicas de 58 pacientes acometidos por CELs. Em seguida, foi realizada análise histopatológica e imunoistoquímica dos marcadores supracitados, em amostras de material biológico parafinado da lesão. Os resultados mostraram que os tumores sem metástase nodal e de baixo grau histopatológico de malignidade apresentavam percentuais significativamente maiores de REGg (p<0,05). Em adição, o confronto dos padrões de expressão de p53, MDM-2 e Bax com os parâmetros clínico-patológicos avaliados nesse trabalho, não revelou diferenças significativas nos percentuais de imunopositividade desses marcadores. Com relação ao Bcl-2, foi visto que tumores de alto grau de malignidade e com óbitos relacionados a doença apresentavam percentual significativamente menor de positividade dessa proteína (p<0,05). Por fim, o teste de correlação de Spearman demonstrou existir fraca correlação positiva, estatisticamente significativa, entre os percentuais de REGg e das proteínas MDM-2 e Bcl-2. Baseado nesses achados, pode-se concluir que o aumento da expressão de REGg não parece contribuir para a progressão do CEL oral, todavia, pode influenciar na expressão das proteínas relacionadas a regulação da apoptose.
  • Tese
    Análise do papel dos exossomos derivados das linhagens celulares SCC-15 e HSC-3 no processo de angiogênese tumoral
    (2016-02-18) Andrade, Ana Luiza Dias Leite de; Galvão, Hebel Cavalcanti; ; ; Costa, Antonio de Lisboa Lopes; ; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; ; Colleta, Ricardo Della; ; Freitas, Roseana de Almeida;
    Os exossomos são vesículas extracelulares originadas por brotamento interno da membrana de endossomos tardios que representam uma eficiente forma de comunicação intercelular. Devido às suas múltiplas funções biológicas, o foco de alguns estudos atuais tem se concentrado na análise do seu papel no desenvolvimento do câncer, progressão da doença, invasão, angiogênese e formação de metástases tumorais. Nesta perspectiva, o presente estudo objetivou caracterizar os exossomos secretados por duas linhagens celulares de carcinomas epidermoide oral (CEO) (SCC-15 e HSC-3) e avaliar seus efeitos sobre uma linhagem de células endoteliais (HUVEC), em relação à sua capacidade de formação de estruturas vasculares, taxas de migração, proliferação e índices de apoptose/necrose. Médias significativamente maiores de células com potencial invasivo (p<0,0001) e migratório (p<0,0001) foram observadas para a linhagem HSC-3. Ultraestruturalmente, verificou-se que as partículas derivadas da linhagem SCC-15 exibiram morfologia arredondada e diâmetro inferior a 150 nm. Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi revelada entre as linhagens celulares estudadas, considerando a quantificação de nanovesículas (p=0,2252) e tamanho exossomal (p=0,1765). Por imunofluorescência indireta, identificou-se que 22,15% dos exossomos secretados pelas células SCC-15 e 18,37% dos exossomos derivados da linhagem HSC-3 expressaram o anticorpo anti-Anexina. No que se refere aos ensaios funcionais com as HUVECs, o tratamento com exossomos derivados da linhagem SCC-15 induziu um aumento significativo da capacidade de formação de estruturas vasculares (p<0,0001), potencial migratório (p=0,0016) e taxa de apoptose (p<0,0001), enquanto que uma redução da proliferação celular foi apontada (p=0,0030). Por outro lado, o tratamento com exossomos secretados pela linhagem HSC-3 promoveu uma redução significativa da formação tubular (p<0,0001), motilidade (p=0,0042) e proliferação celular (p=0,0010), ao passo que nenhuma diferença estatisticamente significativa foi observada no índice apoptótico (p=0,3004). Os resultados do presente estudo indicaram a participação dos exossomos derivados de linhagens de CEO no processo de angiogênese tumoral, onde as células SCC-15 exibiram forte resposta proangiogênica e a linhagem HSC-3 demonstrou efeito antiangiogênico.
  • Tese
    Estudo da expressão de CLIC4 e proteínas associadas em queilites actínicas e carcinomas de células escamosas de lábio inferior
    (2016-10-06) Lima, Francisco Jadson; Silveira, Ericka Janine Dantas da; ; http://lattes.cnpq.br/2186658404241838; ; http://lattes.cnpq.br/1084777448821878; Souza, Lelia Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/6671914892609743; Martins, Manoela Domingues; ; http://lattes.cnpq.br/4958184722611235; Nunez, Manuel Antonio Gordon; ; Freitas, Roseana de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/9512014003639405
    A carcinogênese de lábio inferior é induzida principalmente pela exposição crônica aos raios ultravioletas do sol, mas muitos dos aspectos moleculares envolvidos neste processo ainda não estão esclarecidos. A proteína canal de cloro intracelular 4 (CLIC4) é um canal de cloreto regulado pela proteína p53 e pelo fator de necrose tumoral α (TNF-α), que tem sido relacionada com aumento no nível do fator de crescimento transformante-β (TGF-β), com a carcinogênese de pele e diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos. Assim, este estudo teve como objetivo analisar e comparar a expressão imuno-histoquímicade CLIC4, p53, TGF-b, TNF-a e a-actina de músculo liso (a-SMA) em queilitesactínicas (QA) e no front de invasão tumoral de carcinomas de células escamosas de lábio inferior (CCELI), bem como verificar a relação destas entre si e com características clínicas e morfológicas das lesões. A amostra foi composta de 50casos de QAs e 50de CCELIs com dados clínicos disponíveis, que inicialmente foram submetidos ao estudo morfológico para sua gradação do risco de transformação maligna (sistema binário) e do grau histológico de malignidade (Bryne, 1998), respectivamente.Todos os casos foram submetidos ao método da imunoperoxidase usando os anticorpos anti-CLIC4, anti-p53, anti-TGF-b, anti-TNF-a e anti-a-SMA, os quais foram submetidos à análise semiquantitativa, com exceção de p53, que inicialmente foi analisado de forma quantitativa.Comparações das imunomarcações nos parâmetros clínicos e morfológicos das lesões foram realizadas pelo teste U de Mann-Whitney e o coeficiente de Spearman foi calculdo para avaliar correlações entre as proteínas. O nível de significância de 5% foi adotado.A expressão nuclear da CLIC4 e TGF-βfoi estava aumentada em QAs de baixo risco, comparada ao grupo de alto risco (p<0.0001), enquanto CLIC4 citoplasmática, p53 e TNF-α exibiram maior expressão em QAs de alto risco (p<0.05). No que diz respeito às características clínicas e morfológicas dos CCELIs, a expressão de CLIC4 no citoplasma de células tumorais foi maior nos casos apresentando metástase linfonodal, casos com estágios clínicos mais avançados ou com alto grau de malignidade (p = 0,005; p = 0,029; p<0,0001). A expressão de p53 foi maior em CCELIs de alto grau de malignidade do que nos casos de baixo grau (p= 0,001) e a TGF-β diminuiu significativamente conforme o avanço do estágio clínico e do grau histológico dos tumores (p< 0,05).Não houve diferença significativa na expressão de α-SMA e TNF-α, quando comparando os parâmetros clínicos e gradação histológica de malignidade dos CCELIs.As QAs exibiram uma expressão aumentada de CLIC4 (no núcleo, ou núcleo e citoplasma) e TGF-β, comparadas aos CCELIs (p < 0,0001). Em contraste, houve aumento na marcação de CLIC4 citoplasmática e α-SMA nos casos de CCELI, quando comparados às QAs (p < 0,0001). Nas QAs observou-seuma correlação negativa entre a expressão de CLIC4 nuclear com CLIC4 citoplasmática (r = -0,554; p = <0,0001), e entre a marcação de TGF-β e α-SMA (r = -0,309; p = 0,029). Nos carcinomas, a expressão de p53 exibiu correlação positiva com TNF-α (r = 0,528; p = 0,0001) e α-SMA (r = 0,435; p = 0,002), enquanto as duas últimas proteínas exibiram uma fraca correlação direta entre si (r = 0,293; p = 0,039).Os nossos resultados sugerem que uma mudança no padrão de expressão nuclear para citoplasmática de CLIC4 está envolvida no processo de carcinogênese labial, acompanhada de alterações na expressão de p53, TGF-β, TNF-α e α-SMA, mas nem sempre estes achados se relacionam com os aspectos morfológicos e clínicos das QAs e CCELIs.
  • Tese
    Análise do comportamento das linhagens celulares SCC-25, SAS e HSC-3 frente à presença dos exossomos derivados dos macrófagos (TAMs) dos subtipos M1 e M2
    (2016-02-17) Demeda, Clarissa Favero; Pinto, Leão Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/7040457616034306; ; http://lattes.cnpq.br/3424449565320784; Barboza, Carlos Augusto Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/5004397230198722; Korvala, Johanna Katariina; ; Souza, Lelia Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/6671914892609743; Colleta, Ricardo Della;
    Os exossomos são responsáveis pela comunicação célula-célula e podem influenciar na progressão tumoral, metástase e eficácia terapêutica. Dentre as células capazes de secretar exossomos estão as células tumorais e as células imunes. Sabe-se que a presença das células imunes é importante para erradicar os tumores. No entanto, achados recentes demonstram que a inflamação pode promover o crescimento tumoral. Os macrófagos associados a tumores (TAMs) são conhecidos por apresentarem diferentes subtipos, M1 e M2, capazes de secretarem exossomos. O presente estudo se propôs a observar o comportamento dos exossomos derivados dos TAMs, dos subtipos 1 e 2, frente a cultura de células humanas SCC-25, HSC-3 e SAS derivadas de CE de língua, por meio da análise da capacidade de invasão, proliferação e viabilidade das células tumorais na presença dos exossomos. Observou-se que as microvesículas derivadas dos TAMs apresentam positividade para CD63, caracterizando-as como exossomos. Os exossomos dos TAMs do subtipo M2 foram os únicos a apresentarem marcação para TGF-β, quando em comparação com os exossomos M1, THP1 e das linhagens celulares de CE, sugerindo que os exossomos M2 podem ser responsáveis pela expressão de TGF-β nas células tumorais, uma vez que são internalizados. Nos ensaios de migração, observou-se que as células SCC-25 em presença de meio de cultura DMEM F/12, apresentaram maior capacidade de invasão frente aos exossomos M2 (p≤0,001), para concentração de 0,1 µg/ml. Para as células HSC-3 e SAS, não foi observada relação estatisticamente significante entre a presença de exossomos cultivados juntamente com as células tumorais e a capacidade de invasão celular (p>0,05). Quando os exossomos foram colocados no compartimento inferior do transwell, as células HSC-3 em presença dos exossomos M2 (1,0 µg/ml) apresentaram maior capacidade de invasão (p≤0,001). O teste de viabilidade demonstrou que as células HSC-3 tornam-se mais viáveis frente à presença dos exossomos M2 (p≤0,001) na concentração de 50 µg/ml. Para as células SCC-25, o resultado foi o mesmo (p≤0,05). A imunofluorescência demonstrou a internalização dos exossomos nas linhagens celulares estudadas. Os achados sugerem que a presença de exossomos M2, frente às culturas de células de CE de língua, pode ser um campo de pesquisa importante para futuros estudos com terapias-alvo.
  • Tese
    Efeitos da terapia fotodinâmica com aluminio – cloro ftalocianina sobre a peroxidação lipídica e produtos antioxidantes em tecidos inflamados animais
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-24) Vasconcelos, Roseane Carvalho; Costa, Antonio de Lisboa Lopes; ; http://lattes.cnpq.br/7688226005563390; ; http://lattes.cnpq.br/3188232526467649; Araújo, Aurigena Antunes de; ; http://lattes.cnpq.br/3531154240424211; Gurgel, Bruno Cesar de Vasconcelos; ; http://lattes.cnpq.br/4649601602612601; Nóbrega, Fernando José de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/8597370276326959; Moraes, Maiara de; ; http://lattes.cnpq.br/0669925240476088
    A terapia fotodinâmica (TFD) envolve a administração de um agente fotossensibilizador (FS) seguida pela aplicação do laser, com comprimento de onda adequado, resultando em uma sequência de processos fotoquímicos e fotobiológicos, que geram espécies reativas de oxigênio (EROs). Este estudo avaliou, os efeitos da TFD com nanoemulsão de alumínio-cloro ftalocianina (AlClFc) sobre os níveis de malondildeído (MDA), glutationa (GSH), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx), que representam indicadores envolvidos no estresse oxidativo e defesas antioxidantes. Para tanto, o estudo utilizou 120 ratas da espécie Rattus norvegicus, raça Wistar, distribuídas em 5 grupos experimentais: Saudáveis (S), com doença periodontal (DP), com doença periodontal e tratamento com o FS (F), com doença periodontal e tratamento com o laser (L) e com doença periodontal e tratamento com TFD (FL). Foi utilizado um modelo experimental de doença periodontal (DP) induzida por ligadura. Após sete dias, da indução da DP, foram instituídos os tratamentos, conforme os grupos. No grupo tratado, com TFD, foi aplicado 40μl do FS (5μM), seguida da irradiação do laser diodo fosfeto de índio-gálio-alumínio (InGaAlP - 660nm, 100J/cm2). As ratas sofreram eutanásia no 7º e no 28º dia, após o tratamento. Os espécimes teciduais foram removidos para análises histológicas, ensaios bioquímicos e imuno-histoquímica. Os resultados histológicos exibiram, alterações inflamatórias, desorganização do tecido conjuntivo e perda óssea alveolar, nos grupos com DP induzida. Os ensaios demonstraram, que os níveis de MDA estavam mais elevados, nos grupos com DP induzida, que no grupo saudável. Não existindo diferenças estatísticas significantes (p>0,05). Níveis elevados de GSH foram encontrados nas ratas saudáveis, com diferenças estatísticas significativas, nos grupos L (p=0,028) e FL (p=0,028), quando comparados com o grupo DP. Imuno-histoquimicamente, a SOD apresentou maior imunomarcação nos grupos L e FL, comparados ao grupo saudável. Sem diferenças estatísticas significativas (p>0,05). GPx mostrou imunomarcação significativamente menor no grupo DP, comparado ao saudável (p=0,05) e no grupo F, comparado ao DP (p<0,05). Os resultados apresentados sugerem discreta participação da TFD mediada por nanoemulsão contendo AlClFc no estresse oxidativo. O protocolo utilizado, neste experimento, demonstrou maior influência da TFD sobre os mecanismos antioxidantes.
  • Tese
    Análise da imunoexpressão de OCT4 e CD44 em neoplasias de glândulas salivares menores e maiores
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-25) Moura, Jamile Marinho Bezerra de Oliveira; Souza, Lelia Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/6671914892609743; ; Queiroz, Lelia Maria Guedes; ; http://lattes.cnpq.br/3265824235655776; Oliveira, Patricia Teixeira de; ; http://lattes.cnpq.br/4750650943248760; Alves, Pollianna Muniz; ; http://lattes.cnpq.br/4860117599607892; Leitão, Águida Cristina Gomes Henriques; ; http://lattes.cnpq.br/2563401100488039
    As neoplasias de glândulas salivares exibem uma ampla variedade de comportamento biológico e grande diversidade morfológica, e esta heterogeneidade inerente a este grupo de tumores suscita o interesse em pesquisar estas lesões. As células-tronco são a principal fonte para a geração e manutenção da diversidade celular e homeostase do tecido, distúrbios na regulação destas células podem levar à produção de células-tronco alteradas, denominadas de células-tronco tumorais, que possuem potencial proliferativo e capazes de originar e/ou manter o tumor. Pesquisas acerca das células-tronco tumorais e das proteínas a elas associadas em algumas neoplasias orais têm sido desenvolvidas, no entanto, o papel destas em neoplasias de glândulas salivares não está ainda bem estabelecido. Desta forma, o objetivo deste estudo foi identificar células do parênquima tumoral que expressam marcadores de células-tronco tumorais, através da avaliação da imunoexpressão do OCT4 e CD44, em uma série de casos de neoplasias de glândulas salivares. A amostra foi constituída por 20 adenomas pleomórficos, 20 carcinomas mucoepidermóides e 20 carcinomas adenóides císticos localizados nas glândulas salivares menores e maiores. Todos os casos estudados exibiram expressão positiva para OCT4 e CD44, sendo observado que para ambos marcadores, as neoplasias localizadas nas glândulas salivares maiores exibiram maior imunomarcação quando comparada com as lesões das glândulas salivares menores apresentando diferença estatisticamente significativa (p=<0,001). Na amostra total e no grupo das glândulas salivares menores, as neoplasias malignas exibiram maior imunorreatividade para OCT4 do que o adenoma pleomórfico. No entanto, não foi encontrada diferenças estatisticamente significativas de imunoexpressões entre as lesões e entre suas classificações/gradações histomorfológicas. Analisando a correlação entre as imunoexpressões de OCT4 e CD44 foi observada uma correlação positiva moderada (r=0,444) com significância estatística entre os mesmos. A elevada expressão de OCT4 e CD44 pode indicar que estas proteínas desempenham papel importante na identificação de células-tronco tumorais, permitindo uma previsão do comportamento biológico das neoplasias de glândula salivar, apresentando níveis menores em tumores benignos e maiores nos tumores malignos.
  • Tese
    Valor prognóstico de polimorfismos nos genes de reparo do DNA XRCC3 E RAD51 em pacientes com carcinoma epidermóide oral e de orofaringe
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016-02-24) Santos, Edilmar de Moura; Freitas, Roseana de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/9512014003639405; ; http://lattes.cnpq.br/2983900163351156; Nonaka, Cassiano Francisco Weege; ; http://lattes.cnpq.br/0224522010734716; Galvão, Hebel Cavalcanti; ; http://lattes.cnpq.br/8598456030414229; Miguel, Marcia Cristina da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/9634115210679435; Leitão, Águida Cristina Gomes Henriques; ; http://lattes.cnpq.br/2563401100488039
    Falhas nos genes responsáveis por reparos no DNA podem influenciar no surgimento de câncer ou afetar a resposta aos tratamentos. Estudos têm demonstrado que a variação na capacidade de reparo do DNA pode ser resultado de polimorfismos funcionais nestes genes, e alguns destes experimentos sugerem que a presença de polimorfismos de nucleotídeos simples (SNPs), em genes de reparo, está relacionada ao desenvolvimento e resposta ao tratamento de vários cânceres, incluindo o Carcinoma Epidermoide Oral (CEO) e o Carcinoma Epidermoide de Orofaringe (CEOR). Nesta pesquisa avaliou-se a frequência de três SNPs em dois genes de reparo do DNA RAD51 172G>T (c.-61 G>T, rs1801321), RAD51 135G>C (c.-98 G>C, rs1801320) e XRCC3 T241M (c. 722 C>T, rs861539) em indivíduos saudáveis (n=130) e indivíduos com CEO e CEOR (n=126) e investigou-se possíveis relações de tais achados com os desfechos clínicos: resposta tumoral ao tratamento com radioterapia e quimioterapia, recidiva, e sobrevida global. Constatou-se frequência alélica e genotípica em equilíbrio. A presença dos SNPs analisados não revelou ser um fator de risco para o desenvolvimento de CEO ou CEOR; contudo, quando associado ao hábito de fumar ou beber, aumentou o risco de desenvolver o câncer de três a cento e cinquenta vezes (p<000,1). A resposta tumoral ao tratamento de radioterapia e quimioterapia foi semelhante nos pacientes com ou sem SNPs. Nenhum polimorfismo demonstrou significância estatística em relação à sobrevida livre de recidiva ou sobrevida global. Os genótipos AA e AC do SNP rs861539 no gene XRCC3, os genótipos CC e CG do SNP rs1801320 e GG e GT do SNP 1801321 no gene RAD51, aumentam o risco do desenvolvimento de carcinoma epidermoide oral e de orofaringe, quando associados ao hábito de beber ou fumar. Os polimorfismos estudados nos genes XRCC3 e RAD51 não estão associados à resposta à radioterapia, sobrevida livre de recidiva ou sobrevida global.