PPGSS - Doutorado em Serviço Social
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Tese Meio passo à frente e a revolução para trás: os governos petistas de conciliação de classes no Brasil (2003-2016)(2019-01-25) Chagas, Juary Luis; Santos, Silvana Mara de Morais dos; ; ; Cantalice, Luciana Batista de Oliveira; ; Silva, Andrea Lima da; ; Lima, Rita de Lourdes de; ; Ramos, Samya Rodrigues; ; Vale, Erlenia Sobral do; ; Silva, Telma Gurgel da;Tomando como referência um conjunto de determinações que têm como solo histórico a totalidade social no quadro do capitalismo periférico brasileiro e da dinâmica da experiência objetiva e subjetiva da classe trabalhadora, este trabalho busca apreender as implicações das determinações objetivas e subjetivas que imprimiram na estratégia de conciliação de classes dos governos petistas no Brasil (2003-2016) uma interdição da perspectiva de implementação de reformas sociais e uma radicalização das forças conservadoras que culminaram no golpe parlamentar que destituiu o Partido dos Trabalhadores da Presidência da República. Analisado em sua dinâmica histórica e permeado pelas contradições postas na realidade e pelas tensões da luta de classes, o objeto de estudo é apreendido por meio de estratégias de investigação que privilegiam a pesquisa bibliográfica e documental, de onde são extraídos elementos para a análise dos determinantes estruturais e conjunturais que possibilitaram o processo de gênese, desenvolvimento e decadência dos governos Lula e Dilma; a investigação das bases históricas, sociais e econômicas da formação da sociedade brasileira e sua articulação com a forma de representação política do Estado contemporâneo, destacando os limites e possibilidades que marcam uma tendência histórica anti-reformista nas nações periféricas; a análise das ações e da direção social assumidas pelas experiências petistas na materialização de seu projeto político governamental, elegendo a adoção da ortodoxia monetarista neoliberal, a relação com a institucionalidade e o trato com a luta de classes e os movimentos como eixos de análise. Por fim, a análise concretiza, na esteira da apreensão do fim desse ciclo governamental petista e de seu papel histórico na pavimentação das condições para uma ofensiva dirigida pela classe dominante de forma genuína, a apresentação de sugestões conclusivas acerca dessa experiência de conciliação de classes no Brasil, destacando tanto a interdição da possibilidade de reformas mediante os limites impostos pela adoção do pacto de classes no contexto de dependência estrutural, quanto a trajetória de submissão dessas experiências governamentais aos limites da ordem econômica, social e política como elementos importantes na discussão sobre a superação dos obstáculos que ainda hoje impõem desafios à materialização de uma estratégia socialista de transformação social.Tese Trabalho precarizado, política social e Serviço Social: elementos para a análise das condições de trabalho dos assistentes sociais na assistência estudantil do Instituto Federal de Alagoas (IFAL)(2020-03-13) Gois, Juliana Carla da Silva; Nicolau, Maria Célia Correia; ; ; Costa, Maria Dalva Horácio da; ; Santos, Silvana Mara de Morais dos; ; Souza, Ilka de Lima; ; Vale, Erlenia Sobral do; ; Souza, Moema Amélia Serpa Lopes de;Esta tese tem como objetivo investigar as condições de trabalho dos assistentes sociais, articuladas à precarização do trabalho e das políticas sociais no Brasil, visando identificar as expressões da precarização no exercício profissional na assistência estudantil do Instituto Federal de Alagoas (IFAL). A pesquisa tem caráter qualitativo, fundamentando-se numa perspectiva marxiana, tendo como pressuposto o materialismo histórico-dialético, cujo ponto de partida é a realidade em suas manifestações fenomênicas. Para o alcance dos objetivos da pesquisa, e respeitando a particularidade do objeto, os procedimentos metodológicos adotados na investigação foram a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e a pesquisa de campo, onde construiu-se uma reflexão e análise sobre o exercício profissional dos assistentes sociais e as condições de trabalho no Instituto Federal de Alagoas (IFAL) diante das atuais transformações do capitalismo contemporâneo. O estudo desvelou que no estágio atual do capitalismo o incremento das formas de exploração da força de trabalho tem levado à ampliação da precarização do trabalho, que ocorre tanto no setor produtivo, quanto no setor improdutivo, a exemplo dos serviços, ainda que haja particularidades em cada um. Sendo assim, o assistente social também vivencia os efeitos nefastos da precarização das condições de trabalho em seu exercício profissional, seja por meio da relação de assalariamento, que o insere no processo de mercantilização da força de trabalho, seja pela condição da política social à qual seu exercício profissional vincula-se. Na trilha deste entendimento, os resultados da pesquisa permitem identificar que os elementos que envolvem a particularidade da precarização das condições de trabalho dos assistentes sociais do IFAL são semelhantes aos dos demais trabalhadores. Além do aspecto ontológico da precarização do trabalho do assistente social, que é o seu assalariamento, tem-se outros elementos que incidem nessa precarização, tais como: as condições dadas pela política social a qual ele está inserido (política de educação, na particularidade da assistência estudantil), sua carga horária de trabalho, os recursos físicos e materiais disponíveis na instituição, as formas de intensificação do seu trabalho, a exigência da polivalência, o excesso de demandas, a burocratização do trabalho, as questões subjetivas de trabalho, que englobam o controle intenso, a cobrança excessiva por metas e por alta produtividade no trabalho e o adoecimento profissional em decorrência do trabalho. Portanto, os assistentes sociais como sujeitos pertencentes à classe trabalhadora não se encontram imunes às mais diversas formas de precarização de suas condições de trabalho.Tese "Não já tem o figurino? O que você quer mais?": acumulação capitalista e precarização do trabalho de atrizes e atores no brasil contemporâneo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-09) Lima, Bruna Massud de; Silva, Andrea Lima da; ; ; Madureira, Antoinette de Brito; ; Santos, Silvana Mara de Morais dos; ; Boschetti, Ivanete Salete; ; Ferreira, Verônica;A presente pesquisa de doutorado inscreve-se enquanto tese que propôs investigar em termos científicos, a partir da Teoria Social Crítica, os fundamentos presentes no capitalismo que determinam a constituição e o aprofundamento da precarização do trabalho de atrizes e atores brasileiros/as enquanto mecanismo de acumulação do capital, considerando seu cariz estrutural, como, também, os elementos que são reatualizados na contemporaneidade. Para tanto, se constitui enquanto pesquisa qualitativa que, através de análise documental e bibliográfica, unida à realização de entrevistas semiestruturadas, parte do pressuposto que o trabalho é categoria fundante do ser social, análise que dialoga com a gênese e as transformações societárias ocorridas sobretudo a partir da década de 1970 e, especificamente no Brasil, em meados da década de 1990, considerando nessas, os rebatimentos da crise capitalista e o contexto de reestruturação produtiva e perda de direitos, que implicam em mecanismos de (re)produção de uma força de trabalho essencialmente precarizada: a categoria profissional atrizes e atores brasileiros/as. Relevante, portanto, o desenvolvimento desse estudo diante da expansão do pauperismo, do desemprego e de formas aprofundadas de precarização e desregulamentação do trabalho no mundo e, no Brasil, objetos de intervenção e análise do Serviço Social, com importante recorte no pós-golpe jurídico-parlamentar e midiático ocorrido em 2016, dada a implementação de um ostensivo projeto de contrarreformas, que atacam, com destaque, os setores trabalhista e previdenciário, medida estratégica para a acumulação continuada do capital neoliberal. A pesquisa também analisou o recrudescimento do conservadorismo no Brasil que se evidenciou com a chegada do presidente Jair Bolsonaro na Presidência da República que coloca em ascensão um período de irracionalismo e do subjetivismo nas esferas econômica, social, política e cultural, como, igualmente, ocasionou uma (re)atualização da censura na arte e cultura com importantes rebatimentos para os sujeitos envolvidos na seara do trabalho artístico. A partir disso, ao recuperar e problematizar o processo de formação sóciohistórica específica e diferenciada do país, termina-se por analisar igualmente o percurso histórico da política cultural e, com isso, a análise do Estado enquanto elemento central nesse processo, no sentido da relação existente entre a precarização do trabalho dos/as atores e atrizes e a ação estatal na oferta de políticas públicas para a cultura, pensando ainda o atual contexto de retirada de suas funções, acirramento da questão social e aprofundamento da barbárie capitalista. Analisou-se por fim, em um sentido contra-hegemônico, a apreensão sobre as formas de resistência e organização política da categoria profissional artística no Brasil e sua relevância histórica, trazendo como referências, para pensar a atualidade, as experiências políticas de diversos movimentos artístico contra a ditadura civil-militar de 1964 no país.Tese Estado brasileiro e as metamorfoses do mundo do trabalho no serviço público federal: a terceirização do Hospital Universitário Onofre Lopes - HUOL(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-11) Goes, Karolayne Ribeiro de; Oliveira, Carla Montefusco de; ; ; Silva, Andrea Lima da; ; Oliveira, Hilderline Câmara de; ; Souza, Moema Amélia Serpa Lopes de; ; Santos, Silvana Mara de Morais dos;O Estado tem centralidade na exploração do homem pelo homem, e compreender isso é também entender como o poder é exercido na história da sociedade. O objetivo principal desta tese é o de analisar o atual papel do Estado brasileiro na intensificação da precarização do trabalho, especificamente, no Hospital Universitário Onofre Lopes - HUOL. Para isto, delimitamos três objetivos específicos: investigar o papel do Estado no Modo de Produção Capitalista, analisar as particularidades da formação e atuação do Estado brasileiro e identificar como se expressam as atuais configurações da precarização do trabalho para os profissionais do HUOL após a transferência da sua gestão para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH. Pautamo-nos no método de interpretação da realidade crítico dialético, por entendermos que os acontecimentos no mundo dos homens devem ser explicados por meio da história e por compreendermos que a realidade social é dinâmica, contraditória e impermanente. Esta pesquisa é de caráter bibliográfico, documental e empírico, uma vez que nos referendamos por estudos bibliográficos de autores que discutem as categorias centrais de nossas análises: trabalho, Estado e Modo de Produção Capitalista. Realizamos entrevistas presenciais, de cunho qualitativo, com doze trabalhadores do HUOL e com uma servidora pública, que atua no campus universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, totalizando treze entrevistas, analisadas a partir da técnica de análise de conteúdo. A intepretação dos nossos dados de pesquisa revelou que existe uma tendência estatal em quebrar a estabilidade do servidor público por meio das terceirizações dos serviços públicos, como forma de intensificar a dominação da classe trabalhadora e de flexibilizar o direcionamento do orçamento público para o capital financeiro. Nossas análises também revelaram os conflitos desencadeados pela convivência de trabalhadores com vínculos trabalhistas diferentes e, portanto, direitos trabalhistas diferentes, o que dificulta a gestão do trabalho e incita a competição entre a classe trabalhadora. Identificamos que a intensificação da precarização do trabalho no HUOL, hoje, não decorre apenas de vínculos trabalhistas diferentes, mas também devido a nova organização do trabalho executada pela lógica empresarial da EBSERH, intensificando a perda do sentido do trabalho, especialmente para os servidores públicos federais. Nossas considerações apontam, deste modo, para a progressiva perda de autonomia dos trabalhadores do serviço público, subjugados pela estrutura de poder do Estado brasileiro, e para o esfacelamento da real essência do trabalho: dar sentido à vida humana, através da construção de nossa identidade.Tese As necessidades humanas em Agnes Heller(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-11) Carvalho, Liana Amaro Augusto de; Wellen, Henrique André Ramos; ; http://lattes.cnpq.br/0608444866355465; ; http://lattes.cnpq.br/7676010030467533; Souza, Jamerson Murilo Anunciação de; ; Netto, José Paulo; ; http://lattes.cnpq.br/3963231378375396; Reis, Marcelo Braz Moraes dos; ; http://lattes.cnpq.br/7456350323134000; Oliveira, Ranieri Carli de; ; http://lattes.cnpq.br/2425961255445710; Santos, Silvana Mara de Morais dos; ; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239A tese ora apresentada analisa as necessidades humanas nas obras de Agnes Heller, filósofa húngara e integrante da Escola de Budapeste. A justificativa do estudo em epígrafe relaciona-se principalmente com o fato de que, apesar de ser significativamente utilizada, a produção helleriana sobre as necessidades humanas ainda se constitui como um campo de incógnitas na produção teórica do Serviço Social. Nesse sentido, questionamos qual a contribuição de Agnes Heller sobre as necessidades humanas e como a categoria de necessidades radicais se situa no debate helleriano, tentando identificar se é possível articular o debate das necessidades humanas e radicais a partir de Heller ao arcabouço teórico marxiano. Portanto, com este estudo objetivamos de maneira geral analisar as necessidades humanas a partir da contribuição de Agnes Heller, analisando especificamente o contexto, a composição e a importância da Escola de Budapeste; abordando a vida e a obra de Agnes Heller; e discutindo criticamente as principais obras sobre o tema das necessidades humanas. Para chegar a este fim, utilizamos como perspectiva de análise o método crítico dialético marxiano, e como procedimentos metodológicos as técnicas de pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, a partir da utilização de fontes primárias e secundárias, através de leituras e fichamentos de materiais disponíveis em meio eletrônico ou em exemplares físicos. Sustentamos a ideia de que o desenvolvimento da Teoria das Necessidades na obra helleriana demonstra que houve um processo de aproximação e afastamento de Marx e do marxismo, resultando em uma produção que absorveu várias influências filosóficas de pensamento, partindo da reflexão sobre os principais eventos históricos do século XX e em particular do contexto vivenciado na formação social húngara, resultando numa produção eclética sobre o tema, o que conforma uma teoria das necessidades própria.Tese Trabalho, Educação e Serviço Social: as interfaces da precarização no trabalho do professor substituto no Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-01-29) Lima, Daniele Gomes de; Lima, Rita de Lourdes de; https://orcid.org/ 0000-0002-7920-115X; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; http://lattes.cnpq.br/8401942096643055; Vale, Erlenia Sobral do; Rosado, Iana Vasconcelos Moreira; Souza, Ilka de Lima; 83880518491; http://lattes.cnpq.br/4908287844452252; Souza, Iris de Lima; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239Esta tese tem como objetivo investigar as particularidades do trabalho do docente substituto no âmbito dos cursos de graduação presenciais em Serviço Social nas universidades federais do Nordeste brasileiro, levando em consideração o contexto de mudanças empreendidas pelas políticas educacionais propostas pelos ajustes neoliberais que vêm ampliando o processo de precarização e intensificação do trabalho docente. Para tanto, buscamos conhecer as condições de trabalho e as particularidades desta modalidade de contratação laboral em três universidades públicas federais do Nordeste: Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A escolha do Nordeste se justifica considerando nossa inserção na realidade nordestina, na qual exercemos a função de docente substituta e na qual, atualmente, nos encontramos na condição de discente de pós-graduação. Utilizamos como critério para definição da amostra das universidades a existência de curso de graduação e pós-graduação em Serviço Social com mestrado e doutorado que, no Nordeste, são nessas três universidades. A escolha do critério da existência de pós-graduação com mestrado e doutorado, se deu para nos possibilitar analisar como a precarização dos vínculos empregatícios dos docentes impactam a formação não só na graduação em Serviço Social, mas também na pós-graduação. Fundamentada no materialismo histórico-dialético, enquanto método e teoria, a pesquisa realizada é de caráter qualitativo e pretende demonstrar a intrínseca relação entre o trabalho, a reprodução social e o complexo social da educação, a partir dos pressupostos marxianos e lukacsianos para a análise da gênese ontológica e da função social do complexo educativo, bem como os limites que este apresenta nos marcos da sociabilidade do capital, analisando as particularidades da sociedade brasileira e da região Nordeste na atual conjuntura. Para o alcance dos objetivos da pesquisa, foram utilizados os procedimentos metodológicos da pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. A pesquisa de campo foi planejada a partir do aporte das produções teóricas, preparando-se antecipadamente o instrumento de coleta de dados empíricos, que contemplou, inicialmente, indicadores que viabilizaram a investigação das problemáticas previstas no projeto de pesquisa. Na execução dessa pesquisa levamos em consideração também o contexto de pandemia da COVID-19, vivenciada em esfera mundial, durante todo o ano de 2020, o qual tem requisitado dos docentes uma nova configuração do seu processo de trabalho, via ensino remoto emergencial. A pesquisa bibliográfica, documental e de campo nos mostrou que o trabalho docente tem se constituído como parte integrante das estratégias mercadológicas do capital de prevalência do privado sobre o público. Nesse contexto, o trabalho do professor substituto nos cursos de Serviço Social em 3 universidades do Nordeste brasileiro tem como principais tendências: jornada de trabalho restrita a ministração das atividades de ensino; jornada de trabalho, em sua maioria, de 40 horas semanais e com muitas disciplinas - inviabilizando, portanto, a participação destes docentes nas atividades de pesquisa e extensão e consequentemente promovendo a fragilização do tripé da formação ensino, pesquisa e extensão; falta de autonomia na escolha das disciplinas; lotação em disciplinas com temáticas distintas; falta de suporte pedagógico, falta de infra-estrutura; sobrecarga de disciplinas e de trabalho; instabilidade do contrato e a incerteza do futuro. Estes elementos identificados na pesquisa fazem parte, portanto, dos processos de intensificação e precarização do trabalho oriundos das transformações do mundo do trabalho e da reestruturação produtiva que têm atingido o cenário brasileiro, principalmente a partir dos anos 1990, quando se instala a ofensiva neoliberal, trazendo sérios efeitos não só para o processo de trabalho docente, mas para a qualidade da formação profissional em Serviço Social.Tese Crise climática, mecanismos de mercado e a financeirização da natureza: uma análise da degradação socioambiental regulamentada pela farsa ideológica do mercado de carbono(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-23) Simião, Luciana do Nascimento; Silva, Andrea Lima da; ; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; ; http://lattes.cnpq.br/4028547729011527; Oliveira, Carla Montefusco de; ; http://lattes.cnpq.br/8840103320001811; Santos, Silvana Mara de Morais dos; ; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; Sousa, Daniela Neves de; ; http://lattes.cnpq.br/4099076360010449; Silva, Maria das Graças e; ; http://lattes.cnpq.br/1370572660294004; Santos, Josiane Soares; ; http://lattes.cnpq.br/8335263833143569A presente tese é resultado do processo de investigação e do esforço analítico para apreender as determinações históricas da questão socioambiental, tendo como referencial teórico, o marxismo, agora, especificamente da crise climática. Nossa pesquisa buscou analisar a crise climática, que se encontra agudizada no tempo presente e se coloca enquanto questão central e urgente. Contudo, as saídas para seu enfrentamento têm se dado pelo reforço da dinâmica estrutural que a conforma e acirra, as relações sociais capitalistas. Isto porque, as atuais formas de enfrentamento da crise climática vêm sendo operadas pela mediação dos conceitos e mecanismos do mercado capitalista. Na sua intenção ideológica de tornar o capitalismo “humanizado” e “ambientalmente sustentável”, as formas de enfrentamento foram inseridas pelo mercado na lógica do mundo das finanças e do lucro, surgindo o mercado de carbono, que é parte das estratégias para conter a crise climática, construídas no âmbito do Protocolo de Kyoto. É difundido ideologicamente a ideia de que é possível reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera, sem diminuir o ritmo de produção destrutiva do capital. Assim, a principal inquietação que conduziu o presente estudo e se configurou como pressuposto principal, é de que a natureza passa por um intenso processo de financeirização, que vem se concretizando na medida em que se lucra com as saídas à crise socioambiental. E, o mercado de carbono, enquanto a estratégia que serve à atual dinâmica do capitalismo, tem se apresentado lucrativo. Nesse sentido, analisamos o vínculo estrutural da crise climática e os limites históricos para o alcance da “sustentabilidade” na alternativa capitalista, especificamente, como mercado de carbono. Nossa pesquisa tem como objetivo geral analisar o processo de financeirização da natureza pela mediação do mercado de emissões de carbono, na particularidade do Brasil. Nossa argumentação teórica foi construída sob as bases do método materialista-histórico, suas categoriais e conceitos, buscando amparo para fundamentação na leitura crítica dos/as autores/as contemporâneos dessa corrente teórica, bem como, nos textos clássicos. Nossa pesquisa é de natureza qualitativa, documental e bibliográfica. Para análise documental, recorremos a análise de conteúdo, uma técnica que permite identificar o conteúdo implícito nos documentos, a ideologia, perspectivas sociopolíticas e os interesses subjacentes, os dados mais relevantes, dentre outros aspectos. O lastro temporal dos documentos analisados se situa entre a década de 1970 a 2020. Foram analisadas publicações de organismos internacionais; documentos que são marcos regulatórios jurídico-normativos; relatórios e produções diversas que apresentavam dados importantes sobre as emissões dos gases de efeito estufa e a dinâmica do mercado de carbono; dados e pesquisas diversas que revelavam o lucro no Brasil do mercado do carbono e que indicaram a relação de bancos e do Estado. Dentre a nossas conclusões gerais, destacamos que o mercado do carbono se afirmou sob a financeirização da natureza, que preservação do meio ambiente e capitalismo são questões antagônicas e que a crise climática aponta para a necessidade de saídas estruturais, revolucionárias. O momento exige a articulação de forças políticas para a construção de uma alternativa anticapitalista.Tese Serviço Social, Classe, Gênero e Raça: tendências teórico-metodológicas e as possíveis contribuições da Teoria Unitária(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-15) Oliveira, Rayane Noronha; Madureira, Antoinette de Brito; http://lattes.cnpq.br/0167077337751688; http://lattes.cnpq.br/2490084773032102; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; Martins, Carla Benitez; http://lattes.cnpq.br/9762969690735905; Almeida, Janaiky Pereira de; http://lattes.cnpq.br/0887860321591851; Álvaro, Mirla Cisne; http://lattes.cnpq.br/7468001180773462; Ferreira, VerônicaO presente trabalho objetiva analisar as tendências teórico-metodológicas utilizadas nas produções científicas do Serviço Social brasileiro sobre as relações sociais generificadas e racializadas da sociedade capitalista, a partir da ontologia marxista e da crítica da Teoria da Reprodução Social (TRS). Para tanto, compreendemos que o Serviço Social, reconhecido como área de conhecimento, a partir da sua maioridade intelectual visceralmente articulada ao adensamento marxista, a partir da década de 1980, passou a desenvolver pesquisas sobre temáticas diversificadas relacionadas a complexidade da vida social sob a ordem do Capital, hoje sistematizadas pelos Grupos Temáticos de Pesquisas (GTPs) da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). Como reflexo desse movimento, há o crescimento expressivo das tentativas dos/as profissionais em categorizar as relações sociais generificadas e racializadas do capitalismo. Através de amplo e diversificado arcabouço teórico-metodológico, essas análises se fundamentam em matrizes teóricas distintas. Tomamos como exemplos emblemáticos deste avanço as adesões ao feminismo materialista francófono e ao feminismo interseccional como correntes epistemológicas capazes de fornecer ferramentas heurísticas de apreensão da condição das mulheres e das pessoas racializadas no capitalismo, assim como o influxo pós-moderno, que, de forma menos crítica, subsidia análises frequentemente fragmentadas da realidade social. Em adição, objetivamos a) mapear os principais arcabouços teórico-metodológicos desenvolvidos em pesquisas do Serviço Social sobre a relação entre classe, gênero, raça e sexualidade; b) analisar as contribuições e os limites teórico-metodológicos do feminismo materialista francófono, expressamente uma das perspectivas mais utilizadas por pesquisadoras do feminismo na atualidade do Serviço Social e; c) apreender como a relação entre Serviço Social e feminismo-marxista tem sido desenvolvida historicamente no interior da profissão, demarcando as principais determinações que limitam e possibilitam uma análise a partir da totalidade social. Esta pesquisa, alicerçada no método marxista combinado ao ponto de vista decolonial e feminista-marxista da Teoria Unitária, parte do pressuposto de que produção e reprodução social são dimensões de uma unidade dialeticamente indissociável, impactada de forma sistemática pela reconfiguração da sociabilidade capitalista. A TRS ou Teoria Unitária desempenha a tentativa de sintonizar a práxis feminista à teoria marxista a partir da teoria valor-trabalho de Marx, na compreensão do capitalismo enquanto totalidade fundadora do racismo e de um novo patriarcado - nesta pesquisa categorizado como cisheteropatriarcado, por meio de processos sócio históricos constitutivos do sociometabolismo do capital. A pesquisa foi construída metodologicamente a partir de pesquisa bibliográfica-exploratória de caráter quanti-qualitativo e analisou cinquenta (50) artigos científicos publicados entre os anos de 2010 e 2021 na Revista Temporalis. A análise dos dados aponta que os artigos estão situados em três temáticas guarda-chuvas: Mulheres, gênero e feminismos em 64% dos artigos; Raça, etnia e luta antirracista em 22% e; Sexualidade, diversidade sexual e luta LGBT+ em 14%. Os artigos analisados estão classificados em quatro tendências: 1) crítica de cariz marxista; 2) formal-descritiva; 3) críticaeclética-pós-moderna; e 4) indefinida. Localizamos expressivo esforço epistemológico desempenhado pela categoria das/os assistentes sociais em adensar os estudos sobre gênero, raça, etnia e sexualidade a partir da perspectiva crítica, por mais que haja o recurso a diferentes autores/as fundamentados/as em matrizes teóricas diversificadas. Na tentativa de avançarmos continuamente, esta pesquisa considera que a concepção da Teoria Unitária pode oferecer a materialização de uma sintonia mais profunda entre o marxismo e as práxis feminista e antirracista, na perspectiva ontológica de produção de conhecimento, alicerçada no materialismo histórico-dialético, e neste sentido contribuir para o desenvolvimento de um feminismo-marxista ou marxismo-feminista que tenha como primazia o estudo da totalidade social, no qual raça, etnia, gênero e sexualidade sejam compreendidos como totalidades parciais desta totalidade.Tese Mészáros: defeitos estruturais de controle do capital e Estado(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-28) Santos, Milena da Silva; Hoffmann, Edla; Lessa Filho, Sérgio Afrânio; 93843720800; http://lattes.cnpq.br/2070502810357426; http://lattes.cnpq.br/8231237630604757; http://lattes.cnpq.br/2608038729505155; Pinassi, Maria Orlanda; http://lattes.cnpq.br/2116987457741370; Silva, Eliana Andrade da; http://lattes.cnpq.br/2216989230807890; Wellen, Henrique André Ramos; http://lattes.cnpq.br/0608444866355465; Oliveira, Iris Maria de; http://lattes.cnpq.br/8333033656600950; Paniago, Maria Cristina SoaresA tese ora apresentada tem como objetivo analisar as ações corretivas do Estado sobre os defeitos estruturais de controle do capital, a partir das formulações teóricas de István Mészáros, em sua obra Para além do capital: rumo uma teoria da transição. A investigação foi realizada a partir de um enfoque materialista-histórico e dialético, de base marxiana, e teve como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica, por meio da técnica de análise imanente de texto. Ao analisar o processo histórico de formação do capital e seus imperativos reprodutivos – como uma relação social –, identificamos as determinações estruturais que caracterizam o sistema como um controle sociometabólico. A inter-relação dos constituintes fundamentais deste sistema desenvolve contradições, que se estabelecem de forma internamente fragmentadas e provocam ausências de unidade na base material da reprodução social. Estas se apresentam como defeitos estruturais entre produção e controle; produção e consumo; e produção e circulação. Para a permanência do movimento de autorreprodução ampliada do capital, o sistema sociometabólico demanda, além do controle da base material, um domínio de comando político que se apresenta através do Estado moderno e requer a consignação de uma relação de reciprocidade dialética entre economia e política. O Estado exerce a função essencial de remediar os defeitos estruturais de controle do sistema através de ações corretivas. Com respaldo do teórico estudado, evidenciamos que, a partir da crise estrutural e da ativação dos limites absolutos, é exigido do Estado o aprofundamento da sua intervenção na base material de reprodução social, corroborando a maior dependência do capital da ajuda do seu comando político. Ressaltamos que a constituição da relação capital impede a resolução dos defeitos estruturais e que estes só podem ser eliminados como consequência de uma revolução social de caráter radical, que transforme o sociometabolismo de forma a superar o capital. Isto apenas pode se realizar através de uma atuação extraparlamentar que tenha o objetivo de pôr em prática o socialismo, como alternativa ao capital e a seu sistema de controle.Tese Serviço social na área sociojurídica: uma análise das requisições conservadoras que perpassam o debate sobre o depoimento especial(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-19) Ferreira, Adeilza Clímaco; Oliveira, Carla Montefusco de; http://lattes.cnpq.br/8840103320001811; http://lattes.cnpq.br/9831161239117503; Costa, Maria Dalva Horácio da; http://lattes.cnpq.br/1927931527903510; Lima, Rita de Lourdes de; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; Sousa, Daniela Neves de; https://orcid.org/0000-0002-5065-215X; http://lattes.cnpq.br/4099076360010449; Nascimento, Izaura Rodrigues; Melo, Lucilene Ferreira deO Depoimento Especial é uma técnica de escuta judicial direcionada aos casos de violência infantojuvenil que tem ganhado relevância no Brasil e no mundo, contando com a participação de assistentes sociais para sua execução. Diante disso, a presente tese de doutorado possui como objetivo geral analisar as requisições conservadoras que perpassam a atuação do Serviço Social junto ao Depoimento Especial. Para o alcance do objetivo geral, traçamos como objetivos específicos: analisar as perspectivas conservadoras presentes nas políticas de proteção voltadas às crianças e adolescentes vítimas de violência no Brasil; analisar os rebatimentos das dimensões sociais, políticas e instrumentais que perpassam o Depoimento Especial para o projeto ético-político do Serviço Social; e analisar as estratégias de luta do conjunto CFESS/CRESS no enfrentamento dos processos de escuta judicial. Partimos de uma abordagem qualitativa ancorada numa perspectiva teórica e metodológica fundamentada no materialismo histórico e dialético. Como técnica de pesquisa, recorremos à pesquisa e análise bibliográfica e documental. Nossa pesquisa bibliográfica contemplou o estudo de autores críticos que desenvolvem suas reflexões dentro desta temática, e na documental, por conseguinte, realizamos o estudo de leis, decretos, resoluções, relatórios, pareceres técnicos e notícias dos tribunais de justiça. A interpretação dos nossos dados de pesquisa nos apontou que o Depoimento Especial se constitui como uma requisição conservadora para o Serviço Social, uma vez que a função de entrevistador proposta para a execução da metodologia não está ancorada no rol das atribuições e competências profissionais. Nossas análises também revelaram uma tendência ao retorno à supervalorização do tecnicismo decorrente da prevalência do uso de protocolos em busca da verdade material, em detrimento da análise da totalidade a partir de estudos sociais do fenômeno da violência. Identificamos que mesmo diante das estratégias de luta e resistências do conjunto CFESS/CRESS na defesa do projeto ético-político e da autonomia profissional, o poder judiciário brasileiro tem legitimado no país uma noção de direito positivista e conservador pautado na responsabilização penal. Os dados também revelaram que o tensionamento provocado pelo conjunto CFESS/CRESS tem assumido um papel significativo na defesa do Sistema de Garantia de Direitos e consequentemente da proteção integral. Nossas análises apontam uma tentativa institucional dos tribunais de justiça de secundarizar e subjugar o saber profissional, tornando o Serviço Social um apêndice na solução das necessidades da justiça conservadora e retrocedendo, inclusive, no significado do direito.Tese Divisão sexual do trabalho e precarização: o trabalho subcontratado nas facções têxteis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-26) Martins, Annamaria da Silva Araújo; Lima, Rita de Lourdes de; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; http://lattes.cnpq.br/2384006648352559; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; Almeida, Janaiky Pereira de; Palmeira Sobrinho, Zeu; http://lattes.cnpq.br/9491781986331883; Vale, Erlenia Sobral do; Negreiros, Taise Cristina Gomes Clementino deEsta tese tem como objetivo analisar a inserção, relações, condições de trabalho e processos de resistência das mulheres trabalhadoras nas facções de costura no Rio Grande do Norte. Para tanto, buscamos traçar um perfil das mulheres que trabalham nas facções do Pró-Sertão; conhecer e analisar as condições e relações de trabalho das mulheres vinculadas as facções de costura no RN; analisar os rebatimentos da contrarreforma do Estado para as mulheres que trabalham nas facções de costura; e identificar as estratégias de resistências das trabalhadoras das facções frente ao processo de exploração de trabalho. No contexto de crise estrutural do capital, diante da necessidade de restauração do capital, com a retomada das taxas de lucro, buscou-se como estratégia articulada, baseada na tríade, a reestruturação produtiva, o neoliberalismo e a financeirização do capital. Vale ressaltar que a conjuntura contemporânea é marcada pelo avanço do capitalismo, marcado pela expropriação, precarização e intensificação da exploração ao conjunto da classe trabalhadora. Nesse contexto, é imprescindível demarcar que a opressão às mulheres ocorre com maior intensidade, em decorrência da consubstancialidade entre classe, raça/etnia e sexo/gênero, com a divisão sexual do trabalho. O processo de subcontratação, ampliado pelo modo produção flexível, vem se intensificando no Brasil e, no Rio Grande do Norte, ampliou-se a partir da criação do Programa de Interiorização da Indústria Têxtil, o Pró-Sertão. Esse programa foi implementado pelo governo do Estado do Rio Grande do Norte (RN) em 2013 – por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN) e com o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) – com o objetivo de apoiar a implantação das facções para que forneçam serviços de confecções na cadeia de suprimentos a montante de grandes indústrias do segmento têxtil. Com vistas a atingir os objetivos da pesquisa, foram utilizados os procedimentos metodológicos da pesquisa documental e pesquisa de campo. A cidade de Parelhas-RN foi escolhida para realização das entrevistas (foram realizadas 7 entrevistas), pois foi a cidade da região do Seridó-RN que possui o maior número de processos, conforme o levantamento que realizamos. Contudo, no decorrer da pesquisa, realizamos entrevista com uma costureira da cidade de São José do Seridó devido à viabilidade do acesso, totalizando 8 entrevistas. Esta pesquisa fundamenta-se no materialismo histórico-dialético, enquanto método e teoria, com caráter qualitativo. Para realização da pesquisa obtivemos a aprovação do Comitê de Ética na Pesquisa. Devido a pandemia da COVID-19, houve diversos entraves para a realização da pesquisa, sendo esta realizada observando-se os protocolos de prevenção a contaminação pelo vírus. A pesquisa evidenciou que as violações de direitos trabalhistas nas facções de costura do RN, vinculadas ao PróSertão, são decorrentes da inserção precarizada das mulheres no trabalho subcontratado e da ausência de organização política combativa. Nesse sentido, no que diz respeito às condições de trabalho, foi possível verificar que há um ritmo de trabalho intenso, que chega à exaustão; a ausência, em algumas empresas, de Equipamento de Proteção Individual (EPI); o adoencimento mental e físico em decorrência do trabalho e do assédio moral, por meio da pressão psicológica às costureiras para que atinjam a meta diária. A precarização do trabalho dessas mulheres dá-se em meio a intensificação da expropriação da classe trabalhadora e de fragilização da organização política combativa.Tese Crise do capital, conservadorismo e "captura" da subjetividade profissional: implicações na cultura crítica do Serviço Social(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-01-28) Lima Sobrinho, Jodeylson Islony de; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; http://lattes.cnpq.br/7819108340566107; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; Lima, Rita de Lourdes de; Vale, Erlenia Sobral do; Moreira, Maria Regina de Avila; Guerra, Yolanda Aparecida DemétrioA presente tese tem como objetivo apreender o movimento das determinações que envolvem o avanço atual do conservadorismo e da “captura” da subjetividade profissional no âmbito do Serviço Social contemporâneo em detrimento do trabalho profissional de acordo com a cultura crítica da profissão. Para tanto, optamos pelo materialismo-histórico dialético como método de pesquisa e priorizamos como estratégia de investigação a análise e interpretação de dados bibliográficos relacionados a essa temática, a partir da delimitação de 35 artigos publicados nos anais do XVI Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) do ano de 2019. Para a análise do material selecionado, delimitamos as seguintes categorias analíticas: precarização do trabalho; trabalho profissional; projeto ético-político e crise do capital. De forma complementar, utilizamos fragmentos das entrevistas realizadas no âmbito da minha pesquisa de mestrado, tendo em vista que certas questões careciam de aprofundamento. O caminho investigativo desta pesquisa, portanto, foi sendo delineado a partir da revisitação às entrevistas com assistentes sociais realizadas nos anos de 2015/2016 como ponto de partida para nossas análises. Nosso pressuposto é de que toda vez que o conservadorismo avança na sociedade brasileira, ele aprofunda fissuras na cultura crítica do Serviço Social, impactando diretamente na legitimidade, interpretação, incorporação e materialidade do projeto ético-político. Os resultados da pesquisa possibilitaram apreender que isto ocorre a partir de determinações que compõem o trabalho profissional, alocadas como velhas questões, mas que assumem novas expressões na realidade atual de expansão do ultraconservadorismo somado ao ultraneoliberalismo, que se objetivam como saídas estratégicas para o capital em crise. Ademais, o aprofundamento da precarização do trabalho implicou em formas específicas de “captura” da subjetividade profissional, por meio de algumas particularidades no campo do trabalho das assistentes sociais, as quais foram possíveis identificar e transcorrer sobre: dificuldades no entendimento da relação teoria e prática; esgarçamento da cultura crítica em prol da subsunção real das demandas profissionais às demandas institucionais; ampliação das tendências conservadoras sobre a concepção éticopolítica da profissão, o que, em última instância, evidencia os impactos dessa conjuntura nas dimensões da profissão: teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política. Temos, portanto, um ambiente de tensão na disputa pela direção social das respostas profissionais, que refletem o agravamento da questão social, as dificuldades subjetivas de elaboração da crítica sócio-histórica às relações sociais capitalistas e as implicações do conservadorismo e da crise do capital na organização e no reconhecimento dos direitos da classe trabalhadora. Mas, se identificamos que a subjetividade profissional não é uma redoma indiferente ao tempo de decadência material e ideológica, não é também algo uniforme. No confronto entre projetos profissionais, convivem subjetividades capturadas pela lógica e ethos dominante e subjetividades que participam e fortalecem processos de resistência. A tendência regressiva em curso coloca desafios cotidianos à cultura crítica do Serviço Social brasileiro em sintonia com a defesa dos interesses econômicos, políticos e culturais da classe trabalhadora.Tese O sistema da dívida pública no debate do movimento da reforma sanitária brasileira: impactos sobre o (des)financiamento do SUS(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-08) Matias, Thaisa Simplicio Carneiro; Costa, Maria Dalva Horácio da; Mendes, Áquilas Nogueira; https://orcid.org/0000-0002-5632-4333; http://lattes.cnpq.br/7310723011915165; http://lattes.cnpq.br/1927931527903510; http://lattes.cnpq.br/8490054136542274; Rocha, Márcia Maria de Sá; http://lattes.cnpq.br/5769236400167147; Carnut , Leonardo; https://orcid.org/0000-0001-6415-6977; http://lattes.cnpq.br/2575803021196614; Silva, Alessandra Ximenes da; http://lattes.cnpq.br/2443706586473911; Vasconcelos, Kathleen Elane Leal; http://lattes.cnpq.br/6041130249681124A presente tese problematiza em que aspectos o sistema da dívida e sua auditoria tem sido considerado nos debates e produções no campo da saúde coletiva, sobretudo no que diz respeito ao sub financiamento / desfinanciamento da Política de Saúde no Brasil contexto de implantação e desenvolvimento do Sistema único de Saúde (SUS) enquanto sistema público responsável para efetivar a saúde como direito assegurado na CF de 1988. Compreende-se que o processo de construção do SUS tem se dado em um contexto de prioridade ao capital portador de juros, especialmente em sua forma fictícia, num país dependente, extremamente desigual e com suas políticas econômicas historicamente restritivas, voltadas ao cumprimento de metas inflacionárias e de superávit primário, tem implicado em contenção e redução do financiamento das políticas de proteção social, as quais tem sido fortemente tencionada pelo projeto do grande capital, atingindo profundamente o sistema de seguridade social brasileira, uma das maiores conquistas insculpida na Carta Magna ainda vigente e permanentemente ameaçada e atacada no processo de contrarreformas desde a década de 1990 (inclusive nos governos de coalizão de centro-esquerda) em detrimento de uma perspectiva de rede solidária de proteção social. Nosso objetivo geral consiste em analisar como a saúde coletiva / Movimento da Reforma Sanitária Brasileira (MRSB) vem pautando a relação entre o sistema da dívida e o financiamento do SUS no âmbito do capitalismo contemporâneo na realidade brasileira. Tendo como objetivos específicos, analisar a relação entre a mundialização financeira, o capital fictício e o sistema da dívida na particularidade brasileira;desvelar a natureza do Estado a partir dos fundamentos da crítica da economia; como também analisar o sistema da dívida no âmbito do debate da Reforma Sanitária. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada no materialismo histórico e dialético de Marx. Utilizamos à análise documental, examinando publicações da Revista Saúde em Debate deste o seu primeiro volume de publicação (1976) até dezembro de 2019, cujo acervo constitui o primeiro e mais expressivo meio de publicação do MRSB. Conclui-se que a questão do sub e desfinanciamento da política de saúde no Brasil vem sendo pouco problematizada a partir da crítica da economia política, sobretudo no que se refere a relacioná-la com o sistema da dívida numa perspectiva de análise totalizante no horizonte estratégico da saúde como um bem em oposição a saúde como custo, como mercadoria. Constata-se que a maioria das analises da politica e do financiamento se alinham a formulaçoes da Reforma Sanitária flexibilizada, reduzindo o desfinanciamento a crise fiscal, com poucas obras discutindo profundamente a relação entre o sistema da dívida pública e o financiamento da politica de saúde no Brasil. Indicando a necessidade de reposicionar a Reforma Sanitária Brasileira no campo da luta mais geral da classe trabalhadora, contestando análises que requentam formulações flexibilizadas de forma a recompor o debate e a luta de que a efetivação da saude como direito requer a superação da sociedade de classes.Tese O trabalho dos motoboys no processo de produção e reprodução social no município de João Pessoa/PB: revelando uma expressão da questão social(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-17) Oliveira, Vivian Lúcia Rodrigues de; Oliveira, Iris Maria de; https://orcid.org/0000-0001-6659-7565; http://lattes.cnpq.br/8333033656600950; https://orcid.org/0000-0002-7884-9990; http://lattes.cnpq.br/3125201836735169; Hoffmann, Edla; http://lattes.cnpq.br/8231237630604757; Silva, Roberto Marinho Alves da; https://orcid.org/0000-0003-0532-9377; http://lattes.cnpq.br/2334019578757276; Stampa, Inez Terezinha; Miguel, Renata Nóbrega; Reidel, TatianaA presente tese desvela a forma pela qual a precarização se particulariza no seio da categoria dos motoboys, a partir das condições e relações de trabalho dos referidos sujeitos no município de João Pessoa/PB. Justifica-se esse estudo conforme a requisição dos mesmos diante da reestruturação do capital e, mais contundentemente, perante a expansão das TIC'S e da pandemia COVID-19. Temse como objetivo geral compreender o que particulariza o trabalho dos motoboys no processo de subsunção real do trabalho ao capital, com recorte para o município de João Pessoa/PB. Para tanto, o trabalho analisa especificamente o processo de produção e reprodução social na sociabilidade contemporânea, procurando apreendê-lo a partir dos fundamentos da lei geral da acumulação capitalista, para então explicar a relação entre precarização e superexploração, considerando também a função que o Estado tem assumido frente ao trabalho dos motoboys, desvelando a função social dessa categoria profissional no movimento de rotação do capital ou na reprodução social. O percurso realizado desemboca na análise das condições e relações de trabalho dos motoboys em João Pessoa/PB. Para atingir as finalidades, utiliza-se o método do materialismo-histórico dialético e como procedimentos metodológicos as pesquisas de cunho bibliográfico, documental e empírica, culminando numa pesquisa quanti-qualitativa, de ordem explicativa e exploratória. Defende-se que os ajustes político-econômicos corroboram na materialização de novas estratégias de precarização do trabalho, porque intensificam a dependência dos trabalhadores em relação ao mercado. A tendência da categoria profissional dos motoboys é que a superexploração atualizada apresenta-se como uma expressão da precarização do trabalho, revelando-se como uma expressão da questão social.Tese Guerra contra as mulheres no Brasil: o feminismo como arma contra o patriarcado bolsonarista contemporâneo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-26) Pinheiro, Larissa Souza; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; http://lattes.cnpq.br/8054324694290897; Almeida, Janaiky Pereira de; http://lattes.cnpq.br/0887860321591851; Álvaro, Mirla Cisne; Oliveira, Rayane Noronha; Santos, Silvana Mara de Morais dos; Silva, Telma Gurgel daNos últimos sete anos, o Brasil vive sob impacto de um golpe parlamentar, jurídico e midiático que, em nome da agenda ultra neoliberal e ultra conservadora, segue com um projeto de barbarização da vida. Essa guinada conservadora remonta características do processo de formação sócio-histórica brasileira e reforça traços que nos acompanham desde a colonização, tais como o racismo, o patriarcado, e o caráter antidemocrático da burguesia nacional, com seus acordos de cúpula e seus processos contrarrevolucionários. Os impactos do golpe em curso atingem toda a classe trabalhadora, porém essa classe tem cor e sexo, e as mulheres negras e pobres são as mais atingidas. Temos, como pressuposto, que essa ascensão conservadora sobre a vida das mulheres faz parte de uma tendência mundializada, reflexo da crise estrutural do capital que, como estratégia de superação da crise, lança mão da ideologia conservadora para preservar o sistema imbricado de relações de dominação e exploração de classe, sexo e raça, fundado no processo de acumulação primitiva do capital. Dessa maneira, formulamos como tese central desse trabalho, que essa onda conservadora que avança sobre o Brasil desde o golpe de 2016, lança uma guerra contra as mulheres e que tem no feminismo, a principal forma de defesa delas, como um dos seus alvos centrais. A partir disso, esse trabalho tem como objetivos: compreender o ataque articulado pelo conservadorismo patriarcal, nas particularidades brasileiras, sobre o movimento feminista, que marca uma verdadeira guerra declarada contra as mulheres; analisar como o patriarcado tem sido fortalecido pelo avanço do conservadorismo no Brasil contemporâneo; investigar como se estruturam as relações sociais de classe, sexo e raça na formação social brasileira e seus desdobramentos históricos; analisar as principais estratégias traçadas, no lado patriarcal e no lado feminista, na guerra contra as mulheres em andamento no Brasil. Utilizaremos quatro categorias para dar conta de analisar nosso objeto: conservadorismo, ideologia, relações patriarcais de sexo e feminismo. Lançaremos mão do método materialista histórico dialético de Marx, pois partimos do entendimento que a compreensão da realidade está em entender de forma histórica e crítica as relações sociais em seus antagonismos, contradições e correlação de forças, compreensão fundada na perspectiva de totalidade que apenas o método fundado no pensamento marxiano é capaz de oferecer. A nossa pesquisa será de caráter qualitativo e se dividirá em três etapas de análise: a primeira, analisará os fundamentos da formação da imbricação entre as relações de exploração e dominação de sexo, raça e classe que formam o sistema capitalista; a segunda, analisará o percurso da ascensão conservadora no Brasil contemporâneo, situando a relação entre passado e presente no atual quadro político que vivemos; e na terceira, faremos uma sistematização sobre as principais formas de ataque patriarcal e contra-ataque feminista da guerra travada contra as mulheres, tendo como recorte histórico o período que vai de 2015 a 2021.Tese Ética em questão: as estratégias para consolidação do Projeto Ético-Político do Serviço Social na Secretaria Municipal de Saúde de Maceió(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-31) Moraes, Jinadiene da Silva Soares; Lima, Rita de Lourdes de; http://lattes.cnpq.br/4393150155693864; http://lattes.cnpq.br/4299205590635728; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; Souza, Ilka de Lima; Vale, Erlenia Sobral do; Rosado, Iana Vasconcelos Moreira; Correia, Maria Valéria CostaA pesquisa teve como objeto de estudo os desafios ético-políticos e as estratégias utilizadas no cotidiano profissional pelas assistentes sociais da Saúde para a consolidação do projeto ético-político do Serviço Social (PEP) em Maceió/AL e teve, como objetivo principal, conhecer e analisar os desafios ético-políticos e as estratégias utilizadas pelas assistentes sociais para a consolidação do PEP. Para tanto, foram definidos os seguintes objetivos específicos: apreender os impactos do projeto privatista da saúde no exercício profissional das assistentes sociais e analisar como as assistentes sociais lidam e avaliam tais impactos; identificar e analisar as estratégias e ações de fortalecimento do projeto ético-político por meio da atuação das profissionais de Serviço Social; identificar e analisar a base teóricopolítica que referencia a atuação das assistentes sociais. A perspectiva adotada para o desenvolvimento da pesquisa fundamentou-se no método crítico-dialético, que reconhece como categorias centrais para o desvendamento da realidade: a contradição, a mediação, a historicidade e a totalidade. Durante todo o processo de aproximação ao objeto foram discutidas também categorias como trabalho, ética e política. Partindo dessa perspectiva e para alcançar os objetivos propostos a essa investigação definiu-se uma metodologia qualitativa da pesquisa que se deu por meio das seguintes abordagens: revisão bibliográfica, análise documental e entrevista semi-estruturada. Estabeleceu-se como critérios para inclusão na amostra: ser assistente social concursada; atuar na atenção primária na Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (Alagoas); estar em pleno exercício profissional no período da entrevista e; não estar em estágio probatório. Devido ao distanciamento imposto pela pandemia de coronavírus que perdura desde março de 2020, apenas uma entrevista foi realizada presencialmente, as demais aconteceram via plataforma digital Google Meet. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e as profissionais assinaram a autorização para que fossem gravadas as entrevistas. Participaram da entrevista, 12 assistentes sociais perfazendo um percentual de 22,64% das profissionais que atuam na atenção primária de Maceió. As profissionais foram selecionadas por meio de sorteio aleatório e optou-se, inicialmente, por sortear uma profissional por distrito, naqueles que possuem menor número de assistentes sociais (distritos II, IV, VI e VIII) e duas profissionais nos quatro distritos que concentram maior número de assistentes sociais (I, III, V e VII). Contudo, precisou-se redimensionar essa divisão devido à indisponibilidade de assistentes sociais do III distrito sanitário que foi atingido pelo crime ambiental provocado pela BRASKEM, aumentando de 02 para 04 assistentes sociais do VII distrito sanitário. Segundo as assistentes sociais esse foi o território que mais recebeu pessoas dos bairros que estão afundando. A partir da análise das falas das profissionais foi possível identificar que os principais desafios ético-políticos que impactam no cotidiano profissional são a conjuntura nacional e a local que são desfavoráveis à materialização do referido projeto, haja vista, a ênfase dos governos federal e municipal no fortalecimento do projeto privatista na política de saúde, o que afeta o desenvolvimento das ações profissionais relativas ao acesso de usuários/as a seus direitos, a serviços sociais públicos e de qualidade. Verificou-se ainda como um desafio e dificuldade para as profissionais a questão do planejamento e da sistematização de suas ações, bem como, maior a articulação com outras categorias profissionais e com demais trabalhadores/as cujos princípios se assemelham aos defendidos pelo projeto profissional crítico, assumido pelo Serviço Social. Registrouse uma incipiente articulação com outras categorias profissionais, organizações nãogovernamentais e movimentos sociais. Foi constatado o distanciamento entre as profissionais e as entidades representativas da profissão, o que não apareceu nas falas como um problema, contudo, considera-se importante o estímulo a essa aproximação com o intuito de fortalecer o PEP. Concluiu-se ainda que as assistentes sociais desenvolvem estratégias para a consolidação do projeto ético-político do Serviço Social nas unidades básicas de saúde do município de Maceió, por meio do contínuo trabalho de socialização das informações aos/às usuários/as, articulação com assistentes sociais de outras unidades de saúde e de outros serviços sociais, a constante qualificação profissional e avaliação de sua prática. Pode ser constatado também o incentivo à participação social nos conselhos gestores de saúde e nos grupos existentes nas unidades. Essas são estratégias indispensáveis para a manutenção da hegemonia do projeto ético-político.Tese Mercantilização do ensino superior brasileiro: as contribuições do Serviço Social ao debate(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-11-08) Agapito, Ana Paula Ferreira; Oliveira, Carla Montefusco de; http://lattes.cnpq.br/8840103320001811; http://lattes.cnpq.br/7908723935126219; Sousa, Daniela Neves de; https://orcid.org/0000-0002-5065-215X; http://lattes.cnpq.br/4099076360010449; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; Oliveira, Hilderline Câmara de; Souza, Iris de Lima; Melo, Lucilene Ferreira deA presente tese tem como objetivo analisar a produção de conhecimento do Serviço Social sobre a mercantilização do ensino superior no Brasil. Desde meados dos anos 2000, as reformas na política de educação configuraram um processo de abertura para o capital privado na oferta de cursos de graduação e pós-graduação, resultando no crescimento de Instituições de Ensino Superior (IES) privadas em detrimento das IES públicas. Trata-se de uma pesquisa ancorada no método materialismo histórico critico-dialético, de cunho quanti-qualitativa. Como técnica de pesquisa utilizou-se o Estado da Arte. A amostra da investigação contemplou 10 Programas de Pós-Graduação em Serviço Social, sendo 02 de cada região do país, assim como a revista Temporalis, importante veículo de difusão da produção científica do Serviço Social. Foram considerados para seleção dos materiais analisados o recorte temporal de 2007 a 2021 e os seguintes descritores: mercantilização, educação superior e Serviço Social, política de educação. A partir destes critérios foram selecionados para análise de conteúdo 19 dissertações, 09 teses e 05 artigos. O estudo contemplou ainda análise bibliográfica de autores críticos que desenvolvem reflexões sobre a crise estrutural do capital, as configurações da educação brasileira, a mercantilização da educação superior e as discussões pertinentes ao Serviço Social. Também foram analisados documentos como: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, Censo da Educação Superior de 2017 a 2020, Mapa do Ensino Superior no Brasil 2022, relatório quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) de 2017 e o Documento da Área Serviço Social de 2019. A partir do estudo foi possível analisar sobre os determinantes socioeconômicos e políticos da crise estrutural do capital, os aspectos sócios históricos da particularidade brasileira, o aprofundamento da mercantilização através da ampliação do ensino superior nas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas (presenciais ou ensino a distância), o amadurecimento teórico-crítico e o reconhecimento do Serviço Social como área de produção de conhecimento. Os resultados deste estudo revelaram: o materialismo histórico critico-dialético como método das investigações objeto de análise, o fortalecimento da direção social hegemônica estratégica e do projeto ético-político do Serviço Social, o compromisso ético-político com a luta em defesa dos interesses da classe trabalhadora, dos princípios democráticos e, da política de educação pública, gratuita e de qualidade. Assim, enfatizamos a importância do debate no Serviço Social, enquanto área de produção de conhecimento, na perspectiva de aprofundamento das investigações cientificas sobre as múltiplas faces da mercantilização do ensino superior em tempos de crise estrutural do capital.Tese Dinâmicas da guerra às drogas e a particularidade nordestina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-20) Oliveira, Inaê Soares; Santos, Silvana Mara de Morais dos; http://lattes.cnpq.br/2706150547032239; http://lattes.cnpq.br/8421344475286909; Silva, Andrea Lima da; http://lattes.cnpq.br/2628383920215926; Oliveira, Carla Montefusco de; http://lattes.cnpq.br/8840103320001811; Ferraz, Janaynna de Moura; Albuquerque, Cynthia Studart; Azevedo, Estênio Ericson Botelho deO proibicionismo pode ser compreendido como o conjunto de convenções e legislações que orientam a atuação dos Estados quanto a determinadas drogas, entendidas aqui, como substâncias psicoativas postas na ilegalidade. Contudo, vai para além, pois ele modifica outras possíveis maneiras de se relacionar com tais substâncias, tornando-as essencialmente negativas para a sociedade. As motivações para sua consolidação apresentam diversas nuances que perpassam por questões políticas, econômicas e morais. Apesar dos Estados Unidos serem o principal responsável pela face militarizada do proibicionismo, a partir da denominada “guerra às drogas”, são as legislações nacionais que fazem desta ideologia um raro caso de consenso mundial, com exceções que não escapam às resistências e correlações sócio-históricas de cada país. O alcance das políticas proibicionistas vem sendo constantemente questionado, pois a ampliação do mercado de drogas ilegais não tem correspondido aos seus objetivos centrais. Contudo, estas políticas se constituíram como um meio volátil para criminalizar determinados grupos sociais e intensificar políticas de controle penal e de combate sobre eles. Para além das forças coercitivas estatais, outros fenômenos se entrelaçam a esta questão, a saber: a disputa entre comandos pelo controle dos territórios quanto ao comércio, passagem e circulação de drogas. No ano de 2017 se registrou um crescimento exponencial de homicídios na Região Nordeste, cuja justificativa foi direcionada para as reconfigurações do mercado de drogas ilegais no Brasil. Tendo em vista esta delimitação e considerando o método histórico-dialético, os caminhos desta pesquisa se centraram em analisar a particularidade da Região Nordeste no que concerne às dinâmicas da “guerra às drogas”. Para isto, utilizamos como estratégia de investigação, a pesquisa bibliográfica com o objetivo de apreender a lógica de funcionamento da política proibicionista e suas expressões em território nacional, buscando sintetizar as respostas à “guerra às drogas” como ferramentas para a reprodução e a ampliação do capital, apresentando na sequência, a particularidade da Região Nordeste quanto a este fenômeno. Prosseguindo nas estratégias metodológicas foi realizada pesquisa documental que teve como fonte e análise de dados o Atlas da Violência e o Anuário Brasileiro de Segurança Pública dos anos de 2017 a 2022. A escolha por estes documentos ocorreu devido ao fato deles consolidarem dados nacionais sobre violência e criminalidade, estando às dinâmicas do mercado de drogas ilegais associadas a estes fenômenos, em especial, na demarcação temporal apresentada. Os resultados da pesquisa permitiram identificar dentre a particularidade regional, a posição geográfica da Região Nordeste como estratégica para transações internacionais; as disparidades quanto aos indicadores sociais e às perpetuadas desigualdades, que se manifestam em múltiplas expressões da questão social; o incremento policial e punitivo; o homicídio de jovens; além da formação de coletivos regionais pela disputa ou defesa dos comércios e circulação de drogas em seus territórios.Tese Degradação da saúde mental da classe trabalhadora em tempos de acirramento da contrarreforma burguesa: vazios assistenciais e crise sanitária no contexto da pandemia de Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-13) Campos, Maiara Reis; Costa, Maria Dalva Horácio da; http://lattes.cnpq.br/1927931527903510; http://lattes.cnpq.br/0445815415926116; Oliveira, Carla Montefusco de; http://lattes.cnpq.br/8840103320001811; Guerra, Eliana Costa; Cavalcante, Elisângela Franco de Oliveira; Silva, Alessandra Ximenes da; Batista, Maxmiria HolandaEste estudo aborda a questão das determinações do sofrimento mental da classe trabalhadora no contexto da sociedade capitalista e suas expressões contemporâneas que se exacerbaram durante a pandemia de covid-19. A pesquisa em tela teve como objetivo central analisar o adoecimento mental do trabalhador e da trabalhadora enquanto expressão da questão social contemporânea e as possíveis respostas para seu enfrentamento, tomando como referência a realidade do Estado do Ceará. Partimos da hipótese de que o adoecimento mental dos trabalhadores se configura como expressão da questão social contemporânea e de que há um vazio assistencial que desrespeita o direito ao acesso universal, integral e em tempo adequado, colocando em risco a saúde dos(das) usuários(as), fenômeno que requer ser devidamente apreendido e dimensionado em sua totalidade, o que exige uma abordagem na perspectiva da determinação social da saúde, fundamentado na da teoria social critica. Nessa direção social, metodologicamente, analisamos como se expressam os processos de exacerbação da exploração e alienação, os quais são mais complexos e perversos nas novas formas de gerenciamento da indústria pós-fordista que torna a classe trabalhadora cada vez mais vulnerável ao adoecimento mental no curso das mutações no mundo do trabalho acentuadas na era flexível. Nesses termos, constata-se o agravamento no contexto de contrarreforma trabalhista, somados aos efeitos nefastos da pandemia, é nítido a agudização da corrosão do trabalho com impactos ainda mais danosos nas condições de vida da classe trabalhadora, incidindo diretamente no aumento do adoecimento mental no trabalho e na falta deste. A nossa hipótese é de que a pandemia alargou as possibilidades de novas estratégias de precarização e fragilização dos vínculos de trabalho, potencializadas por um quadro geral de desemprego estrutural enquanto expressão da crise de acumulação do capital. Assim, a pandemia foi perversamente utilizada pelo capital como oportunidade para acelerar sua ofensiva, justificando e aprofundando o desemprego, a insegurança, a precarização e a flexibilização, bem como exigindo a exposição ao risco como saída para crise econômica reduzida à crise sanitária. Para atender aos objetivos propostos, combinamos pesquisa documental e empírica de natureza quanti-qualitativa a qual teve como campo a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Foi realizada pesquisa documental, e a realização de grupo focal junto à equipe técnica do CEREST/CE. A pesquisa quantitativa também fez parte dos procedimentos metodológicos dada a necessidade de analisar dados epidemiológicos e estatísticos que caracterizam o atual cenário do mundo do trabalho para desvendar as interconexões do binômio adoecimento mental x trabalho. Conclui-se que, ante a impossibilidade de superar o adoecimento mental da classe trabalhadora, na ordem do capital, exatamente pelo fato de se configurar como expressão contemporânea da questão social, permeada pela inerente contradição entre capital e trabalho, a proteção ao trabalho resulta da correlação de forças e das lutas sociais, exigindo forte intervenção do Estado para garantir a implementação de políticas sociais capazes de responder esta demanda social e de saúde pública, sobretudo objetivando superar o desafio da subnotificação e da rede assistencial incipiente. Constatamos que os retrocessos no campo da saúde do trabalhador, bem como da saúde mental que assolou o país no governo Bolsonaro, sobretudo no contexto da Pandemia, dificultaram decisivamente as iniciativas dos governos estaduais e municipais que tentaram implementar a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora nos termos da Portaria 1.823/2012. Embora inserido neste contexto desafiador, identificamos que o Ceará vem se destacando na formalização de políticas públicas direcionadas ao cuidado do trabalhador com demanda de transtorno mental relacionado ao trabalho, mesmo de forma embrionária, o que demonstra que esta expressão da questão social é reconhecida, mas ainda não se constitui política de Estado.Tese Preceptoria em Serviço Social: um estudo nos hospitais universitários da região Nordeste geridos pela empresa brasileira de serviços hospitalares/EBSERH(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-14) Zacaron, Sabrina Silva; Oliveira, Carla Montefusco de; http://lattes.cnpq.br/8840103320001811; http://lattes.cnpq.br/8216770573908106; Sousa, Daniela Neves de; https://orcid.org/0000-0002-5065-215X; http://lattes.cnpq.br/4099076360010449; Hoffmann, Edla; Oliveira, Hilderline Câmara de; Castro, Marina Monteiro de Castro eA presente tese tem como tema Preceptoria em Serviço Social no âmbito dos Hospitais Universitários do Nordeste, geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Trata-se de uma empresa pública de direito privado. A transferência da gestão e a execução do complexo hospitalar dos HUs, por prazo indeterminado à EBSERH, rompe com o caráter eminentemente público da Universidade e permite que a lógica do setor privado seja predominante nesse espaço. Estar inserida num Hospital Universitário, cuja gestão está sob a responsabilidade de uma empresa regida pela lógica privatista, traz inquietações e suscita a necessidade de refletir o trabalho do assistente social na Preceptoria num contexto institucional, em que há uma primazia da assistência em detrimento do ensino. Nesse contexto, esta Tese tem como objetivo geral analisar a Preceptoria em Serviço Social nos Programas de Residência Multiprofissionais da região Nordeste vinculados aos Hospitais Universitários geridos pela EBSERH. Apresenta como objetivos específicos: mapear o perfil acadêmico-profissional dos/as assistentes sociais preceptores/as dos Programas de Residência dos HUs geridos pela EBSERH na região Nordeste, identificar as condições e relações de trabalho desse público; bem como analisar como se desenvolve a Preceptoria nesse espaço. A pesquisa foi guiada pelo método materialista histórico dialético. No tocante à metodologia, trata-se de revisão bibliográfica e de pesquisa explicativa, destinada aos 52 preceptores/as de referência de 09 HUs, através de formulário com enfoque misto, disponibilizado por meio da plataforma digital do google forms. A participação foi voluntária com adesão de 25 profissionais. Os dados coletados foram examinados pelo método de Análise de Conteúdo. A pesquisa confirmou que a Preceptoria tem se consolidado como espaço de reprodução da dinâmica tecnicista, como atividade secundarizada diante da supremacia da assistência em detrimento do ensino no âmbito dos HUs. Dessa monta, faz-se necessária a definição de uma política de apoio e fomento a esta atividade.