CCS - TCC - Medicina
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Navegando CCS - TCC - Medicina por Autor "Carvalho, Jociele Moreira de"
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TCC Estudo do potencial antidepressivo da dipirona e paracetamol em um modelo animal de depressão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-07) Ramos, Pedro Saraiva; Carvalho, Jociele Moreira de; Silva, Clebyson José de Araújo; Silva Júnior, Edilson Dantas da; http://lattes.cnpq.br/5459705151588106; Gavioli, Elaine Cristina; Rachetti, Vanessa de Paula SoaresA depressão é um transtorno psiquiátrico que mantém altos índices de prevalência. Além disso, os mecanismos neurobiológicos ligados à sua etiologia não são plenamente esclarecidos, sendo, até então, alvo de diversas investigações. Atualmente, uma das teorias mais bem aceitas é a teoria monoaminérgica que versa sobre uma possível deficiência na disponibilidade dos neurotransmissores monoaminérgicos no sistema nervoso central na gênese dessa desordem. Contudo, estudos que apontam que perturbações no sistema endocanabinoide podem estar associados a distúrbios psiquiátricos, dentre eles a depressão, tem ganhado espaço no cenário científico. Dessa forma, considerando-se os efeitos canabinoides de analgésicos/antipiréticos amplamente utilizados como dipirona e paracetamol, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antidepressivo desses fármacos em um modelo animal de depressão induzido pela administração de dexametasona. Para tal, camundongos Swiss fêmeas foram tratadas com uma dose única dexametasona 0,07 mg/kg (sc) para a indução do comportamento do tipo depressivo ou veículo (animais controles). Após 3h, os animais foram tratados com dipirona (250, 500 ou 750 mg/kg; ip) ou paracetamol (100, 200 ou 400 mg/kg, ip). Após 1h, os animais foram, em seguida, avaliados por meio do teste de suspensão pela cauda (TSC; avaliação do tempo de imobilidade) e campo aberto (CA; avaliação da distância percorrida). Posteriormente, os resultados obtidos foram analisados utilizando a ANOVA de duas vias seguida do pós-teste de Bonferroni e um P<0,05 foi considerado para significância estatística. Foi observado que as dosagens de 400 mg/kg de paracetamol e 750 mg/kg de dipirona foram capazes de aumentar o tempo de imobilidade no TSC em animais controle (não submetidos ao pré-tratamento com dexametasona). O tratamento com dipirona 250 mg/kg produziu um aumento do tempo de imobilidade no TSC apenas em animais controles. Verificamos ainda que os animais tratados com paracetamol 400 mg/kg ou dipirona 750 mg/kg apresentaram uma significativa redução na distância percorrida no CA em animais controle ou submetidos ao tratamento com dexametasona. O tratamento com dipirona ou paracetamol não produziu efeitos significativos no tempo de imobilidade no TSC em animais submetidos ao tratamento com dexametasona. Dessa forma, conclui-se que o paracetamol e a dipirona nas dosagens avaliadas não apresentaram potencial antidepressivo. Mais estudos devem ser realizados avaliando dosagens mais baixas dos fármacos empregados associados a um maior tempo de tratamento.