PPGFS - Mestrado em Fisioterapia

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  • Dissertação
    A estimulação transcraniana por corrente contínua não é superior ao sham no tratamento de indivíduos com dor subacromial: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-27) Silva, Vinicius Dantas da; Brasileiro, Jamilson Simões; https://orcid.org/0000-0001-8894-5321; http://lattes.cnpq.br/7593720514287073; Souza, Clecio Gabriel de; Nascimento, José Diego Sales do
    Introdução: A dor subacromial é um dos diagnósticos mais comuns relacionados ao ombro, com sintomas persistentes, que reduz a funcionalidade e a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) tem sido bastante estudada e apresentada como recurso promissor na prática clínica para a modulação da percepção dolorosa. Objetivo: Analisar os efeitos da ETCC sobre a intensidade da dor, função dos membros superiores, qualidade de vida, força muscular e amplitude de movimento do ombro em indivíduos com dor subacromial. Metodologia: Ensaio clínico controlado, randomizado, duplo cego. Trinta e três indivíduos de ambos os sexos (idade média de 42.4 ± 9.4), com diagnóstico médico de dor subacromial foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos distintos: ETCC ativa (n=17) e ETCC sham (n=16). Ambos os grupos foram submetidos a 20 minutos de estimulação, durante 5 dias consecutivos. Os mesmos procedimentos foram realizados para o grupo sham, porém a corrente foi interrompida após 30 segundos. O desfecho primário foi a intensidade da dor, avaliada por meio da escala numérica da dor e os desfechos secundários foram força muscular isométrica e amplitude de movimento (ADM) dos movimentos de flexão, extensão, rotação medial e lateral do ombro, função do membro superior (DASH) e qualidade de vida (SF-36). As avaliações foram repetidas ao final da intervenção e num follow-up de 1 semana, no qual os participantes receberam um guia para controle da dor no ombro. Resultados: Ambos os grupos apresentaram melhorias semelhantes na intensidade da dor, DASH e ADM em relação à linha de base (p<0,05). A força muscular aumentou significativamente ao longo tempo (p<0.05), apenas nos movimentos de flexão (ETCCA) e rotação medial (ETCCS). Nos domínios do SF-36, foram observadas melhorias significativas (p<0.05), na capacidade funcional, dor, vitalidade, limitações (ETCCS), e aspectos físicos (ETCCA). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em nenhuma das variáveis analisadas (p>0.05). Conclusão: Os efeitos observados pela ETCC não se mostraram superiores aos do grupo sham em nenhuma das variáveis analisadas, em indivíduos com dor subacromial. Desta forma, as melhorias observadas podem ser atribuídas ao efeito placebo.
  • Dissertação
    Estimulação transcraniana por corrente contínua é eficaz no alívio da dor de indivíduos com dor lombar crônica não específica: um ensaio clínico randomizado duplo cego
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-28) Souza, Ricardo Vinicius Silva de; Vieira, Wouber Hérickson de Brito; https://orcid.org/0000-0003-3588-5577; http://lattes.cnpq.br/7943769688281372; https://orcid.org/0000-0003-1950-3970; http://lattes.cnpq.br/1751050204162350; Souza, Clecio Gabriel de; Dantas, Glauko André de Figueiredo
    Objetivo: verificar a eficácia da ETCC no manejo da dor de indivíduos com DLCNE; secundariamente, testar a hipótese se a redução da dor é suficiente para reduzir os níveis de incapacidade. Desenho: Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado e duplo cego. Os participantes foram alocados aleatoriamente em dois grupos: ETCC simulada (n=17); ETCC ativa (n=20). Ambiente: O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Análise da Performance Neuromuscular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Participantes: A amostra foi composta por 37 indivíduos com idade entre 18 e 60 anos com DLCNE. Intervenção: Realizada duas vezes por semana durante 5 semanas, totalizando 10 sessões utilizando o protocolo (20 minutos, 2mA, aplicada no córtex pré-frontal dorsolateral (DLPFC). Medidas de resultados: foram realizadas avaliações pré e pós protocolo de intervenção da: intensidade da dor (EVA), limiar de dor a pressão-LDP (algometria) e incapacidade (Questionário de Incapacidade Roland-Morris Disability, Índice de Incapacidade Oswestry e teste de sentar e levantar). Resultados: Ao final do estudo o grupo ETCC ativa apresentou uma redução significativa no nível de dor em relação ao grupo sham (p=0,026). Por outro lado, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos para os desfechos LDP (L5D p= 0,427; L5E p=0,842; L3D p=0,649; L3E p= 0,788), ODI (p=0,113), RMDQ (p=0,285) e teste senta0r-levantar (p= 0,726). Conclusão: Apesar da baixa relevância clínica/tamanho do efeito, a ETCC reduz a dor em indivíduos com DLCNE, sem interferir nos níveis de dor à pressão e incapacidade.
  • Dissertação
    Prevalência e fatores associados a sintomas craniocervicais e orofaciais entre profissionais de saúde durante a pandemia da covid-19: uma revisão sistemática e meta-análise
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-28) Araújo, Lucas Barbosa de; Ribeiro, Karyna Myrelly Oliveira Bezerra de Figueiredo; https://orcid.org/0000-0002-5935-6760; http://lattes.cnpq.br/9795076623959418; https://orcid.org/0000-0001-6794-2703; http://lattes.cnpq.br/6704009691194709; Macedo, Sabrina Gabrielle Gomes Fernandes; Santino, Thayla Amorim
    Introdução: O uso prolongado de equipamentos de proteção individual e a elevada carga de trabalho durante a pandemia da COVID-19 resultaram no aumento de relatos de sintomas craniocervicais entre profissionais de saúde. Fatores físicos e psicológicos desempenham um papel relevante na alta prevalência desses sintomas. Embora a associação entre dor de cabeça e esses fatores já esteja bem estabelecida, outros sintomas craniocervicais, como cervicalgia, dor orofacial e disfunção temporomandibular, demandam investigação mais aprofundada. Objetivo: investigar a prevalência de sintomas craniocervicais e orofaciais entre profissionais de saúde durante a pandemia da COVID-19 e identificar possíveis fatores associados. Métodos: uma revisão sistemática com meta-análise, conduzida conforme as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), com protocolo previamente registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) (nº CRD42023447548). Foram incluídos estudos observacionais publicados a partir de 2020 que relataram a prevalência ou incidência de sintomas craniocervicais, como dor de cabeça, cervicalgia e dor orofacial, em profissionais de saúde durante a pandemia. As buscas foram realizadas nas bases de dados PUBMED, MEDLINE, EMBASE, CINAHL Plus, Web of Science e SCOPUS. O risco de viés dos estudos incluídos foi avaliado por meio da ferramenta Quality in Prognosis Studies (QUIPS). Resultados: Foram incluídos 57 estudos com 24.605 profissionais de saúde. A prevalência de dor de cabeça durante a pandemia foi de 53% (IC 95%: 43-61; p < 0,001), enquanto a dor de cabeça relacionada ao uso de EPI atingiu 55% (IC 95%: 47-64%; p < 0,001). O risco de dor de cabeça foi 2,76 vezes maior na pandemia (OR: 2,76; IC 95%: 2,26-3,36; p < 0,004). O sintoma esteve associado a fatores individuais, médicos e ambientais. A dor cervical foi o segundo sintoma craniocervical mais comum (38%, IC 95%: 27-50%; p < 0,001), seguida pela dor orofacial (30%, IC 95%: 09-50%; p < 0,001). Conclusão: a presente revisão identificou uma alta prevalência de dor de cabeça em profissionais de saúde durante a pandemia, significativamente superior ao período pré-pandêmico, além da presença frequente de dor cervical e orofacial e fatores psicossomáticos, como distúrbios do sono, estresse, fadiga, ansiedade e sintomatologia depressiva . A etiologia multifatorial destes sintomas reforçam a necessidade de estratégias multidisciplinares para seu manejo, considerando aspectos físicos e psicossociais.
  • Dissertação
    Efeitos agudos da técnica de insuflação-exsuflação mecânica sobre o pico de fluxo de tosse e volumes da parede torácica em indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-01) Vieira, Rayane Grayce da Silva; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; https://orcid.org/0000-0003-4938-7018; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; https://orcid.org/0000-0001-5444-1037; http://lattes.cnpq.br/8952425579610731; Gualdi, Lucien Peroni; Silva, Ana Aline Marcelino da
    Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa multissistêmica com heterogeneidade clínica, genética e neuropatológica, sendo o comprometimento respiratório, caracterizado por volumes pulmonares reduzidos e tosse ineficaz, sua principal causa de morbi-mortalidade. A insuflação-exsuflação mecânica (I-EM), consiste em aumentar o fluxo de ar expiratório e, assim, promover o aumento do pico de fluxo da tosse (PFT) e a remoção de secreções. Objetivo: Analisar e descrever os efeitos agudos da aplicação da técnica de I-EM sobre PFT e volumes operacionais da parede torácica (PT) em indivíduos com ELA. Metodologia: Estudo observacional analítico, composto por indivíduos com diagnóstico provável ou definitivo de ELA. Inicialmente foi realizada a coleta de dados sociodemográficos e clínicos, incluindo a realização da avaliação da função pulmonar (espirometria) e força muscular respiratória (pressões respiratórias máximas, PImáx e PEmáx). Em seguida, foram avaliados os volumes da PT e PFT antes (Pré I-EM) durante (I-EM) e após a aplicação da técnica de I-EM (Pós I-EM), através da Pletismografia Optoeletrônica (POE). Resultados: Foram avaliados 9 indivíduos com ELA, que ainda não haviam usado um dispositivo de I-EM. Apresentando em sua maioria ELA de início espinhal (67%), sexo masculino (56%) e CVF média de 70±15,7%. A técnica de I-EM não causou alterações no PFT pós realização da técnica. Uma redução na frequência cardíaca (p<0,003) dos indivíduos 80 bpm (73 – 94) vs 71 bpm (67 – 76) foi observada imediatamente após a técnica. Houve uma associação positiva forte (r = 0,73, p<0,003) entre o domínio da função bulbar da ALSFRS-R/BR e o PFT pós I-EM. Não foram observadas diferenças significativas nas demais variáveis analisadas. Conclusão: A técnica de I-EM não foi capaz de aumentar o PFT, bem como influenciar o padrão toracoabdominal de indivíduos com ELA. Até o momento, só podemos observar que o acometimento da função bulbar está associado a uma redução na geração de PFT desses pacientes. Nosso n amostral se fez insuficiente para detectar alterações significativas nas medidas de desfecho analisadas.
  • Dissertação
    Validade discriminativa e acurácia diagnóstica de parâmetros posturográficos da Horus em indivíduos com e sem vestibulopatia
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-24) Marinheiro, Maria Clara Peixoto; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; Gazzola, Juliana Maria; https://orcid.org/0000-0003-4817-9364; http://lattes.cnpq.br/0714099533608131; http://lattes.cnpq.br/5582756910396576; Ribeiro, Karyna Myrelly Oliveira Bezerra de Figueiredo; Vaz, Fabiane de Castro
    Introdução: O equilíbrio postural eficiente resulta da participação conjunta de sistemas somatossensorial, visual, vestibular, neuromotor e cognitivo. Mudanças no sistema vestibular podem causar tontura, vertigens e instabilidades posturais. A posturografia pode ser aplicada para avaliar as oscilações posturais em indivíduos com e sem disfunção vestibular (DV). No entanto, há uma carência de estudos que investiguem a validade discriminativa e acurácia diagnóstica dos parâmetros posturográficos da Horus® na diferenciação entre indivíduos com e sem DV em diferentes condições sensoriais. Objetivo: Avaliar a validade discriminativa e acurácia diagnóstica de parâmetros posturográficos da Horus® em sete condições sensoriais em indivíduos com e sem DV. Metodologia: Foi realizado um estudo metodológico de validade discriminativa e acurácia diagnóstica, tipo pesquisa clínica de corte transversal, baseada no consenso COSMIN e STARD. A amostra foi constituída por indivíduos de 40 a 79 anos, de ambos os sexos, divididos em dois grupos: Grupo 1 (com DV) e o Grupo 2 (sem DV). Foram aplicados questionários de caracterização clínica, cognição (Prova Cognitiva De Leganés); nível de atividade física (International Physical Activity Questionnaire); e posturografia Horus® pelos parâmetros elipse de confiança/limite de estabilidade (razão EC/LE), velocidade média anteroposterior e mediolateral (VM/AP e ML) e Análise Sensorial (AS). Para avaliar a validade discriminativa foram realizadas análises multivariadas (MANOVA) não paramétricas e teste de Mann-Whitney, controlada com o ajuste de Holm e a rank-biserial correlation foi utilizada como estimativa de tamanho de efeito. Adicionalmente, a sensibilidade e especificidade das variáveis EC/LE, VM/ML, VM/AP da C4, da Função Vestibular e Índice de Equilíbrio Composto (IEC) foram determinadas utilizando curvas ROC, índice de Youden, bem como, calculada a área sob a curva (AUC) e IC 95%. Foi adotado para todas as análises estatísticas um nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: A amostra final foi composta por 153 indivíduos, 78 do grupo com DV (G1= 78) e 75 do grupo sem DV (G2= 75), com médias de idade de 59,36 e 56,48 anos, respectivamente. Em relação à validade discriminativa dos parâmetros posturográficos da Horus®, foram encontradas diferenças significativas entre os indivíduos com e sem DV para todas as variáveis dependentes da EC/LE e da VM/ML (p < 0,001) com diferenças de moderada a grande (TDE: > 0,28) e na maioria das variáveis dependentes da VM/AP e da AS (p < 0,005), com diferenças de leve a moderada (TDE: > 0,11 e < 0,43); no entanto, na condição 5 "optocinético para direita em superfície instável", "dependência visual esquerda" e "dependência visual túnel" não apresentaram diferenças significativas. Os resultados das análises de curva ROC demonstraram que a variável EC/LE apresentou uma AUC de 0,7267 (p< 0,0001), com sensibilidade de 52,6% e especificidade de 84%, a VM/ML mostrou uma AUC de 0,711 (p<0,0001), sensibilidade de 53,85% e especificidade de 80,00%, em contrapartida, a VM/AP apresentou uma menor AUC = 0,594 (p =0,04), com sensibilidade de 67,95% e especificidade de 46,67%. A Função Vestibular obteve uma AUC de 0,676 (p=0,0003), com sensibilidade de 70% e especificidade de 60,8% enquanto o IEC destacou-se com uma AUC de 0,77 (p<0,0001), sensibilidade de 79,5% e especificidade de 64%. Conclusões: Os parâmetros EC/LE, VM/ML e VM/AP nas sete condições e AS são moderadamente capazes de discriminar indivíduos com e sem DV. Foram aceitas seis hipóteses, ou seja, estas foram capazes de discriminar indivíduos com e sem DV. Também, os resultados das análises da curva ROC para as variáveis EC/LE, VM/ML, VM/AP da C4, Função Vestibular e IEC demonstraram que o instrumento tem uma capacidade discriminativa de moderada a boa para identificar indivíduos com e sem DV, com alta especificidade para determinadas variáveis, mas, sensibilidade moderada e o IEC parece ter uma boa combinação de sensibilidade e especificidade.
  • Dissertação
    Efeitos agudos da pressão positiva expiratória sobre a hiperinsuflação dinâmica em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-11-27) Silva, Lailane Saturnino da; Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas; https://orcid.org/0000-0003-4938-7018; http://lattes.cnpq.br/2201375154363914; http://lattes.cnpq.br/6422067872573711; Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti; Oliveira, Palomma Russelly Saldanha de Araújo
    A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença comum, prevenível e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e limitação ao fluxo aéreo, devido a alterações nas vias aéreas e nos alvéolos causadas por exposições significativas a partículas e gases nocivos. A limitação ao fluxo aéreo pode reduzir a capacidade de expiração do paciente, tendo como consequência a hiperinsuflação pulmonar, que quando na existência de uma demanda ventilatória e metabólica elevada, denomina-se hiperinsuflação dinâmica (HD). A Pressão Positiva Expiratória (EPAP – Expiratory Positive Airway Pressure) poderia ter potencial para minimizar ou prevenir a HD. Atualmente é possível mensurar com maior precisão o efeito da EPAP sobre a HD por meio da Pletismografia Optoeletrônica (POE). Objetivos: O objetivo do estudo é avaliar os efeitos agudos da EPAP sobre a HD em pacientes com DPOC submetidos ao exercício físico. Metodologia: Foram recrutados 18 pacientes, sendo excluídos 4, totalizando uma amostra final de 14 pacientes (7 homens e 7 mulheres). Trata-se de um estudo analítico do tipo observacional, cross-over de caráter transversal com pacientes com diagnóstico clínico de DPOC e obstrução ao fluxo aéreo de moderada a grave. Os pacientes foram avaliados em três momentos; momento 1: função pulmonar, força muscular respiratória, Perfil de atividade humana (PAH), Escala Medical research council (MRC), Teste de capacidade de exercício – Incremental Shuttle Walking Test (ISWT); e nos momentos 2 e 3: volumes da parede torácica (POE) durante o protocolo de exercício com carga constante com e sem o uso da EPAP, com resistência graduada em 7,5 cmH2O, com ordem de execução aleatória. Resultados: Nas analises intragrupos foi observado aumento significativo dos volumes de todos os compartimentos da parede torácica no grupo EPAP, e apenas dos compartimentos Caixa Torácica Abdominal (Rib cage abdominal - Rca) e Abdome (Abdomen - Ab) no grupo placebo, durante o exercício. Houve diminuição estatisticamente significante nos tempos inspiratório (Ti), expiratório (Te) e tempo total (Ttot) durante o exercício no grupo placebo, e aumento significativo da velocidade de encurtamento dos músculos inspiratórios e expiratórios tanto no grupo EPAP quanto no placebo, durante o exercício. Nas análises intergrupos observamos a diminuição significativa dos tempos (Ti, Te e Ttot) no grupo placebo, além da diminuição significativa da velocidade de encurtamento (ΔVab/Ti) no grupo EPAP. Adicionalmente, obtivemos um menor tempo total de exercício e um maior relato de dispneia (BORG) ao final do exercício no grupo EPAP. Conclusão: O uso da EPAP durante o exercício não promoveu redução no desenvolvimento da HD.
  • Dissertação
    Osteosarcopenia e desempenho físico em uma amostra de mulheres idosas comunitárias de um centro urbano do nordeste brasileiro: um estudo exploratório
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-25) Oliveira, Igor Rafael Damasceno de; Guerra, Ricardo Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-3824-3713; http://lattes.cnpq.br/4265185619165890; https://orcid.org/0000-0002-3494-3838; http://lattes.cnpq.br/4366878367394466; Azevedo, Ingrid Guerra; Macedo, Sabrina Gabrielle Gomes Fernandes
    Introdução: Osteosarcopenia é uma síndrome geriátrica única, que pode ser compreendida como a presença concomitante de redução de massa óssea e redução da massa muscular, amplificando as possíveis repercussões clínicas e os principais fatores de risco de duas das principais desordens musculoesqueléticas que acometem a população idosa, osteoporose/osteopenia e sarcopenia. Objetivo: Identificar a associação entre Osteosarcopenia e Medidas de Desempenho físico em uma amostra de idosas comunitárias osteosarcopênicas e não-osteosarcopênicas residentes de um centro urbano do Nordeste brasileiro. Métodos: Trata-se de um estudo observacional analítico, de caráter transversal, que avaliou 32 mulheres idosas com osteosarcopenia e 32 sem osteosarcopenia. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, presença de doenças crônicas e SARCF. A composição corporal foi acessada pela Absorciometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA) e a sarcopenia definida com base nos critérios do European Working Group on Sarcopenia in Older People 2 (EWGSOP2). O Desempenho físico foi obtido pela Short Physical Performance Battery (SPPB) e pela análise da Força de Preensão Palmar (FPP). Em relação as análises estatísticas, utilizamos o teste de Qui-quadrado de Pearson, Mann-Whitney e regressão logística ajustadas por idade, índice de Massa Corporal, velocidade de marcha, velocidade para sentar/levantar de uma cadeira e FPP foram desenvolvidas para estimar a associação com a osteosarcopenia. Resultados: FPP (OR = 0,70, IC 0,58 a 0,86, p-valor <0,001) e o teste de sentar e levantar (OR = 0,17, IC 0,04 a 0,62, p-valor=0,008) associaram-se significativamente com a presença de osteosarcopenia. Conclusão: concluise que as medidas de desempenho físico associadas à osteosarcopenia em mulheres idosas residentes da comunidade, são força de preensão palmar e o teste de sentar e levantar.
  • Dissertação
    Ativação cortical e desempenho funcional de idosos saudáveis submetidos a uma dupla tarefa
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-06-15) Souza, Idaliana Fagundes de; Cavalcanti, Fabrícia Azevedo da Costa; https://orcid.org/0000-0002-1391-1060; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; http://lattes.cnpq.br/2442473406962979; Nobre, Thaiza Teixeira Xavier; Rocha, Kliger Kissinger Fernandes
    Introdução: Nas atividades diárias os indivíduos precisam realizar tarefas simultâneas, como andar e observar os obstáculos, afim de prevenir acidentes. No entanto, achados morfológicos em idosos apresentaram redução da substância cinzenta no lobo frontal, região necessária para a execução de tarefas da função executiva, primordial na Dupla Tarefa (DT). O eletroencefalograma (EEG) é utilizado para observação da dinâmica cerebral através da captura do fluxo elétrico. O treino com DT é uma importante ferramenta para ganhos motores e cognitivos em idosos. Contudo, estudos que demonstram os padrões cerebrais no desempenho DT são escassos. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi investigar como a DT pode influenciar o padrão de ativação cerebral em idosos saudáveis. Metodologia: Estudo observacional descritivo do tipo transversal, amostra composta por indivíduos entre 65 e 75 anos. Os sujeitos foram avaliados por meio da: ficha de avaliação sociodemográfica, Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Short Physical Performance Battery (SPPB), Teste de Deambulação Funcional (TDF) e análise da Eletroencefalografia (EEG) – Emotiv EPOC, a fim de observar a ativação cortical no desempenho da DT. Análise Estatística: Os dados foram preparados pelo software estatístico SPSS-20. A análise inicial foi realizada através dos valores de mediana, desvio padrão e frequência. Os dados foram analisados segundo as normas do Emotiv EPOC® e por meio do teste de Mann-Whitney, Wilcoxon e correlação de Spearman. Foi adotado significância de 5%. Resultados: 23 indivíduos foram incluídos, maioria do sexo feminino (60,9%) e com escolaridade predominante no ensino fundamental (30%). O tempo de duração do TDF1 foi de 1 minuto e 38 segundos (mediana 98 segundos). Houve significância entre o desempenho do TDF com a escolaridade (p=0,012), idade (p= 0,018) e MEEM (p=0,019). Na análise das ondas alfa e beta, houve uma tendência de maior potencial de ativação dos canais F3 e menor potencial de ativação dos canais F5. Houve correlações estatísticas entre SPPB com o canal F3 (alfa p = 0,020; ρ = -0,480 e beta p = 0,013; ρ = -0,509) e canal de O2 (alfa p = 0,042; ρ = -0,426 e beta p = 0,032; ρ = -0,447); e entre o canal P7 e o MEEM (alfa p = 0,034; ρ = -0,444) e beta p = 0,025; ρ = -0,466), todos indicando correlação negativa e moderada. Os canais do hemisfério direito e as áreas corticais executivas foram os mais ativados. Conclusão: Os dados obtidos apontam que a DT ativou mais as áreas motoras que contribuem para as funções executivas em detrimento das demais áreas corticais. Estas demais áreas, por sua vez, também foram ativadas, embora em menor intensidade, pela necessidade de o córtex suprir as demandas motoras e cognitivas instantâneas, sobretudo em razão da compensação da debilidade cortical nos idosos. Além disso, este estudo mostrou que idosos com melhor desempenho funcional e cognitivo demandam de um menor esforço neural e de atenção nas áreas frontal e parietal à esquerda e occipital direita, para desempenhar a dupla tarefa.
  • Dissertação
    Desenvolvimento e validação de um sistema para análise neuromuscular em tempo real para pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-13) Fernandes, Ana Paula Mendonça; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; Rodríguez, Denis Delisle; https://orcid.org/0000-0002-0100-8026; http://lattes.cnpq.br/4447544386255111; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; Fernandes, Felipe Ricardo dos Santos
    Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa grave que compromete progressivamente a funcionalidade e a qualidade de vida dos pacientes. A análise de sinais eletromiográficos de superfície (EMGs) e acelerometria (ACC) desempenha um papel fundamental no diagnóstico precoce e no planejamento terapêutico. No entanto, o alto custo dos dispositivos e a complexidade na classificação de padrões neuromusculares limitam o acesso a essas tecnologias, especialmente no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante desse cenário, torna-se essencial o desenvolvimento de sistemas acessíveis e eficientes para diagnóstico e monitoramento da ELA. Objetivos: Este projeto tem como objetivo desenvolver e validar um sistema para a coleta, processamento e análise em tempo real de sinais EMGs e ACC. A ferramenta visa auxiliar na triagem de pacientes com ELA, acelerando o processo de diagnóstico, na prescrição de exercícios e no monitoramento da progressão da ELA. Metodologia: O sistema desenvolvido consiste em um sensor EMGs de baixo custo, integrado a um computador por meio de comunicação MQTT. Os dados coletados são processados em tempo real, permitindo análise instantânea dos sinais neuromusculares. A validação do sensor e do código de processamento foi realizada em um grupo controle, composto por quatro pessoas saudáveis, garantindo a confiabilidade do sistema antes de sua aplicação clínica. Resultados: A validação do sistema incluiu testes de bancada, estudos piloto com quatro indivíduos saudáveis e a avaliação do código de processamento em tempo real. Os dados de EMGs foram analisados por meio de testes estatísticos, incluindo coeficiente de correlação intraclasse (ICC), análise de Bland-Altman e razão de energia, demonstrando alta consistência e concordância entre os métodos. Para validar o código em tempo real, os sinais brutos e processados de cada indivíduo foram comparados por meio de correlação de Pearson, regressão linear e teste SPM1D, apresentando forte correlação linear (r > 0,96), ausência de diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) e coeficientes de regressão próximos de 1, com elevados coeficientes de determinação (R2 > 0,92). Conclusão: O sistema desenvolvido integra tecnologias avançadas de monitoramento e análise de sinais musculares, proporcionando uma solução acessível para apoiar o diagnóstico, monitorar a progressão da ELA e estabelecer objetivos terapêuticos personalizados. Seu alto desempenho na validação preliminar reforça seu potencial para aplicação clínica e futura incorporação ao SUS.
  • Dissertação
    Análise multiparamétrica da Pressão Inspiratória Nasal (SNIP) na distrofia muscular de Duchenne: um estudo de caso-controle com indivíduos saudáveis
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-21) Batista, Ilsa Priscila dos Santos; Resqueti, Vanessa Regiane; Ferezini, Joceline Cassia; https://orcid.org/0000-0003-4817-9364; http://lattes.cnpq.br/0714099533608131; https://orcid.org/0000-0003-2896-279X; http://lattes.cnpq.br/3019653138549676; Samora, Giane Amorim Ribeiro; Fonseca, Jéssica Danielle Medeiros da
    Introdução: Indivíduos com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) apresentam alterações nos músculos respiratórios que levam à fadiga e fraqueza progressiva. A avaliação das taxas de relaxamento e das propriedades contráteis dos músculos inspiratórios foi descrita como uma medida auxiliar para identificar a fadiga muscular respiratória precoce em diferentes populações. Objetivo: Avaliar as taxas de relaxamento e de contração dos músculos inspiratórios de forma não invasiva por meio da medição da pressão inspiratória nasal (SNIP) em indivíduos com DMD. Métodos: Estudo de caso-controle em indivíduos com DMD comparados a sujeitos saudáveis. Avaliamos a espirometria e as pressões respiratórias máximas em todos os indivíduos. A partir da curva SNIP, calculamos a taxa máxima de relaxamento (MRR), a curva de decaimento constante (τ, tau) e a taxa máxima de desenvolvimento de pressão (MRPD). Resultados: Analisamos 32 indivíduos com DMD e os comparamos com 32 sujeitos saudáveis do sexo masculino e com a mesma idade (12,7 ± 5,1 anos). Os indivíduos com DMD apresentaram menor função pulmonar e força muscular respiratória em comparação com indivíduos saudáveis (p<0,001). Além disso, o grupo DMD apresentou uma MRR significativamente menor (5,9 [5,1- 6,9] vs. 8 [6,9- 10,3] %/ms, p = 0,001) e MRPD (-0,38 [-0,47 a -0. 26] vs. -0,62 [-0,52 a -0,80] cmH2O/ms-1, p = 0,001), além de um τ mais alto (65,7 [50,7- 78,1] vs. 40,5 [30,2-48,7] ms, p = 0,001). Adicionalmente, as curvas ROC demonstraram que os parâmetros derivados da curva SNIP possuem poder discriminativo para distinguir indivíduos com DMD e saudáveis [SNIP (AUC 0,94 p < 0,001), MRR (AUC 0,86 p < 0,001), τ (AUC 0,92 p < 0,001) e MRPD (AUC 0,89 p < 0,001)]. Conclusões: As propriedades contráteis e as taxas de relaxamento dos músculos inspiratórios estão prejudicadas em indivíduos com DMD, indicando um início precoce de fraqueza muscular ou fadiga. Além disso, os parâmetros derivados da curva SNIP podem diferenciar efetivamente indivíduos com DMD e indivíduos saudáveis, auxiliando na detecção precoce dessas alterações na prática clínica.
  • Dissertação
    Efeitos do uso de dispositivos vestíveis no monitoramento de atividade física em programas de reabilitação pulmonar para doenças respiratórias crônicas: uma revisão sistemática e metanálise
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-27) Oliveira, Thaianne Rangel Agra; Nogueira, Patrícia Angélica de Miranda Silva; Fernandes, Ana Tereza do Nascimento Sales Figueiredo; https://orcid.org/0000-0002-3763-2410; http://lattes.cnpq.br/1788918737416095; https://orcid.org/0000-0002-8943-5355; http://lattes.cnpq.br/6810423033364771; Nogueira, Ivan Daniel Bezerra; Santino, Thayla Amorim
    Introdução: A reabilitação pulmonar (RP) é uma abordagem destinada ao atendimento abrangente de indivíduos com doenças respiratórias crônicas (DRC). Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma possuem níveis reduzidos de aptidão física, pois evitam exercícios físicos por receio de provocar o aparecimento frequente dos sintomas. Dispositivos vestíveis têm sido inseridos nas intervenções de mudança de comportamento para atividade física nos protocolos de RP. Objetivo: Analisar a literatura para identificar os efeitos do uso de dispositivos vestíveis no monitoramento de atividade física em programas de reabilitação pulmonar para doenças respiratórias crônicas. Métodos e análises: Trata-se de uma revisão sistemática, registrada na PROSPERO (CRD42024504137). As buscas foram realizadas em 07 março de 2024, nas bases de dados eletrônicas Medline, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Embase, CINAHL e PEDro, assim como busca na literatura cinzenta. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados controlados com indivíduos de ambos os sexos, a partir de 18 anos, diagnosticados com DPOC ou asma. Os estudos utilizaram dispositivos vestíveis para monitoramento em programas de reabilitação pulmonar, com treinamento físico resistido e/ou aeróbico. Não houve restrição de idioma ou ano de publicação. Foram excluídos resumos de congressos e estudos que discutiam apenas o desenvolvimento de algoritmos ou aplicativos para avaliação das doenças. Resultados: A busca eletrônica resultou em 3940 referências, das quais 2038 foram duplicadas e excluídas, restando 1902 artigos. Após a triagem de títulos e resumos, 23 estudos foram selecionados para leitura completa. 18 artigos foram excluídos e 5 incluídos com base nos critérios de elegibilidade, e mais 3 estudos foram identificados por busca manual e 1 através do Google Scholar, totalizando 9 artigos incluídos na revisão. Os estudos incluíram 743 participantes, entre 45 e 75 anos. As intervenções, com duração de 8-52 semanas, envolveram exercícios aeróbicos e resistidos, combinados a programas educacionais. Houve melhorias na atividade física monitorada por dispositivos vestíveis. A análise metodológica pela escala PEDro indicou qualidade variando de moderada a excelente, e o risco de viés foi mais evidente em desfechos qualitativos. Na análise quantitativa os dispositivos vestíveis promoveram um aumento significativo no número de passos diários (SMD = 0,35; IC 95%: 0,01 a 0,69; p = 0,04). Contudo, não houve efeitos consistentes em desfechos como qualidade de vida, capacidade funcional e ansiedade. Alta heterogeneidade e limitações metodológicas foram observadas em alguns estudos. Considerações finais: Os dispositivos vestíveis são eficazes no aumento da AF em pacientes com DRC, mas não produzem impacto significativo em outros desfechos clínicos, como qualidade de vida. Essa revisão sistemática e metanálise forneceu uma análise abrangente da eficácia e do impacto destes dispositivos no contexto da RP, contribuindo principalmente para a avaliação da eficácia clínica, integração tecnológica, melhoria na adesão ao exercício, síntese de evidências e identificação de lacunas e necessidades futuras de pesquisas.
  • Dissertação
    Relação entre déficit cognitivo e desempenho físico em idosos: estudo transversal
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-10) Tertuliano, Charle Victor Martins; Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti; https://orcid.org/0000-0002-8913-7868; http://lattes.cnpq.br/9441132413428495; http://lattes.cnpq.br/5410695450175545; Câmara, Saionara Maria Aires da; Moreira, Mayle Andrade
    Introdução: A cognição é uma função corporal que diminui com o envelhecimento e suas alterações são caracterizadas pelo comprometimento da memória, julgamento, linguagem e atenção. Pode ocorrer devido a problemas neurodegenerativos complexos que podem afetar as habilidades cognitivas, o desempenho físico, a funcionalidade e pode ser um marcador de demência, sendo uma condição clínica crítica para os idosos comunitários em vulnerabilidade social e um desafio à saúde global. Objetivo: Avaliar a relação entre déficit cognitivo e desempenho físico em idosos comunitários e identificar os fatores associados ao baixo desempenho físico. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico e de caráter transversal, composto por idosos comunitários, residentes no município de Parnamirim (Rio Grande do Norte), com idade ≥ 60 anos. Foram coletados dados sociodemográficos e clínico-funcionais, além de dados sobre comorbidades, déficit cognitivo e desempenho físico, através da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, da Prova Cognitiva de Leganés (PCL) e do Short Physical Performance Battery (SPPB). A análise estatística foi realizada por meio dos testes t de Student, qui-quadrado e Regressão de Poisson. Resultados: Foram avaliados 760 idosos, com média de 70,18 (±7,11) anos de idade. Houve associação estatisticamente significativa entre déficit cognitivo e desempenho físico (p<0,001). Os fatores associados ao baixo desempenho físico foram: idade (p = <0,001), sexo feminino (p = <0,001), uso de psicotrópicos (p = 0,025), diagnóstico de diabetes mellitus (p = 0,028) e a presença de déficit cognitivo (p = 0,001). Conclusão: Encontramos uma associação entre o declínio cognitivo e desempenho físico em uma amostra de idosos comunitários. Baixo desempenho físico foi associado a maior idade, ser mulher, presença de diabetes, uso de psicotrópicos e déficit na função cognitiva. Os profissionais de saúde devem estar atentos aos fatores potencialmente modificáveis e desenvolver medidas de cuidados preventivos e não farmacológicos eficazes para melhorar os resultados de saúde em idosos, melhorando assim a qualidade de vida, promovendo independência e redução das incapacidades cognitivo-funcionais.
  • Dissertação
    Efeitos de exercícios supervisionados versus minimamente supervisionados na incapacidade, dor e qualidade de vida de indivíduos jovens com dor cervical crônica não específica: ensaio clínico randomizado
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Castro, Pedro Henrique Martins de; Vieira, Wouber Hérickson de Brito; Dantas, Glauko André de Figueiredo; https://orcid.org/0000-0003-3588-5577; http://lattes.cnpq.br/7943769688281372; https://orcid.org/0000-0002-0326-9035; http://lattes.cnpq.br/6975764700509351; Silva, Rodrigo Scattone da; https://orcid.org/0000-0002-7973-188X; http://lattes.cnpq.br/9953273388451412; Santana, Josimari Melo de
    Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a não inferioridade de um programa de exercícios minimamente supervisionado versus supervisionado (com doses iguais de treinamento) ao longo de 8 semanas, na incapacidade cervical, intensidade da dor e qualidade de vida de indivíduos com dor cervical crônica não-específica (DCCNE). Desenho: ensaio clínico randomizado de não inferioridade, de centro único, com dois braços e grupos paralelos. Local: O estudo foi conduzido na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN, Brasil. Participantes: 76 participantes com DCCNE de ambos os sexos. Intervenção: Os participantes foram randomizados em dois grupos: grupo de exercícios supervisionados e grupo de exercícios minimamente supervisionados. Ambos os grupos realizaram um programa de oito semanas (duas vezes por semana) com exercícios de mobilidade articular e controle motor para coluna cervical. Medidas: O desfecho primário foi o nível de incapacidade cervical. Os demais desfechos secundários incluíram intensidade da dor, limiar de dor a pressão, força, controle neuromotor, amplitude de movimento, qualidade de vida, cinesiofobia, catastrofização, autoeficácia. Todos os desfechos foram avaliados antes e após o término do programa de exercícios. O efeito global percebido foi usado para avaliar a percepção de melhora. Resultados: Ambos os grupos (A e B) mostraram melhorias na intensidade da dor, mas sem diferença estatisticamente significativa entre eles. Além disso, não houve diferença significativa na maioria dos desfechos secundários, exceto em qualidade de vida, cinesiofobia, e autoeficácia da dor, com o Grupo A mostrando melhores resultados. O limiar de dor à pressão foi melhor no Grupo B. Conclusão: O grupo com exercícios minimamente supervisionados não foram inferiores aos exercícios supervisionados para melhorar incapacidade cervical, dor e qualidade de vida em indivíduos jovens e fisicamente ativos com DCCNE leve a moderada. Registro do estudo: RBR-8bbz36g.
  • Dissertação
    Análise das dimensões da funcionalidade autopercebida nas pessoas idosas brasileiras a partir da PNS de 2019
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-14) Nascimento, Jeisyane Acsa Santos do; Guedes, Marcello Barbosa Otoni Goncalves; Lopes, Johnnatas Mikael; https://orcid.org/0000-0001-6166-1273; http://lattes.cnpq.br/2642054298345880; https://orcid.org/0000-0003-3597-2769; http://lattes.cnpq.br/3590394700577542; Souza, Marcelo Cardoso de; Assis, Sanderson José Costa de
    Nosso objetivo foi identificar dimensões latentes em variáveis de autopercepção funcional nas pessoas idosas brasileiras. Estudo transversal com dados do módulo k da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Brasil de 2019. Foi realizada estatística multivariada com Análise de Componentes Principais (ACP). A amostra foi composta por 22728 idosos de todas as regiões do Brasil, com predominância do sexo feminino (56%) e idade média de 70 anos (IC: 69,68 - 70,03). Observou-se que a população idosa se mostrou ativa, com 61% praticando exercícios físicos semanalmente, e a maioria residia com um cônjuge ou companheiro (56,3%). A análise estatística multivariada foi conduzida por meio da Análise de Componentes Principais, resultou em duas macrodimensões distintas de funcionalidade D1 e D2, que correspondem às Atividades de Vida diária (AVDS) e as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDS), respectivamente. Ao analisar separadamente cada macrodimensão, identificaram-se microdimensões internas tanto em AVDS quanto em AIVDS. Em AVDS destacaram-se as subdimensões AVDS-Membros Superiores e as AVDS-Membros Inferiores. Por outro lado, nas AIVDS, as microdimensões incluem a AIVDS- Gestão de Saúde e a AIVDS-Locomoção Externa Independente. Vale ressaltar que a variável K25, AIVDS- Finanças, também se agrupou no segundo componente, mas não foi útil para a distinção das dimensões internas de AIVDS por seus valores próximos entre as duas dimensões. As dimensões latentes sobre capacidade funcional aqui encontradas podem ser úteis para direcionar a avaliação funcional de idosos, a tomada de decisão terapêutica e a construção de políticas públicas.
  • Dissertação
    Variáveis clínicas associadas a déficits funcionais em pacientes afetados por artralgia crônica pós Chikungunya: um estudo transversal
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-09-24) Holanda, Joanna Sacha Cunha Brito; Freitas, Rodrigo Pegado de Abreu; http://lattes.cnpq.br/3462462933163509; http://lattes.cnpq.br/3444253694275600; Andrade, Sandra Cristina de; Gianlorenço , Anna Carolyna Lepesteur
    Contexto: O vírus chikungunya é uma doença endêmica que afeta pessoas em todo o mundo. Durante alguns meses do ano, a população que vive próxima aos trópicos está altamente infectada. A incubação do vírus dura aproximadamente 5 dias, gerando altos níveis de viremia que persistem cerca de 5 dias após o início dos sintomas. Os principais sintomas incapacitantes incluem artralgia inflamatória, incapacidade funcional e dor. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar os fatores que preveem a alteração da capacidade funcional em pacientes afetados por artralgia crônica pós chikungunya. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado de outubro de 2023 a junho de 2024. Coletamos variáveis de capacidade funcional, dor, sono e qualidade de vida utilizando os seguintes instrumentos: Health Assessment Questionnaire (HAQ), escala visual analógica (VAS), inventário de dor breve (BPI), índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) e o Short Form Health Survet - 36 (SF-36). Realizamos análise de regressão para identificar associações entre as variáveis. Resultados: Incluímos 119 indivíduos infectados pelo vírus Chikungunya. A análise de regressão dos escores da escala VAS revelou que a idade (coeficiente: -0,5532, p = 0,016) e a intensidade no BPI (coeficiente: 1,1716, p = 0,002) foram preditores significativos. Idade mais avançada estava associada a escores mais baixos na VAS, enquanto maior intensidade no BPI correlacionava-se com escores mais altos na VAS. O modelo explicou 25,7% da variabilidade dos escores VAS (R-quadrado: 0,257). Para os escores do questionário de avaliação de saúde (HAQ), idade (coeficiente: - 0,0104, p = 0,039), PSQI (coeficiente: 0,2250, p = 0,002) e saúde física do SF-36 (coeficiente: -0,0118, p = 0,005) foram preditores significativos, explicando 31,6% da variabilidade (R-quadrado: 0,316). Conclusão: Há uma grande complexidade entre os sinais e sintomas apresentados por pessoas infectadas pelo vírus Chikungunya. Destacamos aqui a identificação e as associações significativas entre a dor e a incapacidade experimentadas por pessoas infectadas pelo vírus Chikungunya.
  • Dissertação
    Dispositivo portátil para análise cinemática da marcha de indivíduos pós Acidente Vascular Cerebral em ambiente ambulatorial: um estudo prova de conceito
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-28) Cardoso, Daiane Carla Rodrigues; Ribeiro, Tatiana Souza; https://orcid.org/0000-0002-9611-1076; http://lattes.cnpq.br/6868962363056590; http://lattes.cnpq.br/3082862853508189; Araújo, Márcio Valério de; Holanda, Ledycnarf Januário de
    Introdução: Os sensores vestíveis vêm sendo utilizados na análise cinemática da marcha hemiparética, se mostrando uma alternativa mais acessível e mais simples de usar. Antes que essa tecnologia alcance o mercado, é necessário fazer um estudo de usabilidade deste dispositivo. Objetivo: Este estudo propôs verificar viabilidade e a eficácia preliminar de um dispositivo portátil para análise parâmetros cinemáticos da marcha de indivíduos pós AVC em ambiente ambulatorial. Métodos: Este estudo prova de conceito testou um dispositivo chamado DAMA, constituído de dois sensores inerciais usados para medir parâmetros angulares do tornozelo durante a marcha. A testagem foi realizada em 5 indivíduos sem AVC e em 5 indivíduos pós-AVC, utilizando como medida de referência o sistema de análise de movimento Qualisys Motion Capture System®. Durante a testagem do dispositivo, a viabilidade foi avaliada a partir de desfechos relacionados ao usabilidade operacional do dispositivo (utilizando questionário autoral) e à satisfação dos usuários (usando o questionário Quebec User Evaluation of Satisfaction with Assistive Technology 2.0 - Brazilian version). O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar os resultados dos dois grupos em relação aos desfechos de usabilidade operacional e a satisfação dos usuários. O teste de Wilcoxon foi utilizado para comparar as medidas angulares do tornozelo do dispositivo DAMA e do Qualisys®. Resultados: A maioria dos participantes foram homens adultos (média 59 anos). A usabilidade operacional e a satisfação dos usuários do dispositivo foram considerados satisfatórios para os dois grupos (usabilidade operacional: pós AVC: 4,5 - sem AVC: 4,12; satisfação dos usuários: pós AVC: 4,45 - sem AVC: 4,57). Nos dados angulares, foram diferentes entre DAMA e Qualisys® o contato inicial (p=0,006), pico de dorsiflexão (p<0,001) e pico de flexão plantar (p<0,001) no grupo pós AVC; também foi diferente o pico flexão plantar (p<0,001) no grupo sem AVC. Conclusão: O dispositivo se mostra viável, devido aos satisfatórios índices de usabilidade operacional e de satisfação dos usuários. Em uma análise preliminar de eficácia, alguns dados angulares tornozelo mostraram-se discordantes entre os dispositivos, indicando a necessidade de possíveis ajustes nesse sentido.
  • Dissertação
    Tradução, adaptação transcultural e análise psicométrica do rapid assessment of physical activity para idosos
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-07) Silva, Whitney Houston Barbosa dos Santos; Nogueira, Patrícia Angélica de Miranda Silva; https://orcid.org/0000-0002-3763-2410; http://lattes.cnpq.br/1788918737416095; http://lattes.cnpq.br/0119540028089511; Sousa, Catarina de Oliveira; Silva, Ivanizia Soares da
    Introdução: O envelhecimento populacional, no Brasil, vem crescendo de forma muito rápida, A prática de atividade física proporciona múltiplos benefícios à saúde, incluindo uma melhor cognição, regulação da aptidão cardiorrespiratória e vascular além de redução das doenças crônicas. Entretanto, existe escassez de questionário validados na língua portuguesa para avaliação do nível de atividade física em idosos. Dessa forma o estudo atual objetivou traduzir para o português brasileiro, adaptar transculturalmente e avaliar as propriedades psicométricas do instrumento Rapid Assessment of Physical Activity (RAPA) para o uso na população idosa brasileira. Materiais e métodos: Estudo metodológico exploratório e psicométrico, que envolve o processo de tradução e adaptação transcultural, por meio da tradução, tradução reversa, revisão por um comitê multiprofissional de especialistas e pré-teste. Foi avaliado a validade concorrente entre o Rapid Assessment of Physical Activity (RAPA), International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e a monitorização objetiva da atividade física por meio de uma pulseira. Confiabilidade e teste reteste foi avaliado por meio de duas visitas com um intervalo de uma semana. Resultados: O RAPA foi traduzido e adaptado transcuturalmente para idosos brasileiros. Houve correlação moderada entre o RAPA e o IPAQ para os participantes com alta escolaridade através do coeficiente de correlação de Spearman (r=0,60, p<0,003) e (r=0,51, p<0,0001) respectivamente. A confiabilidade teste reteste avaliada através do teste de Kappa mostrou forte confiabilidade intra (k=0,89, p<0,0001, concordância 80%) e inter-examinadores (k=0,71, p<0,0001, concordância 84%). A sensibilidade e especificidade atingiram valores mínimos sem significância estatística, compadado a medidas objetivas da atividade física em idosos. Conclusão: Os dados do presente estudo demonstraram que a versão traduzida para o português brasileiro do RAPA é uma medida válida e confiável para medição da atividade física em idosos com alta escolaridade no Brasil, podendo ser utilizado na prática clínica devido seu custo benefício e pouco tempo de aplicação. O estudo atual também mostrou evidências consideráveis sobre o teste reteste e confiabilidade. Levando em consideração a sensibilidade e especificidade, medidas objetivas da atividade física possuem melhor capacidade para mensurar a quantidade de minutos ativos em idosos brasileiros.
  • Dissertação
    Efeito do alongamento vaginal e da fotobiomodulação sobre a dor pélvica crônica e a função sexual de mulheres adultas: um protocolo de ensaio clínico
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-28) Souza, Rafaela Jéssica Silveira de; Viana, Elizabel de Souza Ramalho; http://lattes.cnpq.br/2081849934383112; http://lattes.cnpq.br/1829165226630258; Sousa, Vanessa Patrícia Soares de; Silva, Rodrigo Marcel Valentim da
    Introdução: A dor pélvica crônica (DPC) é uma patologia multifatorial que acomete uma em cada seis mulheres adultas e que se caracteriza pelo quadro de dor pélvica persistente associada ao acometimento dos sistemas geniturinário, gastrintestinal e musculoesquelético, bem como está relacionada à disfunção sexual e mudanças significativas de humor, repercutindo diretamente na redução da qualidade de vida. O alongamento é uma alternativa terapêutica para o restabelecimento da integridade funcional da musculatura do assoalho pélvico. Concomitantemente, outras estratégias têm se apresentado como alternativas eficazes para auxiliar os protocolos estabelecidos, dentre elas se destaca a fotobiomodulação (FBM), que consiste na emissão de luz de baixa intensidade para promover modulação do processo inflamatório e reparo tecidual, promovendo efeitos analgésicos na musculatura esquelética e atenuação dos sintomas que envolvem a disfunção sexual feminina (DSF) e a DPC. Por conseguinte, o presente estudo objetiva analisar a associação do alongamento com a FBM no tratamento da DPC e da DSF. Métodos: Estudo prospectivo, do tipo ensaio clínico controlado randomizado, a ser realizado por equipe especializada do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), localizado na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Serão recrutados indivíduos do sexo feminino entre 18 e 50 anos de idade, com vida sexual ativa, com diagnóstico de DPC e queixas relacionadas às disfunções sexuais. As pacientes elegíveis ao estudo serão codificadas e aleatorizadas na proporção de alocação de 1:1:1, em três grupos: grupo controle1 (GC1) com alongamento; grupo controle2 (GC2) com alongamento + ledterapia intravaginal simulada e grupo experimental (GE) com alongamento + ledterapia intravaginal com o aparelho ativo. As reavaliações ocorrerão após a 5ª sessão, a 10ª sessão, três e seis meses após a última sessão. A avaliação da dor será mensurada por meio da Escala de Estimativa Numérica, enquanto a avaliação da função sexual ocorrerá por meio do questionário Female Sexual Function Index (FSFI). O aparelho de fotobiomodulação utilizado será o Fluence Maxx HTM®. Resultados e impactos esperados: Espera-se um resultado positivo na redução dos sinais e sintomas da DPC, na melhora da qualidade de vida sexual das pacientes, possibilitando a elaboração de protocolo padronizado, seguro e eficaz a ser aplicado em laboratório e prática clínica.
  • Dissertação
    Fatores associados a sintomas craniocervicais e otológicos em profissionais da saúde que atuaram na pandemia da Covid-19: um estudo transversal
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-25) Gonzaga, Anita Almeida; Ribeiro, Karyna Myrelly Oliveira Bezerra de Figueiredo; https://orcid.org/0000-0002-5935-6760; http://lattes.cnpq.br/9795076623959418; http://lattes.cnpq.br/8873004706393040; Ferreira, Lidiane Maria de Brito Macedo; Oliveira, Daniella Araújo de
    Introdução: Durante a pandemia por COVID-19 ocorreu um aumento do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), acréscimo de jornadas de trabalho e altas taxas de transtornos psicológicos nos profissionais de saúde, aos quais em conjunto, podem acarretar problemas agudos e crônicos de saúde psíquica e física, como as queixas craniocervicais, cefaleia, dor orofacial, cervicalgia e sintomas otológicos, as quais, também podem ser influenciadas devido às interligações anatômicas e comunicação nervosa das estruturas craniocervicais. Objetivo: identificar os fatores associados a sintomas craniocervicais e otológicos em profissionais de saúde que atuaram na pandemia da COVID-19. Métodos: estudo transversal realizado com profissionais de saúde de ambos os sexos, com 18 anos ou mais, que atuaram na prestação de assistência a pacientes infectados ou suspeitos de COVID-19, sem restrição de atuação em departamento ou nível de atenção. Foram coletados dados acerca das características sociodemográficas, presença de sintomas craniocervicais (cefaleia, dor orofacial e cervicalgia) e otológicos (zumbido, plenitude auricular, hipoacusia, tontura e vertigem), padrão de uso de EPI antes e durante a pandemia. Além do histórico médico, condições de trabalho, hábitos de vida, qualidade do sono e sintomatologia depressiva, por meio de um questionário autoadministrado online. Resultados: 147 sujeitos responderam ao questionário, com 79,6% de mulheres, idade média de 35 ± 9,7 anos. A presença dos sintomas craniocervicais antes à pandemia foi de 32% para cefaleia, 15,6% para a dor orofacial, 21,1% cervicalgia e 11,6% para os sintomas otológicos. Em relação ao agravamento dos sintomas preexistentes durante a pandemia, foram identificados 59,5% cefaleia, 60,8% da dor orofacial, 38,7% cervicalgia e 29,4% sintomas otológicos. Já para o surgimento de novos sintomas craniocervicais durante a pandemia, a cefaleia esteve presente em 44,2%, dor orofacial ocorreu em 36,7%, cervicalgia 38,1% e sintomas otológicos 54,4%. A cefaleia foi o sintoma mais prevalente antes à pandemia e a dor orofacial no agravamento de sintomas preexistentes; já os sintomas otológicos para o surgimento de novos sintomas. Os fatores associados ao agravamento dos sintomas preexistentes da cefaleia foram: usar a máscara PFF2 durante a pandemia (OR = 4,07), ser do sexo feminino (OR = 5,09), não praticar atividade física durante a pandemia (OR = 4,48) e possuir antedecentes pessoais (OR = 4,26). Já para a dor orofacial foi trabalhar em enfermaria (OR = 4,72). Em relação aos fatores associados ao surgimento dos sintomas craniocervicais, no que diz respeito à cefaleia, encontramos a sintomatologia depressiva presente (OR = 3,15) e para o surgimento da dor orofacial foram presença da cervicalgia durante a pandemia (OR = 2,45) e possuir sintomas otológicos durante a pandemia (OR = 3,14). Com relação à cervicalgia, possuir sintomas associados durante a pandemia (OR = 3,99) e apresentar dor orofacial durante a pandemia (OR = 2,45). No que se refere aos fatores associados ao surgimento dos sintomas otológicos foram encontrados, o uso de máscara cirúrgica antes à pandemia acima de 4 horas por dia (OR = 3,06), uso de face shield durante a pandemia acima de 4 horas por dia (OR = 2,98, IC 95% 1,07 – 8,24, p = 0,035) e presença de dor orofacial durante a pandemia (OR = 3,89). Conclusão: foi evidenciado o aumento na frequência dos sintomas craniocervicais e otológicos nos profissionais da saúde durante a pandemia, sendo a cefaleia mais prevalente antes à pandemia e no agravamento de sintomas preexistentes. Sugere-se a realização estudos epidemiológicos, longitudinais, com o maior tamanho amostral, para aprimorar o conhecimento e repercussões quanto às queixas craniocervicais e otológicas, formas de preveni-las e tratá-las.
  • Dissertação
    Efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua de alta definição (HD-tDCS) na atividade muscular de membros superiores de pessoas com ela: protocolo de intervenção e relato de três casos
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-29) Sousa, Bruna Ribeiro Carneiro de; Lindquist, Ana Raquel Rodrigues; Andrade, Suellen Mary Marinho dos Santos; https://orcid.org/0000-0002-6801-0462; http://lattes.cnpq.br/6437799927471735; https://orcid.org/0000-0001-9628-7891; http://lattes.cnpq.br/6535678775361874; http://lattes.cnpq.br/3539366474861225; Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa; https://orcid.org/0000-0002-1391-1060; http://lattes.cnpq.br/9579107830132166; Melo, Luciana Protasio de; https://orcid.org/0000-0003-3320-9428; http://lattes.cnpq.br/5823735725272248
    INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença do sistema nervoso, adquirida, neurodegenerativa e incapacitante, ocasionando sintomas motores e extra motores. É caracterizada por um declínio funcional nas pessoas acometidas. Na ELA, estudos relacionados à ETCC apresentam resultados consolidados sobre a hipótese de hiperexcitabilidade no sistema corticomotor neural, possuindo em seus mecanismos de ação, alguns aspectos interessantes que poderiam minimizar essa hiperexcitabilidade. De acordo com a montagem em áreas alvo, a ETCC tem como ação principal agir no potencial de membrana de repouso e produzir uma supressão prolongada da excitabilidade neuronal. Este efeito é determinado pela modulação da plasticidade sináptica dependente, o qual induz um retorno da célula às suas condições fisiológicas. O objetivo principal deste estudo é avaliar os efeitos de um protocolo de Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua de Alta Definição (HD-tDCS) na performance motora de membros superiores de pessoas com ELA. METODOLOGIA: Trata-se de um protocolo de ensaio clínico randomizado controlado, paralelo, duplo-cego com 2 braços, alocação 1:1, seguindo as recomendações do Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT), realizado a partir deste um protocolo de ensaio clínico, baseado no Standard Protocol Items Recommendations for Interventional Trials (SPIRIT). Serão incluidos sujeitos com diagnostico de ELA de acordo com os criterios revisados de El Escorial, idade entre 18 e 80 anos, bom nivel cognitivo na escala ALS Cognitive Behavioral Screen (≥17 pontos), capazes de entender e executar ações motoras simples a partir de comandos verbais. Os participantes serão recrutados no Ambulatorio de Doencas Neuromusculares do Hospital Universitario Onofre Lopes (HUOL) e avaliados antes da intervenção (PRE), uma semana após a intervenção (POS1) e 2 semanas após a intervenção (POS2). O grupo experimental realizará uma avaliação inicial, e caso atenda aos critérios de inclusão, será submetido a cinco sessões de HD-TDCS em dias consecutivos (uma sessão em cada dia), as quais terão duração de 20 minutos e intensidade de 3mA. O grupo Sham receberá simulações da aplicação do ETCC de alta definição, sendo fornecido pelo dispositivo um período de aceleração de 30 s até os 3 mA completos, seguido imediatamente por uma redução de 30 s. Além da descrição do protocolo, esse estudo descreve um relato de caso de um participante com diagnostico de ELA desde setembro de 2022 submetido ao protocolo de intervenção com HD-tDCS descrito. Resultados: Verificou-se que em um protocolo de atividades funcionais a maior parte das características dos sinais analisados das ativações musculares se demonstraram maiores no POS1 e POS2, em comparação com o PRE. Discussão: Dessa forma, foram encontradas alterações nos sinais eletromiográficos após a aplicação da intervenção, o que indica que o protocolo é viável, no entanto é necessária a realização do ensaio clínico descrito para validar a eficácia e segurança do protocolo.