Anticolonialismo e antirracismo em Marx

dc.contributor.advisorDias, Maria Cristina Longo Cardoso
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8581414763000546pt_BR
dc.contributor.authorBezerra, José Anderson dos Santos
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5854594004677675pt_BR
dc.contributor.referees1Oliveira, Erico Andrade Marques de
dc.contributor.referees2Caux, Luiz Philipe Rolla de
dc.date.accessioned2022-07-07T19:37:26Z
dc.date.available2022-07-07T19:37:26Z
dc.date.issued2022-03-25
dc.description.abstractThe work presented here aims to analyze the texts and concepts developed by Karl Marx on the connection between the capitalist mode of production, colonialism, and modern racism. It is sustained in the development of the work that Marx was not a thinker oblivious to these questions, nor did he even treat them with carelessness, since, in his general analysis of capitalism, both colonialism and racism appear as central elements that served the process of accumulation and capital expansion. It is argued that the Marxian materialist dialectic, as it is the author's method of analysis and exposition, must also be the sediment for the proper reading of his work. This perspective is connected to two notions: the Marxian dialectic is, as a Theory that leads to a practice, the method that lays bare the oppressions caused by capitalism as well as provides the best understanding of the historically posited capital subject, and of the presupposed humanity, this presupposition is fundamental to reflect on a human society free from oppression. It is sustained in the course of the work how Marx identified, in his main work, Capital, colonialism as an essential part of the process of primitive accumulation, without which capital would not have developed or even expanded. Colonialism was already identified by Marx as violence and, for this reason, an anti colonialist stance was already presented in Capital. From an open dialogue between Marx and Silvia Federici, primitive accumulation, a process sustained by colonialism, will also be treated as a process that reproduced oppressions, including racial oppression. Here it will be highlighted that the link between capitalism, colonialism, and modern racism, highlighted in the 20th century by Césaire and Fanon, also appeared in Marx's work. Though the German thinker did not develop a general theory of racism, he already identified that capital had appropriated this oppression, evident in the phenomenon of Reification, in order to continue its accumulation process. It is concluded that, in the historical moment of capital's domination, the anti-colonialist and anti-racist struggle is also the anti-capitalist struggle.pt_BR
dc.description.resumoO trabalho aqui apresentado tem por objetivo analisar os textos e os conceitos desenvolvidos por Karl Marx sobre o vínculo entre o modo de produção capitalista, o colonialismo e o racismo moderno. Sustenta-se no desenvolvimento do trabalho que Marx não foi um pensador alheio a estas questões, nem mesmo as tratou com descuido, pois, em sua análise geral do capitalismo, tanto o colonialismo quanto o racismo aparecem como elementos centrais que serviram ao processo de acumulação e expansão do capital. Argumenta-se que a dialética materialista marxiana, por ser o método de análise e exposição do autor, deve ser também o sedimento da leitura apropriada de sua obra. Esta perspectiva está atrelada a duas noções: a dialética marxiana é, enquanto Teoria que conduz a uma prática, o método que desnuda as opressões ocasionadas pelo capitalismo como também fornece a melhor compreensão sobre o sujeito capital historicamente posto, e sobre a humanidade pressuposta, pressuposição esta fundamental para se pensar uma sociedade humana livre de opressões. Sustenta-se no decorrer do trabalho como Marx identificou, em sua principal obra, O capital, o colonialismo como parte essencial do processo de acumulação primitiva, sem o qual o capital não teria se desenvolvido e nem mesmo se expandido. O colonialismo já era identificado por Marx como violência e, por essa razão, já se apresentava uma postura anticolonialista em O capital. A partir de um diálogo aberto entre Marx e Silvia Federici, também se tratará a acumulação primitiva, processo sustentado pelo colonialismo, como um processo que reproduziu opressões, entre elas, a opressão racial. Aqui se destacará que o vínculo entre capitalismo, colonialismo e racismo moderno, destacado no século XX por Césaire e Fanon, também já aparecia na obra de Marx. O pensador alemão, embora não tenha desenvolvido uma teoria geral do racismo, já identificava que o capital se apropriara desta opressão, se evidenciando no fenômeno da Reificação, para prosseguir o seu processo de acumulação. Conclui-se que, no momento histórico de domínio do capital, a luta anticolonialista e antirracista é também a luta anticapitalista.pt_BR
dc.identifier.citationBEZERRA, José Anderson dos Santos. Anticolonialismo e antirracismo em Marx. 2022. 90f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48387
dc.languagept_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Nortept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIApt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMarx, Karl, 1818-1883pt_BR
dc.subjectAnticolonialismopt_BR
dc.subjectAntirracismopt_BR
dc.subjectCapitalismopt_BR
dc.subjectAcumulação primitivapt_BR
dc.subjectReificaçãopt_BR
dc.titleAnticolonialismo e antirracismo em Marxpt_BR
dc.typemasterThesispt_BR

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