A recepção do conceito de necropolítica no Brasil
dc.contributor.advisor | Sanguinetti, Federico | |
dc.contributor.advisor-co1 | Reis, Diego dos Santos | |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/6836106173329623 | pt_BR |
dc.contributor.author | Silva, Valdicley Eufrausino da | |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/4936517637635238 | pt_BR |
dc.contributor.referees1 | Santos, Maria de Fátima Lima | |
dc.contributor.referees2 | Vidal, Maria José da Conceição Souza | |
dc.contributor.referees2ID | https://orcid.org/0000-0002-0263-6438 | pt_BR |
dc.contributor.referees2Lattes | http://lattes.cnpq.br/2931927563064070 | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-03-04T22:36:57Z | |
dc.date.available | 2024-03-04T22:36:57Z | |
dc.date.issued | 2023-07-03 | |
dc.description.abstract | The aim of this research is to outline a critic-analytic reconstruction of the reception of the concept of necropolitics in Brazil. To this end, I will address the concept of necropolitics starting from a preliminary investigation which I call excavation. This preliminary investigation consists in a detailed analysis of the debates revolving around the concept of biopolitics in Michel Foucault and Giorgio Agamben, as well as of Hannah Arendt’s discussion about race, racism and imperialism. Then, I will elucidate Achille Mbembe’s notion of necropolitics and I will focus on the paradoxical status of the innovative features of this political strategy. While in the past the State was the main responsible for shaping the spheres of life and death and for dealing with them, nowadays life and death are not managed by solid, fixed and stable groups, but by different groups across different social spheres. This means that it is not just the State who kills. Free-fighters, militias and paramilitary groups are examples of this new political arrangement, which Mbembe calls necropower and which places itself inside/outside power as it is conventionally known, conceived and normatized. Necropower both produces new worlds of death and extends the right to kill with inconditional voracity. Lastly, I will examine the reception of the concept of necropolitics within the contemporary Brazilian landscape, emphasizing the different features of the contemporary analytic contributions in our country. Against this background, I will claim that whiteness and the identitary categories specified as branquitude and branquidade are constitutive of the dynamic character of the ceaseless production of deaths of determinate people and social groups prompted by the State and by non-official powers. Within this framework, killing - either literally, psychologically or symbolically - became entertainment and routine. In the face of this extermination machinery, we need both to produce new critical questions and to find new answers and strategies that break with neo-colonialism and neo-imperialism. To this aim, we need to rethink and rediscuss the meanings of politics in the XXI century. | pt_BR |
dc.description.resumo | Estabelecemos, no presente trabalho, uma leitura crítico-analítica acerca da recepção do conceito de necropolítica no atual cenário brasileiro. Para tanto, examinaremos, em primeiro lugar, a formulação do conceito a partir de um recuo investigativo, o qual chamamos de escavação. Tal empreendimento consiste em analisar, pontualmente, os debates propostos sobre biopolítica tanto em Michel Foucault quanto em Giorgio Agamben, assim como as discussões sobre raça, racismo e imperialismo apontadas por Hannah Arendt. Posteriormente à tarefa arqueo-genealógica, damos ênfase na elucidação, em si, da noção de necropolítica formulada por Achille Mbembe, investindo esforços em refletir sobre o estatuto paradoxal dos ditames inovadores da condição política identificada pelo pensador camaronês. Antes, o Estado era o principal responsável pelas formas de manejo e configurações dos mundos de vida e morte; já na atualidade, tais aspectos não se configuram somente por grupos sólidos, fixos, estáveis, mas por diversos grupos em diversas esferas sociais. Com isso, queremos dizer que não é somente o Estado que mata. Os exércitos privados, milícias e grupos paramilitares são exemplos explícitos desse ordenamento dentro/fora do poder convencionalmente conhecido, formulado e normalizado, o qual o filósofo chama de necropoder. Este produz tanto novos mundos de morte quanto amplia o direito de matar com irrestrita voracidade. Por fim, examinamos a recepção do conceito necropolítica no cenário brasileiro apontando o caráter multifacetado dos aportes analíticos contemporâneos no território. Nesse ínterim, o percurso nos alude identificarmos a brancura, e seus desdobramentos identitários identificados como branquitude e branquidade, como constitutivas da dinamicidade da produção de mortes incessantes de determinadas pessoas e grupos sociais, seja pelo Estado, seja pelo domínio para além dos poderes oficiais, em que matar, seja de modo físico, seja de modo psicológico, ou ainda, de modo simbólico, tornaram-se entretenimento e banalidade cotidiana. Diante desse cenário de extermínio, precisamos fazer novos questionamentos e encontrar novas respostas e ações que rompam com a estrutura hegemônica do neocolonialismo e neoimperialismo. Para tanto, precisamos repensar e rediscutir os sentidos da política no século XXI. | pt_BR |
dc.identifier.citation | SILVA, Valdicley Eufrausino da. A recepção do conceito de necropolítica no Brasil. Orientador: Dr. Federico Sanguinetti. 2023. 106f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57762 | |
dc.language | pt_BR | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal do Rio Grande do Norte | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFRN | pt_BR |
dc.publisher.program | PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Necropolítica | pt_BR |
dc.subject | Brasil | pt_BR |
dc.subject | Recepção | pt_BR |
dc.subject | Branquitude | pt_BR |
dc.subject | Branquidade | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA | pt_BR |
dc.title | A recepção do conceito de necropolítica no Brasil | pt_BR |
dc.type | masterThesis | pt_BR |
Arquivos
Pacote Original
1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
- Nome:
- Recepcaoconceitonecropolitica_Silva_2023.pdf
- Tamanho:
- 665.29 KB
- Formato:
- Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível