DANT - Departamento de Antropologia
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Navegando DANT - Departamento de Antropologia por Autor "Cavignac, Julie Antoinette"
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Artigo O Americanismo visto do Musée de l’Homme: etnografia e internacionalismo científico: o exemplo da Amazônia(2011) Cavignac, Julie AntoinetteNos trabalhos precursores da antropologia francesa, verificamos que as técnicas e a cultura material ocupam um lugar de destaque: o Musée de l'Homme, inaugurado em 1937, não é mais um museu colonial, é um museu moderno que apresenta testemunhos da diversidade das sociedades humanas e que foi pensado como a vitrine da humanidade. Unindo a pesquisa ao ensino, é neste período que a etnografia profissional inicia na França: as duas missões ‘Lévi-Strauss’, em 1935 e 1938, integram o projeto de colecionar objetos para o Musée de l'Homme e, ao mesmo tempo, marcam o início de uma nova fase do Americanismo voltado não mais para a cultura material, mas para o estudo das estruturas sociais. Iremos aqui avaliar a importância dessa mudança de foco para as pesquisas americanistas na Amazônia e consolidação de uma rede de pesquisa internacional durante a Segunda Guerra Mundial, com destaque para a participação de franceses (Métraux e Lévi-Strauss) no Handbook of South American Indians (EUA).Artigo De 'herdeiros' a 'quilombolas': identidades em conflito (Sibaúma - RN)(2006) Cavignac, Julie AntoinetteArtigo Destinos migrantes: representações simbólicas, histórias de vida e narrativas(2001) Cavignac, Julie AntoinetteEste artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida desde 1995 sobre a memória e as produções narrativas de migrantes oriundos do interior do Rio Grande do Norte, atualmente residindo na Zona Norte da capital do Estado, Natal. O texto apresenta inicialmente o processo de formação da Zona Norte e os fenômenos migratórios existentes na região, para em seguida analisar as histórias contadas pelos migrantes. Se o corpus narrativo tradicional tende a desaparecer no contexto urbano, novas temáticas surgem. Assim, por meio da análise das produções narrativas dos migrantes, é possível avaliar as transformações da cultura ‘tradicional’. O artigo procura mostrar que a importância dada às chamadas “histórias de antigamente” e as referências a essas narrativas encontradas no discurso dependem da situação das pessoas no novo local de vidaArtigo A etnicidade encoberta: ‘Índios’ e ‘Negros’ no Rio Grande do Norte(2003) Cavignac, Julie AntoinetteNos estudos sobre o Rio Grande do Norte, as referências às identidades diferenciais são discretas: os ‘índios’ e os ‘negros’ foram relegados ao segundo plano pelos historiadores e a questão não foi investigada sistematicamente pelos antropólogos apesar da multiplicidade das atuações – as populações indígenas aldeadas nas missões do litoral ou, no sertão, resistindo à pressão da sociedade colonial, o etnocidio, as deportações, o apagamento dos registros oficiais, os diferentes estatutos dos escravos, as comunidades quilombolas, as estratégias de sobrevivência, etc. Nas representações nativas do passado, percebemos também um apagamento dos principais atores da história colonial. Para entender essas ausências visíveis tanto na produção acadêmica quanto nas representações coletivas, propomos uma reflexão crítica da literatura, associada a uma revisão da história indígena e do passado escravocrata do Rio Grande do Norte, levando em conta o fato que pouco se sabe da realidade sócio-cultural em que as populações se encontraram ao longo dos séculos, pois foram englobadas em categorias genéricas, elaboradas historicamente. Através deste esforço de síntese visando a reunir as informações sobre as populações marginalizadas social e ideologicamente, pretendemos também abrir pistas de investigações a serem trilhadas por antropólogos e historiadores.Artigo Os filhos de Tereza: narrativas e religiosidade na Boa Vista dos Negros/RN(2007) Cavignac, Julie AntoinetteArtigo História e etnografia nativas da alimentação no Brasil: notas biográficas a respeito de um antropólogo provinciano(2010) Oliveira, Luiz Antônio de; Cavignac, Julie AntoinetteO artigo apresenta a reflexão de Luís da Câmara Cascudo sobre a alimentação, salientando a perspectiva histórica e etnográfica inovadora adotada pelo mestre do folclore. Inicia a discussão lembrando o contexto histórico e intelectual dos seus escritos, sobretudo no diálogo travado com Gilberto Freyre e Mário de Andrade, bem como aponta para os escritos que versam sobre o tema, principalmente a História da alimentação no Brasil e a metodologia utilizada pelo “provinciano incurável”.Artigo O inventário da cultura do Seridó (RN) ou como dar conta do patrimônio imaterial de uma região(2011) Cavignac, Julie AntoinetteArtigo L'Américanisme français au début du XXème siècle: projets politiques, muséologie et terrains brésiliens(2012) Cavignac, Julie AntoinetteArtigo Mito e memória na construção de uma identidade local(2007) Cavignac, Julie AntoinetteArtigo Sistema alimentar e patrimônio imaterial: o chouriço no Seridó(2005) Cavignac, Julie Antoinette; Dantas, Maria IsabelO artigo apresenta dados etnográficos da festa da matança de porco e da produção de um doce – o chouriço na região do Seridó, no Rio Grande do Norte. Apresentado como um dos elementos definidores da identidade seridoense, o doce é analisado aqui como patrimônio imaterial. Se o consumo de alimentos está ligado a espaços, tempos, práticas, situações e comportamentos coletivamente vividos e imaginados, com a análise dessa prática alimentar, temos a oportunidade de explorar um sistema alimentar que informa sobre a organização e a lógica simbólica da sociedade sertaneja: é a ocasião de trocas, distribuições e retribuições quando se realiza o exercício da reciprocidade, apesar de esses alimentos serem revestidos de tabus e interdições. Durante a festa é possível percebermos elementos do sistema simbólico local (valores, crenças, representações e tabus) e dos aspectos sociais. O forte simbolismo que envolve a carne de porco e o sangue, bem como a sua ingestão, está relacionado a fatores simbólicos, sociais e imaginários. Fatores estes responsáveis pela transformação de alimentos proibidos em “alimentos-dádiva” que são capazes de gerar relações sociais e revelar uma cultura tradicional ainda performativa.Livro Tronco ramos e raizes!: história e patrimônio cultural do Seridó negro(Editora da UFRN, 2016) Cavignac, Julie Antoinette; Macedo, Muirakytan Kennedy; https://orcid.org/0000-0003-0192-1103Este livro descreve algumas atividades desenvolvidas pela equipe e as reflexões feitas ao longo da realização do Programa de Extensão, mas também traz resultados das pesquisas desenvolvidas no projeto Memórias da escravidão no Seridó (CNPq Universal 483634/2011-5), envolvendo pesquisadores e discentes do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em alguns momentos, integrantes do projeto de cooperação interinstitucional firmado entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Universidade de Brasília se associaram para discutir iniciativas patrimoniais e a questão da invisibilidade histórica das populações marginalizadas pelo processo colonial. Assim, em diferentes momentos, docentes e discentes das duas universidades colaboraram no projeto Conhecimentos tradicionais, direitos e novas tecnologias: interfaces da Antropologia contemporânea (PROCAD casadinho, Ação Transversal nº 06/2011, MCT/CNPq/MEC/CAPES). O livro, escrito a várias mãos, é dividido em quatro partes: na primeira, os especialistas das questões patrimoniais, do mundo camponês e quilombola abrem a discussão e colocam os principais problemas teóricos,ilustrando-os com exemplos tirados de outros contextos etnográficos.Artigo Os 'troncos velhos' e os 'quilombinhos': memória genealógica, território e afirmação étnica em Boa Vista dos Negros (RN)(2008) Cavignac, Julie AntoinetteArtigo As voltas da história: terra, memória e educação patrimonial na boa vista dos negros(2013) Cavignac, Julie AntoinetteArtigo Vozes da tradição: reflexões preliminares sobre o tratamento do texto narrativo em antropologia(1999) Cavignac, Julie AntoinetteO estudo da literatura oral, que durante muito tempo apaixonou os folcloristas e os historiadores, ficou fora dos grandes questionamentos antropológicos, Hoje, com o surgimento das investigações sobre memória, aparecem, durante o exercício da rememoração, narrativas multiformes, difíceis de serem manipuladas pelo pesquisador – que muitas vezes as ignoram. A reflexão que propomos aqui visa levantar problemas ligados aos aspectos teórico-metodológicos da análise das formas narrativas numa perspectiva antropológica. Pensamos que a análise comparada dos textos da tradição oral e dos resultados da pesquisa etnográfica, permite descrever os pontos fortes da cultura estudada