PPGSS - Doutorado em Serviço Social
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Navegando PPGSS - Doutorado em Serviço Social por Autor "Almeida, Janaiky Pereira de"
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Tese Divisão sexual do trabalho e precarização: o trabalho subcontratado nas facções têxteis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-26) Martins, Annamaria da Silva Araújo; Lima, Rita de Lourdes de; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; http://lattes.cnpq.br/2384006648352559; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; Almeida, Janaiky Pereira de; Palmeira Sobrinho, Zeu; http://lattes.cnpq.br/9491781986331883; Vale, Erlenia Sobral do; Negreiros, Taise Cristina Gomes Clementino deEsta tese tem como objetivo analisar a inserção, relações, condições de trabalho e processos de resistência das mulheres trabalhadoras nas facções de costura no Rio Grande do Norte. Para tanto, buscamos traçar um perfil das mulheres que trabalham nas facções do Pró-Sertão; conhecer e analisar as condições e relações de trabalho das mulheres vinculadas as facções de costura no RN; analisar os rebatimentos da contrarreforma do Estado para as mulheres que trabalham nas facções de costura; e identificar as estratégias de resistências das trabalhadoras das facções frente ao processo de exploração de trabalho. No contexto de crise estrutural do capital, diante da necessidade de restauração do capital, com a retomada das taxas de lucro, buscou-se como estratégia articulada, baseada na tríade, a reestruturação produtiva, o neoliberalismo e a financeirização do capital. Vale ressaltar que a conjuntura contemporânea é marcada pelo avanço do capitalismo, marcado pela expropriação, precarização e intensificação da exploração ao conjunto da classe trabalhadora. Nesse contexto, é imprescindível demarcar que a opressão às mulheres ocorre com maior intensidade, em decorrência da consubstancialidade entre classe, raça/etnia e sexo/gênero, com a divisão sexual do trabalho. O processo de subcontratação, ampliado pelo modo produção flexível, vem se intensificando no Brasil e, no Rio Grande do Norte, ampliou-se a partir da criação do Programa de Interiorização da Indústria Têxtil, o Pró-Sertão. Esse programa foi implementado pelo governo do Estado do Rio Grande do Norte (RN) em 2013 – por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN) e com o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) – com o objetivo de apoiar a implantação das facções para que forneçam serviços de confecções na cadeia de suprimentos a montante de grandes indústrias do segmento têxtil. Com vistas a atingir os objetivos da pesquisa, foram utilizados os procedimentos metodológicos da pesquisa documental e pesquisa de campo. A cidade de Parelhas-RN foi escolhida para realização das entrevistas (foram realizadas 7 entrevistas), pois foi a cidade da região do Seridó-RN que possui o maior número de processos, conforme o levantamento que realizamos. Contudo, no decorrer da pesquisa, realizamos entrevista com uma costureira da cidade de São José do Seridó devido à viabilidade do acesso, totalizando 8 entrevistas. Esta pesquisa fundamenta-se no materialismo histórico-dialético, enquanto método e teoria, com caráter qualitativo. Para realização da pesquisa obtivemos a aprovação do Comitê de Ética na Pesquisa. Devido a pandemia da COVID-19, houve diversos entraves para a realização da pesquisa, sendo esta realizada observando-se os protocolos de prevenção a contaminação pelo vírus. A pesquisa evidenciou que as violações de direitos trabalhistas nas facções de costura do RN, vinculadas ao PróSertão, são decorrentes da inserção precarizada das mulheres no trabalho subcontratado e da ausência de organização política combativa. Nesse sentido, no que diz respeito às condições de trabalho, foi possível verificar que há um ritmo de trabalho intenso, que chega à exaustão; a ausência, em algumas empresas, de Equipamento de Proteção Individual (EPI); o adoencimento mental e físico em decorrência do trabalho e do assédio moral, por meio da pressão psicológica às costureiras para que atinjam a meta diária. A precarização do trabalho dessas mulheres dá-se em meio a intensificação da expropriação da classe trabalhadora e de fragilização da organização política combativa.Tese Guerra contra as mulheres no Brasil: o feminismo como arma contra o patriarcado bolsonarista contemporâneo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-26) Pinheiro, Larissa Souza; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; http://lattes.cnpq.br/8054324694290897; Almeida, Janaiky Pereira de; http://lattes.cnpq.br/0887860321591851; Álvaro, Mirla Cisne; Oliveira, Rayane Noronha; Santos, Silvana Mara de Morais dos; Silva, Telma Gurgel daNos últimos sete anos, o Brasil vive sob impacto de um golpe parlamentar, jurídico e midiático que, em nome da agenda ultra neoliberal e ultra conservadora, segue com um projeto de barbarização da vida. Essa guinada conservadora remonta características do processo de formação sócio-histórica brasileira e reforça traços que nos acompanham desde a colonização, tais como o racismo, o patriarcado, e o caráter antidemocrático da burguesia nacional, com seus acordos de cúpula e seus processos contrarrevolucionários. Os impactos do golpe em curso atingem toda a classe trabalhadora, porém essa classe tem cor e sexo, e as mulheres negras e pobres são as mais atingidas. Temos, como pressuposto, que essa ascensão conservadora sobre a vida das mulheres faz parte de uma tendência mundializada, reflexo da crise estrutural do capital que, como estratégia de superação da crise, lança mão da ideologia conservadora para preservar o sistema imbricado de relações de dominação e exploração de classe, sexo e raça, fundado no processo de acumulação primitiva do capital. Dessa maneira, formulamos como tese central desse trabalho, que essa onda conservadora que avança sobre o Brasil desde o golpe de 2016, lança uma guerra contra as mulheres e que tem no feminismo, a principal forma de defesa delas, como um dos seus alvos centrais. A partir disso, esse trabalho tem como objetivos: compreender o ataque articulado pelo conservadorismo patriarcal, nas particularidades brasileiras, sobre o movimento feminista, que marca uma verdadeira guerra declarada contra as mulheres; analisar como o patriarcado tem sido fortalecido pelo avanço do conservadorismo no Brasil contemporâneo; investigar como se estruturam as relações sociais de classe, sexo e raça na formação social brasileira e seus desdobramentos históricos; analisar as principais estratégias traçadas, no lado patriarcal e no lado feminista, na guerra contra as mulheres em andamento no Brasil. Utilizaremos quatro categorias para dar conta de analisar nosso objeto: conservadorismo, ideologia, relações patriarcais de sexo e feminismo. Lançaremos mão do método materialista histórico dialético de Marx, pois partimos do entendimento que a compreensão da realidade está em entender de forma histórica e crítica as relações sociais em seus antagonismos, contradições e correlação de forças, compreensão fundada na perspectiva de totalidade que apenas o método fundado no pensamento marxiano é capaz de oferecer. A nossa pesquisa será de caráter qualitativo e se dividirá em três etapas de análise: a primeira, analisará os fundamentos da formação da imbricação entre as relações de exploração e dominação de sexo, raça e classe que formam o sistema capitalista; a segunda, analisará o percurso da ascensão conservadora no Brasil contemporâneo, situando a relação entre passado e presente no atual quadro político que vivemos; e na terceira, faremos uma sistematização sobre as principais formas de ataque patriarcal e contra-ataque feminista da guerra travada contra as mulheres, tendo como recorte histórico o período que vai de 2015 a 2021.Tese Política de morte: a "guerra às drogas" e os fundamentos ideológicos do genocídio negro no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-06) Pinheiro, Samya Katiane Martins; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; http://lattes.cnpq.br/7100785963719289; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; Almeida, Janaiky Pereira de; Silva, Ana Paula Procópio da; Chagas, Bárbara da Rocha FigueiredoO objeto de análise deste estudo foram os fundamentos ideológicos que permeiam a política proibicionista sobre “drogas” no Brasil e no Rio Grande do Norte (RN). O objetivo geral foi analisar a relação entre o uso histórico de substâncias psicoativas e o proibicionismo como uma expressão do racismo estrutural no Brasil. Os objetivos específicos foram analisar os fundamentos ideológicos que permeiam a política proibicionista sobre “drogas”, enquanto expressão do conservadorismo, e suas consequências na sociedade brasileira e no RN; assim como, os dados da realidade referentes à violência e encarceramento da população negra, tendo em vista a política brasileira sobre “drogas”; e analisar historicamente as consequências da política de “guerra às drogas” no Brasil. O processo de investigação teve como fio condutor a perspectiva de totalidade na apreensão das relações sociais que contribuiu para reflexão crítica da realidade investigada. De enfoque quanti-qualitativo, o processo de investigação se deu a partir dos instrumentos de produção de dados como a revisão bibliográfica e a análise documental. Dentre os resultados, identificamos que os efeitos colaterais do uso de substâncias psicoativas desde o período colonial são determinados com base em valores morais e hegemonicamente racistas, sem fundamentação científica e que por trás da “guerra às drogas” existe uma “política de morte” que se utiliza do discurso da proibição para justificar o encarceramento em massa, a criminalização e a morte das pessoas negras. Ademais, o bolsonarismo no Brasil fortalece a disseminação ideológica das múltiplas estratégias de criminalização, segregação e o aumento da violência, em prol da manutenção do capitalismo. Na realidade do Rio Grande do Norte, um estado latente de insegurança pública, fizemos a crítica às oligarquias que corroboram com o padecer da população negra potiguar nas entranhas do racismo estrutural. Finalizamos com a assertiva de que lutar contra a “guerra às drogas” é lutar contra o genocídio negro e isso requer o fortalecimento da luta anticapitalista.Tese Serviço Social, Classe, Gênero e Raça: tendências teórico-metodológicas e as possíveis contribuições da Teoria Unitária(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-15) Oliveira, Rayane Noronha; Madureira, Antoinette de Brito; http://lattes.cnpq.br/0167077337751688; http://lattes.cnpq.br/2490084773032102; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; Martins, Carla Benitez; http://lattes.cnpq.br/9762969690735905; Almeida, Janaiky Pereira de; http://lattes.cnpq.br/0887860321591851; Álvaro, Mirla Cisne; http://lattes.cnpq.br/7468001180773462; Ferreira, VerônicaO presente trabalho objetiva analisar as tendências teórico-metodológicas utilizadas nas produções científicas do Serviço Social brasileiro sobre as relações sociais generificadas e racializadas da sociedade capitalista, a partir da ontologia marxista e da crítica da Teoria da Reprodução Social (TRS). Para tanto, compreendemos que o Serviço Social, reconhecido como área de conhecimento, a partir da sua maioridade intelectual visceralmente articulada ao adensamento marxista, a partir da década de 1980, passou a desenvolver pesquisas sobre temáticas diversificadas relacionadas a complexidade da vida social sob a ordem do Capital, hoje sistematizadas pelos Grupos Temáticos de Pesquisas (GTPs) da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). Como reflexo desse movimento, há o crescimento expressivo das tentativas dos/as profissionais em categorizar as relações sociais generificadas e racializadas do capitalismo. Através de amplo e diversificado arcabouço teórico-metodológico, essas análises se fundamentam em matrizes teóricas distintas. Tomamos como exemplos emblemáticos deste avanço as adesões ao feminismo materialista francófono e ao feminismo interseccional como correntes epistemológicas capazes de fornecer ferramentas heurísticas de apreensão da condição das mulheres e das pessoas racializadas no capitalismo, assim como o influxo pós-moderno, que, de forma menos crítica, subsidia análises frequentemente fragmentadas da realidade social. Em adição, objetivamos a) mapear os principais arcabouços teórico-metodológicos desenvolvidos em pesquisas do Serviço Social sobre a relação entre classe, gênero, raça e sexualidade; b) analisar as contribuições e os limites teórico-metodológicos do feminismo materialista francófono, expressamente uma das perspectivas mais utilizadas por pesquisadoras do feminismo na atualidade do Serviço Social e; c) apreender como a relação entre Serviço Social e feminismo-marxista tem sido desenvolvida historicamente no interior da profissão, demarcando as principais determinações que limitam e possibilitam uma análise a partir da totalidade social. Esta pesquisa, alicerçada no método marxista combinado ao ponto de vista decolonial e feminista-marxista da Teoria Unitária, parte do pressuposto de que produção e reprodução social são dimensões de uma unidade dialeticamente indissociável, impactada de forma sistemática pela reconfiguração da sociabilidade capitalista. A TRS ou Teoria Unitária desempenha a tentativa de sintonizar a práxis feminista à teoria marxista a partir da teoria valor-trabalho de Marx, na compreensão do capitalismo enquanto totalidade fundadora do racismo e de um novo patriarcado - nesta pesquisa categorizado como cisheteropatriarcado, por meio de processos sócio históricos constitutivos do sociometabolismo do capital. A pesquisa foi construída metodologicamente a partir de pesquisa bibliográfica-exploratória de caráter quanti-qualitativo e analisou cinquenta (50) artigos científicos publicados entre os anos de 2010 e 2021 na Revista Temporalis. A análise dos dados aponta que os artigos estão situados em três temáticas guarda-chuvas: Mulheres, gênero e feminismos em 64% dos artigos; Raça, etnia e luta antirracista em 22% e; Sexualidade, diversidade sexual e luta LGBT+ em 14%. Os artigos analisados estão classificados em quatro tendências: 1) crítica de cariz marxista; 2) formal-descritiva; 3) críticaeclética-pós-moderna; e 4) indefinida. Localizamos expressivo esforço epistemológico desempenhado pela categoria das/os assistentes sociais em adensar os estudos sobre gênero, raça, etnia e sexualidade a partir da perspectiva crítica, por mais que haja o recurso a diferentes autores/as fundamentados/as em matrizes teóricas diversificadas. Na tentativa de avançarmos continuamente, esta pesquisa considera que a concepção da Teoria Unitária pode oferecer a materialização de uma sintonia mais profunda entre o marxismo e as práxis feminista e antirracista, na perspectiva ontológica de produção de conhecimento, alicerçada no materialismo histórico-dialético, e neste sentido contribuir para o desenvolvimento de um feminismo-marxista ou marxismo-feminista que tenha como primazia o estudo da totalidade social, no qual raça, etnia, gênero e sexualidade sejam compreendidos como totalidades parciais desta totalidade.