Capacidade intrinseca e incapacidade funcional em idosos: influências das diferenças de gênero, biomarcadores e fatores socioeconômicos

dc.contributor.advisorGuerra, Ricardo Oliveira
dc.contributor.advisorIDhttps://orcid.org/0000-0003-3824-3713pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4265185619165890pt_BR
dc.contributor.authorCorrêa, Luana Caroline de Assunção Cortez
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0002-8188-1887pt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/5810642050413733pt_BR
dc.contributor.referees1Sousa, Ana Carolina Patrício de Albuquerque
dc.contributor.referees2Fittipaldi, Etiene Oliveira da Silva
dc.contributor.referees3Pinto, Juliana Martins
dc.contributor.referees4Câmara, Saionara Maria Aires da
dc.date.accessioned2025-03-26T22:52:51Z
dc.date.available2025-03-26T22:52:51Z
dc.date.issued2024-12-19
dc.description.abstractINTRODUCTION: Gender differences in Intrinsic Capacity (IC) and functional disability processes are not yet fully understood, which hinders the development of effective interventions for healthy aging. The literature suggests that biological, socioeconomic, and health factors influence IC; however, how these factors interact and differently affect men and women remains unclear. Furthermore, the relationship between inflammatory and neurodegenerative biomarkers and IC over time has not been extensively explored, limiting the identification of early markers of functional decline. The impact of socioeconomic status on functional disability, particularly regarding participation frequency in daily activities and perceived limitations, also requires further investigation, especially in multicultural contexts. OBJECTIVES: This thesis comprises three papers. #Paper 01 aimed to estimate IC levels in a community-dwelling older population and identify the factors associated with IC decline in both genders. #Paper 02 examined whether cross-sectional and longitudinal associations between blood biomarkers related to inflammation and neurodegeneration and IC differ by sex. Lastly, #Paper 03 aimed to determine whether the associations between socioeconomic status and late-life disability vary by gender in a multicultural sample. METHODS: The #Paper 01 and #Paper 03 used cross-sectional data from the third wave of the International Mobility and Aging Study (IMIAS), collected in 2016. Specifically, the #Paper 01 analyzed data from 1,484 older adults. Based on a reflexive methodology, four functions were selected from the IMIAS database to assess the domains of IC: i. Locomotion (Short Physical Performance Battery), ii. Cognition (Leganes Cognitive Test), iii. Vitality (Handgrip Strength), and iv. Psychological Well-being (Center for Epidemiologic Studies Depression). A composite IC score was calculated (ranging from 0 to 100; the higher, the better). Socioeconomic and healthrelated factors included: age, marital status (single, married, divorced/widowed), educational level (lowest, middle, and highest), income sufficiency (not/not very well, suitably, very well), occupation (manual and non-manual), number of chronic diseases (≤ 1, 2 – 3, and ≥ 4), body mass index (underweight/normal weight, overweight, obesity), and history of falls in the last year (yes and no). Multiple linear regression analyses were used to investigate factors associated with reduced IC in both genders. #Paper 03 assessed late-life disability in 1,362 older adults using the disability component (frequency and limitation) of the Late-Life Function Disability Instrument (LLFDI). Socioeconomic status was self-reported through the variables: i. educational level (less than secondary, secondary, post-secondary), ii. income sufficiency (not/not very well, suitably, very well), and iii. occupation (manual and non-manual). Multiple linear regression models were used to examine gender-specific associations between late-life disability (frequency and limitation subscales) and SES. Finally, #Paper 02 used longitudinal data from 1,117 older adults from the Multidomain Alzheimer Preventive Trial (MAPT). The domains of IC were operationalized using the following functions: i. Cognition (Mini-Mental State Examination), ii. Locomotion (Short Physical Performance Battery), iii. Vitality (Handgrip Strength), and iv. Psychological Well-being (Geriatric Depression Scale), each scaled from 0 (worst possible IC) to 100 (best possible IC). Biomarkers related to inflammation and neurodegeneration included: i. Interleukin 6 (IL-6, pg/mL), ii. Growth Differentiation Factor 15 (GDF15, pg/mL), iii. Tumor Necrosis Factor Receptor 1 (TNFR1, pg/mL), iv. Neurofilament Light Chain (NfL, pg/mL), v. Progranulin (PGRN, ng/mL), and vi. Beta-Amyloid protein (Aβ42/40). Mixed linear models were performed to examine whether sex modified the cross-sectional and longitudinal association between biomarkers and IC. RESULTS: Findings indicated that women had significantly lower IC scores than men (M = 77.43; SD = 9.06 vs. M = 72.26; SD = 9.31; p < 0.001). Age, study site, marital status, multiple chronic conditions, and history of falls were negatively associated with IC scores in both genders. Additionally, insufficient income (B = -2.130; p = 0.043) and obesity (B = -1.645; p = 0.039) were negatively associated with IC scores in women, whereas low educational level (B = -2.124; p = 0.012) was a significant predictor for men. Longitudinal analyses revealed a significant interaction between sex and IL-6 (p = 0.005), where higher IL-6 levels were associated with a faster IC decline in men (B = -0.385; p = 0.055) but not in women (B = 0.287; p = 0.041). Regarding functional disability, low educational level (B = −3.11; p < 0.001) and manual occupations (B = −1.79; p < 0.05) were associated with reduced participation frequency in men, while insufficient income (B = −3.55; p < 0.01) and manual occupations (B = −2.25; p < 0.01) played a negative role in women's participation. In both men (B = −2.39; p < 0.05) and women (B = −3.39; p < 0.01), insufficient income was the only factor linked to greater perceived limitations in daily tasks. CONCLUSION: Women showed lower IC scores compared to men. Age, study locations, multiple chronic conditions, and history of falls were factors associated with reduced IC in both genders. Educational level appears to particularly influence IC in men, while income insufficiency and obesity are more significant factors for women. These findings highlight the need for genderspecific strategies to address the distinct determinants of IC, aiming to promote healthier aging. Among all biomarkers, only IL-6 showed sex-dependent associations, being linked to a rapid decline in IC in men but not in women. Men and women experienced different patterns of disability in old age. For men, previous occupational status and educational level were associated with a decrease in frequency of participation, whereas for women, this reduction was associated with perceived income and previous occupational status.pt_BR
dc.description.resumoINTRODUÇÃO: As diferenças de gênero na Capacidade Intrínseca (CI) e no processo de incapacidade funcional ainda não são completamente compreendidas, dificultando a formulação de intervenções eficazes para o envelhecimento saudável. A literatura sugere que fatores biológicos, socioeconômicos e de saúde influenciam a CI, mas a forma como esses fatores interagem entre si e afetam homens e mulheres de maneira diferenciada permanece incerta. Além disso, a relação entre biomarcadores inflamatórios e neurodegenerativos e a CI ao longo do tempo não foi amplamente explorada, limitando o entendimento sobre marcadores precoces de declínio funcional. O impacto do status socioeconômico na incapacidade funcional, particularmente na frequência de participação em atividades diárias e nas limitações percebidas, também carece de investigações mais detalhadas, especialmente considerando contextos multiculturais. OBJETIVOS: A presente tese é composta por três artigos. #Artigo 01visou estimar os níveis de CI em uma amostra de idosos residentes na comunidade, e identificar os fatores associados à diminuição da CI em ambos os gêneros. O #Artigo 02 investigou se as associações transversais e longitudinais entre biomarcadores sanguíneos relacionados à inflamação e à neurodegeneração com CI diferem de acordo com o sexo. E por fim, o #Artigo 03 teve por objetivo determinar se as associações entre o status socioeconômico e a incapacidade tardia diferem por gênero em uma amostra multicultural. MÉTODOS: O #Atigo 01 e #Artigo 03 utilizaram dados transversais da terceira onda de avaliação do International Mobility and Aging Study (IMIAS), coletados em 2016. Especificamente, o #Atigo 01 analisou dados de 1.484 idosos. Com base em uma metodologia reflexiva, quatro funções foram selecionadas na base de dados do IMIAS para avaliar os domínios da CI: i. Locomoção (Short Physical Performance Battery), ii. Cognição (Leganes Cognitive Test), iii. Vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. Bem-estar psicológico (Center for Epidemiologic Studies Depression). Um escore composto de CI foi calculado (variando de 0 a 100; quanto maior, melhor). Fatores socioeconômicos e relacionados à saúde incluíram: idade, estado civil (solteiro, casado, divorciado/viúvo), nível educacional (baixo, médio e alto), suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem), ocupação (manual e não-manual), número de doenças crônicas (≤ 1, 2 – 3 e ≥ 4), índice de massa corpórea (abaixo do peso/peso normal, sobrepeso, obesidade), e histórico de quedas no último ano (sim e não). Análises de regressão linear múltipla foram utilizadas para investigar os fatores associados a redução da CI em ambos os gêneros. O #Artigo 03 avaliou a incapacidade tardia de 1.362 idosos por meio do componente de incapacidade (frequência e limitação) do Late-Life Function Disability Instrument (LLFDI). O status socioeconômico foi coletado por meio de autorrelato através das variáveis: i. nível de educação (ensino fundamental, ensino médio, ensino superior), ii. suficiência de renda (não/não muito bem, razoavelmente, muito bem) e iii. ocupação (manual e não-manual). Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados para examinar as associações específicas de gênero entre incapacidade tardia (subescalas de frequência e limitação) e SES. Por fim, o #Artigo 02 utilizou dados longitudinais de 1.117 idosos provenientes do Multidomain Alzheimer Preventive Tiral (MAPT). Os domínios da CI foram operacionalizados utilizando as seguintes funções: i. Cognição (MiniMental State Examination), ii. Locomoção (Short Physical Performance Battery), iii. Vitalidade (Força de Prensão Manual) e iv. Bem-estar psicológico (Geriatric Depression Scale), cada um escalonado de 0 (pior CI possível) a 100 (melhor CI possível). Os biomarcadores relacionados à inflamação e à neurodegeneração incluíram: i. Interleucina 6 (IL-6, pg/mL), ii. Fator de Diferenciação de Crescimento 15 (GDF15, pg/mL), iii. Receptor 1 do Fator de Necrose Tumoral (TNFR1, pg/mL), iv. Cadeia Leve de Neurofilamento (NfL, pg/mL), v. Progranulina (PGRN, ng/mL) e vi. proteína Beta-Amiloide (Aβ42/40). Modelos lineares mistos foram realizados para examinar se o sexo modificou a associação transversal e longitudinal entre os biomarcadores e a CI. RESULTADOS: Os resultados do #Artigo 01 indicaram que as mulheres apresentaram escores de CI significativamente mais baixos em comparação aos homens (M = 77,43; DP = 9,06 vs. M = 72,26; DP = 9,31; p < 0,001). Idade, locais de estudo, estado civil, múltiplas condições crônicas e histórico de quedas foram negativamente associados aos escores de CI em ambos os gêneros. Além disso, renda insuficiente (B = - 2,130; p = 0,043) e obesidade (B = - 1,645; p = 0,039) foram negativamente associadas aos escores de CI em mulheres, enquanto o baixo nível educacional (B = - 2,124; p = 0,012) foi negativamente associado aos escores de CI nos homens. Para o #Artigo 02, nenhum efeito significativo de interação foi observado na linha de base. As análises longitudinais revelaram uma interação significativa entre sexo e IL-6 (p = 0,005), de modo que níveis mais elevados de IL-6 tendiam a estar associados a um declínio mais rápido no escore de CI para os homens (B = - 0,385; p = 0,055), mas não para as mulheres (B = 0,287; p = 0,041). No #Artigo 03, o baixo nível educacional (B = − 3,11; p < 0,001) e a ocupação manual (B = − 1,79; p < 0,05) foram associados a uma diminuição na frequência de participação para homens, enquanto a renda insuficiente (B = − 3,55; p < 0,01) e a ocupação manual (B = − 2,25; p < 0,01) desempenharam um papel negativo na frequência para mulheres. Tanto para homens (B = − 2,39; p < 0,05) quanto para mulheres (B = − 3,39; p < 0,01), a renda insuficiente foi o único fator associado a uma maior limitação percebida durante as tarefas diárias. CONCLUSÕES: As mulheres apresentaram escores de CI mais baixos em comparação aos homens. Idade, locais de estudo, múltiplas condições crônicas e histórico de quedas foram fatores associados à redução da CI em ambos os gêneros. O nível educacional parece influenciar particularmente a CI nos homens, enquanto a insuficiência de renda e a obesidade são fatores mais significativos para as mulheres. Esses achados ressaltam a necessidade de estratégias específicas de gênero para abordar os determinantes distintos da CI, visando promover um envelhecimento mais saudável. Entre todos os biomarcadores, apenas a IL-6 apresentou associações dependentes do sexo; estando associada a uma rápida diminuição na CI em homens, mas não em mulheres. Homens e mulheres apresentaram experiências diferentes de incapacidade na velhice. Para homens, a ocupação laboral anterior e o nível de estudos foram associados à uma diminuição na frequência de participação, enquanto para mulheres essa redução foi associada à percepção da renda e ocupação laboral anterior.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqpt_BR
dc.identifier.citationCORRÊA, Luana Caroline de Assunção Cortez. Capacidade intrinseca e incapacidade funcional em idosos: influências das diferenças de gênero, biomarcadores e fatores socioeconômicos. Orientador: Dr. Ricardo Oliveira Guerra. 2024. 127f. Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/63262
dc.languagept_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Nortept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIApt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectEnvelhecimentopt_BR
dc.subjectDiferenças de gêneropt_BR
dc.subjectIncapacidadept_BR
dc.subjectCapacidade intrínsecapt_BR
dc.subjectBiomarcadorespt_BR
dc.subjectStatus socioeconômicopt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALpt_BR
dc.titleCapacidade intrinseca e incapacidade funcional em idosos: influências das diferenças de gênero, biomarcadores e fatores socioeconômicospt_BR
dc.typedoctoralThesispt_BR

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Capacidadeintrinsecaincapacidade_Correa_2024.pdf
Tamanho:
2.03 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar