PPGH - Doutorado em História
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Navegando PPGH - Doutorado em História por Assunto "CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA"
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Tese "Ninguém vai sair!": ocupações, despejos e luta por moradia em Fortaleza (1979-1987)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-29) Barros, Angerlânia da Costa; Pereira, Henrique Alonso de Albuquerque Rodrigues; https://orcid.org/0000-0002-5720-5942; http://lattes.cnpq.br/9609541796507055; https://orcid.org/0000-0002-5415-9178; http://lattes.cnpq.br/0891972942057807; Santos, Magno Francisco de Jesus; Rocha, Raimundo Nonato Araújo da; Brum, Mário Sérgio Ignácio; Maupeou, Samuel Carvalheira deA pesquisa tem por objetivo analisar como os moradores pobres de comunidades precarizadas se organizaram e reagiram contra a erradicação de seus locais de moradia, a partir das investidas dos administradores urbanos de Fortaleza que persistiam em (re)criar medidas para controlar o uso do espaço urbano pelas pessoas menos favorecidas da capital cearense, entre os anos de 1979 e 1987. Não intencionamos abordar todos os processos ocorridos durante este período proposto, mas sim perceber as estratégias utilizadas tanto pelas lideranças comunitárias quanto pelos governantes na luta pelo direito à cidade. Para tanto, problematizamos em que medida os movimentos sociais conseguiram reverter decisões políticas e judiciais de despejo e de remanejamento de moradores para conjuntos habitacionais e conquistaram melhorias nas condições de moradia dos mais pobres. Assim, usamos como fontes, notícias dos jornais O Povo e Diário do Nordeste, relatórios municipais sobre o Programa de Assistência às Favelas, atas da Federação de Bairros, entrevistas com moradoras do Lagamar, bem como dois dos principais representantes e organizadores da luta pela moradia, o Padre Manfredo de Araújo e o político Inácio Arruda. Utilizamos, ainda, uma consistente bibliografia sobre a temática. A partir do cruzamento e do confronto entre as fontes, este estudo apontou que a conquista de permanecerem em seus locais de moradia ocorriam devido à força dos mediadores e à falta de planos governamentais para as áreas disputadas.Tese O campo maçônico na Província do Rio Grande do Norte: a atuação de comerciantes, bacharéis, fazendeiros, militares e padres na Maçonaria e na política entre os anos de 1867-1875(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-28) Sousa, Kleber Cavalcante de; Alveal, Carmen Margarida Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-1202-0231; http://lattes.cnpq.br/1118391491224309; http://lattes.cnpq.br/9558205660533614; Santos, Magno Francisco de Jesus; Camarinhas, Nuno Miguel de Morais Pestana Tarouca; Fagundes, José Evangelista; Galves, Marcelo Cheche; Dantas, Mônica DuarteA Maçonaria foi uma das instituições presentes na sociedade do Oitocentos, tendo uma atuação comprovada na vida política e social brasileira e configurou-se como um campo social, ao reunir e aproximar homens de diversas visões políticas e sociais, o que contribuiu para articular o diálogo e favorecer os acordos e articulações entre esses homens. As lojas maçônicas eram compostas por bacharéis, comerciantes, fazendeiros, militares e padres que se reuniam, periodicamente, sob a proteção do segredo e dos juramentos da ordem, de modo a poder atuar com maior liberdade política naquela sociedade monárquica. No Rio Grande do Norte, a primeira loja maçônica foi fundada em 1836, tendo como membros fazendeiros, bacharéis, militares e padres, ligados a grupos políticos antagônicos na província, e com atuação nos campos da educação, imprensa, justiça, administração provincial e muitos deles com mandatos de deputados provinciais. Ao ocupar esses espaços faziam política e utilizavam dos meios disponíveis para manter ou melhorar as suas posições nesses campos, de modo a conquistar o domínio dos campos, a fim de aumentar o seu poder político na província. Na segunda metade da década de 1860, a Maçonaria do Rio Grande do Norte vivenciou um momento de fortalecimento, com a fusão de duas vertentes antagônicas que se uniram e fundaram a Loja Maçônica 21 de Março, com mais de 50 membros atuantes naquele momento. Essa ação garantiu uma maior coesão ao campo maçônico e uma melhor capacidade para enfrentar o conflito com a Igreja Católica, desencadeada na década seguinte e conhecida como a “Questão Religiosa”. E foi durante a primeira metade da década de 1870 que se identifica uma importante presença de maçons em diversos campos da sociedade, inclusive estando em posições de domínio do campo político e da imprensa, utilizando esse poder para fortalecer as suas redes e articulações, que eram uma das grandes forças da organização maçônica no século XIX. Desta feita, o Campo Maçônico configura-se como um campo social e um campo de poder na província do Rio Grande do Norte, de modo a contribuir com o fortalecimento de grupos políticos e familiares em posições de poder, tais como a presidência da Assembleia Provincial, vice-presidência da província, juízes municipais, promotores, chefes de polícia, diretor de instrução, entre outros cargos na administração provincial.