CCS/HUOL - Residência Multiprofissional em Atenção Psicossocial

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  • TCC
    Evidências de validade da OMS-HC em profissionais residentes em saúde
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-16) Tavares, Antonia Andrelandia Jácome de Oliveira; Silva, Fábio Henrique Vieira de Cristo e; https://orcid.org/0000-0001-5188-0376; http://lattes.cnpq.br/5538481123174916; https://orcid.org/0000-0002-2270-0687; http://lattes.cnpq.br/9160156776322052; Carvalho, Maria Fernanda de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/5907115974180876; Nunes, Emerson Arcoverde; https://orcid.org/0000-0002-2001-4536; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482
    O estigma é um fenômeno social caracterizado por atitudes, crenças e estereótipos negativos direcionado ao sujeito ou grupos sociais, e pode provocar a discriminação, exclusão social e vergonha. No campo da saúde mental, o estigma contribui para produção de patologias ou agravo de transtornos já existentes. O outsider (aquele que se desvia das regras do grupo dominante) sofre estigma e violência, no qual impacta a saúde gerando sofrimento. Os profissionais de saúde assim como o público em geral, pode apresentar comportamentos estigmatizantes relacionados às pessoas com transtornos mentais, pois são expostos a crenças, cultura e socialização que reforçam a internalização do estigma. Dessa forma, esta pesquisa objetiva investigar evidências de validade da versão adaptada no Brasil da “Escala Opening Minds para Profissionais de Saúde” (OMS - HC) em amostra de residentes em saúde. Especificamente, os objetivos são: a) Descrever o perfil sociodemográfico dos participantes; b) Examinar a validade da OMS - HC por meio da análise da sua estrutura interna; c) Verificar a precisão da OMS - HC por meio do exame da consistência interna; d) Verificar possíveis relações estatísticas entre a percepção sobre a existência de estigma na instituição e a idade e o tempo de formação. e) Caracterizar possíveis diferenças sociodemográficas entre os participantes em relação à percepção sobre a existência de estigma na instituição (gênero, categoria profissional do residente, programa de residência, instituição de saúde, estado que realiza a residência). A pesquisa tem caráter exploratório com abordagem quantitativa. Participaram 108 profissionais residentes. Os instrumentos utilizados na coleta dos dados foi um questionário contendo perguntas sociodemográfico e a escala OMS-HC composta de 20 itens, cada item variando entre 1 = discordo plenamente e 5 = concordo totalmente. Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), no qual foi realizado análises descritivas e inferenciais, além do software FACTOR para a realização de análise fatorial exploratória (AFE) e avaliação dos indicadores de precisão a partir do alfa de Cronbach e ômega de McDonald. A maioria dos participantes (77,8%) é do gênero feminino, com uma média de idade de 26,86 anos (DP = 2,91). As categorias profissionais mais representadas foram enfermeiros (24,1%), médicos (20,4%) e psicólogos (16,7%). A maioria era residente multiprofissional (73,1%) e 54,6% estavam no primeiro ano de residência. A análise fatorial exploratória revelou um único fator para o estigma, com bons índices de consistência interna (Alfa de Cronbach = 0,79; Ômega de McDonald = 0,87). Este estudo encontrou uma correlação negativa significativa, embora fraca, entre o tempo de formação e a percepção de estigma. Além disso foram encontradas variações na categoria profissional, programa de residência e instituição de saúde que indicaram um impacto relevante, embora sem significância estatística. A escala OMS-HC, criada no Canadá e validada no Brasil, mostrou-se evidências adicionais de sua qualidade psicométrica de validade de construto e de precisão na medição do estigma entre profissionais de saúde em relação a pessoas com transtornos mentais. A pesquisa reforça a compreensão do estigma no contexto atual e favorece o uso da escala em outras instituições de saúde. Limitações e implicações práticas desses resultados são discutidos
  • TCC
    Formação 'no' e 'para' o trabalho do SUS: uma análise à luz da Política Nacional de Educação Permanente em saúde e da atenção psicossocial
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-04) Rocha, Miliane Pinheiro da; Souza, Ilka de Lima; Silva, Eliana Andrade da; Almeida Júnior, José Jailson de
    O presente trabalho trata-se de uma pesquisa científica de abordagem qualitativa. Utiliza o materialismo histórico crítico dialético de Karl Marx como fundamental para seu desenvolvimento. A metodologia utilizada compreende pesquisa bibliográfica, realizada através de análises de obras de autores, artigos e livros das áreas de educação e saúde. Também se caracteriza como análise documental através dos estudos nos periódicos de saúde coletiva, legislações e documentos que tangem a discussão da Educação Permanente em Saúde (EPS). Para o elaborarmos, tivemos como objetivo geral analisar como a Educação Permanente em Saúde contribui com reflexões acerca da indissociabilidade entre educação e saúde, bem como da urgência da formação ética, técnica e política conforme preconiza o SUS. E por objetivos específicos: identificar se e como vem sendo desenvolvidas propostas de educação permanente em saúde em hospitais universitários (HU); evidenciar a centralidade do papel da política nacional de educação permanente em saúde nessas instituições e analisar os desafios e potencialidades da intervenção da PNEPS quanto à formação de equipe multiprofissional na área de atuação da atenção psicossocial. Buscamos responder às seguintes questões norteadoras: como ocorre a formação da equipe multiprofissional em saúde no âmbito dos hospitais universitários? Como a EPS tem contribuído na formação multiprofissional em atenção psicossocial? A formação profissional tem utilizado um conceito ampliado sobre saúde? Logo, esta pesquisa tem como objeto de estudo a política nacional de educação permanente em saúde, tratando de uma análise de formação “no” e “para” o SUS, evidenciando a formação e ênfase na atenção psicossocial. Concluímos no estudo que a PNEPS tem potencialidade e efetividade em seus ciclos formativos nos âmbitos hospitalares, no entanto, vêm apresentando equívocos quando tem sido discutida sob um pressuposto de superação das desigualdades sociais em saúde através da atuação de uma equipe multiprofissional, sem operacionalizar o aprofundamento da discussão face à produção e reprodução do sofrimento e adoecimento humano (físico ou mental) sob modo de produção do capital. E que todos esses elementos reverberam a manutenção dos estigmas, preconceitos e resistência dessas equipes em atuar na área de atenção psicossocial.
  • TCC
    Perfil dos transtornos mentais relacionados ao trabalho no Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-05) Rolim, Débora Câmara; Barros, Wanessa Cristina Tomaz dos Santos; 0000-0002-1924-3278; http://lattes.cnpq.br/1499146101830829; 0000-0002-6910-7338; http://lattes.cnpq.br/9345891179547891; Oliveira, Luciane Paula Batista Araújo de; 0000-0003-1629-8991; http://lattes.cnpq.br/6856229797544372; Magalhães, Adriana Gomes; 0000-0002-0279-5930; http://lattes.cnpq.br/5918222264099117
    A reestruturação da economia, trouxe mudanças significativas nas relações de emprego e nos processos produtivos. Nesses contextos de trabalho, observam-se intensificação das exposições ocupacionais já habituais, com impacto na saúde física e mental, gerando um novo perfil de morbimortalidade. O objetivo deste artigo é descrever o perfil sociodemográfico e clínico dos transtornos mentais relacionados ao trabalho notificados no Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Foram utilizados os dados provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019 pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. Amostra de 204 adultos. Os dados foram extraídos entre agosto e outubro de 2023. Analisados por meio do software estatístico SPSS, versão temporária 25.0. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas (%), medidas de tendência central e de dispersão dos dados e teste Quiquadrado, para avaliar a associação entre as variáveis sendo adotado o nível de significância de 5%. Os transtornos mentais relacionados ao trabalho no Brasil, acometem mais as pessoas que são do sexo feminino (%), com faixa etária até 42 anos de idade (%), de cor parda (%), residentes na região Nordeste (%), estado civil solteiro (%). A maioria possui renda de até R$2.000,00 (%) e com ensino médio completo(%), que afirmam consumir bebida alcóolica(%),negam tabagismo(%) e não praticam atividades físicas(%). Sobre o trabalho, a maioria possui apenas um vínculo empregatício (%),em empresa privada(%), com carga horária de 31 a 45 horas semanais(%) e carteira assinada (%). Depressão (%) e a categoria “outros diagnósticos” (%) foram os mais presentes observados. A maioria não possuía plano de saúde (%) e apresentavam problemas com sono(%), disposição , interesse , apetite e humor (%) em mais das metades dos dias durante as últimas duas semanas. Conclui-se que se faz necessário o desenvolvimento de políticas públicas e ações destinadas a trabalhadores com sofrimento mental, para que sejam assistidos em sua integralidade, considerando aspectos biopsicossociais.
  • TCC
    Diferenças entre sexos no tratamento do Transtorno Bipolar em um hospital geral
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Cunha, Rayane Ribeiro da; Simoni, Ana Carolina Rios; https://orcid.org/0000-0001-9805-6966; http://lattes.cnpq.br/7427786733929741; https://orcid.org/0000-0001-8980-941X; http://lattes.cnpq.br/1245642788326781; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; https://orcid.org/0000-0002-5000-2915; http://lattes.cnpq.br/9681334300604531; Nunes, Emerson Arcoverde; http://lattes.cnpq.br/6535963043198482
    O transtorno bipolar é uma condição caracterizada pela presença de acentuada labilidade do humor que pode alternar entre episódios de depressão, mania ou hipomania, causando prejuízos no ambiente social dos indivíduos. Observa-se que existe uma ampla variabilidade clínica do transtorno bipolar, marcada tanto por desequilíbrios fisiológicos, como por processos psicossociais. Por sua natureza multifatorial, faz-se necessário um olhar abrangente sobre as variáveis intervenientes, dentre elas o sexo. Diante disso, esse estudo se propôs analisar as relações entre as variáveis sexo e diagnóstico, a partir da prevalência e dos tratamentos prescritos aos usuários diagnosticados com transtorno bipolar em um hospital universitário, através de dados sociodemográficos e clínicos disponibilizados nos prontuários. Os resultados da pesquisa demonstraram que o grupo feminino mostrou mais chances de apresentarem comorbidades clínicas e psiquiátricas, além de possibilidades diminuídas na ocorrência de reinternações e de fazerem uso de carbonato de lítio. Quanto à procedência, tanto o grupo feminino quanto o masculino são majoritariamente oriundos da zona norte e oeste de Natal, setores com maiores concentrações de vulnerabilidade da cidade. Os achados nos comunicam não somente o perfil de qual população mais acessa o serviço, mas qual população tem apresentado maior grau de vulnerabilidade no contexto analisado, indicando a necessidade de realização de outros estudos que tomem por objeto as relações entre os processos de vulnerabilidade e adoecimento mental na cidade de Natal na perspectiva da determinação social da saúde.
  • Artigo
    “COMO VOU VOLTAR PARA CASA E VER QUE NÃO TEM COMIDA E MESMO ASSIM FICAR BEM?”: a determinação social do sofrimento psíquico de mulheres internadas em leitos de saúde mental
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-09) Silva, Izabel Pereira da
    Este artigo objetiva analisar as expressões da determinação social do sofrimento psíquico de mulheres internadas na enfermaria de Saúde Mental do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Possui uma abordagem qualitativa, se fundamenta no método crítico dialético e para alcançar os objetivos propostos foi realizada uma ampla revisão bibliográfica, pesquisa documental em prontuários e diários de campo e a pesquisa de campo por meio da realização de 5 entrevistas semiestruturadas com mulheres internadas na referida enfermaria, cujas informações foram submetidas à Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016). Os resultados apontam que as condições de vida e de trabalho, assim como, o histórico de violência e negações de direitos humanos básicos vivenciados pelas mulheres são potencializadores do sofrimento psíquico e dos processos de adoecimento os quais vivenciam. Nesse sentido, é indispensável levar em consideração a análise sobre a determinação social da saúde, as condições objetivas e subjetivas de vida, as formas de enfrentamento às desigualdades sociais, fundamentando assim, as práticas de cuidado em saúde desenvolvidas pela equipe interprofissional da Unidade de Atenção Psicossocial do HUOL
  • TCC
    Atenção psicossocial ao primeiro episódio psicótico: revisão integrativa de experiências brasileiras
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-01) Soares, Laura Kyvia de Almeida; Alchieri, João Carlos; Soares, Walter Barbalho; Lira, Maíra Melo do Vale
    Introdução: Intervenções psicossociais com foco no Primeiro Episódio Psicótico (PEP) complementam e potencializam o tratamento farmacológico necessário, especialmente no que diz respeito a remissão dos sintomas e prevenção de recaídas. Entretanto, devido a escassez de estudos locais, os serviços de PEP do Brasil se organizam com base em pesquisas e diretrizes clínicas internacionais, de países com contextos socioeconômicos e culturais diversos. Objetivo: Identificar características psicossociais de pacientes e familiares que possam embasar intervenções específicas em PEP no contexto brasileiro. Método: Revisão integrativa realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed/Medline, LILACS, Scielo e PsycINFO. Foram considerados textos completos, publicados no período de 2001 a 2021, nos idiomas inglês, português e espanhol. Resultados: Foram encontradas 525 publicações. 54 foram selecionadas na íntegra e 23 foram compatíveis com os critérios de inclusão, que foram objetos de categorização, observando expressões de foco, âmbito e atendimento a familiares e pacientes. Discussão: Os achados trazem variáveis clínicas, culturais e sociodemográficas que devem ser levadas em consideração na prestação de cuidados para essa população e sua família, muitos deles divergentes dos achados internacionais, e com especificidades características. São discutidos e sugeridos novos estudos, nas diversas áreas do conhecimento e em diferentes cidades, para que os resultados possam ser mais representativos do cenário brasileiro.
  • TCC
    Depressão e violência em mulheres brasileiras: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-20) Silva, Juliana Barbosa; Barros, Wanessa Cristina T. dos Santos; http://lattes.cnpq.br/1499146101830829; 0000-0002-7761-7821; https://lattes.cnpq.br/0164575142208401; Oliveira, Luciane Paula Batista Araújo; http://lattes.cnpq.br/6856229797544372; Sá, Fernanda Diniz; http://lattes.cnpq.br/5158327085088787
    INTRODUÇÃO: A violência e a depressão geraram graves consequências, destacando- se o abandono da atividade laboral, a falta de ânimo para realizar as atividades, o isolamento social, o desenvolvimento ou agravo de problemas de saúde e a ausência de expectativas com o futuro. Apesar de menos dispendiosa do que outras doenças, a grande prevalência faz com que a depressão contribua significativamente para os custos em saúde. OBJETIVO: traçar o perfil de mulheres que tiveram relato de depressão e sua associação com a violência sofrida, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. MÉTODO: Trata-se de estudo transversal descritivo, que analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. A amostra do estudo, foi composta por 1857 mulheres, com idade maior ou igual à 15 anos. Os dados foram extraídos entre outubro e novembro de 2022. Os dados foram analisados por meio do software IBM SPSS v. 24.0 para Microsoft Windows®. A caracterização dos resultados foi apresentada em frequência simples e percentual. Foi realizado teste do qui-quadrado e regressão linear. RESULTADOS: O perfil das mulheres que sofrem de depressão no Brasil, são aquelas, em idade não fértil, de raça não branca, que moram com o companheiro, estudou até o ensino médio, sem trabalho remunerado, que pratica atividade religiosa uma vez ou mais por semana, e não possui plano de saúde. A associação entre o relato de depressão com a violência sofrida, observou-se maior prevalência na violência psicológica, seguida pela violência física e por fim a sexual. As variáveis dependentes com maior significância foram, o trabalho remunerado, como fator protetivo e a assistência a vitimas de agressão sexual, como fator de risco pata a depressão. CONCLUSÃO: experiências de violência podem gerar efeitos negativos sobre a saúde mental das mulheres, e a presença de depressão pode dificultar o rompimento do ciclo de violência e a capacidade de resolução de problemas nessas mulheres. Espera-se contribuir no debate da problemática.