Programa de Pós-Graduação em História
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Navegando Programa de Pós-Graduação em História por Autor "Andrade, Alenuska Kelly Guimarães"
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Dissertação A eletricidade chega à cidade: inovação técnica e a vida urbana em Natal (1911-1940)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-08-28) Andrade, Alenuska Kelly Guimarães; Arrais, Raimundo Pereira de Alencar; ; http://lattes.cnpq.br/8252775667149757; ; http://lattes.cnpq.br/5318674623485097; Viana, Helder do Nascimento; ; http://lattes.cnpq.br/7276445057059197; Oliveira, Iranilson Buriti de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728002Z6; Santos Filho, Gildo Magalhães dos; ; http://lattes.cnpq.br/4155366726826551Nas primeiras décadas do século XX, um grupo de intelectuais brasileiros tomou para si a tarefa de conduzir a nação aos caminhos do progresso, refletindo sobre as transformações das cidades e, muitas vezes, propondo e se colocando à frente das ações e medidas que direcionariam a modernização do país. Neste contexto, a cidade aparecia como sinônimo de progresso em oposição ao campo, dando-se ênfase à construção do Brasil urbano. Em Natal, esse foi um período de sensível modificação no espaço urbano, seguindo os preceitos do higienismo e da estética racionalista, que orientavam as reformas empreendidas em muitas cidades brasileiras. As elites políticas e socioeconômicas da capital do Estado do Rio Grande do Norte desenvolveram o discurso em prol da modernização que objetivava justificar as intervenções na cidade e a introdução da infra-estrutura de serviços urbanos, a exemplo dos serviços de iluminação e transporte, que a partir de 1911 passaram a ser impulsionados por eletricidade. Essa modernização materializa-se por novos equipamentos e serviços, por espaços remodelados de acordo com a racionalidade técnica do urbanista, pela utilização de novas fontes de energia (gás, eletricidade), além do crescimento da população residente nas cidades. Entretanto, não se pode esquecer que a construção da cidade moderna passou tanto pelas mudanças físicas, materiais, quanto pela absorção de valores, símbolos, gestos, vocabulários, objetos, adoção de novos padrões de comportamento e pela formação de novas sensibilidades sobre o espaço urbano e a vida citadina. Desse modo, os novos padrões tecnológicos, como a eletricidade, possibilitaram mudanças na estrutura material da cidade e na vida urbana em seus mais diversos aspectos. Este trabalho propõe analisar a relação entre energia elétrica e a vida urbana em Natal entre 1911 e 1940, levando-se em conta, para tanto, as ações de intervenção do Estado sobre o espaço urbano e as percepções de intelectuais diante das transformações urbanas que presenciavam. A partir dessa análise, buscou-se especificar os esforços governamentais pela manutenção dos serviços de eletricidade e conservação dos equipamentos urbanos; compreender como a utilização de energia elétrica ajudou a produzir novas situações cotidianas e como foi sentida, traduzida em sentimentos e percepções fundadas na convivência com essa inovação técnica. As elites locais desejavam propagar hábitos considerados modernos, construindo uma identificação com o modo de vida urbano, fortemente inspirado na vida nas cidades Européias e Norte-americanas. A eletricidade possibilitou vivências e sensações que iriam caracterizar o habitante da cidade