Endometriosis and fertility: challenges and hopes on the path to motherhood

Abstract

Endometriose é uma condição crônica definida, de acordo com Zondervan et al. [1], como a presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina, afetando principalmente a pélvis feminina, mas também ocorrendo em outros locais anatômicos. Globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 190 milhões de mulheres e meninas em idade reprodutiva são afetadas, destacando sua prevalência generalizada e a necessidade de estratégias de gerenciamento aprimoradas. Além de seus sintomas físicos, a endometriose prejudica significativamente a qualidade de vida devido ao diagnóstico tardio e aos desafios no tratamento eficaz. Uma de suas implicações mais críticas é a infertilidade, definida por Vander et al. [2] como a incapacidade de engravidar após 12 meses de relações sexuais regulares e desprotegidas. Blasco [3] atribui esse problema a três categorias principais de distúrbios — anormalidades do trato feminino, problemas de ovulação e baixa qualidade do esperma — que coletivamente respondem por 75% a 80% dos casos de infertilidade explicáveis. Esses desafios reprodutivos enfatizam ainda mais a necessidade de cuidados integrados que abordem os aspectos físicos e emocionais da doença. Este trabalho compila uma revisão narrativa para explorar a incidência, fisiopatologia e impactos da endometriose, com foco nas complexidades da infertilidade e nos desafios relacionados à gravidez. Avanços recentes em ferramentas de diagnóstico, como biomarcadores e tratamentos menos invasivos, oferecem esperança para um melhor gerenciamento, mas lacunas significativas permanecem na compreensão dos mecanismos da doença e suas diversas apresentações. Abordar essas lacunas é fundamental para melhorar os resultados e a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição complexa