PPGSCOL/FACISA - Mestrado em Saúde Coletiva

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  • Dissertação
    Inserção do plano de parto na consulta atenção primária à saúde
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-27) Souza, Yara Ribeiro Santos de; Oliveira, Kalyane Kelly Duarte de; https://orcid.org/0000-0001-7713-3264; http://lattes.cnpq.br/4437324318943452; https://orcid.org/0000-0001-7270-2202; http://lattes.cnpq.br/2933358377903893; Bezerra, Hellyda de Souza; https://orcid.org/0000-0002-2747-4981; http://lattes.cnpq.br/1469447407567426; Oliveira, Renata Cardoso; http://lattes.cnpq.br/0956324322195962
    O plano de parto é um instrumento, de caráter legal, escrito pelas mulheres grávidas após receberem informações sobre a gravidez e o processo de parto. O objetivo desta pesquisa é avaliação do conhecimento do plano de parto na consulta de pré-natal da atenção primária à saúde. Para a realização deste estudo optou-se por uma abordagem de cunho qualitativa, por meio da adoção da metodologia de pesquisa participante, realizada com seis enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde na cidade de Santa Cruz, no Estado do Rio Grande do Norte, entre os meses de tanto a tanto de tal ano. A utilização do instrumento de coleta de dados possibilitou a construção de três categorias, sendo elas: Conhecimento e utilização do PP pelos profissionais: Alguns enfermeiros não tem conhecimento prévio sobre como elaborar e executar um plano de parto, o que pode comprometer a qualidade do atendimento oferecido às gestantes; Segunda categoria, as orientações sobre o PP na prática clínica: alguns não orienta quanto a construção de um PP, receio de frustrar a parturiente caso não seja aplicado na realidade e por fim, a necessidade de capacitação sobre o PP: pode impactar positivamente a experiência das mulheres durante a gestação. Os resultados mostraram que apesar de alguns enfermeiros demonstrarem conhecer prévio do PP, a maioria afirma não realizar o planejamento de parto adotando o PP e afirmam haver muita insegurança quanto a aplicação. Os enfermeiros sugerem a necessidade de uma educação continuada na área para que as ações sejam aplicadas com maior êxito.
  • Dissertação
    Mortalidade e internações hospitalares entre crianças no Brasil e na Macrorregião Nordeste: estudo ecológico de série temporal (2000-2019)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-20) Alves, Robenilson Diniz; Sousa, Klayton Galante; Marinho, Cristiane da Silva Ramos; https://orcid.org/0000-0002-7710-7522; http://lattes.cnpq.br/3976136492048222; https://orcid.org/0000-0002-8141-1535; http://lattes.cnpq.br/1804894880069753; Santiago, Janmilli da Costa Dantas; Bay Júnior, Osvaldo de Goes; https://orcid.org/0000-0002-1017-2346; http://lattes.cnpq.br/2537976144708382; Pinheiro, Yago Tavares; https://orcid.org/0000-0002-5882-4606; http://lattes.cnpq.br/3811482061077693
    A morbimortalidade de crianças no Brasil apresentou um decréscimo significativo nas últimas décadas, entretanto, as taxas de mortalidade continuam altas quando comparados a países com Índice de Desenvolvimento Humano considerado muito elevado. Acrescido a isso, os agravos e as iniquidades sociais ainda se fazem muito evidentes e requerem a promoção de políticas públicas efetivas. Contudo, desde o início do milênio, é possível observar um esforço governamental em prol a saúde da criança, ações que vêm contribuindo para a melhoria dos índices de mortalidade e hospitalização no país, fato que motivou o desenvolvimento desta dissertação. O estudo é do tipo ecológico, de série temporal, com abordagem quantitativa, a partir de dados secundários de mortalidade e morbidade hospitalar infantil (<1 ano), na infância (<5 anos) e em crianças entre 5 e 14 anos, no Brasil e na Macrorregião Nordeste, entre os anos 2000 a 2019. A coleta dos dados ocorreu de janeiro a agosto de 2024 através do Sistema de Informação de Mortalidade, Nascidos Vivos, Internação Hospitalar e população residente via Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE. A análise das tendências se deu a partir do software estatístico Joinpoint. Constatou-se no Brasil e Nordeste uma tendência de redução significativa até 2014 entre as taxas de mortalidade infantil e na infância, após esse ano, segue um comportamento estacionário da curva. Já entre crianças de 5 a 14 anos, encontra-se uma tendência de redução contínua, com variações regionais e temporais, constatando-se um maior decréscimo após o ano de 2013, no país e em 2012 no Nordeste. Nas taxas de internação hospitalar observa-se mais oscilações dos valores, entre menores de 1 ano há uma diminuição significativa do coeficiente, porém após o ano de inflexão, em 2014, no Brasil e, 2011, no Nordeste, destaca-se um aumento vertiginoso nas internações, ocorrendo um cenário semelhante entre menores de 5 anos, com a mudança ocasionada nos anos de 2015 e 2008, respectivamente. Entre as crianças de 5 a 14 anos, evidencia-se um cenário inverso no país, onde a maior redução acontece após o ponto de inflexão no período de 2010. Já no Nordeste, segue em decréscimo até o ano de 2017, apresentando após um comportamento de crescimento da taxa. Crianças de cor negra indicou maior percentual de óbitos, sendo mais prevalente no sexo masculino, comparado ao sexo feminino, apresentando afecções originadas no perinatal como principal causa de óbito entre menores de 1 ano e 5 anos e por causas externas de morbimortalidade entre 5 a 14 anos. Durante as duas décadas, foi possível constatar avanços significativos na redução da morbimortalidade em ambos os cenários, entretanto, avanços nos indicadores sociais e ações assistenciais em saúde têm sido duramente afetados por medidas de austeridade, constituindo um desafio para o país fortalecer a manutenção e evolução das políticas públicas.
  • Dissertação
    Análise da incapacidade funcional de membros superiores e qualidade de vida em pessoas com Chikungunya na fase crônica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-29) Silva Filho, Raildo Oliveira da; Lucena, Eleazar Marinho de Freitas; http://lattes.cnpq.br/6188571106198506; https://orcid.org/0009-0009-1120-4109; http://lattes.cnpq.br/3005837571502659; Guedes, Dimitri Taurino; Nascimento Júnior, Leonildo Santos do
    A chikungunya é uma arbovirose transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, sendo o segundo patógeno mais prevalente relacionado a doenças febris agudas na América Latina. Entre as três possíveis fases da doença (aguda, subaguda e crônica), a fase crônica ocorre quando há persistência dos sintomas por mais de 90 dias. Nesse período, muitos indivíduos podem apresentar déficits funcionais nos membros superiores, comprometendo as atividades diárias e afetando a qualidade de vida. O objetivo deste estudo consiste em analisar a incapacidade funcional dos membros superiores a partir de componentes relacionados à qualidade de vida em pessoas com chikungunya na fase crônica. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, com abordagem quantitativa, realizado no município de Santa Cruz-RN, com 74 participantes que apresentavam sequelas crônicas de chikungunya. A coleta de dados ocorreu entre abril e novembro de 2023. Os voluntários que atenderam aos critérios de inclusão e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido foram avaliados por meio de três instrumentos: um questionário sociodemográfico e de condição de saúde, desenvolvido pelos pesquisadores deste estudo; o Short Form-36 (SF-36), para mensurar componentes relacionados à qualidade de vida; e o instrumento Disabilities of the arm, shoulder and hand (DASH), com o objetivo de analisar a incapacidade funcional dos membros superiores. Os dados foram analisados no programa estatístico Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 23. Na análise descritiva, foram consideradas medidas de tendência central e dispersão para variáveis contínuas, e frequências absolutas e relativas para variáveis categóricas. Além disso, realizou-se uma análise de regressão linear múltipla com o objetivo de desenvolver um modelo para verificar quais componentes relacionados à qualidade de vida explicam a incapacidade dos membros superiores em pessoas com chikungunya na fase crônica, sendo considerado o nível de significância de 5%. Os aspectos dor (β = - 0,410), capacidade funcional (β = - 0,274) e vitalidade (β = - 0,233) apresentaram-se como preditores significativos para a incapacidade funcional dos membros superiores em pacientes com chikungunya na fase crônica. O modelo da regressão linear múltipla estimado apresentou um R2 de 0,523, com medidas de ajuste satisfatórias, indicando ausência de multicolinearidade. Desta forma, os resultados encontrados apontam que a compreensão da incapacidade funcional dos membros superiores a partir da influência de aspectos relacionados à qualidade de vida como dor, capacidade funcional e vitalidade, pode favorecer a formulação de estratégias específicas de cuidado em saúde para a população com chikungunya na fase crônica.
  • Dissertação
    Delineamento do perfil docente para educação interprofissional em saúde no campus de uma universidade brasileira
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-05-22) Carvalho, Lara Maria Alves de; Almeida Júnior, José Jailson de; Telles, Mauricio Wiering Pinto; https://orcid.org/0000-0001-7448-0703; http://lattes.cnpq.br/8768677759534396; http://lattes.cnpq.br/3497646273844496; Gomes, Neciula de Paula Carneiro Porto; Magalhães, Adriana Gomes
    Os obstáculos da educação interprofissional são iniciados pela lógica estrutural do presente cenário do ensino superior brasileiro. Os cursos, em grande maioria, funcionam isoladamente, em estruturas próprias, fortalecendo e legitimando a segregação informativa, dificultando a interação entre os educandos em processo de formação inicial. Com isso, a barreira cultural ainda é compreendida como maior desafio, sendo ela inserida inicialmente pela visão epistemológica e pedagógica do docente. A proposta da Educação Interprofissional em Saúde reconhece a relação de mútua influência entre atenção à saúde e educação, como estratégia de formar profissionais aptos e capazes de trabalhar em equipe, melhorando atendimento aos usuários e serviço à comunidade. O objetivo desta pesquisa é analisar a inserção da Educação Interprofissional na prática docente da área da saúde dos campus da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Tratando-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa através de uma pesquisa mista, cuja coleta de dados se deu através do Projetos Pedagógicos de Curso(PPC) e entrevistas semiestruturadas com os docentes da instituição. O estudo teve sua aprovação no comitê de ética com parecer 7.149.428, respeitando os aspectos éticos presentes na resolução 466/12. A análise dos Projetos Pedagógicos de Curso, referente aos três cursos da área da saúde identificados no campus de Campina Grande, sugere que eles possuem, pela maioria, competências e habilidades básicas para a Prática Interprofissional, entretanto através de outras nomenclaturas, como promover o trabalho em equipe integrado e colaborativo, comunicar e compartilhar informações em vez de mantê-las reservadas para si, articular e expor ideias de forma fluida para os envolver em situações de diálogo, a fim de escutar e verbalizar de forma articulada. Quanto às entrevistas, dez docentes aceitaram participar, dentre eles seis do curso de enfermagem, três do curso de medicina e um do curso de psicologia. Ao analisar as falas dos entrevistados, observou-se que conceitos apresentados por Marina Peduzzi e Heloise Agreli foram identificados em mais da metade das respostas, revelando, assim, quais conceitos e princípios da educação interprofissional estão sendo discutidos e aplicados. Para além disso, oitos dos entrevistados possuíam afinidade ou ministravam aulas em disciplinas em que o potencial da educação interprofissional é mais fácil de ser envolvido e debatido, como saúde pública, saúde coletiva, cuidados paliativos. Quanto às fragilidades e potencialidades para educação interprofissional, e sua inserção na prática foi observado que a formação docente é um ponto central para a implementação desta. No entanto, a qualificação acadêmica por si só não é suficiente. Além de ser necessário que os docentes se disponham a romper com as práticas tradicionais, muitas vezes caracterizadas pela competição e rigidez, e a adotar uma postura mais flexível e colaborativa, é importante que se oferte condições de trabalho para essas práticas, e isso implica em uma transformação tanto na formação quanto na prática pedagógica. Logo, apesar da dificuldade na adesão das entrevista, seja pela temática sugerida ou disponibilidade dos entrevistados, observamos que a educação interprofissional não se limita apenas à formação acadêmica, mas exige uma mudança de mentalidade, um comprometimento com a aprendizagem colaborativa e, principalmente, a disposição para superar barreiras pessoais e institucionais.
  • Dissertação
    Prevalência de toxoplasmose em gestantes de acordo com a raça ou etnia: uma revisão sistemática
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-04-30) Camargo, Sara Rafaela Valcacio; Mirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa; Bezerra, Hellyda de Souza; https://orcid.org/0000-0002-1385-2849; http://lattes.cnpq.br/0211762022010569; https://orcid.org/0000-0001-6984-3995; http://lattes.cnpq.br/6196563856393958; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; Souza, Talita Araújo de
    Introdução: a toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que pode acometer tanto humanos quanto animais. Embora a maioria das pessoas infectadas permaneça assintomática, a infecção em gestantes pode resultar em graves complicações para o binômio mãe-feto. Nesse contexto, é fundamental aprofundar o conhecimento sobre a prevalência da toxoplasmose, especialmente em populações vulneráveis, para embasar estratégias de prevenção e controle da doença. Objetivo: identificar a prevalência da toxoplasmose durante a gestação de acordo com o quesito raça ou etnia por meio de uma revisão sistemática da literatura. Metodologia: o protocolo desta revisão está cadastrado na plataforma PROSPERO sob o número CRD42024596261. As buscas foram conduzidas nas bases de dados PUBMED, LILACS, Web of Science, Scopus e CINAHL, além da literatura cinzenta (Google Scholar e BNTD), utilizou-se os termos “Toxoplasmosis”, “Toxoplasma infection”, “Toxoplasma gondii”, “Pregnant women”, “Pregnancy” e “Prenatal Care” aliados aos operadores booleanos. Para elegibilidade, foram incluídos estudos transversais que apresentassem a prevalência da toxoplasmose em gestantes junto com a variável raça/etnia. A avaliação da qualidade dos estudos e do risco de viés segue o instrumento Joanna Briggs Critical Appraisal Checklist for Analytical Cross-Sectional Studies. A escrita está baseada nas diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis). Resultados: Foram incluídos 12 artigos para compor essa revisão. Os dados extraídos foram tabulados e analisados de maneira qualitativa. Os estudos analisados identificaram diferenças na prevalência de toxoplasmose entre grupos étnico-raciais. No Brasil, pardos (74,54%) e indígenas (83,33%) apresentaram as maiores prevalências em Ilhéus, enquanto pardos em Foz do Iguaçu atingiram 34%. No Reino Unido, afro-caribenhas registraram 31,48%, e no Sri Lanka, cingaleses tiveram maior prevalência (13,56%) comparados a não-cingaleses (6,3%), destacando variações entre continentes. Considerações finais: Os resultados revelam diferenças significativas na prevalência da toxoplasmose entre grupos étnico-raciais, destacando maior vulnerabilidade em populações pardas, indígenas e negras em diversas regiões. Fatores socioeconômicos, culturais e ambientais contribuem para essas desigualdades, agravadas pelo acesso desigual aos serviços de saúde.
  • Dissertação
    Fortalecendo à saúde do trabalhador por meio do controle social e da atenção primária à saúde: uma análise documental
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-06) Lima, Jaqueline Araújo Paula; Valença, Cecilia Nogueira; https://orcid.org/0000-0003-3998-3983; http://lattes.cnpq.br/2788316719185705; http://lattes.cnpq.br/7454689541113873; Tavora, Rafaela Carolini de Oliveira; Oliveira, Renata Cardoso
    Introdução: A saúde do trabalhador exige organização que priorize eficiência e bem-estar. Na Atenção Primária à Saúde (APS), ações preventivas podem proteger os trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais. Cuidados como o uso dos equipamentos de proteção individual e a observação das políticas públicas, como a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT), reforçam a segurança e a qualidade de vida no ambiente laboral, tendo o SUS como protagonista nessa garantia. Objetivos: Analisar por meio de investigação documental a saúde do trabalhador no contexto da Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental de abordagem qualitativa onde foram analisados documentos na Plataforma RENAST Online que permeiam a PNSTT para o fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde do Trabalhador por meio das ações e serviços da Atenção Básica e do controle social. A realização desse estudo foi possível, pois por tratar-se de uma análise documental, encontrou-se de modo acessível os protocolos necessários na Plataforma RENAST Online, através de legislações específicas e também relacionadas à Saúde do Trabalhador. Resultados: Foram divididos em três capítulos intitulados: Como é a estrutura da RENAST no Brasil; Vigilância Epidemiológica em Saúde do Trabalhado na Atenção Primária à Saúde; e Análise de protocolos do RENAST Online. Dentre uma das estratégias de implementação da PNSTT ressalta-se o papel da APS de realizar práticas de avaliação, controle e vigilância dos riscos ocupacionais nas empresas e estabelecimentos, observando as atividades produtivas presentes no território, estimulando a participação no acompanhamento das ações de vigilância epidemiológica, sanitária e em saúde ambiental, além das ações específicas de VISAT, análise do perfil produtivo e situação de saúde dos trabalhadores dentre outras estratégias para segurança na saúde ocupacional. Considerações finais: Diante do exposto, a importância de trabalhar este tema se concretiza em cada referência estudada e na busca de compreender como os profissionais de saúde lidam com os acidentes ocupacionais na sua rotina de trabalho e como se dá a notificação de agravos à Saúde do Trabalhador, além do conhecimento sobre a Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
  • Dissertação
    Processo de trabalho da enfermeira na atenção primária à saúde no Rio Grande do Norte - Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-02) Lira, Jayara Mikarla de; Almeida Júnior, José Jailson de; Rosa, Marcelo Prado Amaral; https://orcid.org/0000-0002-3294-8141; http://lattes.cnpq.br/0707052794691427; http://lattes.cnpq.br/8768677759534396; http://lattes.cnpq.br/0952086942250608; Alvarenga, José da Paz Oliveira; Caricio, Marcia Rique; Telles, Mauricio Wiering Pinto
    Introdução: A consolidação da Atenção Primária à Saúde (APS) determina o compromisso do Sistema Único de Saúde (SUS) como política pública de saúde universal. Dentre os profissionais que a compõem têm-se as enfermeiras, como maior força de trabalho em termos quantitativos da assistência à saúde. A atuação das enfermeiras na APS vem se constituindo como um instrumento de mudanças nas práticas de atenção à saúde no SUS, pois responde a proposta do novo modelo assistencial que está centrado na integralidade do cuidado contribuindo com o fortalecimento da saúde pública. Objetivo: Descrever o processo de trabalho das enfermeiras que atuam na Atenção Primária à Saúde, de cinco municípios, do Rio Grande do Norte, Nordeste, Brasil. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Caracteriza-se como um extrato da pesquisa multicêntrica de abrangência nacional intitulada Práticas de Enfermagem no Contexto da Atenção Primária à Saúde (APS): Estudo Nacional de Métodos Mistos. O instrumento de coleta de dados foi a entrevista. As participantes são 45 enfermeiras. Os resultados qualitativos foram obtidos em cinco municípios do Rio Grande do Norte. O método de análise de dados realizado foi a Análise de Conteúdo, com o apoio do software IRaMuTeQ. Resultados e discussão: Emergiram três categorias finais, são estas: “Processo de trabalho da enfermeira na APS”; “Atuação das enfermeiras da APS na pandemia pela COVID-19” e “Autonomia e reconhecimento para as enfermeiras na APS”. Quanto ao processo de trabalho observa-se uma concentração em grupos programáticos, trabalho com grupo e a demanda espontânea. Ainda, nesse cenário, o impacto da pandemia pela COVID-19 na rotina da Unidade Básica de Saúde, revelou empecilhos como falta de infraestrutura, insumos e a sobrecarga. O levantamento de aspectos sobre autonomia e reconhecimento profissional destacam as consultas de pré-natal e o trabalho com grupos como áreas de maior autonomia, mas ainda falta respaldo legal que possibilite uma atuação mais independente, ao relacionar essas duas variáveis percebe-se que à medida que a autonomia é baixa existe a pouca resolutividade no desenvolvimento das ações, contribuindo para o entendimento da população das enfermeiras como “auxiliares” médicos. Considerações finais: Nota-se a pouca utilização do potencial de trabalho das enfermeiras na APS, existindo a necessidade da abrangência no respaldo legal para atuar de forma ampla no cuidado às pessoas, sem fragmentações.
  • Dissertação
    Planejamento em saúde em municípios brasileiros: situação cadastral e a convergência com o plano ações estratégicas (2021-2030)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-29) Silva, Isabella Grazyele Severo; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; https://orcid.org/0009-0000-2342-148X; http://lattes.cnpq.br/3477511402699550; Araújo, Marcos Vinícius Ribeiro de; Bay Júnior, Osvaldo de Goes
    O planejamento em saúde é essencial para a organização e gestão dos serviços, garantindo a melhoria contínua no atendimento público. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) demanda instrumentos específicos, como o Plano Municipal de Saúde (PMS) e relatórios de gestão, para monitorar e planejar as ações municipais. Este estudo utilizou abordagens quantitativas e qualitativas. Investigou a situação cadastral dos instrumentos de planejamento em saúde em municípios brasileiros e analisou o alinhamento dos PMS das capitais brasileiras com as metas do Plano de Ações para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Plano de DANT) 2021-2030. Na análise quantitativa, baseada em dados de 5.563 municípios, coletados na Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE), foram identificados dois agrupamentos: o Cluster 1, que reuniu 60,6% dos municípios, apresentou melhor desempenho em relação à situação cadastral dos instrumentos de planejamento; e o Cluster 2, que englobou 39,4% dos municípios, com desempenho inferior nesse aspecto. Nos dois agrupamentos foi observado que documentos relacionados de monitoramento apresentaram percentuais de aprovação inferior aos documentos de caráter mais propositivo.Em particular, 65,1% dos municípios do Cluster 2 não aprovaram nenhum dos Relatórios Detalhados do Quadrimestre Anterior previstos para o período. A tipologia municipal e o grau de urbanização não foram associadas a nenhum dos agrupamentos identificados, mas a macrorregião geográfica sim. Na análise qualitativa foram examinados os PMS de 24 capitais brasileiras, referentes ao quadriênio 2022-2025. Esta avaliação foi feita à luz das “metas DANT”, selecionadas a partir do Plano de DANT. Dentre as nove metas investigadas, três não foram contempladas (enquanto meta ou objetivo), o que evidencia lacunas significativas na articulação entre planejamento e prática. A meta DANT mais abordada nos PMS foi a de redução da mortalidade prematura, sugerindo maior alinhamento com prioridades nacionais. Contudo, a ausência de metas claras relacionadas à melhoria de hábitos alimentares limita a capacidade dos municípios em enfrentar efetivamente fatores de risco cruciais para as CCNT, como alimentação inadequada. Além disso, o aparente descompasso entre o diagnóstico situacional dos PMS e as proposições de metas/objetivos destes documentos revelam uma desconexão que pode comprometer a tradução do diagnóstico situacional em ações concretas, dificultando a implementação de estratégias alinhadas ao Plano de DANT e reduzindo sua efetividade na redução da carga das CCNT. Essas fragilidades no planejamento municipal em saúde comprometem a capacidade de abordar de forma integrada os fatores de risco e as desigualdades em saúde, essenciais para o enfrentamento das CCNT. De modo geral, esse cenário é agravado por influências político-partidárias, desafios de governabilidade, disparidades regionais e desigualdades socioeconômicas, que frequentemente direcionam prioridades e alocação de recursos de forma desalinhada às reais necessidades de saúde da população. Assim, reforça-se a necessidade de iniciativas que fortaleçam a capacidade técnica, promovam maior estabilidade na gestão e ampliem o controle social para garantir uma abordagem mais efetiva e sustentável.
  • Dissertação
    As mudanças políticas na Atenção Primária à Saúde brasileira e suas implicações para a atenção psicossocial em um município paraibano
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-27) Vieira, Dandara Virgínia Machado; Telles, Mauricio Wiering Pinto; https://orcid.org/0000-0002-5568-6877; http://lattes.cnpq.br/3146268167204989; https://orcid.org/0000-0003-4458-0302; http://lattes.cnpq.br/2470147966672243; Nagashima, Alynne Mendonça Saraiva; Araújo, Marcos Vinícius Ribeiro de
    A Atenção Primária à Saúde (APS) se caracteriza como a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), ofertando acesso universal, integral e gratuito aos serviços de saúde. A Atenção Psicossocial (AP) nesse contexto, possui lugar estratégico pelo seu potencial de promover um cuidado longitudinal, que considere as singularidades do sujeito e do território em que este se insere. Em um país de dimensões continentais e disparidades sociais, econômicas e culturais, se faz importante entender a forma que as políticas públicas de saúde acontecem em municípios de pequeno porte, considerando suas características e necessidades singulares. Este estudo objetiva identificar os impactos das modificações políticas na APS no município de Cuité/PB e suas repercussões na AP no período de 2012 a 2022. Tratou-se de pesquisa qualitativa e exploratória, do tipo estudo de caso, com produção de dados realizada por meio de entrevista semiestruturada e análise documental. São participantes da pesquisa Enfermeiros e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) vinculados à Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Cuité / PB. Também foram analisados os Planos Municipais de Saúde (PMS) e os Relatórios Anuais de Gestão (RAG) elaborados entre os anos 2012-2022. Os dados produzidos foram analisados por meio da técnica de Análise Temática de Conteúdo de Minayo. Todas as etapas da pesquisa foram realizadas de acordo com os princípios éticos e de segurança da informação preconizados na resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Deste estudo resultaram os três artigos que compõe essa dissertação. Foi possível concluir que o cuidado em Saúde Mental (SM) prestado pela APS é fortemente impactado pelas mudanças nas políticas públicas e precisa ser reorientado para promover uma assistência mais próxima as necessidades do território. Entretanto, na realidade estudada, os entraves existem desde o planejamento nos instrumentos de gestão, pois as metas previstas para a AP se voltam de modo substancial aos serviços de média e alta complexidade, o que tem como consequência práticas pontuais e incipientes na APS, com fragilidades enxergadas no planejamento e execuções de ações coletivas de SM, na adesão de usuários, na atuação dos profissionais lotados na ESF e na coordenação do cuidado. Os resultados encontrados permitem uma análise das potencialidades do território, das práticas cotidianas e dos trabalhadores em saúde, auxiliando no comprometimento da gestão e dos profissionais na transformação da realidade por meio do manejo das complexidades locais.
  • Dissertação
    Percepção dos servidores com tempo para aposentadoria de uma universidade pública sobre o envelhecimento e trabalho: um estudo qualitativo
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Barbosa, Maria Paula Ramalho; Guedes, Dimitri Taurino; https://orcid.org/0000-0002-1818-7665; http://lattes.cnpq.br/7575524707167845; http://lattes.cnpq.br/6403594505667448; Valença, Cecilia Nogueira; https://orcid.org/0000-0003-3998-3983; http://lattes.cnpq.br/2788316719185705; Lucena, Eleazar Marinho de Freitas; Neves, Robson da Fonseca
    O processo de envelhecimento é fisiológico, universal, não uniforme, dinâmico e contínuo que cada pessoa experimenta. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que o País tem hoje quase 7 milhões de trabalhadores acima de 60 anos, e a força de trabalho voltada para essa população tende a aumentar ainda mais. Mediante a dicotomia de sentimentos e concepções que envolvem o sentido do trabalho e aposentadoria de idosos descritos na literatura científica, emerge-se a necessidade da realização de uma investigação que proponha analisar a subjetividade em torno da temática. Com o objetivo de analisar a percepção dos trabalhadores de uma universidade pública com tempo para estarem aposentados sobre a decisão de permanecerem trabalhando. Foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, com coleta de dados por meio de entrevistas em profundidade e análise dos dados com auxílio do software IRAMUTEQ®, versão 0.7 alpha 2, utilizando as análises de nuvem de palavras. Além disso, foi utilizado o método da Análise de Conteúdo, na modalidade temática. A presente pesquisa contou com uma amostra constituída por 12 participantes, dos quais 7 eram do sexo feminino e 5 do sexo masculino. Na análise de nuvem de palavras foram enfatizadas: Aposentar (18); Processo (17); Vida (12); Continuar (12); Universidade (11); Idade (11); Financeiro (9); Permanecer (9); Sentir (9); Envelhecimento (9); Atividade (8); Gostar (8); Viver (8); Pensar (8); Ativo (8); Saúde (7); Motivar (7); Físico (6),Renda(6),Necessidade(6),Perder(7). Na análise de similitude foram identificadas quatro comunidades de palavras, que podem ser definidas nas seguintes expressões: “aposentadoria adiada”; “o momento de aposentar”; “preocupações financeiras” e “envelhecimento ativo”. Já na Classificação hierárquica descendente, foram identificadas quatro classes de palavras: Classe 1 - Desafios da aposentadoria: visões e preocupações; Classe 2 - Reinventando-se: um novo estilo de vida; Classe 3 - Aposentadoria adiada: uma perspectiva de equilíbrio e propósito; Classe 4 - "Envelhecimento saudável". As estatísticas descritivas sociodemográficas da amostra foram calculadas utilizando software SPSS versão 26. Os achados descritos neste estudo corroboram com as evidências na literatura sobre os significados da aposentadoria, reforçando a importância de compreender as percepções dos servidores diante desse momento crucial de transição. Os eixos temáticos refletem a complexidade e a multidimensionalidade da experiência de envelhecimento e aposentadoria.
  • Dissertação
    Análise das falas de familiares e usuários do CAPS diante das camadas distais do modelo de Dahlgren e Whitehead sobre determinantes sociais em saúde
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-20) Santos, Flávia Arichelle Cavalcante dos; Távora, Rafaela Carolini de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-0644-668X; http://lattes.cnpq.br/4017906740512071; http://lattes.cnpq.br/0777338531393229; Valença, Cecilia Nogueira; https://orcid.org/0000-0003-3998-3983; http://lattes.cnpq.br/2788316719185705; Lucena, Silvia Kalyma Paiva
    Introdução: O estado de bem-estar mental perpassa por fatores intrínsecos e extrínsecos do ser humano, incluindo fatores biológicos, psicológicos, emocionais, e socioculturais inerentes a cada sociedade. Os Centros de Atenção Psicossocial, funcionam como dispositivo de cuidado especializado aos portadores de transtornos e sofrimentos mentais graves e integram a rede de cuidado extra hospitalar. Objetivo: Analisar as falas de familiares e usuários do Centro de Atenção Psicossocial diante das camadas Condições de vida e de trabalho e Condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais, conforme modelo de Dahlgren e Whitehead. Método: Estudo de caráter transversal, de abordagem descritiva e exploratória de natureza qualitativa. A coleta de dados ocorreu no Centro de Atenção Psicossocial II Chiquita Bacana, localizado no município de Santa Cruz/ Rio Grande do Norte, na região do Trairi. Os critérios de inclusão consideraram todos os usuários a partir de 18 anos que buscaram atendimento no Centro de Atenção Psicossocial durante o período de coleta e estavam acompanhados de uma pessoa que eles identificaram como família. Foram realizadas entrevistas estruturadas divididas em categorias temáticas. Os achados obtidos foram analisados a partir do modelo dos Determinantes Sociais da Saúde de Dahlgren e Whitehead. Resultados: Foram analisadas falas de 12 usuários e 12 familiares, que são apresentadas em categorias temáticas. Usuários e familiares estavam desempregados ou desempenhando atividades informais; os que trabalhavam estavam satisfeitos com suas funções. A principal fonte de renda citada provinha de programas de assistência social e de benefícios previdenciários. A residência em casa própria foi a resposta mais obtida no estudo. Predominam os que moram acompanhados, com média de três a quatro pessoas por casa. Com relação ao fornecimento de água, houve relatos sobre dificuldades de suprimento. Quanto ao saneamento básico, foram mencionadas fossas sépticas e esgotamento, e para a coleta de lixo, citou-se a queima de resíduos e veículos de coleta. Usuários e familiares declararam fazer de três a quatro refeições por dia. Os serviços de saúde mais mencionados foram as Unidades Básicas de Saúde e os hospitais de referência na região; os serviços públicos mais citados foi o posto de saúde e instituições de ensino. Verifica-se desinteresse em participar das atividades culturais e atividades relacionadas às políticas públicas. Os participantes afirmaram residir em locais com rede de iluminação pública adequada, os relatos sobre pavimentação urbana mencionam ruas sem calçamento e outras pavimentadas; a maior insatisfação dos entrevistados é em relação à segurança pública. Conclusão: A análise das falas coletadas, sugerem que o conjunto das condições de vida e trabalho associada as condições socioeconômicas ,culturais e ambientais desempenham papeis determinantes como fatores de proteção ou de vulnerabilidade em relação a saúde mental da população estudada. Esses efeitos estão diretamente relacionados à qualidade, ao acesso e à eficácia dos serviços e dispositivos ofertados.
  • Dissertação
    Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes (NutriSUS): uma pesquisa documental (2015-2024)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-31) Medeiros, Isabelle Dantas; Pedrosa, Lúcia de Fátima Campos; https://orcid.org/0000-0002-5436-5115; http://lattes.cnpq.br/1863589790139155; http://lattes.cnpq.br/0774168151150055; Rolim, Ana Carine Arruda; Arruda, Ilma Kruze Grande de
    Introdução: O programa NutriSUS, foco deste estudo, foi lançado em 2015 e reformulado em 2022. Inicialmente implantado em creches públicas, o programa foi suspenso durante a pandemia de COVID-19 e posteriormente adaptado para a Atenção Primária à Saúde (APS), focando em crianças de 6 a 24 meses beneficiárias do Programa Auxílio Brasil (PAB). A estratégia envolve a distribuição de sachês de micronutrientes para uso domiciliar, com ciclos de suplementação de 60 dias, repetidos três vezes ao ano. Este estudo documental visa analisar e contextualizar o programa NutriSUS como uma ferramenta das políticas de alimentação e nutrição no Brasil, desde sua implementação até o presente, contribuindo para a compreensão e aprimoramento dessas políticas públicas. Objetivo: Explorar e analisar fontes de dados através de documentos sobre o NutriSUS. Métodos: O estudo é uma pesquisa qualitativa de análise documental, que envolveu buscas em bases de dados utilizando descritores como "micronutrientes", "suplementação nutricional" e "alimentação infantil". Foram consultados repositórios institucionais, documentos públicos, websites institucionais e mídias digitais. A busca foi estruturada com indicadores de autoria, autenticidade, confiabilidade textual e natureza textual, categorizando teses, dissertações e artigos científicos por titulações, períodos, e assuntos abordados. Resultados e Discussão: Foram identificados 72 documentos, abrangendo uma variedade de contextos sobre o tema. Esses documentos incluíram notícias, vídeos, cartilhas, relatórios, notas técnicas, portarias, artigos, teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso e resumos publicados em anais de eventos. A análise desses materiais permitiu avaliar a cobertura, implementação, adesão e efetividade do programa NutriSUS. Considerações Finais: O programa NutriSUS desempenha papel importante nas políticas públicas de saúde, melhorando a segurança alimentar e nutricional, bem como a qualidade de vida dos beneficiários. Embora existam desafios relacionados à gestão e logística, a implementação de políticas públicas no SUS é essencial para a promoção da saúde e prevenção de doenças. A pesquisa documental foi fundamental para identificar fontes que abordam uma ampla variedade de tópicos sobre o programa NutriSUS. No entanto, a análise revelou algumas lacunas nos conteúdos, sugerindo que a abrangência do programa comporta mais estudos de acompanhamento para avaliar a efetividade e impacto da intervenção.
  • Dissertação
    Ingestão de alimentos, suplementos e bebidas durante o trabalho de parto de risco habitual: uma revisão de escopo
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-28) Soares, Brenda Kelly Pontes; Magalhães, Adriana Gomes; https://orcid.org/0000-0002-0279-5930; http://lattes.cnpq.br/5918222264099117; https://orcid.org/0000-0001-7873-1653; http://lattes.cnpq.br/2729929541401362; Rolim, Ana Carine Arruda; Araújo, Jessica Naiara de Medeiros
    Introdução: Na década de 1940, a restrição alimentar durante o trabalho de parto era comum devido ao risco de aspiração do conteúdo estomacal. A restrição alimentar generalizada está sendo descontinuada e a ingestão oral durante o trabalho de parto de risco habitual é incentivada. Objetivo: Mapear as evidências sobre os efeitos do consumo de alimentos, suplementos e bebidas em mulheres no trabalho de parto de risco habitual. Método: Inicialmente foi elaborado um protocolo para realização da revisão de escopo e registrado na plataforma Open Science Framework (OSF). Esta revisão seguiu as orientações da metodologia do Joanna Briggs Institute e do PRISMA-ScR. Apresenta como pergunta de pesquisa “quais os efeitos da ingestão de alimentos, suplementos alimentares e bebidas no trabalho de parto e parto de risco habitual?” Para a realização da revisão, executou-se uma busca nas seguintes fontes de dados: Cochrane Library, Medline/PubMed, Embase, CINAHL, Web of Science, Google® acadêmico e BDTD. Delimitou-se o período de 2013 a 2023 para a inclusão dos estudos. Dois revisores independentes selecionaram, mediante critérios de inclusão/exclusão, os artigos usando o software Rayyan®. Utilizou-se uma ferramenta desenvolvida pelos autores para extração dos dados e análise metodológica dos artigos incluídos. Os dados foram apresentados pela extensão do fluxograma PRISMA. Resultados: O protocolo de revisão de escopo foi submetido para a Revista Plos One, de Qualis A1. Para a revisão foram identificados 2.936 estudos como resultado da pesquisa, após aplicação dos critérios de elegibilidade 130 estudos foram lidos na íntegra. Destes, 22 estudos foram incluídos na revisão, com a prevalência de publicações na língua inglesa. Foi identificado na análise dos estudos que a maioria não abordava informações detalhadas a respeito da ingestão de alimentos, suplementos ou bebidas, como essa acontecia, sua frequência e quantidade. Assim como não relatava os seus efeitos isolados nos desfechos do trabalho de parto, trazendo de forma geral os efeitos da ingestão alimentar e líquida. Os estudos incluídos apontaram uma variedade de desfechos, entre os mais avaliados estavam a redução da indução de parto, redução do tempo de trabalho de parto, tipo de parto, incidência de vômitos ou náuseas e satisfação da mulher. Não houve concordância entre os estudos analisados no tocante à ingestão de suplementos com carboidratos. A tâmara foi o alimento mais citado e analisado pelos estudos, com resultados relevantes na redução da indução e do tempo de trabalho de parto. Conclusão: Esta revisão permitiu identificar efeitos positivos da ingestão de alimentos, suplementos alimentares e bebidas no trabalho de parto como a redução da necessidade de indução, no tempo do trabalho de parto e na maior satisfação da mulher. Diante dos benefícios apresentados, essa prática deve ser mais estimulada nos serviços obstétricos, assim como divulgada para as mulheres durante a gestação. Por fim, destaca-se a necessidade da produção de ensaios clínicos que analisem de forma isolada os efeitos dos alimentos, suplementos e bebidas no desfecho do trabalho de parto.
  • Dissertação
    Repercussões do ensino remoto emergencial na formação em saúde coletiva de nutricionistas de uma universidade pública do Rio Grande do Norte
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Carvalho, Giovanna Melo de; Telles, Mauricio Wiering Pinto; https://orcid.org/0000-0002-5568-6877; http://lattes.cnpq.br/3146268167204989; http://lattes.cnpq.br/1126015072163601; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Gomes, Sávio Marcelino
    O modelo de Ensino Remoto Emergencial (ERE) adotado pelas Instituições de Ensino Superior (IES) durante a pandemia da COVID-19 trouxe diversos desafios para as graduações da área da Saúde, considerando a natureza presencial essencial de muitas das atividades realizadas durante o processo educativo, incluindo uma formação voltada aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase na Saúde Coletiva, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). As consequências trazidas pelo ERE expuseram ainda mais os obstáculos que já existiam na formação em saúde dos profissionais, em particular, de nutricionistas. O ensino de Nutrição no Brasil já é atravessado por deficiências na articulação entre os saberes biológicos e sociais, especialmente em relação à Saúde Coletiva (SC), que também sofre com a falta de delineamento de um perfil de competências e habilidades necessários ao nutricionista que atua na área. Há uma lacuna na literatura sobre como se deu a formação dos nutricionistas no campo da SC durante o ensino remoto emergencial. Esse levantamento se torna ainda mais importante dentro de universidades públicas, instituições que possuem responsabilidade social com a comunidade, integração ensino-serviço-comunidade e alinhamento com a formação para o SUS. Diante disso, este trabalho, de abordagem qualitativa e exploratória, do tipo estudo de caso, se propôs a investigar a formação em SC dentro do curso de Nutrição de uma IES do Rio Grande do Norte, durante o ensino remoto emergencial, usando como referência os discentes, egressos e docentes que atuam na área, reunindo suas percepções, angústias, dificuldades e esperanças para contribuir com a produção de conhecimento a respeito da formação em saúde dos nutricionistas na SC. Os sujeitos da pesquisa são docentes, egressos e discentes do curso de graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (campus central) e da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (campus FACISA). A coleta de dados foi feita mediante entrevista semiestruturada específicas para cada grupo, e análise documental dos Projetos Pedagógicos do curso de Nutrição de ambas das IES, além das ementas dos componentes curriculares relacionados à SC durante o ERE. Os dados obtidos foram analisados por meio de Análise Temática de Conteúdo. O ERE gerou impactos negativos na formação de nutricionistas da UFRN, com intensidade a depender do perfil do aluno, característica do componente curricular e metodologia dos docentes. Em relação à SC, o maior impacto revelou-se na impossibilidade de realizar atividades práticas e de desenvolver o contato ensino-serviço-comunidade. Fragilidades no ensino da SC foram revelados em ambos os campi, anteriores à pandemia. Para os docentes, houve grande insatisfação com o ERE, especialmente em relação ao uso de tecnologias de comunicação e informação (TICs), aumento da carga de trabalho e falta de interação dos estudantes. Apesar das dificuldades relatadas por ambos os grupos, as inovações e adaptações realizadas também foram consideradas positivas como ferramenta para agregar ao ensino presencial. Assim, podemos perceber a formação de SC e os impactos do ensino remoto nos profissionais de nutrição do estado, contribuindo para a reflexão do papel da SC na graduação de Nutrição, buscando uma formação em saúde cada vez mais direcionada às DCNs e à atuação no SUS, com um uso mais assertivo das tecnologias de comunicação e informação para agregar ao ensino presencial.
  • Dissertação
    Avaliação de conhecimentos e práticas dos profissionais da atenção primária à saúde sobre sono
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-26) Araújo, Amanda Samara dos Santos; Souza, Jane Carla de; Távora, Rafaela Carolini de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-0644-668X; http://lattes.cnpq.br/4017906740512071; https://orcid.org/0000-0002-8769-4273; http://lattes.cnpq.br/5997878957114840; http://lattes.cnpq.br/9201370406080549; Sousa, Klayton Galante; Miguel, Mário André Leocádio
    Introdução: Os problemas do ciclo sono/vigília e os distúrbios do sono são considerados problemas de saúde pública, que podem prejudicar a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo. Porém, é escasso na literatura científica o que os profissionais de saúde no contexto da APS no Brasil conhecem sobre o sono e quais as práticas profissionais relativas à assistência da população sobre alterações e distúrbios de sono. Objetivo: Avaliar os conhecimentos sobre o ciclo sono/vigília e transtornos do sono e a aplicação desses conhecimentos no campo de trabalho em profissionais da atenção primária à saúde no contexto da 5ª Unidade Regional de Saúde Pública (URSAP). Métodos: Foram incluídos na amostra 83 profissionais com ensino superior completo, de ambos os sexos, dos quais 13 (com mais de 1 ano de atuação na APS) participaram das entrevistas. Foram coletados informações sociodemográficas e os conhecimentos sobre sono, através dos questionários “A Saúde e o Sono”, e a versão traduzida do “Assessment of Sleep Knowledge in Medical Education” (ASKME). O teste Qui-quadrado foi usado para avaliar a distribuição da amostra de acordo com as variáveis sociodemográficas; fontes de obtenção das informações; forma de aplicação dos conhecimentos; porcentagem de acertos e erros por questão de conhecimentos e para a média da porcentagem de acerto para o questionário como um todo e para cada domínio/categoria. O tempo de trabalho e a autopercepção sobre o conhecimento a respeito de sono foi descrito a média e o desvio padrão. Quanto aos dados qualitativos foram feitos nuvem de palavras, análise de similitude, Classificação Hierárquica Descendente (CHD) e análise de conteúdo. Resultados: A maioria dos participantes foi da faixa etária de 30 a 39 anos (49,4%), do sexo feminino (72,3%), de raça ou cor parda (50,6%), com pós-graduação (61,1%), tempo de trabalho médio de 3,7±4,5 anos, 68 profissionais não médicos e 15 médicos, com uma média de conhecimento de 5,7 ± 1,9 na escala likert. A fonte de obtenção de informações sobre o sono mais procurada foi as mídias digitais (60,2%), seguido da graduação (48,2%). Sobre conhecer a higiene do sono, 35% responderam “mais ou menos” e relataram utilizar as informações para a rotina de vida e orientação dos usuários da APS. Além disso, 73% não conheciam sobre os cadernos da APS do Ministério da Saúde orientarem a importância de questionar os pacientes a respeito do sono. Quanto aos conhecimentos gerais sobre sono (A saúde e o sono), a maioria dos profissionais (93,07%) acertaram as afirmativas sobre “Consequências da Privação do Sono”, enquanto, 39,52% e 50,60% acertaram sobre “Duração do sono” e “Importância do cochilo”, respectivamente. No ASKME, as maiores porcentagens de acertos observadas foram nas afirmativas sobre “Insônia” (62,25%) e “Princípios do Ritmo Circadiano” (62,95%), com uma frequência geral de acertos total de 44,97%. Quanto aos dados qualitativos, a análise de conteúdo gerou 2 categorias temáticas: “Processo de trabalho dos profissionais de saúde nos seus locais de trabalho” e “Abordagem do sono nos ambientes de trabalho: ausência e possibilidades de integração na rotina profissional”. Muitos profissionais relataram perguntar sobre o sono dos pacientes, porém, foi observado uma insegurança na maioria dos profissionais em relatar o que é orientado sobre o sono aos pacientes nas consultas. Foi relatado que nunca houve uma ação de educação sobre a temática no local de trabalho, contudo, atestam a possibilidade de realizar intervenções sobre o tema. Considerações finais: Existem lacunas de conhecimento detalhado sobre o CSV, distúrbios do sono e práticas de higiene do sono baseadas em evidências científicas. Além disso, alguns profissionais resumem suas orientações em falar sobre higiene do sono desconsiderando as diferenças individuais dos horários de dormir e acordar e a necessidade de horas de sono dos indivíduos.
  • Dissertação
    Perfil de uso de antimicrobianos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal: uma revisão de escopo
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-16) Lopes, Francisco Clébison Chaves; Sousa, Klayton Galante; Fonseca Filho, Gentil Gomes da; http://lattes.cnpq.br/7093066731971896; https://orcid.org/0000-0002-7710-7522; http://lattes.cnpq.br/3976136492048222; http://lattes.cnpq.br/0070280320213451; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Bezerra, Hellyda de Souza; Machado, Lucas Amaral
    Os recém-nascidos são especialmente suscetíveis a infecções devido à imaturidade do sistema imunológico, agravada por fatores como procedimentos invasivos, tempo de internação e baixo peso ao nascer. Em virtude disso, estudos que investigam o padrão de uso de medicamentos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) indicam que os agentes anti-infecciosos sistêmicos são a classe de medicamentos mais usada. O objetivo deste estudo é descrever o perfil de uso de antimicrobianos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de uma revisão de escopo conduzida de acordo com a metodologia proposta pelo Instituto Joana Briggs (JBI). O protocolo está registrado na plataforma Open Science Framework (OSF) (DOI 10.17605/OSF.IO/YB4AG). Foram incluídas as seguintes bases de dados: LILACS; EMBASE; MEDLINE/PubMed; SciELO; Web of Science e Scopus. Para identificar a literatura cinzenta, repositórios digitais foram consultados. As buscas nas bases de dados foram realizadas em janeiro de 2024. Os estudos identificados foram carregados no aplicativo Rayyan e as duplicatas removidas. Os critérios de inclusão foram: estar disponível na íntegra; conter dados sobre a taxa de consumo, antimicrobianos mais prescritos, as indicações mais comuns ou uso off-label de antimicrobianos; ter sido realizado em UTINs; e incluir apenas medicamentos antimicrobianos, exceto para os estudos que abordem o uso off-label. Os critérios de exclusão foram: tratar-se de um estudo do uso de antimicrobianos para indicações específicas e tratar-se de um estudo duplicado ou sobreposto. A seleção dos estudos e extração dos dados foi conduzida por dois revisores independentes. Os dados extraídos foram apresentados de forma tabular acompanhados de uma descrição narrativa. Foram identificados 4.029 artigos, dos quais 39 foram incluídos na revisão final. A maioria dos estudos eram de coorte ou transversais. Não foi observada grande variação nas idades gestacionais. Em relação ao peso ao nascer, valores superiores a 2.000 gramas foram mais comuns em países de alta renda. A sepse neonatal foi a principal razão para a prescrição de antimicrobianos. O método mais comum para medir o consumo de antimicrobianos foi Dias de Terapia (DOT). Dentre os antimicrobianos, os antibacterianos foram os mais estudados. As classes das penicilinas, cefalosporinas e glicopeptídeos foram mencionadas em todos os estudos. Os antimicrobianos foram usados de modo off-label de em relação à dose, intervalo de administração, indicação e idade.
  • Dissertação
    Análise espacial e epidemiológica dos casos de sífilis congênita do Estado do Rio Grande do Norte 2012 a 2023
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-27) Lima, Thainá Jácome Andrade de; Oliveira, Kalyane Kelly Duarte de; Costa, Franklin Roberto da; https://orcid.org/0000-0001-7708-0668; http://lattes.cnpq.br/1738258562015403; https://orcid.org/0000-0001-7713-3264; http://lattes.cnpq.br/4437324318943452; http://lattes.cnpq.br/0179241793640809; Rolim, Ana Carine Arruda; Carvalho, Francisca Patrícia Barreto de
    Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria treponema pallidum, considerada uma das mais antigas doenças do mundo. É uma infecção que pode atingir todos os públicos, é curável, mas ainda apresenta resistência quanto ao tratamento. A transmissão da sífilis congênita acontece da mãe infectada para a criança durante a gestação ou parto. Objetivo: analisar a distribuição espacial e epidemiológica dos casos de sífilis congênita no Rio Grande do Norte na série temporal de 2012 a 2023. Metodologia: É um estudo de abordagem ecológico, do tipo analítico e desenho misto. O estudo tem sua amostra composta por dados secundários, provenientes de pacientes mulheres que apresentaram sífilis no período gravídico, além das crianças afetadas pela sífilis congênita. Foram investigados os casos que ocorreram no período de janeiro 2011 a dezembro de 2023, residentes no estado do Rio Grande do Norte e que estavam registrados no painel de indicadores do Ministério da Saúde. Aplicouse, nesse estudo, o teste estatístico Índice global de Moran, por meio do software QGIS Desktop na versão 3.28.13 para análise de autocorrelação e modelagem espacial. Resultados: Entre os anos de 2012 a 2023 e com base no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC nasceram 538.901, crianças cuja mãe tem residência no estado do Rio Grande do Norte, com dados preliminares do ano de 2023, com média de 437 casos de sífilis congênita em menores de um ano registrados por ano pelos municípios do estado. No decorrer da análise desses 12 anos, identifica-se uma curva ascendente na taxa de detecção de casos de SC, desde o ano de 2012, com pequenos declínios nos anos de 2020 com 12,4% (538) e 2022 com 12,1% (527), tendo como referência os anos anteriores de 2019 com 14,3% (630) e 2021 com 13,6% (13,6), respectivamente. Conclusões: a ocorrência de sífilis congênita no estado do Rio Grande do Norte é influenciada por fatores como acesso limitado aos serviços de saúde, desigualdades socioeconômicas, barreiras culturais, escolaridade, entre outros. É necessário que haja uma compreensão ampliada desses fatores e a implementação de estratégias eficazes que abordem essas questões de forma integrada.
  • Dissertação
    Prevalência da multimorbidade e associação com fatores pessoais e incapacidade na população acima de 18 anos no município de Santa Crus/RN: estudo MDS-Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-02) Macena, Renatha Paulliany Silva; Lima, Núbia Maria Freire Vieira; Lucena, Eleazar Marinho de Freitas; http://lattes.cnpq.br/6188571106198506; https://orcid.org/0000-0003-3432-0654; http://lattes.cnpq.br/6229072599237735; http://lattes.cnpq.br/4529973129475609; Silva, Catarine Santos da; Valença, Cecilia Nogueira; Gomes, Wildja de Lima
    O termo multimorbidade compreende a coexistência de 2 ou mais condições de saúde no mesmo indivíduo e é um assunto emergente para a saúde coletiva. Apesar dos estudos se concentrarem em populações mais velhas, um crescente debate em indivíduos mais jovens vem sendo evidenciado, ao passo que as relações entre multimorbidade e fatores pessoais e incapacidade não estão consensuadas na literatura. Este estudo visa estimar a prevalência de multimorbidade autorreferida na população adulta e sua associação com a incapacidade e fatores pessoais no município de Santa Cruz, utilizando os dados do instrumento MDS-Brasil. Trata-se de estudo observacional e transversal de base populacional com caráter quantitativo. Foram incluídas pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, sem distinção do nível de escolaridade, com ou sem incapacidades, que residiam no município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte. No inquérito populacional foram coletadas informações sobre os fatores pessoais (idade, sexo, renda, escolaridade e raça/cor) e sobre níveis de incapacidade (ausência, leve, moderada e grave) mediante três domínios de funcionalidade: mobilidade, funções do corpo, atividade/participação do instrumento MDS-Brasil. Foram analisadas 504 entrevistas. Os resultados mostraram maior proporção do sexo feminino (76,4%) sendo a maioria pessoas idosas (35,5%), pessoas casadas e com baixa escolaridade. Foi observada prevalência de 60,6% de multimorbidade autorreferida. Embora a multimorbidade seja reconhecida como um problema de saúde em pessoas idosas, os achados deste estudo revelam a presença da condição em pessoas jovens e de meia-idade. Os fatores pessoais que estão relacionados com a presença da multimorbidade são idade maior que 60 anos, ser mulher e casado(a). Foi verificada associação entre multimorbidade e nível de incapacidade nos aspectos mobilidade, funções do corpo e atividades e participação, expressando o quanto a multimorbidade é complexa e precisa ser manejada para reduzir níveis de incapacidades ao longo do tempo, principalmente quando acometidas em indivíduos mais jovens.
  • Dissertação
    Enfrentamento a violência de gênero na atenção primária à saúde a luz da integralidade
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-24) Silva, Rayara Cibelle Ribeiro da; Rolim, Ana Carine Arruda; Fernandes, Marcelo Costa; https://orcid.org/0000-0002-0447-9683; http://lattes.cnpq.br/9471678445935347; http://lattes.cnpq.br/1148466010754863; Bezerra, Juliana da Fonseca; Távora, Rafaela Carolini de Oliveira
    Dentre os diversos tipos e características de violência, destaca-se a violência de gênero, um dos maiores problemas de saúde da atualidade. A violência de gênero está ligada a diversos atos e comportamentos, tais como abusos físicos, sexuais e psicológicos, além da opressão moral e intelectual. As questões de gêneros constituíram-se de forma gradativa e predominante para que a violência contra a mulher encontre moldes que se adaptem às características do tempo e da sociedade moderna. Nesse sentido a Atenção Primária a Saúde (APS) é o locus privilegiado do cuidado, sendo aliada na prevenção, combate e acompanhamento da violência de gênero. A valorização da APS, parte da sua ligação no cenário de atuação, possibilitando maior vinculação e entendimento dos sujeitos e suas relações locais. Esse estudo objetiva analisar a partir dos discursos dos profissionais de saúde as ações de enfrentamento a violência de gênero na APS a luz da integralidade. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, sistematizado metodologicamente pelo Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e embasado pela Teoria das Representações Sociais. Foi desenvolvido em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Uma no município de Caicó no estado do Rio Grande do Norte e a outra no município de Sousa no estado da Paraíba. Teve como participantes todos os profissionais de saúde que compõe a equipe atuante nas UBS envolvidas na pesquisa e que desejaram participar após apresentação do RCLE. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada em outubro de 2023, mediante a liberação e aprovação do Comitê de Ética ao qual o estudo foi submetido. O material empírico foi analisado por meio da técnica DSC. O estudo considerou os aspectos éticos da pesquisa que envolve seres humanos apreciados na Resolução Nº 510/2016, do Conselho Nacional de Saúde/CNS. A partir dos discursos foi possível a construção de quatro temáticas: o conhecimento dos profissionais sobre a rede de cuidados às vítimas de violência; a prevenção de casos de violência de gênero na APS; a integralidade no manejo a violência de gênero; e a atuação dos profissionais frente a violência de gênero na APS. A efetividade das intervenções na APS evidenciou-se como peça fundamental na mitigação deste fenômeno. Estratégias que promovam o acolhimento, a sensibilização dos profissionais de saúde e a articulação com outros setores são cruciais para o suporte adequado e a prevenção da violência de gênero. Assim, a APS desempenha um papel central na resposta integrada a este desafio social. No entanto, o trabalho corporativista, o modelo centrado na doença e a desarticulação dos serviços são pontos que se sobressaem nos sentidos expressados pelos participantes do estudo. Dentro desses entraves o serviço não atende as demandas complexas que permeiam os casos de violência de gênero, consequentemente, as vítimas muitas vezes não recebem o apoio necessário, podendo resultar em uma cultura de subnotificação dos casos e na perpetuação do ciclo de violência.
  • Dissertação
    Sobrecarga de cuidado e o padrão de sono-vigília, qualidade do sono e sonolência diurna do cuidador da pessoa idosa: estudo de métodos mistos
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-28) Costa, Patrício de Almeida; Souza, Jane Carla de; Nogueira, Matheus Figueiredo; https://orcid.org/0000-0002-8769-4273; http://lattes.cnpq.br/5997878957114840; https://orcid.org/0000-0003-1111-7733; http://lattes.cnpq.br/5515329286120656; Carvalho, Mariana Albernaz Pinheiro de; Valença, Cecilia Nogueira
    Introdução: O ato de cuidar de um idoso reveste-se de alterações cotidianas, responsabilidades, tarefas e disponibilidade de tempo, além de acarretar implicações negativas à saúde do cuidador, podendo afetar a qualidade de vida e o padrão de sono-vigília. Objetivo: Avaliar a relação entre a sobrecarga de trabalho e o padrão sono-vigília, qualidade do sono e sonolência diurna do cuidador da pessoa idosa. Metodologia: estudo de métodos mistos, do tipo sequencial, cujo participaram 73 cuidadores de idosos de um município paraibano, aleatoriamente selecionados. Os dados foram coletados entre abril e agosto de 2023 por meio dos seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico e ocupacional; Inventário de sobrecarga de Zarit; Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh; diário de sono, Escala de Sonolência de Maldonado e um roteiro semiestruturado para a entrevista em profundidade. Os dados quantitativos foram analisados a partir da estatística descritiva e bivariada, considerando significância quando p-valor < 0,05. Os dados qualitativos foram processados pelo software IRAMUTEQ com subsídio da classificação hierárquica descendente, e posteriormente analisados a luz do referencial metodológico de Bardin. Resultados: 47,9% da amostra total apresentou má qualidade de sono, que foi associada ao sexo feminino (p=0,018), zona de moradia urbana (p=0,0001) e ocupação do lar (p=0,0001). Ao considerar as estratificações do ZARIT, 67,1% dos cuidadores apresentam um grau moderado à severo de sobrecarga de trabalho, que foi associada a má qualidade do sono do cuidador (p=0,0001), indicando que quanto maior o grau de sobrecarga do cuidador pior a qualidade de sono (p = 0,727). Com relação ao padrão de sono/vigília foi observado horários de deitar e levantar mais tardios no fim de semana (p=0,0001) em relação a semana, sem diferenças no tempo na cama. As irregularidades médias (deltas) observadas nos horários de dormir, acordar e duração do sono foram de 37,28 ± 24,53min, 39,46 ± 18,0min e 51,88 ± 43,67min, respectivamente. Houve uma maior prevalência para o nível de sonolência diurna estratificado nos dias de semana, quando comparado a dias de final de semana (p=0,025). Ao realizar a comparação das variáveis segundo zona de moradia, obteve-se uma relação estatisticamente significativa com a zona rural para ocupação agricultor (p=0,0001) e o cuidador prioritariamente desenvolvidos pelos netos (p=0,038). A zona urbana obteve pior qualidade do sono (p=0,008), menor duração do sono em dias de semana (p=0,027) e final de semana (p=0,001) além de delta de acordar média mais elevada (p=0,018), indicando horários mais tardios de acordar. A matutinidade foi mais prevalente independente da zona de moradia. Os dados qualitativos corroboram os achados do conjunto quantitativo, sendo estes apresentados em uma categoria temática, cujo desvelam a percepção do cuidador sobre a insatisfatóriedade do sono e os hábitos que caracterizam a atividade de cuidado como comprometedora do ciclo sono/vigília e das demais dimensões biopsicossociais do indivíduo. Conclusões: A convergência dos dados indica a existência da relação entre o cuidado e piores condições de sono do cuidador, despertando a necessidades de intervenções no cenário desses profissionais.