PPGDEM - Doutorado em Demografia
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Navegando PPGDEM - Doutorado em Demografia por Autor "André, Diego de Maria"
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Tese Análise da difusão tempo-espacial da Covid-19 em dois estados brasileiros(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-27) Campos, Maria da Luz Góis; Aguirre, Moisés Alberto Calle; André, Diego de Maria; https://orcid.org/0000-0003-3142-8336; http://lattes.cnpq.br/6480130040427049; http://lattes.cnpq.br/0743856406326460; http://lattes.cnpq.br/6145999964755917; Queiroz, Silvana Nunes de; Alves, Janaina da Silva; Alves, Janaina da Silva; Justino, Josivan Ribeiro; Soares, WeberA pandemia do SARS-CoV-2 provocou efeitos consideráveis na economia e na demografia mundial, bem como assolou regiões com populações mais vulneráveis, tanto socialmente, como em termos de condições de saúde e sanitárias, conforme aborda a vasta literatura. É nesse diapasão, que este estudo tem como principal objetivo estudar o fluxo da propagação da infecção da COVID-19 para os estados do Rio Grande do Norte (RN) e do Amazonas (AM). Assim, usando dados da Secretaria de Saúde Pública (SESAP) do estado potiguar e do IBGE – Censo 2010, analisamos a incidência da COVID-19 para o período da 1ª onda pandêmica de 22 de março de 2020 a 29 de novembro de 2020 e dados em corte transversal da semana epidemiológica SE49 (23/11/2020 a 29/11/2020). Portanto, trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva em corte transversal, cujo fundamento empírico é o de analisar modelos espaciais globais e locais para modelar a incidência da COVID-19 nos 167 municípios potiguares e seus principais determinantes socioeconômicos e demográficos. Do ponto de vista metodológico, descrevemos a presença de autocorrelação espacial e formação de clusters, utilizando Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE). Observou-se a presença de heterogeneidade espacial para a incidência de COVID-19 nos municípios do RN, a qual permite ajustar para os indicadores de identificação da vulnerabilidade social um modelo Misto de Regressão Geograficamente Ponderada Autorregressivo Espacial (MGWRSAR) como principal instrumento de análise. Da perspectiva dos resultados, demonstra-se que os coeficientes das variáveis de estudo apresentaram padrões de associações com os fatores socioeconômicos e demográficos, sendo, portanto, o índice de Gini (Gini) e a concentração urbana (Gurb) os fatores mais relevantes para explicar a difusão da doença para o estado do RN. Os resultados dos clusters de correlação da incidência da COVID-19 sustentam a conclusão de que os fluxos inter-regionais gerados pelas atividades dos centros maiores para os menores, mediante transbordamentos espaciais da doença, iniciaram-se a partir das microrregiões de Mossoró e do Seridó Ocidental e Oriental e da concentração urbana de Natal-RN. Já para o estudo da extensa propagação do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARSCoV-2) no estado do Amazonas, utilizamos dados do MonitoraCovid-19/Fiocruz e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) no período de 09 de março de 2020 a 25 de abril de 2021. Do ponto de vista metodológico, utilizamos um estudo experimental e ecológico descritivo, usando a modelagem de simulação dinâmica contínua por meio de sistemas dinâmicos, com ênfase no modelo epidemiológico comportamental, suscetível, infectado, recuperado e mortos (SIRD-AM), para além da análise estatística. Esse procedimento de análise tem por objetivo estimar cenários alternativos, fundamentando-se nas medidas de distanciamento social impostas pelo governo estadual do Amazonas, bem como na capacidade hospitalar, a nível da população, para prever mortes e casos por COVID-19. Da perspectiva dos resultados, simulamos em 5 vezes mais mortos para o Amazonas; quando consideramos a capacidade hospitalar, estimamos uma taxa de excesso de mortalidade de 411% maior que a brasileira para 2021 e os fluxos I(t), R(t) e D(t) decresceram a uma taxa média de 2,5, em prol das políticas de controle da pandemia. Em particular, esse estudo contribui com a discussão da incidência da COVID-19 a partir das variações espaço sociais regionais em nível municipal para o Rio Grande do Norte, bem como produziu uma modelagem epidemiológica necessária para a saúde pública entender a população e suas necessidades em termos de vigilância sanitária, quando se trata da pandemia da COVID-19, para Amazonas, epicentro da COVID-19 no Brasil.