Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
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Dissertação IgA sérica, secretora, IgE total e estado nutricional em crianças com infecções por enteroparasitas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003-03-21) Dantas, Valéria Cristina Ribeiro; Sales, Valéria Soraya de Farias; ; http://lattes.cnpq.br/8525532896559374; ; Milan, Eveline Pipolo; ; http://lattes.cnpq.br/2501015206371302; Câmara, Lília Maria Carneiro; ; http://lattes.cnpq.br/7811839860470978Infecções por parasitas intestinais são uma das principais causas de morbidade em humanos e, suas relações com níveis sócio-econômicos e condições de higiene em países em desenvolvimento já são bem estabelecidas. Muitos trabalhos, porém, estão sendo realizados para elucidar as complexas interações entre nutrição, estas infecções e resposta imunológica, pois é visto que desnutrição compromete a imunidade aumentando a susceptibilidade para doenças infecciosas e estas por sua vez podem prejudicar o estado nutricional humano. Sabe-se que parasitas helmínticos estimulam síntese de IgE tanto policlonal como específica para antígeno dos mesmos e que IgA secretora, principal imunoglobulina de defesa das mucosas, pode atuar contra protozoários como a Giardia lamblia e contra helmintos como Trichuris tichiura e Strongyloides stercorales. Alguns estudos mostram que a desnutrição energético protéica influencia na produção destas respostas, mas outros autores mostram resultados divergentes. Neste trabalho avaliou-se os níveis de IgE total, IgA sérica e secretora, contagem de eosinófilos sanguíneos, níveis de proteínas séricas e estado nutricional, em 103 crianças de baixo nível sócio-econômico, para se averiguar uma correlação entre esses e infecção por enteroparasitas. Participaram do estudo crianças de ambos os sexos, com idade de 3 a 6 anos, freqüentadoras da mesma creche e residentes em um bairro com precárias condições de higiene e saneamento básico, na cidade do Natal. Os resultados obtidos mostraram que as deficientes condições ambientais e sócio-econômicas favoreceram a uma alta freqüência de infecção por enteroparasitas, principalmente Trichuris trichiura e Ascaris lumbricoides entre os helmintos e Endolimax nana e Giárdia lamblia entre os protozoários. Desnutrição leve sem déficit protéico foi observada em 30% das crianças, as quais também não apresentaram deficiências significativas de IgA sérica e secretora. As crianças parasitadas apresentaram eosinofilia sanguínea e níveis séricos de IgE total elevados confirmando a importante participação das mesmas na resposta imune contra helmintos. Pode-se, portanto, sugerir que as crianças apesar de poliparasitadas não estavam com sua resposta imune de mucosa contra parasitas, prejudicada, provavelmente por ainda não estarem intensamente infectados, como observado na contagem de ovos por grama de fezes e também por não terem seu estado nutricional gravemente comprometidoDissertação Associação entre estresse oxidativo e a osteopenia diabética: efeito da suplementação com cálcio, fósforo e vitamina E(2003-08-29) Rodrigues, Alanna de Sousa; Thornton, Maria das Graças Almeida; Rezende, Adriana Augusto de; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; ; ; http://lattes.cnpq.br/0819752921364531; Brandão Neto, José; ; http://lattes.cnpq.br/6905360146925949; Queiroz, Maria Goretti Rodrigues de; ; http://lattes.cnpq.br/8792842617230865Embora o aumento na concentração de Espécies Reativas de Oxigênio (Eros), devido ao diabetes mellitus, pode alterar o metabolismo normal do osso, acarretando assim a osteopenia. Uma suplementação com cálcio, fósforo e vitamina E pode ter ação benéfica e prevenir as complicações associadas ao estado diabético. Foram utilizados ratos Wistar machos (n=125), peso corporal 250-350g, sendo divididos em três grupos: grupo 1- controles (n=45) grupo 2- diabéticos experimentais (n=45), e grupo 3 - diabéticos suplementados (n=35) em cálcio, fósforo e vitamina E. O diabetes experimental foi induzido por estreptozotocina (STZ) (45 mg/Kg) e sacrificados em períodos de 1 e 5 dias após a indução e 5, 30, 60 e 90 dias após a instalação do diabetes mellitus. Animais com glicemia ≤ 250 mg/dL foram considerados diabéticos. Realizaram-se análises de Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (SRAT) e Glutationa (GSH) em sangue e cérebro, medidas histomorfométricas dos fêmures esquerdos, além de dosagens bioquímicas de fosfatase alcalina, fosfatase ácida, fosfato, magnésio, cálcio ionizável, cálcio total, creatinina e albumina em amostras de soro e glicose, fosfato, magnésio, creatinina e clearence de creatinina em amostras de urina dos animais. As SRAT no plasma e cérebro, apresentaram-se significativamente elevadas no grupo 2 em relação ao grupo 1, e diminuída para o grupo 3, no período de 90 dias. O conteúdo de GSH em cérebro, no período de 90 dias, diminuiu no grupo 2 e aumentou no grupo 3, enquanto em sangue não foram observadas alterações. Os resultados histomorfométricos mostraram uma perda em média de 50% de osso trabecular avaliadas pela distância entre as trabéculas, espessura das trabéculas e volume ósseo trabecular, nos animais diabéticos experimentais em relação aos controles e, com a suplementação, essa perda diminuiu significativamente alcançando valores próximos aos encontrados no grupo controle. A atividade da fosfatase alcalina apresentou valores superiores para os grupos 2 e 3 em relação ao grupo 1 e a fosfatase ácida aumentou significativamente nos grupos 2 e 3, em relação aos controles, no período de 90 dias. As concentrações séricas de fosfato, magnésio, cálcio ionizável, cálcio total e creatinina, não apresentaram alterações uma vez que os resultados estão dentro dos valores de intervalos de referência. A albumina sérica mostrou-se diminuídas para o grupo 2 e 3. A análise da urina mostrou glicosúria significativa para os grupos 2 e 3 em relação ao grupo 1. Em relação a fosfatúria observou-se um aumento significativo principalmente para o grupo 3 e em relação ao clearence de creatinina não foram observadas diferenças significativamente para o grupo 2 e 3. Os resultados observados sugerem que a suplementação de cálcio, fósforo e vitamina E diminuiu as alterações oxidativas causadas pelo diabetes, além de ter exercido ação benéfica sobre o metabolismo ósseo, diminuindo a perda óssea que ocorre durante esta síndrome.Dissertação Células da resposta imune em mulheres portadoras de candidíase vulvovaginal(2006-04-26) Queiroz Filho, José; Sales, Valéria Soraya de Farias; ; ; Lima, Carlos Eduardo Queiroz de; ; Cavalcanti Júnior, Geraldo Barroso;A candidíase vulvovaginal (CVV) é uma das infecções mais comuns na prática clínica de um ginecologista, e o controle dessa patologia é realizado por vários mecanismos de defesa, onde a resposta imune celular parece ser fundamental. Com a finalidade de investigar a resposta imune celular em mulheres com e sem CVV, foram avaliadas células do sangue periférico da mucosa vaginal, concentrações de IgE sérica total e específica para Candida albicans de 60 mulheres sendo 40 com CVV e 20 como grupo controle, na faixa etária de 10 aos 60 anos atendidas no serviço de ginecologia do complexo de saúde HAPVIDA em Natal (RN) no período de janeiro a março de 2006. As coletas de sangue periférico foram realizadas por punção venosa e a contagem celular de cada paciente foi realizada por automação e contagem manual em esfregaços sanguineos corados por Giemsa. A quantificação de linfócitos TCD4+ e TCD8+ foi realizada por citometria de fluxo e os esfregaços vaginais foram preparados com raspado da parede vaginal lateral, as lâminas foram fixadas imediatamente em álcool absoluto e coradas posteriormente com hematoxilina-eosina, foram analisados 10 campos microscópicos por lâminas em objetivas 10X e 40X. As concentrações de IgE total sérica e específica para Candida albicans foram obtidas por quimiluminescência e fluoroimunoensaio. No sangue periférico e no raspado vaginal estudou se as células tipo neutrófilos, linfócitos, eosinófilos e monócitos . A análise estatística foi feita utilizando se o teste exato de Fisher e teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e o teste de correlação de Spermann. No grupo de mulheres com CVV a análise celular no sangue periférico houve predominância de eosinófilos (média: 302,60) sendo esse achado significativo com p=0,037 em relação ao grupo controle. O estudo das células nos raspados vaginais demonstrou diferenças significativas para neutrófilos (média: 230.70) e linfócitos (média: 11,50) com significância de P=0,0001. Com relação a quantificação de linfócitos TCD4+ e TCD8+ não houve significado estatístico. As concentrações de IgE total sérica e específica não apresentaram significado estatístico e para ambos grupos os resultados encontrados foram semelhantes nas diferentes metodologias aplicadas. Ao correlacionar as concentrações de IgE total sérica (média=308,83) com eosinófilos no sangue periférico de mulheres com CVV apresentou um índice de correlação de 0,25 considerado baixo.Dissertação Influência do tamoxifeno associado ao diabete melito na densidade mineral óssea(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-05-17) Almeida, Maria Margareth Câmara de; Rezende, Adriana Augusto de; Almeida, Maria das Graças; ; http://lattes.cnpq.br/0321740024191482; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; ; http://lattes.cnpq.br/8826461811980992; Catanho, Maria Teresa Jansem de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/2204048396738679; Ramos, Ana Maria de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/2365612055067945A influência do tratamento com Tamoxifeno (TAM) na densidade mineral óssea foi estudada em ratos Wistar fêmeas diabéticos. Foram utilizados 60 ratos Wistar fêmeas (180-250g), sendo divididos em quatro grupos: controle C (n=5), tratado com TAM T (n=5), diabete D (n=5) e diabete tratado com TAM DT (n=5). Foi feita avaliação do ciclo estral durante 15 dias antes do início do experimento para selecionar os animais com ciclos regulares e durante os períodos de 30, 60 e 90 dias, em todos os grupos estudados. O diabete foi induzido com injeção intraperitoneal de estreptozotocina STZ (45 mg/Kg) e os animais foram sacrificados em períodos de 30, 60 e 90 dias após a instalação do diabete melito (glicemia ≥ 250 mg/dL). Foram realizadas medidas histomorfométricas dos fêmures esquerdos e análises bioquímicas de glicose, fosfatase alcalina, fosfatase ácida tartarato resistente, cálcio, fósforo, magnésio, proteínas totais, albumina, globulina, uréia e creatinina em amostras de soro. Os resultados histomorfométricos mostraram uma perda progressiva de massa óssea, nos fêmures dos animais do grupo D comparados ao grupo C em todos os períodos estudados. O grupo T se manteve sem alteração nos períodos e em relação ao grupo DT observou-se que os valores da análise histomorfométrica mantiveram-se próximos ao grupo C em todos os períodos estudados, indicando um aumento de massa óssea induzido pelo uso de TAM. Durante todo o experimento a glicemia dos animais D e DT manteve-se sempre acima de 250mg/dL e do grupo C e T inferior a 150mg/dL. A atividade da fosfatase alcalina esteve aumentada em todos os períodos estudados para os grupos D e DT quando comparados ao grupo C. O fósforo nos grupos D e DT encontrou-se aumentado quando comparado ao grupo C e T no período 30 dias. Já nos períodos 60 e 90 dias não foram observadas alterações significativas nos grupos estudados. A albumina encontrou-se diminuída no grupo DT período 60 dias e nos grupos D e DT no período 90 dias. Em relação a uréia encontramos aumento significativo nos períodos 30, 60 e 90 dias para os grupos D e DT em relação aos grupos C e T. A creatinina teve aumento significativo no período 90 dias para os grupos D e DT quando comparados ao C e T, mantendo-se inalterada em todos os grupos nos períodos 30 e 60 dias. Para a fosfatase ácida tartaratoresistente, cálcio, magnésio e proteínas totais não houve alteração nos períodos estudados para todos os grupos. Os resultados obtidos confirmam a ação benéfica de TAM no osso indicando um aumento de massa óssea em ratos wistar diabéticos tratados com TAMDissertação Valores de referência para cobre e zinco no plasma e no eritrócito em adultos universitários na cidade de Natal-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-05-24) Nascimento, Débora Azevedo do; Schwarzschild, Lúcia de Fátima Campos Pedrosa; ; http://lattes.cnpq.br/1863589790139155; ; http://lattes.cnpq.br/9009239524493430; Yuyama, Lucia Kiyoko Osaki; ; http://lattes.cnpq.br/2466776830720833; Lima, Kenio Costa de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723244A9O estudo teve como objetivo construir valores de referência para cobre e zinco, de adultos saudáveis na cidade do Natal-RN, e identificar a influência do gênero, idade, índice de massa corporal (IMC) e dieta, sobre esses valores. Foram avaliados 123 estudantes saudáveis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), de ambos os gêneros, com idade entre 19 e 41 anos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN. Foi estimado o indice de massa corporal e realizado um recordatório alimentar de 24h. A dieta foi avaliada quanto a energia, macronutrientes, cobre e zinco, segundo as recomendações da National Academy of Sciences (2001; 2002). As concentrações de cobre e zinco no plasma e no eritrócito foram realizadas por espectrofotometria de absorção atômica de chama. A casuística apresentou-se bastante homogênea quanto à distribuição por gênero e idade, estando o maior número de indivíduos entre os 19 e 24 anos. A maioria dos voluntários apresentou estado nutricional antropométrico dentro dos padrões de normalidade. Antecedentes familiares de doenças crônicas e sedentarismo foram observados. A dieta caracterizou-se com baixo consumo de zinco, adequado de cobre e de lipídeos. As concentrações médias de cobre no plasma (p=0,002), cobre no eritrócito (μg/dL, p=0,036; μg/gHb, p=0,038), e zinco no plasma (p=0,022), foram estatisticamente diferentes entre os gêneros, o que foi demonstrado pelos maiores valores de cobre do gênero feminino e maiores de zinco no masculino. Os valores de cobre no plasma sofreram ainda interferência das variáveis: ingestão de calorias, carboidrato e cobre na dieta, todos categorizados de acordo com a mediana, além da proteína categorizada segundo o percentual de contribuição para o valor calórico total (VCT) da dieta. O estudo permitiu estabelecer valores de referência para zinco no eritrócito, correspondentes a 1.261,6-1.344,0 μg/dL e 51,0-54,3 μg/gHb, e sugerir indicativos de valores de referência para cobre no plasma (108,4 130,2 μg/dL), no eritrócito (feminino = 85,0 91,4 μg/dL; masculino = 80,2 86,5 μg/dL) e zinco no plasma (feminino 98,8 105,8 = μg/dL; masculino 104,6 111,6 = μg/dL)Dissertação Avaliação citológica em base líquida de fármacos moduladores estrogênicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-08-18) Martins, Rand Randall; ; http://lattes.cnpq.br/4311626091295357; ; http://lattes.cnpq.br/8062199269259772; Lima, Carlos Eduardo Queiroz; ; http://lattes.cnpq.br/7570443241449901; Freire, Ana Cláudia Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/3215086103105355A hormonioterapia é um importante recurso no tratamento do câncer de mama e o tamoxifeno representa o fármaco mais empregado neste tipo de tratamento. Recentemente foram desenvolvidos outros fármacos baseados na inibição da aromatase, enzima responsável pela síntese de esteróides estrogênicos a partir de androgênios. O objetivo deste estudo seria o desenvolvimento de um modelo citológico quantitativo de analise estral murina que permitisse a caracterização dos efeitos farmacológicos de diferentes hormonioterápicos sob epitélio vaginal. A técnica de coloração monocromática com Azul de Evans (C.I. 23860) mostrou-se eficaz na classificação qualitativa e quantitativa do ciclo. Observou-se diferenças no padrão citológico de animais submetidos aos fármacos em estudo; onde o tamoxifeno apresentou alargamento das fases de menor maturação (diestrais), enquanto que o anastrozol e o exemestano incrementaram a duração das fases de maior maturação (estrais). O tratamento dos dados através de uma regressão não linear por spline cúbica permitiu melhor caracterização dos fármacos, sugerindo um perfil citológico próprio ao antagonismo do receptor de estrógeno (tamoxifeno), competição da aromatase (anastrozol) e inibição da enzima (exemestano)Dissertação Osteopenia diabética e pós-menopausa: efeito metabólico do zinco na recuperação do volume ósseo trabecular(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-04-30) Ferreira, Elaine Cristina da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; ; http://lattes.cnpq.br/2573380643043608; Almeida, Maria das Graças; ; http://lattes.cnpq.br/0321740024191482; Hirata, Mario Hiroyuki; ; http://lattes.cnpq.br/8551642748793896; Schwarzschild, Lúcia de Fátima Campos Pedrosa; ; http://lattes.cnpq.br/1863589790139155Diabetes mellitus está associado com alterações do metabolismo ósseo (osteopenia e/ou osteoporose). Identificar agentes anabólicos que promovam o ganho de massa óssea é de fundamental importância. Assim, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o efeito anabólico do zinco sobre o tecido ósseo em modelo de osteopenia diabética e pós-menopausa. O diabetes foi induzido pela administração de STZ (45 mg/Kg de peso corpóreo) e a pós-menopausa pela ooforectomia bilateral. Ratas Wistar adultas (n= 65) foram divididas em 5 grupos: grupo controle (n=15), grupo ooforectomizado sem (n =15) e com zinco suplementar (n=10), grupo diabético e ooforectomizado sem (n=15) e com zinco suplementar (n=10). O período de estudo foi de até 90 dias. A condição diabética foi evidenciada pela hiperglicemia e pelo quadro metabólico característico de poliúria, polifagia, polidpsia e glicosúria. As análises histomorfométricas mostraram que a suplementação com zinco promoveu um aumento da espessura e diminuiu a distância trabecular óssea significativamente nos grupos diabéticos para valores próximos aos dos controles e que o volume ósseo aumentou significativamente, tanto na deficiência de estrógeno como nos animais com diabetes ao longo do estudo. A análise de correlação entre parâmetros histomorfométricos e glicemia evidenciaram que quanto maior o tempo de hiperglicemia maior a ação deletéria sobre o tecido ósseo e que a suplementação com zinco minimizou esta ação com um ganho significativo da massa óssea. Os grupos diabéticos apresentaram hiperzincúria, fosfatúria e calciúria. A suplementação com zinco promoveu um aumento na concentração dos íons cálcio e fósforo sérico para o grupo diabético em 90 dias. A ooforectomia não promoveu alteração nas concentrações séricas e urinárias dos minerais Ca, P e Zn. A atividade da fosfatase alcalina sérica total aumentou somente para os grupos diabéticos, independente da suplementação. Já a fosfatase ácida tartarato-resistente, o magnésio e o zinco sérico não alteraram para os grupos estudados. Apenas os grupos diabéticos apresentaram diminuição da albumina sérica, embora a creatinina sérica tenha se apresentado dentro dos valores de referência. O conjunto de resultados obtidos suportam que zinco poderá ser utilizado na prevenção e tratamento da osteopenia diabética e pós-menopausaDissertação Análise das mutações C282Y e H63D no gene da proteína HFE em pacientes com hiperferritinemia(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-08-29) Leão, Gioconda Dias Rodrigues; ; http://lattes.cnpq.br/0091662650633339; ; http://lattes.cnpq.br/9056617512587909; Klumb, Claudete Esteves Nogueira Pinto; ; http://lattes.cnpq.br/2127841301042999; Sales, Valéria Soraya de Farias; ; http://lattes.cnpq.br/8525532896559374A hemocromatose hereditária (HH) é uma doença genética causada pela absorção e deposição elevada de ferro em vários órgãos. Este acúmulo resulta em complicações clínicas como cirrose, artrite, cardiopatias, diabetes, desordens sexuais e escurecimento da pele. As mutações H63D e C282Y estão bem definidas na etiologia da hemocromatose. O objetivo deste trabalho foi a identificação das mutações genéticas H63D e C282Y no gene da Hemocromatose e avaliação da freqüência dessas mutações no gene da proteína HFE em pacientes com hiperferritinemia que são encaminhados ao laboratório DNA Center Natal / RN. Além disso, avaliar a correlação dos genótipos das mutações H63D e C282Y do gene da HH com a concentração sérica da ferritina, glicose, alanina aminotransferase, aspartato minotransferase, gt e com as complicações clínicas e ainda a interrelação com os hábitos de vida incluindo o etilismo e dieta com sobrecarga de ferro. As dosagens bioquímicas e análises moleculares foram realizadas respectivamente através do método enzimático e PCR com restrição enzimática. Dos 183 pacientes investigados 51,4% apresentaram ausência de mutação e 48,6% com algum tipo de mutação: 5,0% C282Y heterozigoto mutado; 1,1% C282Y homozigoto mutado; 31% H63D heterozigoto mutado; 8,7% H63D homozigoto mutado; e 3,3% heterozigoto para a mutação em ambos os genes. Com relação ao sexo, observou-se o maior percentual de casos com alteração molecular em homens em relação a mulheres nas duas mutações avaliadas. Os indivíduos com resultados negativos apresentaram sinais clínicos e laboratoriais indicativos de hemocromatose sugerindo que outros genes poderão estar envolvidos no metabolismo do ferro. Devido à alta prevalência da hemocromatose, e tendo em vista que a hemocromatose é considerada um problema de saúde pública, sua gravidade ser prevenível e a baixa toxicidade do tratamento, o diagnóstico genético precoce torna-se indicado, principalmente nos pacientes com ferritina elevada, e com isso evitar manifestações clínicas graves e aumentar a expectativa de vida dos pacientes com esta doença. Nossos achados mostram a importância da realização de estudos genéticos em indivíduos com suspeita de hemocromatose hereditária em virtude de elevada incidência dessa doença de cunho hereditário em nossa regiãoDissertação Avaliação do sistema conservante em formulação com extrato hidroalcóolico de schinus terebinthifolius raddi nacardiaceae(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-09-29) Santos, Ana Lourdes Rodrigues dos; Moura, Túlio Flávio Accioly Lima e; Raffin, Fernanda Nervo; ; http://lattes.cnpq.br/1052562183676637; ; http://lattes.cnpq.br/4452581275123481; ; http://lattes.cnpq.br/7494352546390003; Lima, Edeltrudes de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/9406572870167006; Aragão, Cícero Flávio Soares; ; http://lattes.cnpq.br/9657118649043311Schinus terebinthifolius Raddi, conhecida popularmente como aroeira da praia, é utilizada na medicina tradicional para o tratamento de lesões e úlceras de pele e mucosas, infecções do sistema respiratório, digestório e geniturinário. Atualmente, um dos maiores problemas enfrentados pela indústria de fitoterápicos com relação à qualidade das matérias-primas de origem vegetal é a contaminação microbiana. Este trabalho objetivou avaliar a ação antimicrobiana do extrato hidroalcóolico de aroeira, além de testar a eficácia do sistema conservante em formulação de hidrogel à base desse extrato. Os extratos foram obtidos por maceração na proporção de 1:10 de planta/solvente com álcool a 40%. Os métodos microbiológicos utilizados foram o de contagem de microrganismos em placa por pour plate e o da pesquisa de patógenos, analisando em triplicata cada uma das amostras. A atividade antimicrobiana dos extratos de aroeira foi avaliada através do método de difusão em ágar, empregando as cepas de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Bacillus subtilis, Candida albicans, Candida tropicalis, Candida krusei, Candida guilliermondii, Trichophyton rubrum, Microsporum gypseum, Aspergilus flavus e Aspergilus niger. A fórmula com aroeira foi avaliada pelo teste do desafio. Este método consistiu em contaminar artificialmente a amostra com inóculos separados de A. niger, C. albicans, E. coli, P. aeruginosa e S. aureus e determinar os sobreviventes pelo método de contagem por pour plate , durante os tempos 0, 24h, 48h, 7 dias, 14 dias, 21 dias e 28 dias. Quanto aos resultados, verificou-se que o extrato de aroeira na concentração de 13,5 mg/mL apresentou atividade antimicrobiana para as cepas de E. coli, B. subtilis, P. aeruginosa, S. aureus, produzindo halos de inibição, em média com 13 mm de diâmetro. No entanto não apresentou nenhuma atividade antifúngica. Quanto ao teste do desafio, verificou-se que a formulação com gel de aroeira associada aos conservantes metil e propilparabeno apresentou-se eficaz frente às cepas de A. niger, C. albicans, E. coli, P. aeruginosa e S. aureus. Conforme o critério A da Farmacopéia Européia, adotado neste trabalho, verificou-se que esse produto mostrou-se eficaz para o teste do desafio durante o período dos 28 dias. No entanto, é interessante ampliar esse estudo, a fim de realizar a estabilidade acelerada e o teste de prateleira, para estabelecer a validade dessa formulaçãoDissertação Projeto Prevenir: uma pesquisa acerca das mudanças no perfil das infecções por DST/AIDS, com a perspectiva de detectar pontos vulneráveis da prevenção(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-11-20) Rocha, Luciana Vilar de Sales; ; SATURNINO, Ana Conceição Ribeiro Dantas; ; http://lattes.cnpq.br/1523992591754444; Freire, Ana Cláudia Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/3215086103105355; Lima, Carlos Eduardo Queiroz; ; http://lattes.cnpq.br/7570443241449901O Rio Grande do Norte está entre os Estados brasileiros onde o turismo e a violência sexual mais crescem no País, ocupando o 4º lugar em 2004. Associado a este fato, vem a problemática da contaminação das mulheres por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Estudos no Brasil têm apresentado um aumento considerável das DST, desencadeado pela falta de proteção adequada nas relações sexuais. Em decorrência da vulnerabilidade biológica, psicossocial, além de falhas ou inconstância no uso de preservativos associadas às elevadas taxas de atividade sexual com diferentes parceiros, as DST constituem o principal risco de saúde. Muitas dificuldades são encontradas para o enfrentamento deste problema. Neste contexto, este projeto teve como objetivo avaliar a vulnerabilidade desta população de mulheres sexualmente ativas no bairro de Ponta Negra, Natal/RN, às infecções por DST, como: Candida sp., vaginoses bacterianas, Trichomonas vaginalis e Chlamydia sp., advindas com a explosão do mercado do sexo, mostrando um panorama estatístico atual. Por meio de anamnese das pacientes foi possível detectar pontos vulneráveis na prevenção, onde o estudo mostrou que a maior parte das mulheres apresentou: número elevado de parceiros (8,3% com mais de cinco), baixa idade das primeiras relações e o não uso de preservativos (31,8% utilizam às vezes e 45,8% não utilizaram na primeira relação). Já confirmados pelo exame citopatológico estes dados foram reforçados pela alta incidência de agentes causadores de DST (58,6%). Desta forma, fica claro que a sexualidade tem que ser pensada no contexto das profundas transformações econômicas e sócio-culturais pelas quais passam as sociedades e, principalmente, as que dizem respeito ao exercício da sexualidade e ao mercado do sexo. Com a mudança do perfil das infecções, novas demandas são colocadas em relação aos fatores de risco. Portanto, pode-se concluir que os pontos vulneráveis da prevenção detectados como mais importantes foram a deficiência na autopercepção e a falta de conscientização da existência do risco entre as mulheres estudadasDissertação Alterações nas concentrações das SRAT, conteúdo de GSH e atividade da CAT em pacientes com esquistossomose aguda(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-01-30) Cunha, Gina Michelle Macêdo da; Freire, Ana Cláudia Galvão; ; http://lattes.cnpq.br/3215086103105355; ; http://lattes.cnpq.br/9927438721492551; Almeida, Maria das Graças; ; http://lattes.cnpq.br/0321740024191482A esquistossomose é uma doença milenar causada pelo helminto Schistosoma mansoni e constitui um problema de saúde pública no Brasil. A lesão granulomatosa, típica da doença, está associada com o aumento do dano oxidativo através da geração de radicais livres. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de alterações nos parâmetros oxidante/antioxidante que fazem parte do sistema de defesa do organismo, e observar se os mesmos provocariam estresse oxidativo em indivíduos com esquistossomose. Além disso, correlacionando com alguns parâmetros bioquímicos e hematológicos. Foram selecionados dois grupos de estudo, constituídos de indivíduos de ambos os sexos, com faixa etária compreendida entre 16 e 30 anos. Um grupo controle, formado por indivíduos sem esquistossomose (n=30) e um grupo teste, formado por indivíduos com esquistossomose (n=30). A avaliação da peroxidação lipídica no plasma foi realizada por meio da determinação do malondialdeído e a defesa antioxidante pela dosagem da glutationa reduzida e determinação da atividade da catalase. Em relação aos parâmetros que avaliam o estresse oxidativo, os resultados demonstraram uma diminuição do conteúdo de glutationa reduzida e nenhuma alteração na atividade da catalase, com um aumento nos valores de malondialdeído. Portanto, os dados encontrados sugerem a ocorrência do estresse oxidativo nos indivíduos com esquistossomose. Dos parâmetros que avaliam a função hepática, apenas os níveis de aspartato amino transferase mostraram-se elevados, enquanto ocorreu uma diminuição da bilirrubina. Não houve uma alteração significativa no perfil lipídico (p<0.5), entretanto com relação à função renal dos pacientes, houve uma diminuição da creatinina. A avaliação hematológica, realizada através do hemograma completo e a dosagem da hemoglobina, mostra eosinofilia nos indivíduos do grupo teste, que pode estar relacionada com a presença do parasita. As alterações apresentadas sugerem a participação do estresse oxidativo na fisiopatologia da referida doençaDissertação Desenvolvimento de microemulsões contendo fotoprotetores inorgânicos nanoparticulador(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-02-12) Surmann, Luciana Loffredo; ; http://lattes.cnpq.br/6907806915889763; ; Oliveira, Anselmo Gomes de; ; http://lattes.cnpq.br/9114495952533044; Araújo, Ivonete Batista de; ; http://lattes.cnpq.br/3872552451523411Os agentes fotoprotetores inorgânicos, representados principalmente pelo óxido de zinco e dióxido de titânio microfinos, têm mostrado grande potencial de proteção contra amplo espectro de radiação UV. O objetivo deste trabalho consiste no desenvolvimento, caracterização e estudo de estabilidade a curto termo de microemulsões contendo agentes fotoprotetores inorgânicos. As microemulsões identificadas pelo diagrama de fases e adicionadas dos ativos fotoprotetores foram elaboradas a partir de dois métodos diferentes e submetidas ao teste de centrifugação e ciclos gelo-degelo, sendo posteriormente caracterizadas pela avaliação macroscópica, teste de diluição, condutividade elétrica, pH, granulometria e determinação de potencial zeta. Este estudo evidencia a influência da adição dos óxidos metálicos na estruturação micelar e distribuição de tamanho de partículas das microemulsõesDissertação Avaliação da presença de osteopatia decorrente do diabetes tipo 1 em crianças e adolescentes do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-22) Loureiro, Melina Bezerra; Rezende, Adriana Augusto de; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; ; http://lattes.cnpq.br/8172108729779350; Donadi, Eduardo Antônio; ; http://lattes.cnpq.br/8778713382135771; Schwarzschild, Lúcia de Fátima Campos Pedrosa; ; http://lattes.cnpq.br/1863589790139155Diabetes mellitus (DM) a osteoporose são doenças crônicas com grandes consequências socioeconômicas, sobretudo devido à complicações tardias e consequente desabilidades. Os efeitos potenciais do DM no metabolismo ósseo continua a ser uma questão controversa, e ainda não existe um consenso no que diz respeito às implicações clínicas da osteopenia diabética e os mecanismos da sua ocorrência. Entretanto, a contribuição de fatores específicos, tais como a duração da doença e o grau de controle metabólico tem sido muito discutidos. O objetivo do presente estudo foi identificar precocemente a osteopatia diabética em crianças e adolescentes com DM 1 atendidos no Hospital de Pediatria da UFRN através de marcadores bioquímicos do metabolismo mineral e ósseo, marcadores da função renal e da medida da densidade mineral óssea (DXA; Z-score L1-L4) . O estudo foi constituído por uma amostra de 74 pacientes diabéticos tipo 1 (DM1) de ambos os sexos, com faixa etária entre 6 a 20 anos. O grupo normoglicêmico (NG) foi constituído por 97 indivíduos saudáveis, de ambos os sexos, os quais apresentaram a mesma faixa etária do DM1, além de compreenderem a mesma classe socioeconômica. Estes indivíduos eram alunos de escolas da rede pública de ensino da cidade de Natal-RN, convidados aleatoriamente a participar do nosso estudo. Tanto o grupo DM1 quanto o NG foram divididos em quatro subgrupos, de acordo com a Classificação de Tanner, T1, T2, T3, T4, para viabilizar uma avaliação comparativa. Os indivíduos diabéticos apresentaram um controle glicêmico insatisfatório, com valores de glicemia e HbA1C significativamente superiores aos obtidos para os NG. O grupo DM1 T4 apresentou valores aumentados de proteínas totais, albumina, uréia e microalbuminúria, sugerindo assim um início de comprometimento renal, visto que os valores elevados de microalbuminúria são preditores de lesão glomerular em pacientes DM1. A atividade da fosfatase alcalina total mostrou-se acima dos VR nos grupos DM1 e NG por estes estarem numa faixa etária de desenvolvimento estatural. Observa-se uma diminuição da concentração de osteocalcina para os grupos DM1 T1, T2 e T3 quando comparados aos respectivos NG (s), sugerindo que esta diminuição estaria associada a diminuição do número e/ou da diferenciação dos osteoblastos no seu estágio final de maturação, contribuindo consequentemente para a redução da formação óssea. Não foram observadas alterações na atividade da TRAP. As concentrações séricas de cálcio total e ionizado, fósforo e magnésio estavam compreendidos dentro dos VR, mas os grupos diabéticos apresentaram hipozincemia e hiperzincúria. A DMO (Z-score L1-L4; DXA) esteve sempre dentro dos VR para os grupos estudados, entretanto os grupos DM1 apresentaram sempre valores abaixo do seu respectivo NG, alcaçando uma diferença significativa para DM1 T4. O conjunto de resultados obtidos indicam que o baixo controle glicêmico e o tempo de doença representaram fatores de risco importantes para o desenvolvimento precoce da osteopenia diabética, bem como para o comprometimento renal e sinais de retinopatia.Dissertação Alcoolemia em vítimas fatais de acidentes de trânsito no Rio Grande do Norte empregando cromatografia em fase gasosa - head space(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-23) Santiago, Edna de Farias; ; http://lattes.cnpq.br/2959800336802498; ; http://lattes.cnpq.br/1783650979734333; Carvalho, José Melo de; ; http://lattes.cnpq.br/3824079454047896; Schwarz, Aline; ; http://lattes.cnpq.br/2401319567715548; Glória, Maria Beatriz Abreu; ; http://lattes.cnpq.br/6895373188728113O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido legalmente e, às vezes, incentivado pela sociedade. Estudos mostram o álcool como a droga de maior consumo entre os jovens e na sociedade de forma geral, provavelmente devido à sua disponibilidade e fácil acesso. O uso abusivo provoca problemas de saúde pública, estando ele estreitamente relacionado com a violência, problemas sócioeconômicos e com o elevado número de acidentes automobilísticos. O trânsito é um dos principais setores afetados pelos efeitos do álcool, observandose alta incidência nos estudos realizados. Aproximadamente metade dos acidentes automobilísticos ocorre após o consumo de bebida alcoólica, estando a grande maioria dos casos relacionados com altas concentrações de álcool na circulação sanguínea. A relação da embriagues com os acidentes de trânsito é fato notório em toda parte do mundo, inclusive no Brasil, onde estudos demonstraram uma alta relação entre o consumo de álcool e os acidentes de trânsito. Este trabalho determinou a alcoolemia em vítimas fatais de acidente de trânsito no Estado do Rio Grande do Norte e estabeleceu o perfil desta população comparando com aqueles encontrados no Brasil e em outros países. Foram utilizadas amostras de sangue adicionadas de etanol para realização da padronização das condições cromatográficas e dos procedimentos de análise, sendo empregado na determinação da alcoolemia em amostras de sangue de 277 vítimas de acidente de trânsito, coletadas no Instituto Técnico Científico de Polícia do Rio Grande do Norte (ITEP) no ano de 2007. O nível de alcoolemia determinado nestas amostras foi correlacionado com o sexo, idade e estado civil da vítima e com a localização, dia da semana e mês em que os acidentes ocorreram, fazendose uma análise estatística e traçando um perfil das vítimas de acidente de trânsito no estado do Rio Grande do Norte. Os parâmetros de padronização estudados asseguraram a qualidade do método analítico e, conseqüentemente, a obtenção de resultados laboratoriais confiáveis. Sendo determinado as melhores temperaturas para injetor (150ºC), detector (250ºC) e coluna (50ºC), com um fluxo de gás na coluna de 2mL/minutos e tempo de análise de 12 minutos. O método foi linear no intervalo de 0,01 a 3,2 g/L (r2 = 0,9989), com recuperação média de 100,2% e precisão com coeficiente de variação menor que 15%. As análises realizadas em vítimas fatais de acidente de trânsito, detectaram etanol no sangue em 66,43% das vítimas e destas, 96% apresentaram concentração ≥ 0,2 g/L; 87,73% das vítimas eram do sexo masculino, enquanto que 12,27% do sexo feminino. A faixa etária jovem (1535 anos) foi a mais envolvida (52,35%) sendo a maioria solteira (55,60%). Os acidentes aconteceram com maior prevalência nos dias de segundafeira (27%), seguido do domingo (24,19%) e sábado (15,52%) e constatouse que a prevalência de acidentes oscilou entre os diferentes meses do ano, sendo fevereiro (14,4%) e abril (10,47%) os meses que apresentaram um maior número de acidentes, contudo esta oscilação não apresentou diferença estatisticamente significativa. Também não foi observado diferença significativa entre as faixas de concentração encontradas nos homens e nas mulheres. O método padronizado demonstrouse eficiente, atendendo satisfatoriamente aos objetivos deste trabalho; e os níveis elevados de alcoolemia encontrados nas vítimas fatais de acidente de trânsito são coincidentes com vários estudos da literatura, sendo o perfil da vítima também compatível, apresentandose em sua maioria adultos jovens, do sexo masculino e solteirosDissertação Avaliação de um método de cromatografia em fase gasosa head space e estudo da estabilidade do etanol em amostras de sangue(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-23) Rego, Teresa Cristina Epifânio Diógenes; ; http://lattes.cnpq.br/2959800336802498; ; http://lattes.cnpq.br/0714969291335917; Dantas, Tereza Neuma de Castro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783139Z0&dataRevisao=null; Schwarz, Aline; ; http://lattes.cnpq.br/2401319567715548; Glória, Maria Beatriz Abreu; ; http://lattes.cnpq.br/6895373188728113O etanol é a droga psicoativa mais utilizada de forma abusiva em todo o mundo, isso faz dele uma das principais substâncias requisitadas em exames toxicológicos na atualidade. O desenvolvimento de um método analítico, a adaptação ou implementação de um método conhecido, envolve um processo de validação que estima sua eficiência na rotina do laboratório e a credibilidade do método. A estabilidade é definida como a capacidade da amostra do material manter o valor inicial de uma medida quantitativa por um período definido dentro de limites específicos quando armazenados sob condições definidas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o método de Cromatografia em fase gasosa e estudar a estabilidade do etanol em amostras de sangue, considerando as variáveis tempo e temperatura de armazenamento, bem como a presença de conservante e, com isso verificar se as condições de conservação e armazenamento utilizadas neste estudo mantêm a qualidade da amostra e preservam a quantidade inicialmente presente do analito. Foram coletadas amostras de sangue de 10 voluntários para avaliação do método e para o estudo da estabilidade do etanol. Para a avaliação do método, parte das amostras foi adicionada de concentrações conhecidas de etanol. No estudo da estabilidade, a outra parte do pool de sangue foi colocada em dois recipientes: um contendo o conservante fluoreto de sódio 1% e o anticoagulante heparina e no outro somente heparina, foi adicionado etanol na concentração de 0,6 g/L, fracionado em dois frascos, sendo um armazenado a 4ºC (geladeira) e outro a -20ºC (freezer). As análises foram realizadas no mesmo dia (tempo zero) e após 1, 3, 7, 14, 30 e 60 dias de armazenamento. A avaliação considerou a diferença dos resultados durante o armazenamento em relação ao tempo zero. Foi utilizada a técnica de head space associada à cromatografia em fase gasosa com detector de ionização de chama e coluna capilar com fase estacionária de polietilenoglicol. As melhores condições cromatográficas de análise obtidas foram: temperatura de 50ºC (coluna), 150ºC (injetor) e 250ºC (detector), com tempo de retenção para o etanol de 9,107 ± 0,026 e para o t-butanol (padrão interno) de 8,170 ± 0,081 minutos, sendo o etanol separado adequadamente do acetaldeído, acetona, metanol e isopropanol, que são potenciais interferentes na determinação do etanol. A técnica mostrou linearidade no intervalo de concentração de 0,01 e 3,2 g/L (y = 0,8051x + 0,6196; r2 = 0,999). A curva de calibração apresentou a seguinte equação da reta: y = 0,7542x + 0,6545, com um coeficiente de correlação linear igual a 0,996. A recuperação média foi de 100,2%, os coeficientes de variação da precisão intraensaio e interensaio apresentaram valores de no máximo 7,3%, o limite de detecção e quantificação foi de 0,01 g/L e apresentou coeficiente de variação dentro do permitido. O método analítico avaliado no presente trabalho demonstrou ser rápido, prático e eficiente, atendendo satisfatoriamente aos objetivos do trabalho. O estudo da estabilidade demonstrou diferença menor que 20% na resposta obtida nas condições de armazenamento e período estipulados, comparada com a resposta obtida no tempo zero e, ao nível de significância de 5%, nenhuma diferença estatística na concentração de etanol foi observada entre as análises. Os resultados obtidos reforçam a confiabilidade do método de cromatografia em fase gasosa e das amostras de sangue na pesquisa de etanol, seja na área toxicológica, Forense, social ou clínicaDissertação Micropartículas poliméricas à base de xilana e Eudragit® S-100 contendo mesalazina visando à liberação cólon-específica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-03-10) Silva, Acarilia Eduardo da; ; http://lattes.cnpq.br/6907806915889763; ; http://lattes.cnpq.br/7417605022519087; Silva Júnior, Arnóbio Antônio; ; http://lattes.cnpq.br/2593509584288129; Oliveira, Anselmo Gomes de; ; http://lattes.cnpq.br/9114495952533044Sistemas cólon-específicos têm atraído o interesse da indústria farmacêutica devido à possibilidade de tratarem enfermidades, como as doenças inflamatórias intestinais (DII), que compreendem um problema de saúde pública em muitos países. Apesar de ser considerada uma molécula bastante eficiente para o tratamento das DII, a mesalazina (5-ASA) é rapidamente absorvida no trato gastrintestinal superior e sua absorção sistêmica leva à incidência de sérios efeitos adversos. Este trabalho teve como objetivos produzir um sistema polimérico microparticulado à base de xilana e Eudragit® S-100 (ES100) para liberação cólon-específica de 5-ASA e avaliar a interação entre os polímeros constituintes do sistema, além de aprofundar a caracterização físico-química e tecnológica da xilana. A xilana foi extraída a partir de sabugos de milho e caracterizada quanto ao rendimento, granulometria, cristalinidade, propriedades reológicas e comportamento térmico. Em seguida, 10 formulações contendo 5-ASA foram preparadas em diferentes proporções de xilana e ES100 através da secagem por aspersão das soluções poliméricas com NaOH 0,6N ou tampão-fosfato pH 7,4, como solvente. Além disso, 3 formulações constituídas de microcápsulas de xilana produzidas por reticulação polimérica interfacial foram revestidas por ES100 através de secagem por aspersão em diferentes proporções poliméricas e empregando-se NaOH 0,6N ou tampão-fosfato pH 7,4, como solvente. As micropartículas foram avaliadas quanto ao rendimento, morfologia, granulometria, homogeneidade, aspecto visual, cristalinidade e comportamento térmico. A interação entre os polímeros foi investigada através da espectroscopia na região do infravermelho e de análises térmicas. A xilana extraída apresentou-se como um pó muito fino, com tamanho médio inferior a 40μm, e com coloração opaca levemente amarelada. A avaliação das propriedades reológicas da xilana permitiram a caracterização desse polímero, em seu estado original de pó, como um material de baixa densidade, fluxo restrito e bastante coesivo. Foram obtidas micropartículas esféricas e sem presença de agregados, com estrutura amorfa, em sua maior parte, e bastate estáveis a temperaturas elevadas. Além disso, confirmou-se que a interação entre xilana e ES100 ocorre apenas por agregação físicaDissertação Avaliação "in vitro" e "in vivo" da atividade antioxidante do extrato hidroetanólico de folhas de Turnera ulmifolia Linn. var. elegans (Turneraceae)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-03-26) Brito, Naira Josele Neves de; ; http://lattes.cnpq.br/0321740024191482; ; http://lattes.cnpq.br/2538518433072881; Ferreira, Aurigena Antunes Araújo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792980U2; Rodriguez, Jorge Alberto Lopez; ; http://lattes.cnpq.br/6940701204545519Atualmente existe um crescente interesse no estudo dos antioxidantes, classe de substâncias que protegem os sistemas biológicos dos efeitos deletérios das espécies reativas de oxigênio (ERO) e de nitrogênio (ERN). Muitos desses antioxidantes são moléculas de origem vegetal que contribuem para a prevenção e para o tratamento de doenças nas quais o estresse oxidativo está envolvido. Na medicina popular, plantas com comprovada atividade antiinflamatória, apresentam diversas atividades farmacológicas, dentre elas, a antioxidante. Turnera ulmifolia Linn. var. elegans (Turneraceae), uma planta medicinal, largamente utilizada pela população, apresentou atividade antioxidante quando avaliada in vitro e in vivo, utilizando-se o extrato hidroetanólico (10 %) obtidos das folhas dessa planta. A capacidade antioxidante in vitro desse extrato foi avaliada através do seqüestro do radical 1,1-difenil-2- picril-hydrazyl (DPPH ). O resultado apresentou um marcado potencial antioxidante ao seqüestrar 86,57%±0,14 do radical DPPH , comparável ao obtido com as substâncias de referência. No ensaio in vivo, empregando-se modelo experimental murino (48 ratas Wistar), injúria hepática foi induzida com CCl4 (2,5 mL/kg i.p. dose única) e o dano oxidativo hepático foi avaliado através da atividade das transaminases (ALT e AST) e pelo exame histopatológico, enquanto que as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (SRAT), conteúdo de glutationa reduzida (GSH) e atividade das enzimas catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx) foram os parâmetros pró-antioxidante avaliados. Os animais foram divididos em seis grupos (n=8) [G1 = controle (1,25 mL/kg i.p. de veículo); G2 = CCl4 (2,5 mL/kg i.p.); G3 = CCl4 + extrato 7 dias (500 mg/kg p.o.); G4 = CCl4 + Legalon® 7 dias (50 mg/kg p.o.), G5 = CCl4 + extrato 21 dias (500 mg/kg p.o.) e G6 = CCl4 + Legalon® 21 dias (50 mg/kg p.o.)]. O pós-tratamento com o extrato provocou um decréscimo na atividade da ALT e AST (p<0,001) e de SRAT (plasma, p<0,001 e fígado, p<0,001), aumentando o conteúdo da GSH (sangue, p<0,001 e em fígado, p<0,001), bem como a atividade das enzimas antioxidantes, [CAT eritrocitária (p<0,05) e hepática (p<0,01); SOD eritrocitária (p<0,001) e hepática (p<0,001); GPx eritrocitária (p<0,001) e hepática (p<0,001)]. A análise histopatológica mostrou uma redução do dano hepático causado pelo CCl4. Os resultados obtidos com o extrato foram análogos aqueles do tratamento com Legalon®, padrão antioxidante, utilizado in vivo. Com base nesses dados, conclui-se que o extrato de folhas de T. ulmifolia apresenta capacidade hepatoprotetora diante do quadro de estresse oxidativo induzido pelo CCl4. Efeitos estes, que, provavelmente, estão associados à atividade antioxidante detectada, atribuídas às substâncias fenólicas presentes no extrato, que devem agir como seqüestradores de radicais livres, bloqueando as reações em cadeiasDissertação Avaliação dos parâmetros de estresse oxidativo no lúpus eritematoso(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-03-27) Costa, Tatiana Xavier da; Lemos, Telma Maria Araujo Moura; ; http://lattes.cnpq.br/4311626091295357; ; http://lattes.cnpq.br/1775286763156268; Vilar, Maria José Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/4265369922470937; Cavagis, Alexandre Donizeti Martins; ; http://lattes.cnpq.br/0907530041669620OBJETIVO: Analisar os parâmetros de estresse oxidativo no Lúpus Eritematoso Sistêmico. PACIENTES E MÉTODOS: Foram realizadas as determinações do conteúdo de glutationa reduzida no sangue total, da atividade da superóxido dismutase, da glutationa peroxidase e da catalase nos eritrócitos e da concentração de Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico no plasma de 19 pacientes do sexo feminino com LES sem atividade de doença (Mex-SLEDAI < 2), com média de idade de 32 ± 11 anos, através de métodos espectrofotométricos e comparada a um grupo de 30 indivíduos sadios nas mesmas condições. As pacientes com LES apresentaram tempo de doença em torno de 5 ± 3 anos. Os dados estatísticos foram analisados através do teste tstudent considerando um nível de significância de P<0,05. RESULTADOS: Foi verificado que a concentração de Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico foi significantemente mais elevada e a atividade da catalase foi significantemente diminuída nos pacientes com LES em comparação ao controle. Não houve diferença significativa nos outros parâmetros. CONCLUSÃO: O aumento da peroxidação lipídica e a diminuição da atividade da catalase sugerem que o estresse oxidativo tem um papel na patogênese da doença no LES, mesmo em pacientes sem doença ativaDissertação Diagnóstico molecular da talassemia alfa+ (deleção–a3.7) em indivíduos com microcitose e/ou hipocromia atendidos no Hemocentro Dalton Barbosa Cunha em Natal, Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-03-27) Bezerra, Christiane Medeiros; Meissner, Rosely de Vasconcellos; ; http://lattes.cnpq.br/7518973237001429; ; http://lattes.cnpq.br/5479629537559105; Leão, Marcos Dias; ; http://lattes.cnpq.br/6752075987179306; Sonati, Maria de Fátima; ; http://lattes.cnpq.br/6088449213941838A talassemia alfa, uma das doenças monogênicas mais comuns no mundo, resulta de um desequilíbrio na síntese das cadeias alfa da hemoglobina devido, principalmente, à deleção de um ou ambos os genes da globina alfa, sendo a deleção -α3.7 a mais freqüente. A talassemia alfa, juntamente com a deficiência de ferro e a talassemia beta, representa uma importante causa de microcitose e hipocromia. Com o objetivo de diagnosticar e verificar a prevalência da talassemia alfa (-α3.7) em indivíduos com microcitose e/ou hipocromia (VCM α 82 fL e HCM 27 pg, respectivamente) foram estudados 319 pacientes atendidos no Ambulatório de Hematologia do Hemocentro Dalton Barbosa Cunha, Natal, RN. Todas as amostras de sangue periférico foram submetidas aos seguintes exames laboratoriais: eritrograma, realizado em contador automático de células, eletroforese de hemoglobina em pH alcalino, dosagem das hemoglobinas A2 e Fetal e concentração de ferritina sérica determinada através de ensaio imunométrico quimioluminescente. O DNA foi extraído utilizando o kit illustra Blood GenomicPrep Mini Spin e a seguir submetido à PCR para investigação da deleção -α3.7. Dos 319 pacientes, 105 (32,9%) apresentaram talassemia alfa, sendo 93 (29,1%) heterozigotos (-α3.7/αα) e 12 (3,8%) homozigotos (-α3.7/-α3.7). Em relação ao grupo étnico, os negros foram os que apresentaram a maior prevalência da doença (45,7%), seguidos pelos pardos (32,3%) e brancos (29,1%). A associação da talassemia alfa com outras hemoglobinopatias foi observada em 12,3% dos indivíduos com a deleção -α3.7, sendo 7,6% associada ao traço falciforme, 1,9% à doença falciforme e 2,8% à talassemia beta, mostrando a coexistência dessas doenças da hemoglobina na população estudada. Dos 105 pacientes diagnosticados com talassemia alfa, 9 (8,6%) tinham deficiência de ferro associada. A comparação dos índices hematimétricos VCM e HCM entre os três grupos de pacientes classificados por genótipo alfa (-α3.7) (normal, heterozigoto e homozigoto) revelou diferença estatisticamente significante entre os três grupos para ambos os parâmetros (p < 0,05, teste de Tukey). Porém, apesar das diferenças observadas, a sobreposição dos valores individuais não permite a distinção entre os diferentes genótipos alfa baseada nestes parâmetros. Nossos dados demonstram a presença da deleção -α3.7 em nossa população e corroboram a importância do diagnóstico molecular da talassemia alfa a fim de evitar investigações laboratoriais desnecessárias para elucidação da etiologia da microcitose e/ou hipocromia e garantir que o paciente não receberá tratamento inapropriado com ferro. Os resultados mostram também que o diagnóstico prévio de deficiência de ferro ou talassemia beta, não excluiu a presença da talassemia alfaDissertação FERRITINA: intervalos de referência para adultos no Estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-03-27) Saldanha, Valdjane; ; http://lattes.cnpq.br/4311626091295357; ; http://lattes.cnpq.br/5153532273742845; Cavalcanti Júnior, Geraldo Barroso; ; http://lattes.cnpq.br/0091662650633339; Cavagis, Alexandre Donizeti Martins; ; http://lattes.cnpq.br/0907530041669620A ferritina é uma proteína composta por cadeias leves e pesadas ligadas não- covalentemente e que acomoda, em seu núcleo, milhares de átomos de ferro. Além disso, esta proteína representa os estoques de ferro no organismo e caracteriza-se como marcador de fase aguda e preditor de doenças como anemia por deficiência de ferro, hemocromatose hereditária, entre outras. Diante da variabilidade de valores de referência e métodos analíticos disponíveis atualmente, a presente pesquisa objetivou propor intervalos de referência com 95% de confiança para adultos do Estado do Rio Grande do Norte, após determinação da concentração média de ferritina sérica para ambos os sexos, correlacionando-as também com a idade. Foram analisadas 385 amostras de sangue, coletadas após 12-14 horas de jejum por venopunção, de indivíduos residentes no Estado, sendo 169 homens e 216 mulheres entre 18-59 anos, os quais responderam a um questionário relacionado a aspectos sócio-econômicos, alimentares, histórico de doenças anteriores e queixas atuais. A coleta teve caráter itinerante, tendo sido emitidos a cada participante os resultados de eritrograma, glicose em jejum, alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, γ- glutamil transferase, ureia, creatinina, contagem de leucócitos e plaquetas, além de proteína C reativa de modo que, após seleção dos indivíduos aparentemente saudáveis, foi feita a dosagem de ferritina sérica. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se os softwares SPSS Windows versão 11.0, Epi Info 3.3.2 e Graf pad instant (versão 3.02), sendo que a amostra populacional foi aleatória simples (população finita) para a qual foi feito o teste de correlação linear e diagrama de dispersão. Após a seleção dos indivíduos e determinação da ferritina sérica, os outliers mais discrepantes foram desconsiderados, obtendo-se um valor médio para os indivíduos do sexo masculino de 167,18 ng/dL e, para os indivíduos do sexo feminino de 81,55 ng/dL. Analisando os valores obtidos, temos que 25% dos homens apresentaram valores < 90,30 ng/dL; 50% ≤ 156,25 ng/dL e 75% ≤ 229,00 ng/dL. No grupo das mulheres, 25% apresentam valores < 38,80 ng/dL; 50% ≤ 65,00 ng/dL e 75% ≤119,00 ng/dL. Por meio do coeficiente de correlação, r = 0,23, e p = 0,003, é possível confirmar a existência de correlação linear positiva entre idade e ferritina sérica dos indivíduos do sexo masculino, assim como o coeficiente de correlação r = 0,16 e p = 0,025 confirma a existência de correlação linear positiva entre a ferritina sérica e a idade das mulheres. Diante das análises realizadas e corroborando com métodos específicos para proposição de valores de referência, concluímos que o valor médio encontrado para homens é superior ao valor médio encontrado para mulheres, elevando-se com a idade para os indivíduos de ambos os sexos. Além disso, os intervalos de referência determinados com 95% de confiança, foram de 74 ng/dL ≤ μ ≤ 89 ng/dL e de 152 ng/dL ≤ μ ≤ 183 ng/dL, para os indivíduos dos sexos feminino e masculino, respectivamente