PPGe - Doutorado em Geografia
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Tese Amazônia setentrional amapaense: interações espaciais na sub-região das ilhas da foz do Amazonas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-29) Amorim, João Paulo de Almeida; Costa, Ademir Araújo da; https://orcid.org/0000-0001-8611-6458; http://lattes.cnpq.br/8382380271380702; http://lattes.cnpq.br/3922989255427692; Dozena, Alessandro; https://orcid.org/0000-0001-9910-5715; http://lattes.cnpq.br/1811716812760920; Morais, Ione Rodrigues Diniz; Santos, Emmanuel Raimundo Costa; Porto, Jadson Luís RabeloO presente trabalho consiste em analisar a Sub-região das Ilhas da Foz do Amazonas (SIFA), localizada na Amazônia Setentrional Amapaense (ASA), por meio de suas interações espaciais entre seus municípios. Nesse contexto, a face ribeirinha da Aglomeração Urbana Macapá-Santana (AUMS), por meio de seus portos, possui um papel importante junto à SIFA e à ASA, pois possuem forte ligação historicamente construída, desde o período colonial lusitano com o recorte mencionado. Na primeira seção deste trabalho se discute a escolha do recorte do objeto de estudo, sua justificativa e a metodologia utilizada. A relevância desta pesquisa consiste em somar aos estudos já realizados sobre a composição das sub-regiões da ASA e suas dinâmicas internas, onde se observou que as cidades de Macapá e Santana possuem um papel extremamente importante na rede urbana e regional da ASA. Além da identificação com a área de estudo, o ineditismo do trabalho se dá pelo fato de que se apresentam poucos estudos desenvolvidos analisando a ASA, nessa ótica se busca aqui aumentar a contribuição à ciência, em especial à Geografia Amapaense em seu contexto regional, pois as relações entre os estados do Amapá e Pará cada vez mais se imbricam por suas dinâmicas recentes, principalmente na foz do rio Amazonas. A metodologia empregada nesta pesquisa foi, inicialmente, a pesquisa bibliográfica documental relativa aos conceitos de aglomeração urbana, interações espaciais, urbanodiversidade, hibridismo, urbanização na Amazônia e cidades amazônicas. A leitura de artigos científicos, banco de dados disponíveis, livros, dissertações e teses auxiliaram na discussão do arcabouço teórico e metodológico da pesquisa, principalmente na identificação dos espaços urbano-ribeirinhos e sua condição conceitual. Em consonância com a pesquisa bibliográfica foram realizadas entrevistas de campo em Macapá, Santana, Afuá, Chaves e Gurupá principalmente nos portos e trapiches durante as viagens entre estes municípios, com o objetivo de analisar as interações espaciais e o hibridismo no interior da SIFA. Na segunda seção, se caracteriza a Sub-região das ilhas da foz do Amazonas. Na terceira seção, se analisou a formação de espaços urbano-ribeirinhos na foz do rio amazonas, em consonância com a formação das cidades, suas tipologias e definições. Já na quarta seção deste trabalho, se analisou a importância da AUMS para a SIFA e a ASA, através da análise de suas interações espaciais. Como resultado desta tese de doutoramento se identificou que a SIFA possui uma rede de interações espaciais, na qual se destaca as relações entre a AUMS e a face insular da SIFA, onde se destaca a responsabilidade territorial da AUMS no interior da SIFA, principalmente pela dinâmica de troca de mercadorias e pessoas, pelo acesso a rede de saúde e educação por moradores ribeirinhos que incorporam de forma gradual a dinâmica urbana em seu cotidiano, formando novas formas de usos do espaço, a que se chama espaços urbano-ribeirinhos no interior da SIFA, principalmente na AUMS.Tese Análise da fragilidade ambiental de paisagens semiáridas do Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-15) Oliveira, Antônia Vilaneide Lopes Costa de; Cestaro, Luiz Antônio; Souza, José João Lelis Leal de; ; http://lattes.cnpq.br/4029385395680758; ; http://lattes.cnpq.br/8560399929947927; ; http://lattes.cnpq.br/9379700743524442; Diniz, Marco Tulio Mendonça; ; http://lattes.cnpq.br/3075753552167640; Amorim, Rodrigo de Freitas; ; http://lattes.cnpq.br/9294061567973701; Souza, Bartolomeu Israel de; ; http://lattes.cnpq.br/7944996933649086; Santos, Jader de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/0356125933191024No ambiente semiárido, a tentativa de utilização de modelos diversos para análise da fragilidade frente a processos erosivos, esbarra nas características próprias desse ambiente, onde os processos erosivos se relacionam com precipitações extremas e com as características intrínsecas das propriedades dos solos que se traduzem na erodibilidade dos mesmos. Além disso, nos modelos existentes, a atribuição de pesos às variáveis que compõe o cálculo de fragilidade foi realizada de forma subjetiva, carecendo de um aporte metodológico que consiga atribuir pesos aos atributos da paisagem, apontando para o quanto cada um desses atributos contribui no grau de fragilidade de uma unidade de paisagem. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo analisar as unidades de paisagens semiáridas no município de Currais Novos, na perspectiva da compreensão de sua fragilidade frente aos processos erosivos. Para tanto, foi realizada a revisão da compartimentação das unidades de paisagem da área de estudo através de técnicas de geoprocessamento. Em seguida, buscou-se conhecer a erodibilidade dos solos representativos de cada unidade de paisagem definida, através de análise de agregados e conhecimento dos atributos físicos e químicos do solo. Na sequência, foram aplicadas técnicas estatísticas de análise de correlação e regressão linear com intuito de atribuir pesos às variáveis da paisagem que mais se relacionaram com a suscetibilidade a erosão, para, por fim, conhecer a fragilidade à erosão de paisagens típicas do semiárido. No que concerne à erosão hídrica os elementos da paisagem que obtiveram maiores pesos para compor um cálculo de fragilidade no semiárido foram os atributos dos solos da relação carbono/nitrogênio (C/N), o Carbono orgânico (COS), o teor de argila e o Fósforo remanescente (P-rem) e a capacidade de retenção de água dos solos, além dos aspectos do relevo. Na erosão eólica os elementos da paisagem que obtiveram maiores pesos foram o teor de argila, a Capacidade de Troca Catiônica, o Fósforo remanescente (P-rem) e a capacidade de retenção de água dos solos. O resultado das equações que utilizaram os elementos supracitados e seus respectivos pesos revelou que a atuação do agente hídrico é maior que o eólico nos processos de erosão do ambiente pesquisado. Além disso, foi possível associar ao resultado de fragilidade por erosão hídrica os resultados de potencial erosivo superficial e cumulativos. Assim, considerando as estruturas superficiais representantes de unidades de paisagem, chegouse seguinte ordem hierárquica de menor para maior fragilidade à erosão hídrica por escoamento superficial: Chapada de topo plano, Maciço residual da Borborema, Planalto da Borborema encosta oriental, Planalto da Borborema encosta ocidental, Pontões agrupados e isolados da Borborema, Escarpa erosiva da Chapada, Campos arenosos em relevo quartzítico da Borborema, Depressão Intraplanáltica do Acauã, Planície de inundação excepcional, Planície de inundação semiárida. No que se refere à erosão eólica, a ordem hierárquica para os horizontes superficiais da menor para maior suscetibilidade à erosão, de unidade de paisagens semiárida é a seguinte: Pontões agrupados e isolados do Planalto Borborema, Planície de inundação semiárida excepcional, Planície de inundação semiárida, Escarpa Erosiva da Chapada, Campos arenosos e/em relevo movimentado da Borborema, Maciço Residual da Borborema, Depressão Intraplanáltica do Acauã, Planalto da Borborema Encosta Oriental, Chapada de Topo Plano, Planalto da Borborema Encosta Ocidental.Tese Áreas úmidas, serviços ecossistêmicos e trade-offs: avaliação dos macrohabitats costeiros do semiárido brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-29) Saldanha, Denise Santos; Costa, Diógenes Félix da Silva; https://orcid.org/0000-0002-4210-7805; http://lattes.cnpq.br/4149669138364420; https://orcid.org/0000-0003-0259-3228; http://lattes.cnpq.br/2233997910233454; Troleis, Adriano Lima; Araújo, Paulo Victor do Nascimento; Sousa, Silvio Braz de; Furlan, Sueli ÂngeloNo litoral setentrional do Rio Grande do Norte, os macrohabitats costeiros de áreas úmidas se tornaram um dos ambientes mais expostos às forças motrizes humanas, principalmente em função da expansão das atividades econômicas. Estas, classificadas como macrohabitats artificiais, suscitam interferências diretas e indiretas na prestação dos serviços ecossistêmicos. Considerando a importância ambiental e socioeconômica dessas áreas úmidas, esta tese objetiva avaliar os macrohabitats costeiros no baixo curso da bacia hidrográfica do Rio Piancó-PiranhasAçu (RN/Brasil), a partir da relação entre a prestação de serviços ecossistêmicos ofertados pelos macrohabitats naturais e artificiais, bem como a influência dessa relação nos diferentes tradeoffs da área. Para alcançar este objetivo, os procedimentos metodológicos consistiram nos seguintes passos: 1) levantamento bibliográfico; 2) uso de geotecnologias para a caracterização e a espacialização dos macrohabitats costeiros; 3) aplicação de estatísticas multivariadas para análise sedimentológica dos diferentes macrohabitats naturais; 4) classificação dos serviços ecossistêmicos através do suporte teórico-metodológico da Classificação Internacional Comum de Serviços Ecossistêmicos (CICES); e 5) construção da matriz DPSIR (Driver–Pressão– Estado–Impacto–Reposta) para identificação dos indicadores de causa e efeito que influenciam na perda ou mudança de serviços (trade-offs). No baixo curso da bacia hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu, foram identificados seis macrohabitats costeiros: canais de maré, mangue, apicum, lagunas, salinas e carcinicultura. Esses se distribuem de forma heterogênea, com variabilidade sedimentológica devido à sua localização em zonas periodicamente inundadas, influenciados tanto pela dinâmica marinha quanto fluvial. Os principais resultados indicaram um aumento de 8.185,4 ha nas salinas solares e de 2.100 ha na carcinicultura ao longo dos 53 anos analisados, entre os anos de 1968 e 2021. Em contrapartida, houve uma redução de 3.055,95 ha nas áreas de apicum e de 439 ha nos bosques de mangue nesse mesmo período, o que revela uma crescente ocupação dos macrohabitats artificiais sobre os macrohabitats naturais de AUs. A identificação dos serviços ecossistêmicos demonstrou que esses ambientes naturais possuem uma alta capacidade de oferta, especialmente nas categorias de provisão, destacando-se a coleta de peixes e crustáceos, e de regulação/manutenção, com a regulação das condições físicas, químicas e biológicas. A análise dos indicadores da cadeia DPSIR observou que as demandas econômicas provocam variadas pressões nos macrohabitats naturais, de maneira que os impactos mais evidentes são as alterações das funções ecológicas e a impermeabilização do solo. Esses efeitos resultam 11 trade-offs, sendo três na seção de provisão e oito na de regulação/ manutenção, o que evidencia a necessidade de aferição dos diferentes usos e ocupações na paisagem. Para mitigar os danos, foram propostas três respostas: criação de áreas prioritária; elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas; e monitoramento ambiental. Essas medidas visam solucionar os impactos e promover o uso sustentável frente à dependência humana dos serviços ecossistêmicos. Espera-se que os resultados alcançados contribuam para o diagnóstico e prognóstico local, incentivem ações contínuas de educação ambiental, bem como à fiscalização e o monitoramento da água, do solo e da salinidade de tais áreas úmidas.Tese Avaliação de risco de movimento de massa: proposta de sistematização de indicadores de exposição física em análise microlocal aplicada ao bairro Vila Embratel, São Luís-MA (Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-22) Louzeiro, Andreza dos Santos; Almeida, Lutiane Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-6604-5987; http://lattes.cnpq.br/7311955924979180; http://lattes.cnpq.br/2237372488828206; Troleis, Adriano Lima; http://lattes.cnpq.br/8830982074139789; Coelho Netto, Ana Luiza; Oliveira, Francisca Leiliane Sousa de; Sulaiman, Samia Nascimento; Rodrigues, Zulimar Marita RibeiroRiscos de Desastres são acontecimentos que consideram a relação entre inúmeros fatores, tais como instabilidade natural da área, instalação de moradias e outras construções em áreas precárias, planejamento urbano exclusivo para poucos, pobreza, degradação ambiental e vulnerabilidade social. Em São Luís a materialização do risco considera todos esses fatores, principalmente no bairro da Vila Embratel, uma área com 13 hectares e com aproximadamente 555 famílias. De acordo com a Defesa Civil municipal e CPRM (2017) é o bairro com a maior quantidade de áreas de risco de movimento de massa do município. Além disso, a área também apresenta riscos de inundação, os quais serão analisados na presente pesquisa. Estes riscos acontecem devido à sobreposição da Exposição Física e da Vulnerabilidade Social., Levando em consideração as duas dimensões no estudo dos Riscos, cabe destacar que a literatura traz um estudo dos riscos a partir de um caráter social - e suas respectivas categorias e ambiental – considerando cada tipo de perigo, no entanto, há uma necessidade de especificidade dessas características ambientais e na presente pesquisa, a Exposição Física é analisada a partir de categorias voltadas para os aspectos Físico-Naturais e Estruturais de forma distinta. Sendo assim, o objetivo geral da pesquisa é produzir indicadores de Exposição Física aos riscos de movimento de massa em escala microlocal com base em características físico-naturais e estruturais com aplicação na Área Prioritária de Riscos de Desastres no bairro da Vila Embratel, São Luís-MA. Os percursos metodológicos tiveram como base atividades de campo, aplicação de questionários, imageamento da área com ARP e aplicação do método Delphi. Após a produção de categorias, indicadores e atribuição de pesos às variáveis da Exposição Física e a atribuição de pesos aos indicadores da Vulnerabilidade social, os dados coletados foram sistematizados em índices e espacializados através de mapas que apresentaram setores mais expostos fisicamente e mais vulneráveis socialmente na área de estudo. A divisão da Exposição Física em duas categorias se mostrou uma forma eficaz para identificar se a área é mais precária em termos de Estrutura Pública ou em relação às características Físico-Naturais. Desta forma, a produção e adaptação de variáveis, produção e sistematização de indicadores a partir das Categorias Físico-Natural e Estrutural, a atribuição de pesos às variáveis de Exposição Física e aos indicadores de Vulnerabilidade Social se mostrou como uma importante contribuição para os estudos de risco de movimento de massa em escala microlocal.Tese Centralidade, centros locais e turismo no Nordeste brasileiro: uma leitura além da hierarquia urbana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-26) Silva, Moacir Vieira da; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039; https://orcid.org/0000-0003-1628-0935; http://lattes.cnpq.br/9146107637198026; Morais, Ione Rodrigues Diniz; Nonato Júnior, Raimundo; Alves, Larissa da Silva Ferreira; Lopes, Rosa Maria RodriguesGrande parte das pesquisas sobre a Centralidade Urbana, especialmente no contexto das interações entre cidades, concentra-se nas atividades terciárias (no comércio, nos serviços) e adota uma abordagem predominantemente funcional, econômica e hierárquica. A Teoria das Localidades Centrais, desenvolvida por Walter Christaller (1933), é uma das principais referências teóricas nesse campo de estudo. No entanto, essa teoria apresenta limitações, como a rigidez analítica, a desconsideração da historicidade do lugar e a exclusão de outros conteúdos socioeconômicos, culturais e políticos. Isso evidencia a necessidade de novas investigações que integrem dinâmicas mais complexas e diferentes horizontes de análise. Nossa tese surge nesse contexto, propondo uma outra leitura da centralidade interurbana, pensada e analisada a partir da relação sociedade, espaço e tempo (processo de produção do espaço); e das mudanças e complexidade das interações socioespaciais mais recentes, em um cenário globalizado. Dentro desse escopo, investigamos esse fenômeno espacial a partir de Centros Locais – dos municípios de Cairu, no estado da Bahia; de Tibau do Sul no Rio Grande do Norte; e de Jijoca de Jericoacoara no Ceará – e por meio das Atividades e Práticas Turísticas; e procuramos analisar, em uma perspectiva espaço-temporal, como o turismo influencia a dinâmica da centralidade interurbana nesses centros. Do ponto de vista metodológico, nossa tese foi desenvolvida a partir de três grandes eixos procedimentais, a saber: leituras e discussões conceituais, teóricas e analíticas sobre a problemática-chave da pesquisa; análises espaço-temporais (pesquisas geográficas, históricas e documentais) sobre os lugares investigados; e pesquisas de caráter empírico. A partir desse conjunto de ações, constatamos que esses municípios ocupam os patamares mais baixos no sistema hierárquico urbano do Brasil; paralelamente, estão no posto mais elevado na categorização do turismo nacional. Os eventos que marcaram essas áreas, especialmente seus destinos turísticos centrais, criaram um conjunto de (i) materialidades, práticas e representações que as posicionam como pontos centrais nas tramas (interações e conexões) espaciais. Embora não possuam grandes equipamentos de comércio e serviços, esses espaços atraem fluxos diversos, contíguos, interescalares e não-hierárquicos, por meio do seu conteúdo turístico (atrativos, infraestruturas e imagens), constituindo-se como centralidades. Esse fato revela diferentes possibilidades de compreensão e de apreensão sobre a importância dos lugares ou suas centralidades; mostra que esse fenômeno pode ser estudado a partir de diferentes perspectivas, escalas e conteúdos, ampliando os horizontes de análise e de descobertas.Tese A cidade geossimbólica e suas afetações na dinâmica do espaço vivido em Natal (RN) - Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-14) Martins, Josenildo da Silva; Dantas, Eugênia Maria; Dozena, Alessandro; https://orcid.org/0000-0001-9910-5715; http://lattes.cnpq.br/1811716812760920; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; https://orcid.org/0000-0001-5046-2586; http://lattes.cnpq.br/3806043380756607; Fernandez, Pablo Sebastian Moreira; Marandola, Eduardo; Melo, Evaneide Maria de; Felipe, José Lacerda AlvesUma relação afetiva liga o citadino à cidade enquanto uma construção material e humana, que se torna imaterial quando cultuada. Pela topofilia e pela topofobia como estruturantes dessa dinâmica, a cidade vai sendo (re)definida e o entendimento do espaço vivido e das experiências que lhe sustentam vai sendo delineado. Nesse processo, institui-se uma cidade carregada de afetividades e significações, como ancoradouro de experiências múltiplas: a cidade geossimbólica. Em direção à epistemologia de uma Geografia Humanista Cultural, encara-se esta ideia de cidade como experiência do espaço vivido, sendo ela muito mais do que formas delineadas por concreto erguido e pela dinâmica da natureza: ela contém a afetividade humana! Sob esta perspectiva, a tese em tela estuda a cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte, considerando suas afetações na dinâmica do espaço vivido. Para tanto, destaca os geossímbolos da cidade – ou mais comumente os monumentos, como via de acesso à afetividade citadina. Na dimensão cultural da constituição da cidade, os geossímbolos são formas geográficas suscetíveis de conotar valores e sentimentos, que influem significativamente no processo de construção do vivível, do dizível e do visível na matriz discursiva de Natal. Sob uma perspectiva fenomenológica, entender como essa cidade afeta aqueles que nela vivem é o objetivo principal desta tese. Para alcançá-lo, dentre os procedimentos e técnicas que validam o trabalho acadêmico, fez-se necessário: 1) pesquisa bibliográfica; 2) pesquisa documental de fonte primária e secundária; 3) pesquisa de campo e, 4) pesquisa em ambiente virtual – geociberespaço, tendo como plataforma de coleta de dados a rede social Facebook, para o estudo da topofobia e topofilia em representações gráficas por emojis. Estas representações engendram modos de ver, dizer e viver a cidade midiatizada por imagens em contextos contemporâneos, nos quais as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), têm engendrado tipos diversos de relacionamentos sócio-espaciais. Nesta ordem, a cidade geossimbólica emerge como resultado de discursos-imagens em torno dela e de seus geossímbolos naturais e sociais, em relação aos quais os citadinos desenvolvem sentimentos, criam laços de afeição ou deles desgostam, atribuindo-lhes a prioridade de propiciar felicidade ou tristeza. Por este prisma, a cidade é mais um espaço substancial, afetivo, do que um recorte geográfico delimitado. Nesta dinâmica, a vitalidade da cidade vai se revelando nas experiências e no modo de como ela afeta o citadino.Tese O circuito espacial de produção do vestuário: os usos do território do Rio Grande do Norte no contexto técnico-científico-informacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-04) Farias, Francisca Diane Pereira de; Azevedo, Francisco Fransualdo de; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; http://lattes.cnpq.br/8221048743696170; Barbosa, Jane Roberta de Assis; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; Nonato Júnior, Raimundo; http://lattes.cnpq.br/2778825855162912; Whitacker, Arthur Magon; http://lattes.cnpq.br/9260024751979241; Silva, Márcia daO período técnico-científico-informacional ampliou as possibilidades de expansão e comando das atividades econômicas capitalistas a nível global. Nesse contexto, a modernização do sistema de telecomunicações e de transportes se converteram nas ferramentas que viabilizaram o aumento dos fluxos materiais e imateriais e o alargamento da divisão territorial do trabalho, além do novo papel que a financeirização e o crédito assumiram no contexto da economia mundial. No Brasil, esse processo se intensifica a partir de 1970, o que possibilitou o aprofundamento da divisão territorial do trabalho a nível nacional e, a ampliação e o surgimento de novos circuitos espaciais de produção. Nessa conjuntura, foram ensejadas novas formas de uso do território no Rio Grande do Norte pelos agentes hegemônicos da economia, em consonância com as ações do Estado. Promoveu-se, portanto, um processo de reestruturação de seu território e das atividades econômicas preexistentes, dentre elas, a indústria têxtil de confecções e vestuário que passou a ser comandada por grandes empresas oriundas, sobretudo, do Sudeste do país. No que tange especificamente o setor do vestuário, verifica-se a configuração de um circuito espacial de produção amplo e diverso, em termos de agentes, de escalas, de redes e fluxos materiais e imateriais. Desta forma, a tese defendida parte da premissa de que, a difusão do meio técnico-científico-informacional no Brasil e, as políticas de incentivo ao desenvolvimento industrial fomentadas pelo Estado, ampliaram e diversificaram o circuito espacial de produção do vestuário no Rio Grande do Norte a partir do aumento do fluxo de mercadorias, da atração de grandes grupos econômicos externos, do surgimento de médias e pequenas empresas locais e da expansão territorial em escala nacional do Grupo Guararapes. Diante disso, tivemos como objetivo compreender como se configura o uso do território potiguar pelo circuito espacial de produção do vestuário no contexto técnico-científico-informacional. Para tanto, o estudo se baliza na concepção teórico-metodológica dos circuitos espaciais de produção e nas contribuições dos diversos interlocutores, entre os quais se destaca o geógrafo Milton Santos, além de outros autores que ampliam a reflexão acerca da atual conjuntura econômica global, como David Harvey, François Chesnais, Georges Benko e outros. Os resultados obtidos ratificam a tese apresentada de que o processo de reestruturação produtiva, a diversificação do meio técnicocientífico-informacional em consonância com a financeirização possibilitaram diversas formas de uso do território do Rio Grande do Norte pelo circuito espacial de produção do vestuário. A atuação de pequenas empresas de capital local como Del Rayssa, Daya, Miss Modas e outras, apresentam estratégias de organização e expansão das etapas da produção, circulação e comércio subsidiadas por elementos inerentes a este processo, contudo, a escala de ação desses agentes estão circunscritas as dimensões local e regional, apresentando níveis variados no que tange ao conteúdo técnico empregado e na incorporação das variáveis advindas da financeirização, o que dificulta, entre outros fatores, o alargamento de suas escalas de realização territorial. Por outro lado, empresas de atuação nacional, como o Grupo Guararapes, ampliaram sua participação territorial no circuito espacial de produção do vestuário, a partir da articulação entre políticas de incentivo a industrialização promovidas pelo Estado, da adoção da flexibilização produtiva, das ferramentas do meio técnico-científico-informacional para o uso racional e logístico do território potiguar e nacional, e da associação entre capital industrial, comercial e financeiro.Tese Circuito espacial de produção têxtil e especializações territoriais produtivas no nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-09-15) Azevedo, Igor Rasec Batista de; Azevedo, Francisco Fransualdo de; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; http://lattes.cnpq.br/5684468139330688; Barbosa, Jane Roberta de Assis; https://orcid.org/0000-0002-8424-5237; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; Silva, Anieres Barbosa da; Suberviola, Enrique Viana; Galvão, Maria Luiza de MedeirosO circuito espacial da produção têxtil expressa capilaridade por praticamente todo o território nacional. Em termos de distribuição espacial da atividade, destacam-se a Região Concentrada que, conforme sugere a própria nomenclatura, apresenta a maior densidade técnica e concentração de firmas, acompanhada da região Nordeste. Nesta, a topologia do circuito espacial têxtil apresenta peculiaridades, em especial após a notável proliferação ocorrida, sobretudo, nas últimas duas décadas - salientando, todavia, que essa expansão não é nada recente e carrega marcas advindas de sobressaltos enfrentados ao longo de sua evolução histórico-espacial. Assim, o trabalho em tela analisa o circuito espacial da produção têxtil no Nordeste brasileiro, a partir de suas especializações produtivas e das contradições expressas pelo uso corporativo do território, em se tratando das dimensões da técnica, do capital e do trabalho. Diante da problematização esboçada na presente tese, conjectura-se que esse circuito espacial produtivo, no recorte estabelecido, se materializa através de especializações territoriais que são coordenadas por um uso corporativo de caráter extravertido, cujo controle é exercido externamente por dispositivos de apropriação do processo de circulação do capital, bem como de alienação do processo produtivo. Esses dispositivos de acumulação do capital coadunam formas e normas, dentre as quais se destacam as densidades técnicasinformacionais, mecanismos fiscais e financeiros, assim como a expropriação e exploração da força de trabalho. Para a delimitação do objeto e consecução dos objetivos específicos, foram estabelecidas as técnicas e procedimentos metodológicos de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. O arcabouço teórico perpassa uma discussão geral sobre o espaço geográfico como totalidade e a abordagem dos circuitos espaciais produtivos do ponto de vista de uma economia política do território em Santos (2008a, 2008b, 2012a, 2012c), Moraes (1984), Marx (2011, 2017), Harvey (2013) e Castillo e Frederico (2010); assim como ampara-se nas categorias de formação socioespacial e divisão territorial do trabalho (SANTOS, 1977b, 2005, 2008e, 2012a; SERENI, 2013; BARRIOS, 2014, GOLDENSTEIN; SEABRA, 2011; RIBEIRO, 2003; SILVEIRA, 2010b) para se refletir sobre o desenvolvimento da região nordestina (ANDRADE 1970, 1981a e 1988; ARAÚJO, 2002; OLIVEIRA, 1977). Na contextualização histórico-espacial construída, foram identificados três períodos de evolução da atividade têxtil nordestina: as raízes agrárias do circuito espacial da produção têxtil; a gestação da “dominação interna”; e a inserção periférica ao meio técnico-científico informacional. Da metodologia e análise empregadas resultou-se uma tipologia e uma topologia de subcircuitos têxteis, cuja sobreposição espacial conforma dezesseis especializações territoriais produtivas, distribuídas em determinados pontos ou manchas do Nordeste brasileiro. Por fim, problematizaram-se os fluxos enredados pela produção têxtil nordestina a partir de seus principais espaços de circulação, correlacionando-os aos círculos de cooperação no espaço e a circuitos complementares.Tese O circuito espacial produtivo de celulose e o uso do território em Mato Grosso do Sul(2020-03-13) Lelis, Leandro Reginaldo Maximino; Locatel, Celso Donizete; ; ; Barbosa, Jane Roberta de Assis; ; Santos, Josefa de Lisboa; ; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; Nardoque, Sedeval;A partir de meados da década de 2000, o circuito espacial produtivo de celulose se expandiu em Mato Grosso do Sul, sobretudo em sua região Leste. Em menos de uma década, a expansão deste circuito inseriu o referido estado entre os principais produtores de eucalipto e de celulose do Brasil, além de torná-lo o principal exportador de celulose. Nesse contexto, o objetivo geral desta pesquisa consiste em compreender o uso do território pelo circuito espacial de produção de celulose em Mato Grosso do Sul, bem como seus desdobramentos econômicos, sociais e ambientais. A partir dos procedimentos metodológicos adotados, constatou-se que a expansão do circuito espacial produtivo de celulose em Mato Grosso do Sul é resultado da redefinição na divisão territorial do trabalho vinculada à produção de papel, caracterizada, na escala global, pela transferência da produção florestal e de celulose – etapas iniciais da produção de papel – dos países do Norte para os países do Sul e, na escala nacional, pela interiorização da produção florestal e de celulose. Entende-se que a escolha da região Leste de Mato Grosso do Sul para a expansão do circuito pesquisado ocorreu devido à combinação de oito fatores, sendo a atuação estatal, nas instâncias federal, estadual e municipal, o mais preponderante em razão da criação de condições ideais, sobretudo do ponto de vista econômico, normativo e infraestrutural, para a utilização corporativa do território sulmato-grossense por parte das companhias produtoras de celulose. Ademais, outro aspecto que merece destaque se refere à multiescalaridade geográfica do circuito investigado. Isso porque, apesar da transferência das etapas iniciais da produção de papel dos países do Norte para os do Sul, os primeiros continuam sendo os grandes fornecedores de tecnologias para os projetos de celulose instalados nos segundos, além de estarem entre os principais consumidores da celulose produzida nesses países. Esse contexto demonstra que o circuito espacial produtivo de celulose em Mato Grosso do Sul está articulado a partir de diferentes escalas, desde a global até a local, por meio de fluxos materiais e imateriais de diversas ordens, conteúdos e intensidades. Articulação possibilitada por círculos de cooperação no espaço bem definidos, que, a partir das verticalidades do mercado global, contribuem para a inserção de lógicas externas ao lugar, provocando diversos desdobramentos na cidade, no campo e no mercado de trabalho, os quais revelam o caráter contraproducente do circuito estudado, além de evidenciarem suas dimensões social e ambiental, fundamentais para a compreensão da totalidade de um circuito espacial produtivo, especialmente os intensivos em recursos naturais.Tese Classificação de dunas em áreas urbanas a partir do valor de relevância de suas funções ambientais - estudo empírico em Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-09) Melo, Marceu de; Cestaro, Luiz Antônio; ; ; Lima, Zuleide Maria Carvalho; ; Amaral, Ricardo Farias do; ; Silva Júnior, José Petronilo da; ; Sales, Vanda Carneiro de Claudino;As funções ambientais estão diretamente relacionadas à qualidade de vida e ao bem-estar social, sobretudo em áreas urbanas, onde são ainda mais importantes devido à grande variedade de estressores ambientais (poluição e degradação) e sociais (segregação e desigualdades) presentes nesses espaços. A cidade do Natal, área de experimentação, tem como elemento paisagístico mais representativo as dunas, feições que desempenham uma série de funções ambientais com destacada importância para a sociedade. Apesar do reconhecimento da importância das dunas, há um conflito entre usos, ocupação e preservação, resultando em recorrentes casos de degradação, em virtude da expansão urbana sobre um sítio com ampla distribuição dessas feições geomorfológicas. O presente trabalho defende a hipótese que as funções ambientais desempenhadas pelas dunas podem ser qualificadas, quantificadas e hierarquizadas de forma a orientar e disciplinar a tomada de decisão sobre os tipos de usos e ocupações permitidos e adequados para esses ambientes. Teve como objetivo propor uma metodologia integradora para a aplicação prática do conceito de funções ambientais e para a caracterização do status de conservação das dunas (SCD), úteis para o planejamento, gestão e tomada de decisão, tendo como elementos de análise e experimentação 57 dunas não situadas em zonas de proteção ambiental do município de Natal/RN, englobando as 53 dunas identificadas na Resolução CONPLAM nº 001/2018 e outras quatro situadas no limite com o Oceano. Foi realizada uma apresentação e discussão de vários termos e conceitos associados à essa temática, como serviços ecossistêmicos, funções da paisagem, serviços geossistêmicos. O termo funções ambientais foi escolhido como o mais adequado aos objetivos propostos. O trabalho identificou 25 funções ambientais associadas às dunas e contou com a participação de 55 especialistas de 19 países para a definição do valor de relevância dessas funções (VRFA). Os maiores VRFA foram identificados nas dunas situadas no limite com o Oceano, devido às funções associadas à proteção costeira e proteção à cunha salina. O SCD foi baseado em critérios quantitativos e qualitativos como área, transformação morfológica, cobertura vegetal e visibilidade cênica. Os resultados obtidos apontaram para uma relação entre o status de conservação das dunas e a quantidade de funções ambientais, pois quanto maior o SCD maior a quantidade de funções registrada. A metodologia mostrou-se válida para as dunas do município de Natal, uma vez que conseguiu distribuir as dunas em um gradiente classificatório, considerando o VRFA como um indicador útil para tomada de decisão.Tese Classificação tipológica ambiental das falésias costeiras do Estado do Rio Grande do Norte (RN), Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-03-17) Saraiva Júnior, João Correia; Lima, Zuleide Maria Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733; ; http://lattes.cnpq.br/8701271447000580; Diniz, Marco Túlio Mendonça; ; http://lattes.cnpq.br/3075753552167640; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; Chaves, Marcelo dos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/9515716755940514; Costa Neto, Leão Xavier da; ; http://lattes.cnpq.br/1059276496317561; Sales, Vanda Carneiro de Claudino; ; http://lattes.cnpq.br/2474440867143635O litoral potiguar é detentor de variados sistemas ambientais, tais como dunas, praias, rios, estuários, lagoas e falésias que integram a zona costeira do Estado do Rio Grande do Norte (RN), Nordeste do Brasil. As falésias costeiras são importantes indicadoras das mudanças ambientais que ocorreram no período Quaternário, e, por serem monumentos naturais ímpares, foram selecionadas como objeto de estudo desta tese, que apresenta como objetivo geral, realizar a classificação tipológica das falésias costeiras do RN. A justificativa para a realização desta pesquisa está pautada na premissa de que embora alguns trabalhos pontuais já tenham sido realizados sobre as falésias do RN, descrevendo suas condições ambientais e relatando alguns problemas relacionados ao uso e à ocupação do solo, nenhum deles dedicou-se a realizar uma análise classificatória desta feição morfológica. Dessa forma, a realização desta implica o preenchimento dessa lacuna. Quanto à relevância social desta pesquisa, ela está na identificação da situação ambiental das falésias, que são heranças paisagísticas, e que resguardam as marcas não só de processos fisiográficos e biológicos, mas que também são patrimônio coletivo do povo potiguar. A relevância de se identificar a situação ambiental das falésias está no fato delas serem elementos paisagísticos de grande beleza cênica, mas que possuem, paradoxalmente, grande fragilidade ambiental, em função de suas características genéticas, estratigráficas e morfológicas. Somado a isso, a ocupação da zona costeira potiguar, semelhante a outros estados brasileiros, vem ocorrendo de forma irregular, não respeitando os limites definidos pelas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), as quais, normatizadas em 2002, definem o uso e ocupação de áreas costeiras, particularmente, em escarpas com declividade superior a 45°. Dito isto, esta pesquisa parte da hipótese de que a classificação das falésias potiguares pode ser realizada de acordo com as características naturais e das formas de uso e ocupação destas. Tendo isso em vista, a metodologia qualitativa utilizada foi desenvolvida de forma a ser dividida em três etapas, a saber: levantamento de dados sobre as falésias, em particular do RN; execução de trabalhos de campo; e, elaboração de material cartográfico. Tendo sido definidas as classes, foi realizada a caracterização das falésias de cada município quanto ao cumprimento ou não da legislação ambiental que versa acerca das condições ambientais de uso dessas feições, de modo a identificar os impactos ambientais resultantes. Os resultados apontam a existência de 5 (cinco) tipos de falésias classificadas segundo a forma das escarpas (estratificação horizontal, descontinuidade estratigráfica, penhasco convexo, penhasco com saliência e escarpa irregular); e algumas subclasses delimitadas a partir da integração de critérios como litologia, situação morfodinâmica, cobertura vegetal e influência dos subtipos climáticos. Foram identificadas, ainda, algumas outras feições, como: uma feição ruiniforme com o topo sustentado por eolianitos; terraços de abrasão modelados na Formação Barreiras, e arcos elaborados em arenitos ferruginosos. Assim, a partir das informações produzidas nesta pesquisa, é possível concluir há impactos ambientais gerados pelo não cumprimento das leis de uso e ocupação das falésias, e que esse não cumprimento, somado a outros fatores naturais das falésias do RN, fazem com que elas representem um risco, o que torna a existência da classificação proposta uma ferramenta para elaborar leis mais específicas e eficazes e, assim, prevenir acidentes.Tese A condição rizomática: ensaios urbanos sobre Natal-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-29) Bayer, Hiram de Aquino; Costa, Maria Helena Braga e Vaz da; ; http://lattes.cnpq.br/5114110813711387; ; http://lattes.cnpq.br/3021692582897921; Dozena, Alessandro; ; http://lattes.cnpq.br/1811716812760920; Dantas, Eugênia Maria; ; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; Fernandez, Pablo Sebastian Moreira; ; http://lattes.cnpq.br/1897351088415800; Marandola, Eduardo; ; http://lattes.cnpq.br/3962303942126121; Melo, Evaneide Maria de; ; http://lattes.cnpq.br/2898356389788345O fenômeno urbano já foi pensado a partir de uma enormidade de perspectivas e de variados pontos de vistas. Esta multiplicidade de visões acompanha a complexidade que lhe constitui e nos oferece um vasto campo de possibilidades de reflexão no âmbito da ciência geográfica, sobretudo, no que concerne à construção de um discurso acerca da dimensão espacial da experiência citadina. Diante deste campo de possibilidades, aproximamos a geografia da filosofia deleuze-guattariana para pensarmos a cidade em consonância com as reflexões acerca da noção de Rizoma. Neste sentido, objetivamos centralmente refletir acerca da condição rizomática citadina, partindo da ideia de que a cidade constitui-se em uma estrutura rizomática, onde Natal-RN, foco de nossa observação, é uma evidência desta condição. Para tanto, voltamo-nos especificamente à reflexão acerca da produção de linhas de segmentaridade – matizadas em ideais de ordem e repetição – e de linhas de fuga – matizadas em movimentos de ruptura e produção da diferença – que atravessa sua constituição e que conduz a uma multiplicidade de experiências que lhe coloca em permanente estado de devir. Em relação às linhas de segmentaridade em Natal-RN, focamos na abordagem das repercussões do discurso do modernismo no que concerne à produção e mobilização de desejos com vistas à emergência de uma cidade moderna, e na construção de movimentos de identificação que tendem a homogeneizar a imagem da cidade, interna e externamente. Em relação às linhas de fuga, focamos em eventos/movimentos que ocorrem pontualmente e, muitas vezes, de forma efêmera em diversos lugares da cidade e que nos possibilitam pensar em processos de desestratificação e desconstrução relativa das linhas de segmentaridade. Compreendemos que a condição rizomática citadina dá-se exatamente em razão da coexistência e dinamicidade destas linhas. Inspirados na Teoria Ator-Rede, encarada como perspectiva metodológica adequada à observação e descrição de formações rizomáticas, a tessitura destas discussões faz-se aqui mediante um horizonte ensaístico, em que o texto torna-se um equivalente funcional do laboratório: lugar de experimentações que pressupõe a junção de elementos, a mistura de perspectivas, a justaposição de acontecimentos e de interpretações. Cada discussão realizada no âmbito deste texto parte de um esforço de conexão de informações produzidas e captadas por uma pluralidade de fontes e suportes que versam desde conversas com moradores e agitadores culturais de Natal-RN, entrevistas e questionário à consideração de relatos em redes sociais, da análise de obras literárias e de matérias jornalísticas.Tese Conflitos pelo uso do território: camponeses e mineração no Estado do Pará(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-15) Souza, Alcione Santos de; Locatel, Celso Donizete; https://orcid.org/0000-0001-7006-1480; http://lattes.cnpq.br/2047387364725653; https://orcid.org/0000-0003-4562-5111; http://lattes.cnpq.br/3920607811795246; Costa, Lea Maria Gomes da; Costa, Ademir Araújo da; Morais, Hugo Arruda de; Santos, Núbia Dias dosAo longo das primeiras décadas do século XXI, o avanço da mineração e do agronegócio tem gerado muitas transformações no espaço da Amazônia, a partir dos usos pelos diferentes sujeitos do território, de acordo com os seus interesses, restabelecendo normas e regulação nesses espaços. Esta afirmação orienta a problemática da presente pesquisa, que busca analisar se a inserção dos grandes projetos na região amazônica, implementados pela iniciativa do capital industrial e pelo Estado brasileiro, são elementos que alimentam, na contemporaneidade, transformações no espaço geográfico, com expropriação da população local, gerando uma relação conflituosa entre grupos sociais, além de ocasionar inúmeros impactos diretos nos ecossistemas dos territórios, devido à poluição e à degradação ambiental. Nesta perspectiva, o objetivo geral desta tese consiste em investigar os conflitos pelo uso do território entre a mineração e o campesinato no Estado do Pará, na contemporaneidade, em Barcarena, Parauapebas e Canaã dos Carajás, gerados pela atuação das empresas de mineração, no território onde se reproduz a vida dos camponeses, com o apoio e exercido pelo Estado federativo. Essa ação é responsável por desdobramentos na formação socioespacial, no modo de produção e no lugar. Nesta tese, o conceito de totalidade, segundo Santos (1997), é central para a compreensão da realidade posta. A partir de três definições desenvolvidas por Santos (1997), a saber, espaço geográfico, território usado e lugar, tem-se uma tríade indissociável, inseparável para a análise empírica da teoria social crítica de Milton Santos. Nesse sentido, a definição de espaço geográfico, conforme Santos (2014, 2021, 2023), constituído por formas (espaços de produção, de distribuição, de troca, de consumo, de circulação) e por conteúdos (estruturas, processos e funções), torna-se essencial para o entendimento e análise do território usado (2008, 2001), especialmente enquanto instância social formada por fixos e fluxos; configurações espaciais e dinâmicas sociais; sistemas de objetos e sistemas de ações. O escopo metodológico baseia-se em revisão bibliográfica, pesquisa quantiqualitativa, com realização da coleta de dados e da sistematização de fontes secundárias, esta última realizada em órgãos como Agência Nacional de Mineração, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), CFEM, Comissão Pastoral da Terra (CPT). Concomitantemente foram combinados os últimos dados disponíveis do Censo agropecuário do IBGE, possibilitando o acesso às informações sobre a agricultura camponesa. Igualmente importante foi a coleta de informações a partir da aplicação de 243 questionários e de 7 entrevistas semiestruturadas, com moradores locais. Procurou-se demonstrar, ao longo desta tese, que o Estado brasileiro tem contribuído para a consolidação dos empreendimentos mineradores através de marcos regulatórios e políticas públicas capazes de assegurar o crescimento da produção mineral no país – o Plano Nacional de Mineração 2030 e o novo Código Mineral, são exemplos. Procurando se opor aos planos e projetos tecidos pela mineradora para a região, as comunidades rurais defendem o direito de garantirem a reprodução da vida de suas famílias em seu território abrigo. Foi perceptível também que o uso do território pelas mineradoras na Amazônia representa os interesses geopolíticos dos agentes do capital como as empresas, bancos e organismos de financiamentos que no geral, contrapõem aos anseios dos grupos locais. A tese afirma que, mesmo com a ideia de modernidade, desenvolvimento e progresso, refletida no avanço do modelo mineral brasileiro e nas investidas do capital, a resistência dos camponeses possibilita, através da apropriação do fruto do trabalho, realizar sua reprodução social, viabilizar suas organizações e suas estratégias de permanência e condições de sobrevivência, confirmando que o campesinato na Amazônia se redefine, apesar de todas as dificuldades, e continua vivo nessa região. Assim, os camponeses concretizam sua reprodução social, centrando-se na terra como fundamento, através da agricultura familiar e das diversas formas de existência, resistência e sobrevivência em seu território.Tese Da análise sistêmica à Serra de Martins: contribuição teórico-metodológica aos brejos de altitude(2016-12-16) Medeiros, Jacimária Fonseca de; Cestaro, Luiz Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/8560399929947927; ; http://lattes.cnpq.br/7137009169288085; Cavalcanti, Lucas Costa de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/0571151043430712; Zanella, Maria Elisa; ; http://lattes.cnpq.br/4796364766536684; Camacho, Ramiro Gustavo Valera; ; http://lattes.cnpq.br/1079760233135463; Lima, Zuleide Maria Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733Os sistemas ambientais devem ser entendidos sob a ótica de um todo complexo formado por partes (rochas, formas de relevo, solo, água e cobertura da terra) e carregados de processos e interações entre os elementos, movidos pelos constantes fluxos de matéria e energia. Nessa perspectiva, esta pesquisa objetiva analisar a Serra de Martins a partir de uma metodologia sistêmica com vistas à delimitação de Unidades Geoambientais. O primeiro capítulo aborda uma discussão teórica acerca dos conceitos concebidos à luz da análise sistêmica, destacando-se a evolução teórico-metodológica da Teoria Geossistêmica. Além disso, foi traçada uma discussão acerca dos Brejos de Altitude do Nordeste brasileiro. O segundo capítulo objetivou uma caracterização climática da Serra de Martins, buscando diferenciar este maciço das regiões do entorno. Para tanto foram utilizados dados climáticos (temperatura e precipitação) de uma série histórica de 30 anos para os municípios de Antônio Martins e Martins, os quais subsidiaram a posteriori, o balanço hídrico da área. Como resultado, afere-se que a Serra de Martins apresenta particularidades climáticas influenciadas pela altitude. O terceiro capítulo se pautou na caracterização dos aspectos geológicos e geomorfológicos da área de estudo, baseando-se em levantamento de dados secundários, elaboração cartográfica e trabalhos de campo. Com efeito, destaca-se que a Serra de Martins está erguida sobre terrenos cristalinos de diversas litologias com a ocorrência de capeamento sedimentar concentrado nas áreas planas da Chapada. Concluiu-se ainda, que as formas de relevo presentes na área estão condicionadas às diferentes Unidades Litoestratigráficas e se classificam em unidades denudacionais e unidades agradacionais. O quarto capítulo traz uma caracterização dos solos da área de estudo, a partir de análises física e química de amostras coletadas em 20 pontos. Posteriormente, os dados foram submetidos à técnicas estatísticas de agrupamento de dados. Assim, a discussão dos resultados se estabeleceu numa perspectiva físico-química, e as diferenças encontradas propiciaram a compartimentação pedológica da área de estudo em três grupos, Depressão, Encostas e Chapada. O quinto capítulo se pautou na discussão de como a Serra de Martins está ocupada, sendo identificadas na área as seguintes classes de cobertura da terra: Floresta Estacional Semidecidual, Savana-Estépica Florestada, Savana-Estépica Arborizada, Agricultura Permanente, Agricultura Temporária, Solo Exposto, Área urbana e Corpos D’água. Os capítulos acima mencionados foram de fundamental importância para o desenvolvimento do último capítulo que intencionou a compartimentação geoambiental da área de estudo ancorada na análise multivariada de dados. Deste modo, na área de estudo foram identificadas as seguintes Unidades Geoambientais, sendo, fácie 1: Superfícies Rebaixadas de Relevo Plano a Suave Ondulado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Arborizada sobre Luvissolos, fácie 2: Superfícies Rebaixadas de Relevo Movimentado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Arborizada sobre Argissolos Vermelho-Amarelo Eutrófico, fácie 3: Escarpas Serranas de Relevo Movimentado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Floresta sobre Neossolos Litólicos, fácie 4: Superfícies Tabulares com Relevo Plano em Capeamento Sedimentar com Floresta Estacional Semidecidual sobre Latossolos Amarelo Distróficos, fácie 5: Escarpas Serranas com Relevo Suave Ondulado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Florestada em Neossolos Litólicos e fácie 6: Escarpas Erosivas de Relevo Movimentado em Embasamento Cristalino e Capeamento Sedimentar com Floresta Estacional Semidecidual sobre Latossolos Amarelo Distróficos. A partir dos elementos constituintes e interações entre estes, foi possível identificar que a fácie 4, deve ser entendida sob a luz dos Brejos de Altitude, denominada Brejo de Altitude Chapada de Martins.Tese A digital geográfica do turismo: uma análise teórico-metodológica e conceitual de teses e dissertações no âmbito dos programas brasileiros de pós-graduação stricto sensu em geografia(2017-02-10) Maranhão, Christiano Henrique da Silva; Azevedo, Francisco Fransualdo de; Locatel, Celso Donizete; ; http://lattes.cnpq.br/2047387364725653; ; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; ; http://lattes.cnpq.br/1578152240799398; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039; Nóbrega, Wilker Ricardo de Mendonça; ; http://lattes.cnpq.br/0025142529544906; Brumes, Karla Rosário; ; http://lattes.cnpq.br/0774134842869438; Silva, Márcia da;Esta pesquisa analisa as principais tendências teórico-metodológicas e conceituais presentes nos estudos sobre o turismo, a partir da produção do conhecimento geográfico (teses e dissertações), fomentada no âmbito dos Programas brasileiros de Pós-graduação stricto sensu em Geografia. Paralela a essa questão, está a possibilidade de identificar a relevância do uso do conteúdo científico contido no conceito de Espaço geográfico e na sua teoria, com base na obra do geógrafo Milton Santos, verificando com isso, a significância de um conhecimento específico da Geografia para a construção e validação do saber em questão. Este estudo classifica-se como descritivo-exploratório, dotado de um viés qualiquantitativo. Além disso, aplicou-se a análise de conteúdo de Bardin (2004), análise temática indicada por Richardson (2008), além dos Programas Wordle (Nuvens de palavras) e Pajek (constituição de Redes). Como suporte analítico, tem-se a forma como o turismo se materializa no Brasil, desde 1930, gênese da atividade no país. Somada com o ordenamento dos principais subsídios teórico-metodológicos da ciência geográfica, a fim de identificar as possibilidades, pelas quais as pesquisas norteiam-se. Por tudo isso, atesta-se que, dos 63 programas brasileiros de pós-graduação stricto sensu em Geografia validados no período do levantamento, 44 deles apresentaram 814 pesquisas sobre o turismo, das quais 641 são dissertações (nível mestrado) e 173 teses (nível doutorado), espacializadas por 35 Instituições de Educação Superior. De posse desses dados, entende-se que a Geografia estuda o turismo por meio das ações que ele promove nas paisagens, sobretudo naturais, revelando que o turismo brasileiro se dá, prioritariamente, pela utilização dos recursos naturais, os quais motivam os deslocamentos turísticos. E a partir dessa atuação nas paisagens, o turismo acaba transformando-as em “produtos” e “mercadorias” a serem comercializadas e consumidas, com todo processo mediado pelo sistema capitalista. Com isso, os principais estudos realizados pela ciência geográfica para interpretar a organização da práxis do turismo brasileiro, variam pelo viés econômico, pelo enfoque sobre o espaço geográfico, pelos impactos causados na natureza, pela busca por sustentabilidade e pela consolidação da instância social. Grande parte dessas informações é respaldada pelo método de abordagem dialético. A ciência geográfica ainda empenha-se em desvendar o fenômeno turístico entendendo-o como fenômeno social intrínseco ao processo de desenvolvimento. Contudo, essa forma de analisar o turismo ainda se configura como minoritária, fato que justifica a pífia presença de pesquisas com base no método fenomenológico. Enquanto tema de pesquisa, o turismo não precisa ser mais nem menos importante para a Geografia. Juntamente com os demais temas, só precisa ser estimulado, em função da contribuição que pode fornecer, a fim de construir uma sociedade mais justa no futuro breve.Tese A dinâmica comercial nos eixos viários de Campina Grande(2019-09-17) Batista, Péricles Alves; Costa, Ademir Araújo da; ; ; Beserra, Fábio Ricardo Silva; ; Morais, Ione Rodrigues Diniz; ; Diniz, Lincoln da Silva; ; Gomes, Rita de Cássia da Conceição;O trabalho é resultado da pesquisa acerca dos principais eixos viários de expansão do comércio de Campina Grande, na Paraíba. O objetivo é entender a reestruturação do comércio nos principais eixos viários de Campina Grande, na perspectiva da produção do espaço. O estudo foi baseado na Teoria da Produção do Espaço, do filósofo Henri Lefebvre, a partir das relações sociais ocorridas no espaço. O texto tem a intenção de apresentar reflexões acerca do nosso objeto de estudo à luz dessa teoria. A tese parte do princípio de que o expansionismo comercial periférico, para além da Área Central de Campina Grande, ocorre através dos eixos comerciais, a partir da disseminação de atividades terciárias (de 1999 a 2019) que têm ajudado a estruturar a dinâmica socioespacial local. Foi estudado as alterações que tem desencadeado a produção do espaço urbano, nas vias que possuíam características residenciais, mas que passaram por reformulações intensas, configurando-se em eixos comerciais nesse período. Como procedimentos metodológicos, realizou-se o levantamento do uso do solo urbano nos seguintes eixos comerciais: Manoel Gonçalves Guimarães; Floriano Peixoto; Severino Bezerra Cabral; Manoel Tavares e Assis Chateaubriand. Ao se considerar a reestruturação comercial, depreendeu-se que as mudanças no espaço ocorrem com o processo de descentralização, que tem se intensificado a partir da instalação de redes comerciais de capital externo nesses eixos comerciais, alterando as funções, os usos e a composição social destas avenidas.Tese Dinâmica do comércio das áreas tradicionais no contexto da produção do espaço urbano de Natal/RN(2018-03-02) Lopes, Rosa Maria Rodrigues; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; ; Costa, Ademir Araújo da; ; Diniz, Lincoln da Silva; ; Clementino, Maria do Livramento Miranda; ; Vieira, Sidney Gonçalves;A pesquisa ora apresentada centra-se no estudo sobre a dinâmica comercial das áreas tradicionais de comércio no contexto da produção do espaço urbano de Natal. O direcionamento teórico se aporta na teoria da produção do espaço e em seus conceitos e categorias de análise, mas, também, nos conceitos de cidade, urbano e formas comerciais. Com base no método regressivoprogressivo de Henri Lefebvre, parte-se da leitura do objeto de estudo ao fazer uma descrição do momento atual, para em seguida, regressar ao passado na busca de analisar os diferentes momentos, os processos e os agentes que delinearam a materialidade presente. Por fim, pretende-se retomar o presente elucidado para compreendê-lo em suas contradições e as perspectivas desenhadas para o futuro. Do ponto de vista empírico, reporta-se à produção do espaço urbano da cidade do Natal para compreender os processos recentes que dão sentido à uma nova dinâmica comercial, com a inserção de novos espaços para a prática comercial citadina ao mesmo tempo em que os espaços tradicionais de comércio se mantêm no contexto da cidade. Como metodologia utilizou-se levantamento bibliográfico em livros e periódicos para efeito de discussão teórica, além de coleta de dados secundários em diversos órgãos e pesquisa de campo com o objetivo de empreender observações sistemáticas, entrevistas, bem como produzir material fotográfico sobre a área em estudo. A tese que se defende na pesquisa é a de que ainda que no processo de produção do espaço urbano de Natal, a atividade comercial tenha se expandido para outras áreas da cidade, essa atividade permaneceu nas áreas tradicionais de comércio que compreendem os bairros da Ribeira, Cidade Alta e Alecrim. Os resultados indicam que esse comércio, sobretudo o varejista, de acentuado caráter popular, se refaz no contexto da expansão, modernização e diversificação do comércio citadino. Dessa combinação de processos, tem-se, na atualidade um centro que tradicionalmente sediou a atividade comercial e que mantém condições de centralidade diversas, sendo a atividade comercial, seu ponto de referência. Subjacente a essas condições diversas, tem-se, como resultado, uma dinâmica que vem marcando diferentemente o comércio desses bairros.Tese Educação em Saúde no território brasileiro no período técnico-científico-informacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-15) Costa, Soneide Moura da; Morais, Ione Rodrigues Diniz; http://lattes.cnpq.br/9233980341514642; http://lattes.cnpq.br/1560031254925928; Morais, Hugo Arruda de; http://lattes.cnpq.br/9546392459265148; Barbosa, Jane Roberta de Assis; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; Valentim, Ricardo Alexsandro de Medeiros; http://lattes.cnpq.br/3181772060208133; Ceccim, Ricardo Burg; http://lattes.cnpq.br/9247766157002480; Lima, Samuel do Carmo; http://lattes.cnpq.br/0650023364323126; Holanda, Virginia Celia Cavalcante de; http://lattes.cnpq.br/9956987624407961A Educação em Saúde é um processo de capacitação profissional para fins de uma continuada e atualizada prática do cuidado no serviço. No Brasil, no período técnico-científicoinformacional, esse processo tem se viabilizado via Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), sendo exemplar o Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (AVASUS). Nesse contexto, o objetivo geral da pesquisa circunscreveu-se em analisar o processo de Educação em Saúde no território brasileiro, no período técnicocientífico-informacional. A partir desta ideia central, elencou-se como objetivos específicos: evidenciar a trajetória normativa da Educação em Saúde no Brasil; analisar a Educação Permanente em Saúde (EPS) no âmbito das TICs, descrever a configuração do território brasileiro à luz de indicadores socioeconômicos e de assistência à Saúde; e avaliar os impactos da formação ofertada pelo AVASUS no serviço de Saúde no Brasil. Como procedimentos metodológicos foi utilizada a pesquisa bibliográfica sobre Educação em Saúde, EPS, período técnico-científico-informacional, território, informatização do território, internet, técnica, rede, TIC e Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Também se recorreu à pesquisa documental em fontes como: relatórios de conferências nacionais de Saúde; decretos, portarias e websites do Ministério da Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), portal telegeografy; e plataforma AVASUS. Em 2018 foi realizada a aplicação de um questionário online disponibilizado na referida plataforma, objetivando avaliar os impactos da formação do AVASUS no serviço de Saúde no Brasil. Os resultados revelaram que a Educação em Saúde no Brasil teve sua trajetória delineada nas conferências nacionais sobre o tema, cujas discussões contribuíram para a elaboração da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), entre outros. No período técnico-científico informacional, a Educação em Saúde, promovida pela PNEPS, amplia as suas possibilidades de operacionalização por meio de TICs, constituindo-se um exemplo, a formação viabilizada pelo AVASUS. A despeito da heterogeneidade socioeconômica e de assistência à Saúde do Brasil, a formação ofertada por meio desta plataforma abrange todo o território nacional.Tese Espaço e saúde: uma análise geográfica da situação de saúde em Campina Grande-PB(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-26) Silva Filho, Antônio Pereira Cardoso da; Silva, Aldo Aloisio Dantas da; Barbosa, Jane Roberta de Assis; https://orcid.org/0000-0002-8424-5237; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; http://lattes.cnpq.br/7256935171597850; http://lattes.cnpq.br/8366285233864172; Locatel, Celso Donizete; Barcellos, Christovam de Castro; Bertollo, Mait; Medeiros, Sara Raquel Fernandes Queiroz deA Geografia, sem dúvida, apresenta uma grande potencialidade na análise da saúde. Esse protagonismo da Geografia se torna ainda mais evidente quando reconhecemos que as diferenças entre os lugares vão explicar também as distinções entre a situação de saúde. Não há como se apreender à saúde fora da ampla base explicativa que envolve o espaço geográfico e, por conseguinte, a configuração territorial. A possibilidade de estudar a saúde numa perspectiva positiva de sua existência; a proposição de indicadores em saúde pensados geograficamente; a possibilidade de apreensão do fenômeno da saúde a partir de escalas de observação mais homogêneas nas pesquisas urbanas; são algumas das questões mais relevantes trazidas nesse texto. Partimos do pressuposto de que são as diferentes combinações dos elementos espaciais que determinam as situações de saúde da população. Assim sendo, esta pesquisa tem como objetivo geral compreender a situação de saúde em Campina Grande-PB a partir das diferentes combinações dos elementos espaciais. Como escala de observação, foram utilizadas as áreas delimitadas pela Atenção Básica em Saúde. Para tanto, utilizamos uma diversidade de técnicas de coleta de informações e dados, como, por exemplo, entrevistas e questionários, bem como de procedimentos de análise específicos. Constatou-se que as áreas da atenção básica em Campina Grande-PB apresentaram grandes disparidades do ponto de vista da situação de saúde. A classificação entre as situações: péssima, ruim, regular, boa e ótima ilustra bem o cenário de seletividade socioespacial que caracteriza esses espaços e todos os efeitos desse processo para a situação de saúde. As áreas Catolé I e Mutirão I, por exemplo, por terem sido destacadas como a melhor e pior em termos de situação de saúde, respectivamente, exteriorizaram um conjunto de materialidades e imaterialidades que, observadas de modo ascendente, corrobora com a classificação final resultante desta pesquisa. Por fim, a proposição de uma ferramenta de gestão da saúde no território pensada a partir da base teórica e metodológica desse trabalho também surge como resultado operacional no sentido de promover algum impacto positivo para a situação de saúde em Campina Grande-PB.Tese Espaço geográfico e criminologia: topologia da segurança versus topologia do crime - uma análise da gestão de segurança do território e roubo a bancos no Nordeste(2019-12-13) Silva, Wellington Clay Porcino; Silva, Aldo Aloisio Dantas da; ; ; Godoy, Luiz Roberto Ungaretti de; ; Locatel, Celso Donizete; ; Macêdo, José Antonio Fernandes de; ; Nonato Júnior, Raimundo;A segurança pública é hoje um dos grandes problemas nacionais, e dentre os principais delitos que mais impactam a população se destaca o roubo a bancos, devido não só à violência que lhe é inerente, mas também aos impactos diretos que tal crime causa no dia a dia das populações das cidades do interior do Nordeste, que são obrigadas a grandes deslocamentos para a execução das mais rotineiras atividades em razão do alto nível de financeirização que caracteriza o período técnico-científico-informacional. Assim, a partir da análise da gestão do território dos principais atores envolvidos, isto é, forças policiais, organizações criminosas e rede bancária, partindo-se do recorte geográfico composto pelos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, buscou-se identificar quais as características do espaço geográfico estudado que impactam diretamente nas altas taxas de incidência de tal crime, tendo como fundamento teórico o conceito de espaço geográfico de Milton Santos e os fundamentos da Criminologia do Ambiente, para, ao final, apontar ações de política pública que tornem mais efetiva a repressão ao delito em tela. Ressalte-se que a eficiência de tais políticas está intimamente ligada à análise geográfica, já que como, se demonstra ao longo do presente trabalho, a lógica das práticas espaciais de cada um dos atores citados acima, bem como seus conflitos, é determinante na materialidade do fenômeno estudado, isto é, dos roubos a banco, não podendo ser, pois, desconsideradas durante a formulação de políticas de segurança.