Entre conversas, andarilhagens e camaradagens cotidianas: uma etnografia das invenções e resistências no campo das drogas

dc.contributor.advisorAmorim, Ana Karenina de Melo Arraes
dc.contributor.advisorIDhttps://orcid.org/0000-0002-1343-9341pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9847082748841264pt_BR
dc.contributor.authorSilva, Leandro Roque da
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0001-8804-9551pt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7424258648733223pt_BR
dc.contributor.referees1Pereira, Maria Teresa Lisboa Nobre
dc.contributor.referees1IDhttps://orcid.org/0000-0002-5085-4296pt_BR
dc.contributor.referees1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1234091318043836pt_BR
dc.contributor.referees2Fonseca, Lázaro Batista da
dc.contributor.referees3Moraes, Maristela de Melo
dc.contributor.referees4Mello, Ricardo Pimentel de
dc.date.accessioned2024-06-14T11:15:40Z
dc.date.available2024-06-14T11:15:40Z
dc.date.issued2024-05-17
dc.description.abstractThe field of drugs is made up of an extensive set of practices, discourses, laws and norms that, aligned with moralistic pressure, serve as a substrate for drawing up legal guidelines made up of ethnic and ideological prejudices. Against this backdrop, the thesis deals with research that sought to follow, from the perspective of individual lives, forms of resistance that oppose prohibitionist policies on a daily basis in the context of north-eastern Brazil. Using the ethnographic method, three time periods were constructed as a resource for immersion in the field, which we call ethnographic wanderings, wall-to-wall conversations and slipper-to-wall conversations. Based on the narratives heard throughout the research, we constructed analyses based on three elements that emerged in these meetings: I) relationships between harmful drug use and the traumatic situations experienced and narrated by the participants; II) problematisation of how to witness and credit these narratives in the face of these bodies and desires seen as "deviant" in a prohibitionist society; and III) possible ways out as resistance in the face of everyday practices in relations with the territories accessed. In the early days of the research, in the surroundings of a CAPS AD III in a city in Paraíba, it was possible to compose a set of images and unique readings of the situations experienced in the territory, highlighting intersubjective, socioinstitutional and spatial relations. The analyses highlighted the importance of approaching everyday life in order to promote care and dialogue around trauma from a social and political perspective, together with the reflection on denial proposed by Ferenczi, in order to see that these subjective expressions that have been narrated become invisible, inaudible and untouched in the context of prohibition. However, as an alternative to this discrediting, Deleuze and Guattari proposed a discussion of the concept of war machines, making it possible to build places of resistance to the universalisations imposed by a colonialist and prohibitionist society through the creation of inventive lines of escape. And, finally, we brought the analysis of territories together with their constituent elements of subjectivity, as proposed by Deleuze and Guattari, so that, with Michel de Certeau, he could highlight the importance of everyday life in the construction of tactics in the face of situations of oppression. In this way, the analyzes woven here propose to us a field of microrevolutions that, despite coloniality and prohibitionism in social life and the absence of a State apparatus that protects and affirms lives, highlighted these partners as singular creators of their possibilities of life in its inventive and collective arrangements.pt_BR
dc.description.resumoO campo das drogas se constitui a partir de um conjunto extenso de práticas, discursos, leis e normas que, alinhadas a uma pressão moralista, servem de substrato para elaboração de diretrizes legais compostas por preconceitos étnicos e ideológicos. Diante deste panorama, a tese trata de uma pesquisa que buscou acompanhar, a partir das vidas singulares, formas de resistência que se opõem cotidianamente às políticas colonial-proibicionistas no contexto do nordeste brasileiro. Utilizando o método etnográfico, foram construídos três tempos como recurso na imersão em campo, que nomeamos de andarilhagens etnográficas, conversas de pé de muro e conversas de pé de chinelo. A partir das narrativas escutadas ao longo da pesquisa, construímos as análises diante de três elementos que surgiram nestes encontros: I) relações entre os consumos de drogas e as situações traumáticas experienciadas e narradas pelos participantes; II) problematização de como testemunhar e creditar tais narrativas diante destes corpos e desejos tomados como “desviantes” em uma sociedade proibicionista; e III) saídas possíveis como resistências diante das práticas cotidianas nas relações com os territórios acessados. Nos primeiros tempos da pesquisa, no cenário dos arredores de um CAPS AD III em uma cidade na Paraíba, foi possível compor um conjunto de imagens e formas de leituras próprias e singulares das situações vividas no território, destacando as relações intersubjetivas, socioinstitucionais e espaciais. As análises trouxeram a importância da aproximação da vida cotidiana para promoção do cuidado e do diálogo em torno do trauma, na perspectiva social e política, junto à reflexão do desmentido proposta por Sándor Ferenczi, para constatar que tais expressões subjetivas que foram narradas se tornam invisibilizadas, inaudíveis e intocadas diante do contexto de proibição. No entanto, como alternativa a esse descrédito, foi proposta, a partir de Deleuze e Guattari, a discussão do conceito de máquinas de guerra, possibilitando a construção de lugares de resistência às universalizações impostas por uma sociedade colonialista e proibicionista através da criação de linhas de fuga inventivas. E, por fim, trouxemos a análise sobre os territórios junto aos seus elementos constituintes da subjetividade, tal como propõem Deleuze e Guattari, para com Michel de Certeau destacar a importância do cotidiano na construção de táticas frente às situações de opressão. Dessa forma, as análises aqui tecidas nos propõem um campo de microrrevoluções que, à revelia da colonialidade e do proibicionismo na vida social e da ausência de um aparato do Estado que proteja e afirme as vidas, destacaram estes parceiros como singulares fazedores de suas possibilidades de viver em seus arranjos inventivos e coletivos.pt_BR
dc.identifier.citationSILVA, Leandro Roque da. Entre conversas, andarilhagens e camaradagens cotidianas: uma etnografia das invenções e resistências no campo das drogas. Orientadora: Dra. Ana Karenina de Melo Arraes Amorim. 2024. 221f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58474
dc.languagept_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Nortept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIApt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectDrogas psicotrópicaspt_BR
dc.subjectEtnografiapt_BR
dc.subjectSaúde mentalpt_BR
dc.subjectTrauma socialpt_BR
dc.subjectPráticas de resistênciapt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIApt_BR
dc.titleEntre conversas, andarilhagens e camaradagens cotidianas: uma etnografia das invenções e resistências no campo das drogaspt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Entreconversasandarilhagens_Silva_2024.pdf
Tamanho:
3.48 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar