CCET - TCC - Ciências Atuariais
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33111
Navegar
Navegando CCET - TCC - Ciências Atuariais por Autor "0000-0002-1352-1425"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
TCC A fecundidade nas macrorregiões do Brasil no cenário da pandemia do Covid-19 e da crise econômica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-10) Araújo, Cristiane Alessandra Domingos de; AGUIRRE, Moises Alberto Calle; 0000-0002-7347-478X; http://lattes.cnpq.br/0743856406326460; 0000-0002-1352-1425; http://lattes.cnpq.br/1977788389571518; Jesus, Jordana Cristina de; 0000-0003-1021-1787; http://lattes.cnpq.br/9522344427259741A dupla crise, sanitária e econômica, que o Brasil vive na atualidade atinge triplamente as mulheres, seja na dupla ou tripla jornada laboral, no âmbito da saúde ou por violência doméstica (ONU, 2020), ela sofre risco iminente à sua saúde e de seus filhos, ao seu direito reprodutivo, ao seu sustento financeiro e à sua vida. Nesse cenário, ela entra em um dilema, avaliando se o momento é propício para conceber e criar filhos. Nesse ínterim, a fecundidade brasileira, já em níveis abaixo da reposição, diminui cada vez mais, implicando, em médio e em longo prazos, os diversos setores econômicos. Isto posto, o objetivo geral foi examinar a fecundidade entre as brasileiras, em nível nacional e macrorregional por idade da mãe, considerando o cenário da pandemia do Covid-19 e da crise econômica iniciada em 2014, vislumbrando as possíveis consequências para a dinâmica demográfica, para as relações geracionais e para a economia. Daí, extraiu-se como objetivos específicos: (a) estimar a quantidade de nascimentos por faixa etária reprodutiva feminina, para o Brasil e macrorregiões em 2020 e 2021; (b) detectar a tendência da natalidade no Brasil e em suas macrorregiões entre 2010 e 2021; (c) analisar a tendência de fecundidade no Brasil e em suas macrorregiões entre 2017 e 2021; e (d) investigar as possíveis motivações para as tendências de nascimentos e de fecundidade encontradas. Os dados-base são provenientes do SINASC e das projeções populacionais realizadas pelo IBGE, revisão de 2018. Ambos, obtidos por faixa etária reprodutiva materna em nível nacional e macrorregional. Os períodos selecionados foram, respectivamente, 2010 a 2019 e 2010 a 2021. A metodologia adotada para os cálculos das estimativas de 2020 e 2021 fundamentou-se nas taxas de crescimento relativo. Com essas estimativas, calculou-se as TEFs (2010 a 2021) e as TFTs (2017 a 2021). Para melhorar as análises, agrupou-se o quantitativo de nascidos vivos em três grupos etários de idade materna: Jovem, Intermediária e Madura. Como principais resultados destacam-se que, em geral, as mulheres entre 15 e 24 anos tendem a conceber cada vez menos, ao passo que as mulheres de 35 a 39 anos e 45 a 49 anos predispõem a conceber “mais”. Quanto às diferenças macrorregionais, percebe-se que a região Norte foi a única região estudada que não apresentou crescimento de nascimentos entre as mulheres de 40 a 44 anos e, que a região Sudeste foi a única com tendência de declínio entre as de 30 a 34 anos. Ademais, viu-se que as regiões Sudeste e Nordeste tendem a reduzir os nascimentos entre as mulheres dos 25 aos 29 anos. Os achados induzem que a tendência de menor contingente de crianças para os próximos quinquênios comprometerá a economia, as relações geracionais e os padrões de família, entre outros. Nesta situação, o presente estudo intui lançar elementos para projetar e discutir ações e direções para o reestabelecimento da natalidade e, dessa forma, a fecundidade, por meio de políticas facilitadoras e habilitadoras do exercício do direito reprodutivo, especialmente, entre as mulheres de maior poder reprodutivo.