Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem por Assunto "A ostra e o vento"
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Dissertação A complexidade do ser fictício: a construção da personagem Marcela no romance A ostra e o vento(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-05-04) Araújo, Lanaiza do Nascimento Silva; Oliveira, Andrey Pereira de; ; http://lattes.cnpq.br/9422139982124228; ; http://lattes.cnpq.br/6774653210371561; Sousa, Elri Bandeira de; ; http://lattes.cnpq.br/6780232680640790; Araújo, Rosanne Bezerra de; ; http://lattes.cnpq.br/7328556088478313Observa-se na narrativa moderna uma busca cada vez mais frequente por atribuir às personagens uma natureza ampla, complexa, distanciada dos seres definidos e bem delimitados da narrativa tradicional. Com este trabalho, objetivamos desenvolver um estudo em torno da personagem Marcela no romance A ostra e o vento (1964), do escritor Moacir Costa Lopes, considerando a constituição da complexidade do ser fictício por meio da análise de elementos estruturais, semânticos e temáticos. Em um primeiro momento, apresentamos uma breve discussão teórica em torno da categoria personagem romanesca, partindo, em seguida, para uma análise detida do universo diegético da obra, apresentando a trajetória complicada de Marcela. Posteriormente, concentramos nosso olhar no exame da estruturação da narrativa que edifica a imagem complexa da personagem, por meio da técnica dos pontos de vista cruzados e da fragmentação temporal. Por fim, analisamos as relações sociais conflitantes que caracterizam o interior conturbado de Marcela e a linguagem simbólica e metafórica que oferecem um grande número de representações distintas da personagem, impossibilitando a construção de uma imagem coerente e bem estruturada. Para tanto, partimos de estudos de teóricos como Antonio Candido, Anatol Rosenfeld, Vitor Manuel de Aguiar e Silva, Fernando Segolin, Gérard Genette, Michel Zéraffa, entre outros autores pertinentesDissertação "No roldão das horas e do vento": o tempo em A ostra e o vento, de Moacir Costa Lopes(2020-01-31) Oliveira, Thallys Eduardo Nunes de Araújo; Gonçalves, Marta Aparecida Garcia; ; ; Melo Júnior, Orison Marden Bandeira de; ; Welter, Juliane Vargas; ; Santos, Concisia Lopes dos;Moacir Costa Lopes estreou no cenário literário em 1959, com a publicação de Maria de cada porto, romance que explora com profundidade a temática marítima, na época pouco comum nas letras nacionais, foi recebido com apreço pela crítica de então, que destacou, além desse aspecto inovador, o manejo diferenciado a que o autor submeteu a categoria narrativa do tempo. A preocupação com a temporalidade se mostra evidente em toda a literatura de Lopes, podendo-se, inclusive, apontar o uso experimental desse elemento como marca estética da produção ficcional do autor, que procurou manipulá-lo de forma diferenciada em todos os seus romances, ora em maior ora em menor grau. Será em A ostra e o vento (1964), quarto romance de Lopes, que o tempo se insurgirá na narrativa como elemento central, sendo explorado com engenho pelo autor no âmbito estrutural e no âmbito temático. Esta dissertação objetiva analisar o tempo no romance A ostra e o vento, tanto no que diz respeito à configuração estrutural desse elemento na narrativa em questão quanto no que se refere à relação que nela se estabelece entre o tempo e o fantástico, aspectos de absoluto relevo no corpus selecionado. Fundamentam nossa análise os estudos de Gérard Genette (1979), Benedito Nunes (1988) e A. A. Mendilow (1972) acerca do tempo na narrativa; de Tzvetan Todorov (2008) e Remo Ceserani (2006) acerca do fantástico na literatura, além de outros autores. Os resultados da pesquisa apontam para a imprescindibilidade da configuração temporal na construção dos sentidos da obra analisada, já que interfere na composição dos demais elementos estruturantes do texto narrativo (enredo, personagem, espaço e narrador) e da atmosfera fantástica que caracteriza o romance, além de suscitar reflexões acerca do próprio conceito de tempo.