PPGPSI - Mestrado em Psicologia
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Dissertação A potência dos restos nas narrativas de sujeitos dissidentes de gênero e sexualidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-24) Rêgo, Larissa Alves do; Simoni, Ana Carolina Rios; https://orcid.org/0000-0001-9805-6966; http://lattes.cnpq.br/7427786733929741; http://lattes.cnpq.br/6022998109646707; Kierniew, Janniny Gautério; Dantas, Cândida Maria Bezerra; Ricardo, Sofia FaveroA partir de uma memória inscrita no corpo, este trabalho emerge na direção ético-política de se opor ao discurso mortífero que acossa os corpos dissidentes de gênero e sexualidade. Se o encontro com a cisheteronormatividade produz sujeitos, nesta operação também se produzem restos que se registram como indizíveis e que portam uma potência de vida. A partir do diálogo e tensionamento entre a psicanálise e os estudos queer, propõe-se que os corpos dissidentes carregam as histórias das marcas do encontro com a normatividade, que podem ser visibilizadas e reconstruídas enquanto trabalho de memória. Assim, o objetivo deste trabalho foi co-construir narrativas singulares com sujeitos dissidentes de gênero e sexualidade de Natal/RN e seus acervos fotográficos pessoais. Apostou-se na fotografia como convite a uma reaproximação com os restos invisibilizados na história de um corpo dissidente. Neste sentido, foram co-construídas três narrativas, processo que visibilizou e permitiu nomear particularidades da escuta e da presença que se produziram nas experiências de co-construção. Com isso, propomos nomear as condições pelas quais uma escuta e uma presença parecem possibilitar ou inviabilizar o trabalho de reescrita dos restos no corpo. Uma presença alinhada aos ideais cisheteronormativos termina por reinserir o sujeito no circuito mortífero da normatividade, ao passo que uma presença vitalizante se produz no reconhecimento de que no resto há algo a ser reacendido, por um fio de narrativa que permite reconstruir a história e o corpo. Sugerimos que a pressa cisgênera insiste em tamponar as possibilidades de nomeação da vida na dissidência para defender-se das desestabilizações que um corpo dissidente provoca nos ideais normativos. Por fim, chegamos ao testemunho como trabalho ético-político da memória para disputar modos de subjetivação e atualizar as discursividades de gênero e sexualidade.Dissertação Abordagem clínica da atividade de trabalho do cozinheiro: interação de saberes, gênero profissional e inovação criativa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-08-12) Oliveira, Samid Danielle Costa de; Falcão, Jorge Tarcisio da Rocha; ; http://lattes.cnpq.br/9066230660650393; ; http://lattes.cnpq.br/0806311279245501; Silva, Claudia Osorio da; ; http://lattes.cnpq.br/9433900740589087; Bendassolli, Pedro Fernando; ; http://lattes.cnpq.br/1107978417272282A problemática geral desta dissertação é a exploração de atividades de trabalho desenvolvidas no contexto de ocupações profissionais caracterizadas por nível de escolaridade variável dentre aqueles que as exercem, e, ao mesmo tempo, grau de complexidade elevado no que diz respeito às tarefas típicas implicadas em tais práticas profissionais. Assim, esta dissertação se propôs a investigar a atividade de trabalho do cozinheiro, a partir dos dados de determinado gênero profissional em Natal (RN), buscando estabelecer aspectos relacionados não somente à atividade realizada (atividade que se manifesta empiricamente em comportamentos registráveis), mas também relacionados ao real da atividade de trabalho, que abarca igualmente as opções não-realizadas de encaminhamento da atividade profissional, seja por simples escolha, seja por impedimento da atividade. Nesse contexto, buscou-se, como objetivo geral, avaliar como a atividade de trabalho observada relaciona-se com as práticas de referência do gênero profissional, seja em termos de conformidade, seja em termos de inovação (estilização) em relação a este gênero, buscando verificar a contribuição dos saberes escolar e extraescolar para a prática profissional observada. Tal plano de trabalho comportou uma etapa preliminar de descrição do perfil socioprofissional de cozinheiro na cidade de Natal (RN), seguido da etapa de abordagem clínica do trabalho, cuja ferramenta metodológica utilizada foi o procedimento de autoconfrontação cruzada - norteada pelo referencial teórico francófono da Clínica da Atividade. A etapa de descrição do perfil do cozinheiro de Natal (RN), da qual participaram 138 cozinheiros, evidenciou três agrupamentos de profissionais, todos predominantemente masculinos em sua composição e diferenciados entre si fundamentalmente pelo tempo de inserção profissional, tipo e tempo de escolarização, local de trabalho e faixa salarial. A etapa de abordagem clínica, composta por uma dupla de cozinheiros, permitiu verificar elementos de conformidade dos cozinheiros ao gênero profissional, mas simultaneamente evidências de inovação individual (estilização) por parte desses cozinheiros, bem como a predominância de utilização de saberes extraescolares quando comparados ao saberes escolares. Buscou-se nessa etapa demonstrar o quanto a dinâmica da inclusão e submissão ao gênero, concatenada com as iniciativas de estilização, puderam contribuir para a manutenção e ampliação do poder de agir dos cozinheiros em sua prática profissional.Dissertação Abordagem clínica da atividade profissional no Centro de Referência Especializada para População em Situação de Rua (Centro Pop)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-20) Oliveira, Vitor Alexander Cortez de; Falcão, Jorge Tarcisio da Rocha; http://lattes.cnpq.br/9066230660650393; http://lattes.cnpq.br/3070572541523039; Lima, Fellipe Coelho; http://lattes.cnpq.br/5116689205242979; Torres, Tatiana de Lucena; http://lattes.cnpq.br/2310895002206004A presente dissertação de mestrado foi direcionada aos trabalhadores, assistentes sociais e psicólogos do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) órgão que compõe o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O objetivo do estudo é coanalisar a atividade laboral dos trabalhadores psicólogas(os) e assistentes sociais do Centro Pop, buscando abordar o referenciamento do gênero e o poder de agir desses trabalhadores, assim como realizar um estudo das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores deste serviço. O referencial teórico é proveniente da Clínica da Atividade e da Ergonomia da Atividade. Como método, a pesquisa foi dividida em duas partes: na etapa clínica foi utilizada a técnica de Instrução ao Sósia (IaS), na busca de acesso a atividade dos trabalhadores; na etapa quantitativa foi empregado o instrumento psicológico ITRA- Inventário sobre Trabalho e Riscos de Adoecimento- com a finalidade de levantar as Condições de Trabalho e Saúde dos trabalhadores. Os resultados da etapa clínica apontam uma variada quantidade de impedimentos ao poder de agir dos trabalhadores, notadamente em termos da ausência de suporte intersetorial. Foram feitas duas IaS; a primeira propôs como foco problemas de gestão do espaço cotidiano, devido aos conflitos; a segunda voltou-se para disputas/desentendimentos no serviço; como aspectos favorecedores do poder de agir, verificou-se o vínculo com o usuário do serviço. Na etapa quantitativa, contando com dados oriundos de 38 participantes verificou-se importância explicativa, em procedimento de clusterização, para as seguintes variáveis: Custo Cognitivo, Custo Afetivo, Condições de Trabalho e Organização do Trabalho. Foram evidenciados ainda elementos de precarização e risco de adoecimento no trabalho do Centro Pop. As etapas dialogam entre si, sugerindo aspectos de limitação do poder de agir do profissional, referenciamento do gênero profissional de forma incipiente, e condições de trabalho que oferecem risco à saúde dos profissionais. O presente estudo aponta para a necessidade de uma política de valorização do trabalhador do SUAS, maior articulação entre as políticas intersetoriais e melhorias nas condições de trabalho para psicólogos e assistentes sociais.Dissertação O aborto provocado como uma possibilidade na existência da mulher: reflexões fenomenológico-existenciais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-08-20) Reboucas, Melina Séfora Souza; Dutra, Elza Maria do Socorro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767284P4&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/4063229908259946; Sá, Roberto Novaes de; ; http://lattes.cnpq.br/5093366488220824; Azevedo, George Dantas de; ; http://lattes.cnpq.br/1088076378928302O aborto provocado é um tema bastante polêmico e estigmatizado, sendo alvo de muitas críticas e discussões, principalmente no que se refere aos aspectos legais, bioéticos e religiosos envolvidos. No Brasil, o aborto é considerado um grave problema de saúde pública, sendo um dos maiores causadores de morte materna devido à sua criminalização. A mulher que provoca um aborto não é bem vista pela sociedade, uma vez que a maternidade, cultural e historicamente, lhe foi imposta como destino. O nosso principal objetivo é compreender, a partir da perspectiva fenomenológico-existencial, a experiência singular dessa mulher que provocou o aborto. O presente estudo é um desdobramento de uma pesquisa mais ampla da USP em parceria com a UFRN. As nossas participantes foram mulheres que deram entrada em uma maternidade da cidade de Natal com diagnóstico de abortamento e, dentre estas, as que relataram ter provocado o aborto. Ao todo, cinco mulheres foram entrevistadas. O método utilizado foi a hermenêutica fenomenológica. A pesquisa revelou que a experiência do aborto é uma possibilidade que permeia a existência da mulher, sendo compreendido como uma escolha. Escolha essa perpassada por muito sofrimento, na medida em que a mulher se posiciona contra tudo o que lhe foi ensinado e destinado culturalmente. O sentimento que mais vem à tona nessa experiência, confirmando a revisão de literatura, é a culpa. O aborto também se mostrou como uma experiência de desamparo e solidão, devido à falta de apoio da família e do parceiro. Também foi revelado que o aborto se deu, em grande parte, pelo desejo de dar continuidade aos projetos futuros, inclusive o exercício da maternidade dentro do que consideram ideal para a chegada de um filho, isto é, a constituição de uma família alicerçada num relacionamento estável. No que refere ao atendimento prestado pelos profissionais de saúde a essas mulheres, revela-se a necessidade de uma reestruturação da lógica de funcionamento do SUS para que estas tenham direito a saúde de forma integral. Essa experiência também fez as mulheres reverem os significados que tinham em relação ao aborto, bem como os seus projetos de vidaDissertação Acessibilidade aos espaços urbanos :uma dimensão psicológica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-05-19) Araújo, Rosineide Gomes de; Pinheiro, José de Queiroz; ; http://lattes.cnpq.br/5503576309484010; ; Marques, Sônia Maria de Barros; ; http://lattes.cnpq.br/7167281638334139A discussão acerca da acessibilidade aos espaços urbanos ultrapassa os limites físicos normalmente abrangidos pelos conhecimentos técnicos de arquitetos e engenheiros, pois é necessário que as pessoas saibam que podem chegar a esses locais e usá-los. Os idosos, uma parcela da população que está aumentando mundialmente, fazem parte do grupo de usuários que podem apresentar dificuldades para a utilização dos espaços. Esta investigação documenta e analisa como as pessoas idosas percebem a acessibilidade da sua cidade. O estudo foi realizado em dois bairros da zona leste de Natal/RN, Alecrim e Rocas, de grande concentração de idosos. Em cada bairro, foram entrevistados 12 idosos (seis homens e seis mulheres), na faixa etária de 60 anos e acima. A estratégia multi-métodos empregada, coerente com o caráter interdisciplinar da área, envolveu entrevista semi-estruturada, que incluiu elaboração de desenhos, manipulação de mapas e reconhecimento de fotografias. A avaliação do que se designou acessibilidade psicológica levou em conta o papel dos aspectos físicos e simbólicos do espaço urbano, bem como a inserção social, espacial e histórica daqueles bairros na determinação desse processo. Com relação ao gênero, os homens se mostraram mais convencionais e as mulheres mais detalhistas, estas apresentando uma maior facilidade em assumir o papel do outro sexo. Em geral, os idosos se identificaram mais com o próprio bairro do que com a cidade. Para eles era possível imaginar o futuro da cidade e do bairro, mas sem incluir a presença deles próprios, principalmente no caso dos mais velhos, um dos fatos que evidencia a dissociação entre pessoa e ambiente, preocupação central ao se considerar uma perspectiva de sustentabilidade urbanaDissertação Os acidentes de trabalho e os valores humanos em operadores de uma fábrica de calçados(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-09-13) Oliveira, Karen Fantine Silva Souza de; Borges, Lívia de Oliveira; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785961E6; ; http://lattes.cnpq.br/0789617020238445; Gouveia, Valdiney Veloso; ; http://lattes.cnpq.br/6960379064948678; Sousa, Washington José de; ; http://lattes.cnpq.br/2387611219688981O presente estudo analisa a relação entre os acidentes de trabalho e os valores humanos. Foi desenvolvido com uma amostra de 156 operadores de uma fábrica, através da aplicação de questionários estruturados. Os dados foram submetidos a análises quantitativas (por exemplo, análises das distribuições de freqüência, teste t e qui-quadrado). Verificou-se que 27 funcionários que preencheram os questionários sofreram acidentes de trabalho. Os resultados apontam que não há diferenças significativas entre os valores daqueles que sofreram acidentes e os que não sofreram. Os participantes apresentaram uma hierarquia de valores diferente de outras amostras pesquisadas nos Brasil. Constataram-se diferenças de freqüência de acidentes por setores da empresa. Verificou-se, então, que, a ocorrência dos acidentes de trabalho não está associada aos valores, mas mais provavelmente às condições de trabalhoDissertação As ações das equipes volantes dos Centros de Referência de Assistência Social no Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-05-27) Nascimento, Marília Noronha Costa do; Oliveira, Isabel Maria Farias Fernandes de; ; http://lattes.cnpq.br/6077243255728600; ; http://lattes.cnpq.br/0838031066211333; Oliveira, Iris Maria de; ; http://lattes.cnpq.br/8333033656600950; Alberto, Maria de Fátima Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/5329252433928179A compreensão da Assistência Social como política pública tem como um dos principais pressupostos o princípio da territorialização, que significa o reconhecimento de que as particularidades do território fazem diferença no manejo da política. Para operacionalizar esse e outros princípios, a Política Nacional de Assistência Social organiza-se no Sistema Único da Assistência Social (SUAS) que, por sua vez, hierarquiza-se em proteção social básica e especial. A organização da proteção social básica é de responsabilidade dos CRAS, cujo objetivo é atuar no âmbito da prevenção de riscos sociais por meio do desenvolvimento de potencialidades e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Em contextos em que o território possui grande extensão, espalhamento, difícil acesso e ou presença de populações tradicionais, como comunidades indígenas e quilombolas, Equipes Volantes são implantadas para compor a equipe dos CRAS. No Rio Grande do Norte, essas equipes estão presentes em municípios de pequeno porte e próximas a áreas rurais, onde estão os grandes focos da pobreza extrema. Diante dessa realidade, o objetivo geral desta dissertação foi investigar como as ações das equipes volantes de CRAS respondem às demandas de seus territórios de abrangência no Rio Grande do Norte. Para isso, foram mapeadas todas as equipes volantes existentes e em funcionamento no estado e, em seguida, realizadas oito entrevistas semiestruturadas com equipes atuantes em sete municípios de pequeno porte do RN. As informações foram sistematizadas e agrupadas em categorias gerais para análise qualitativa do conteúdo textual, na tentativa de apreender a realidade investigada em sua totalidade e processualidade. Os resultados apontam que as equipes volantes investigadas ainda são recentes no estado, compostas predominantemente por assistentes sociais, mas profissionais da psicologia e pedagogia também fazem parte de algumas delas. De um modo geral, diante da recenticidade, da falta de infraestrutura e da quantidade de comunidades rurais espalhadas pelos territórios, a presença das equipes nas áreas rurais se torna esporádica e acaba por fragilizar a continuidade das ações. Aliado a isso, o conhecimento das profissionais sobre a realidade dos territórios ainda aparenta ser precário, pois a busca pelas demandas e necessidades das famílias não é sistemática e organizada. Por outro lado, foi possível identificar que algumas equipes realizam estratégias e ações que buscam romper com os limites existentes e com as práticas assistencialistas tradicionais, promovendo articulação com organizações comunitárias, movimentos sociais e outros equipamentos sociais que estão mais próximos às famílias.Dissertação Ações de cuidado nas relações intrageracionais em crianças em acolhimento institucional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-08-04) Scipião, Ingryd Cintya Augusto Machado; Francischini, Rosângela; ; http://lattes.cnpq.br/8215665927399376; ; http://lattes.cnpq.br/3247683424045040; Souza, Leonardo Lemos de; ; http://lattes.cnpq.br/6444203522447403; Fernandes, Natália; ; http://lattes.cnpq.br/0347128986960373De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) as crianças e adolescentes são concebidos como sujeitos de direitos, com prioridade absoluta e em condição peculiar de desenvolvimento. Assim, uma vez violados ou ameaçados esses direitos, serão aplicadas medidas de proteção. No âmbito dessas medidas é proposta, no referido Estatuto, a medida de acolhimento institucional, de caráter transitório e excepcional. Ao ser afastada do convívio familiar e comunitário e acolhida em uma instituição, a criança é inserida em um novo contexto de desenvolvimento, portanto, com novas pessoas, novos espaços, novas relações. Segundo a Psicologia Sócio-Histórica, suporte teórico deste estudo, cada contexto de socialização apresenta demandas específicas que influenciam no desenvolvimento da criança e a subjetividade é constituída a partir das relações que o sujeito estabelece em cada um deles. Esses contextos trazem para ela desafios e propostas às quais ela tem que responder. Considerando, então, que é na relação com o outro que o sujeito se constitui, as interações estabelecidas no período de acolhimento serão de suma importância para a criança. Dentre essas interações, podemos citar as situações que envolvem aspectos do desenvolvimento moral, mais especificamente, aquelas em que comparece (ou não) o exercício das virtudes. Da intercessão entre essas ações podem surgir, então, ações de cuidado para além daquelas que envolvem o suprimento de uma necessidade emergente. O objetivo deste trabalho é investigar a presença de relações cotidianas permeadas por ações de cuidado entre as crianças em acolhimento institucional. Para o seu alcance participaram três crianças, com três anos de idade, em medida de acolhimento institucional. A pesquisa tem caráter qualitativo e o procedimento para construção do corpus foi, principalmente, a observação participante. Procedimentos com vídeo e livros de história também foram utilizados como complementares. A análise do corpus deu-se através da Análise de Conteúdo Temática; os episódios foram agrupados em categorias de análise pré e pós-estabelecidas. As pré-estabelecidas foram ações de cuidado, ações de cuidado relacionadas com o cuidado para com o corpo, ações de cuidado relacionadas a aspectos sócio afetivos e ações de cuidado relacionadas ao cuidado do corpo e aspectos sócio afetivos, simultaneamente. As duas categorias pós-estabelecidas foram desmembramentos das anteriores, denominadas ações de cuidado desenvolvidas na interação criança-criança, sem intervenção de um adulto, e ações de cuidado desenvolvidas na interação criança-criança, com intervenção direta da educadora. As análises indicaram que na interação cotidiana entre as crianças acolhidas, elas identificam as necessidades físicas e sócio afetivas umas das outras, e se dispõem a supri-las da maneira que lhe for possível, acentuando a importância da brincadeira e os momentos lúdicos como mediadores nessas interações. As ações de cuidado observadas são pautadas em conceitos e interpretações formulados pelas próprias crianças a partir de suas experiências e em grande parte, remetem ao cuidado materno. A condição de estarem afastadas do convívio familiar pode ser um elemento que possibilita essas ações. Por fim, reafirma-se a importância de conceber a instituição de acolhimento enquanto espaço de socialização e de cuidado. Decorre a importância de se valorizar e fortalecer os aspectos positivos que se apresentam nas relações estabelecidas pelas crianças nesse contexto, incluindo as ações de cuidado, objeto desta pesquisa, que são constituintes da subjetividade dessas crianças.Dissertação As ações em saúde mental nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-12-20) Felix, Shenia Maria Felicio; Oliveira, Isabel Maria Farias Fernandes de; ; http://lattes.cnpq.br/6077243255728600; ; http://lattes.cnpq.br/2167777543528282; Pichelli, Ana Alayde Werba Saldanha; ; http://lattes.cnpq.br/3894708493299308; Dantas, Cândida Maria Bezerra; ; http://lattes.cnpq.br/8181024208435709A Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), regulamentada pela portaria Nº 2488 de outubro de 2011 reafirma a Estratégia de Saúde da Família (ESF) como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da atenção básica à saúde no Brasil; para isso, os municípios, com cooperação dos demais entes federativos, devem reorientar seu processo de trabalho aprofundando os princípios, diretrizes e fundamentos da Atenção Básica (AB). Além da ESF, a nova PNAB dispõe sobre os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), reafirmando seu papel de ampliar o escopo das ações da atenção básica, e de sua resolutividade, ratificando seu caráter de compartilhar saberes e de ser apoio junto aos profissionais da AB. Frente a isso, o objetivo deste trabalho é investigar como o Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF está estruturado em João Pessoa e quais as ações por ele desenvolvidas no âmbito da Saúde Mental, e tem como objetivos específicos: analisar as práticas desenvolvidas pelos profissionais de Saúde Mental que compõem as equipes NASF e se elas se diferenciam das realizadas pelos demais membros das equipes; discutir a articulação do NASF na operacionalização das ações em saúde mental, no que se refere a sua organização interna e na rede de saúde municipal; e identificar as estratégias utilizadas para organização das ações em saúde mental na Atenção Básica. Para o alcance dos objetivos, foram realizadas entrevistas individuais com duas gestoras municipais e quatro trabalhadoras do NASF que participavam do colegiado de saúde mental como representantes dos seus distritos sanitários, além disso, foi realizado um grupo focal com diferentes apoiadores NASF, contemplando a diversidade de categorias profissionais que trabalham nas equipes e nos diferentes distritos sanitários. Foi possível identificar no NASF em João Pessoa, uma organização pautada pelo apoio matricial na qual as demandas da gestão e do cuidado assistencial refletem um conjunto de práticas desenvolvidas junto às ESF. Dentre as ações realizadas pelo NASF, e no âmbito da saúde mental, destaca-se o matriciamento, as visitas domiciliares e o Projeto Terapêutico Singular; essas atividades foram descritas e dialogadas no grupo focal e faz parte do cotidiano de trabalho de todos dos apoiadores do NASF, independente de sua categoria profissional. Com vistas ao fortalecimento da AB frente à ampliação das ações das equipes de saúde da família, o NASF se apresenta como uma potente estratégia de qualificação e apoio no SUS.Dissertação O acolhimento como promoção da saúde entre pacientes com câncer(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-10-24) Bragança, Andréa Thomé Netto Machado; Traverso-yépez, Martha Azucena; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703134T0; ; http://lattes.cnpq.br/0887303991805212; Bucher, Júlia Sursis Nobre Ferro; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727633U3&dataRevisao=null; Germano, Raimunda Medeiros; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721938D8O câncer é uma enfermidade que acomete pessoas originárias de todas as partes do mundo, de qualquer sexo, etnia ou nível social. Embora já não seja necessariamente fatal, ter a doença e tratar-se dela acarreta às pessoas sofrimentos de ordem física, emocional ou social, especialmente para uma parcela da população que dispõe de poucos recursos financeiros. Tem havido a percepção da necessidade de que o atendimento do paciente com câncer não se restrinja aos cuidados médicos, mas que haja uma equipe multidisciplinar favorecendo que o paciente seja tratado de forma integral, procurando ir além da doença, considerando-se todos os aspectos implicados no processo de adoecimento. Cada pessoa tem uma forma singular de adoecer e estar saudável, o que é perceptível pelo sentido que atribui a eventos que vivencia. O ponto de partida da pesquisa foi o contato com um trabalho denominado grupo de acolhimento , desenvolvido na LIGA Norte Riograndense contra o câncer por uma equipe multidisciplinar. O objetivo é delinear a forma como as pessoas significam o acolhimento que recebem, bem como estudar os processos de produção de sentido relativos a esse acolher e à experiência da doença. Considerando-se a singularidade desse processo, trabalhou-se com entrevistas semi-estruturadas, realizadas individualmente com nove pacientes das clínicas de quimioterapia e mama, que passaram pela experiência do grupo de acolhimento, abordando o adoecer, o tratamento, o acolhimento e as ressignificações (ou não) após todo este processo. Elegeu-se como foco de análise os processos de significação e produção de sentido destes atores sociais através de suas práticas discursivas, abordados de acordo com os seguintes eixos temáticos: a experiência do câncer, o acolhimento e ressignificando a vida (a recuperação). No decorrer da pesquisa percebeu-se que o acolhimento possui uma dimensão mais ampla, indo além do momento de realização do grupo e também não restrito aos profissionais de saúde propriamente ditos, sendo importante para que se possa tratar cada paciente de modo que seu atendimento lhe traga o maior benefício possível. Foi verificada a importância do apoio de outros atores sociais como familiares, amigos e vizinhos, também como forma de acolhimento, bem como o suporte de uma crença religiosa, citada por todos os entrevistados. Um fator também relevante foi a capacidade de recuperação demonstrada por oito dos nove entrevistados, perceptível por alterações na forma de se relacionar com os outros, por modificações em seus valores, pelos comportamentos ou pela sabedoria adquirida. Vislumbramos a possibilidade de que essa estratégia possa vir a fazer parte do cotidiano de mais instituições de atenção ao paciente de câncer, de modo a evitar ou ao menos minimizar sofrimentosDissertação Acolhimento institucional e desenvolvimento moral: a generosidade em crianças de quatro a seis anos de idade em situação de abrigo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-04-09) Cabral, Clariana Morais Tinôco; Francischini, Rosangela; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761536A6&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/7994180766914199; Macedo, Lino de; ; http://lattes.cnpq.br/5836810763379112; Leite, Jáder Ferreira; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700150A5&dataRevisao=nullEsta pesquisa tem como proposta central verificar como a virtude generosidade, considerada aqui como um dos aspectos importantes do desenvolvimento moral na criança, se apresenta em crianças de quatro a seis anos de idade em situação de acolhimento institucional. Para tanto, agregou-se aos conhecimentos em psicologia do desenvolvimento humano, mais especificamente Jean Piaget e seus colaboradores mais contemporâneos, conhecimentos filosóficos, com ênfase em Immanuel Kant e Aristóteles. A pesquisa realizou-se em um serviço de acolhimento institucional do município de Natal/RN, nos períodos de fevereiro a maio de 2009, a qual é responsável por oferecer cuidado a crianças de zero a seis anos. Foram utilizados como procedimentos: o jogo de regra Brincadeira da memória ; a história infantil Briga de uma nota só ; e observações do cotidiano da instituição. A análise do corpus se deu por meio do método de Análise de Conteúdo Temática. No geral, nas observações do cotidiano as crianças se apresentaram mais cooperativas e generosas do que nos procedimentos ministrados, principalmente quando estava em questão o bem-estar do outro. O dever, perspectiva kantiana, foi superado pelo sumo bem aristotélico, classificado como ato generoso de proporcionar ao outro aquilo que não está afixado como direito, no entanto, garantido por solidariedadeDissertação "Aconchego do Lar": desvelando o acolhimento familiar no RN(2018-02-06) Jacobina, Laís Fernandes; Paiva, Ilana Lemos de; ; ; Melo, Symone Fernandes de; ; Pinheiro, Ângela de Alencar Araripe;Como alternativa formal de defesa dos direitos do público infantojuvenil, o Serviço de Acolhimento Familiar (SAF) surge pela necessidade de prevenir-se o encaminhamento de crianças e adolescentes a instituições, logo, encontra-se inserido em um processo de reformulação da política de proteção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Nesse contexto, o município alvo desta pesquisa é pioneiro na implantação do serviço no Rio Grande do Norte (RN). Assim, discute-se a inserção do SAF na rede socioassistencial do município, sob a perspectiva dos atores envolvidos em seu funcionamento: equipe técnica, coordenador, famílias (acolhedora e de origem), criança acolhida, Conselho Tutelar, Promotor de Justiça e Juiz. A partir de entrevistas semiestruturadas, foi realizada uma análise acerca das concepções destes atores sobre o SAF, do papel que exercem, buscando compreender como se deu o processo de implantação do SAF e se ele é considerado uma alternativa de cuidados à população infantojuvenil. A partir da leitura do material coletado, depreenderam-se três eixos de análise preponderantes: I - Concepções sobre o SAF; II - Papel desempenhado no SAF e III – O SAF no contexto local. O estudo mostra que o acolhimento familiar é considerado uma interessante alternativa de atendimento às crianças e adolescentes do município, embora ainda existam dificuldades quanto ao público adolescente. Foi ressaltada a atenção individualizada e a afetividade no convívio entre a criança/adolescente e a família acolhedora, em um ambiente familiar, o qual foi considerado mais salutar que o institucional. Todavia, a inserção do SAF na rede socioassistencial, tem sido vivenciada com reservas por alguns atores, havendo ainda um caminho a ser percorrido para alcançar a solidificação desse serviço na rede, pois ainda existem desafios a serem vencidos, como, dentre outros, maior disseminação de informações sobre o SAF na região, e consequente crescimento do cadastro de famílias acolhedoras.Dissertação Adaptação e validação da escala de dependência de exercício físico em versão tradicional e informatizada(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-07-27) Oliveira, Isabel Cristina Vasconcelos de; Alchieri, João Carlos; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790051D1&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/5840543201441999; Gouveia, Valdiney Veloso; ; http://lattes.cnpq.br/6960379064948678; Antunes, Hanna Karen Moreira; ; http://lattes.cnpq.br/1464519773053362Embora traga benefícios físicos e psicológicos, a prática excessiva de atividade física poderia ser ou desencadear um comportamento compulsivo, tornando o indivíduo dependente deste. Em uma discussão paralela, cita-se a informatização de instrumentos de medida em Psicologia, que se, por um lado, reflete o pleno desenvolvimento da informática e aplicabilidade desta para outras áreas, por outro evidencia também paradoxalmente pouco avanço da mesma no campo da Avaliação Psicológica. Nesta perspectiva, o presente estudo visa adaptar para o contexto nacional a Escala de Dependência de Exercício (EDS-R), em duas versões (papel-e-lápis e informatizada), bem como verificar evidências de validade fatorial, convergente e consistência interna de cada versão e compará-las entre si. Propõe-se, ainda, a observar a relação de algumas variáveis bio-demográficas (gênero, idade, frequência, duração e intensidade com que pratica exercício) na dependência de exercício físico (DEF). Para tanto, 709 praticantes de atividade física regular, selecionados por procedimentos de amostragem não-probabilística e acidental, responderam a versão adaptada da EDS-R, a Escala de Satisfação com a Aparência Muscular (MASS), a Escala de Modificação Corporal (BMS) e questionário sócio-bio-demográfico, analisados por meio de Análise Fatorial Exploratória, cálculo do Alfa de Cronbach e testes inferenciais não paramétricos. Tanto a versão tradicional como a informatizada apresentaram uma estrutura de sete fatores, explicando 57 e 62% da variância compartilhada, respectivamente, assim como Alfas de Cronbach de 0,83 e 0,89. Os fatores foram: (1) intencionalidade, (2) continuidade, (3) tolerância, (4) redução de outras atividades, (5) falta de controle, (6) abstinência e (7) tempo gasto em exercício. Foram observadas relações positivas entre a Dependência de Exercício e as variáveis idade, prática de dietas, consumo de suplementos alimentares e medicamentos para alteração de massa corporal, desejo de fazer cirurgia plástica e satisfação corporal. Observou-se, ainda, uma correlação positiva entre a DEF e a frequência, duração e intensidade com que se pratica exercício, bem como com o fator Dependência em malhar da MASS, indicando, assim, validade convergente da EDS-R. Por fim, quanto às comparações entre as duas versões de coleta, estas foram equivalentes, com poucas alterações, tendo a versão informatizada atingido escores mais elevados de DEF. Com base em tais resultados, pode-se concluir que a EDS-R apresenta evidências de validade fatorial, convergente e consistência interna para identificação da Dependência de exercício físico nas versões tradicional e informatizada, bem como está relacionada a ações empregadas para modificação corporal e comportamentos voltados para o exercício. Por fim, constatou-se uma equivalência entre as versões tradicional e informatizada, sobretudo nos parâmetros psicométricos estrutura fatorial e índices de consistência interna, sugerindo, portanto, uma viabilidade de avaliações informatizadas. No entanto, observou-se que a coleta informatizada possui estratégias de recrutamento um pouco mais limitadasDissertação Adaptação e validação da escala de motivação à prática de atividades físicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-03-11) Gonçalves, Marina Pereira; Alchieri, João Carlos; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790051D1&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/3902132745229931; Gouveia, Valdiney Veloso; ; http://lattes.cnpq.br/6960379064948678; Liparotti, João Roberto; ; http://lattes.cnpq.br/2873583959958612O estudo da motivação para a prática de atividades físicas é relevante no sentido de viabilizar possíveis estratégias de intervenção junto à população sedentária. Desta forma, a presente dissertação objetiva adaptar e validar para o contexto brasileiro a Escala de Motivação à Prática de Atividades Físicas (Motives for Physical Activity Measure Revise MPAM-R). Buscase ainda verificar a média dos participantes nos motivos estudados em decorrência de algumas variáveis sócio-demográficas: idade, gênero, IMC (Índice de Massa Corporal), tipo de atividade física; forma de praticar e o tempo de prática. A atividade física (AF) é definida como todo movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, que resulte em um gasto energético maior do que os níveis de repouso. Entretanto, no presente estudo considera-se a motivação para dois tipos de AF: os exercícios físicos e os esportes. Toma-se por base a Teoria da Auto- Determinação (TAD) que tem sido utilizada no contexto esportivo e serviu de fundamentação teórica ao desenvolvimento da MPAM-R. Para atingir os objetivos propostos, foram realizadas traduções da escala original em inglês para o português. Em seguida, realizou-se a análise semântica e a análise dos juízes. Para a realização da análise empírica dos itens, contou-se com a colaboração de 309 praticantes de AF, classificadas em exercícios físicos e esportes, com idades entre 16 e 74 anos (M = 35 anos; DP = 14,11), distribuídos eqüitativamente quanto ao sexo. Estes responderam a versão final em português da MPAM-R e questões sócio-demográficas. Os dados foram coletados na cidade do Natal/RN, abordando as pessoas em locais onde se pratica AF e assegurando-lhes o caráter voluntário e confidencial de suas respostas. Os resultados obtidos indicaram que foi confirmada a existência de cinco fatores no instrumento final, que ficou formado por 26 itens apresentando os seguintes índices estatísticos: x² (289) = 757,75, p < 0,000, x²/gl = 2,62; GFI = 0,83, AGFI = 0,80 e RMSEA = 0,07. A escala total apresentou consistência interna (Alfa de Cronbach) de 0,90, sendo os índices específicos de cada fator também considerados satisfatórios: Diversão (α = 0,88), Saúde (α = 0,84), Aparência (α = 0,79), Competência (α = 0,85) e Social (α = 0,75). Observou-se que, no geral, os participantes deste estudo praticam AF mais por questões de Saúde. Verificando-se uma maior média no fator Saúde para mulheres e idosos; maior média no fator Aparência para os praticantes de exercícios e, finalmente, maior média no fator Social entre aqueles que praticam AF acompanhados. Concluise que a MPAM-R apresenta parâmetros psicométricos satisfatórios, podendo ser utilizada em pesquisas futuras. Ademais, sugere-se a realização de novos estudos que considerem outras variáveis em busca de melhor compreender a motivação para a prática de AFDissertação Adaptação transcultural para o português (Brasil) do instrumento Kidcope(2017-01-30) Pereira, Hedyanne Guerra; Maia, Eulalia Maria Chaves; ; http://lattes.cnpq.br/2021670670663453; ; http://lattes.cnpq.br/4856962067764334; Calvo, Bernardino Fernandez; ; http://lattes.cnpq.br/4082400623552153; Oliveira, Luciana Carla Barbosa de; ; http://lattes.cnpq.br/9664507110577422Introdução: O estudo do enfrentamento de situações estressoras na infância é considerado importante, visto que ao longo dessa etapa do desenvolvimento, a criança aprende as modalidades básicas da existência humana, que influenciam na forma com que ela se relaciona com o mundo e integra suas experiências. Nesse contexto, a literatura enfatiza a necessidade de aprofundar a potencialidade de medidas de enfrentamento infantil baseadas no autorrelato. Diante disso, considera-se oportuno disponibilizar versões brasileiras de ferramentas advindas de investigações bem estabelecidas em outras culturas, como o instrumento Kidcope, medida de autorrelato, que investiga estratégias de enfrentamento utilizadas por crianças e adolescentes de 7 a 12 anos em situações estressoras. Objetivo: Adaptar transculturalmente o Kidcope para o Português (Brasil). Método: Pesquisa metodológica, transversal. Realizou-se equivalência conceitual e de itens, semântica e operacional entre o instrumento original e a versão brasileira; e a equivalência de mensuração. Resultados: Evidenciou-se boa equivalência conceitual e de itens, além de semântica, entre os itens do instrumento original e das retrotraduções, sobretudo quanto à díade T2 – R2. Quanto à equivalência operacional, foram incluídas 33 crianças, que avaliaram o instrumento como adequado e compreensível. Na de mensuração, participaram 150 crianças, com média de idade de aproximadamente 9 anos. Verificou-se que as estratégias mais utilizadas são as de enfrentamento ativo e de evitação, consideradas mais eficazes pelos participantes. Por meio do Alfa de Cronbach, constatou-se valor 0,315 de consistência interna para os itens do Kidcope. Conclusão: Apesar das limitações relacionadas à baixa confiabilidade do instrumento, considera-se que ele cumpre o objetivo a que se propõe. Configurando-se como um instrumento de rastreio de estratégias de enfrentamento de crianças e adolescente diante de situações estressoras, tanto em contextos clínicos quanto de pesquisa.Dissertação Adaptação transcultural para o Português/Brasil do instrumento vulnerability to abuse screening scale (VASS)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-05-30) Maia, Rodrigo da Silva; Maia, Eulália Maria Chaves; ; http://lattes.cnpq.br/2021670670663453; ; http://lattes.cnpq.br/1734687878822841; Dias, Cristina Maria de Souza Brito; ; http://lattes.cnpq.br/3528859018436620; Torres, Tatiana de Lucena; ; http://lattes.cnpq.br/2310895002206004Esse trabalho objetivou promover a adaptação transcultural para o Brasil da VASS. Os passos para adaptação transcultural seguirão a proposta de operacionalização alicerçado na apreciação de diferentes tipos de equivalência: a conceitual e de itens, a semântica e a de mensuração. Para alcançar as duas primeiras etapas utilizou-se as técnicas de tradução e retrotradução associada ao procedimento intitulado Painel de Especialistas. Para o pré-teste e verificação de equivalência de mensuração, aplicou-se o questionário com uma população de 30 e 66 idosos, respectivamente. Para as análises dos resultados foi utilizada a estatística descritiva e inferencial, em especial o KR-20, teste T de student, correlação de Pearson e ANOVA univariada, bem como o método kappa de Fleiss para verificação do índice de confiabilidade. Verificou-se que o conceito utilizado para construção do instrumento, bem como seus itens se mostram adequados à investigação do fenômeno. Evidenciou-se boa equivalência semântica entre os itens das retrotraduções e do instrumento original, especialmente quanto aos resultados de T1 R1. Os juízes optaram pelo uso de 11 itens de T1 à versão-síntese. A equivalência operacional mostrou-se satisfatória. Em geral, os resultados apresentados mostraram-se aceitáveis. Quanto à etapa da equivalência de mensuração, verificou-se que a idade dos participantes variou entre 60 a 84 anos, prevalecendo respondentes idosas (n = 38), representando 57,6% da amostra estudada. O valor do KR-20 para o escore geral do instrumento foi de 0,688 (IC95%: 0,670). Os valores encontrados para as quatro dimensões propostas pelos autores do estudo inicial do instrumento foram 0,528, 0,289, 0,552 e 0,303, respectivamente. Apenas os valores de consistência interna das subescalas Vulnerabilidade e Coerção mostraram-se aproximados aos encontrados no estudo original, a saber, 0,550 e 0,390, respectivamente. Verificou-se que com a retirada dos itens nº 04, nº 06 e nº 10, houve aumento do índice de consistência interna da escala total. Já quanto aos valores da consistência interna das subescalas, percebeu-se que apenas com a retirada dos itens nº 09, referente à escala que dimensiona o Desânimo, e nº 12, item da subescala Coerção, é que houve acréscimo nesses valores. Destaca-se que esses são resultados preliminares, uma vez que após a verificação da adequabilidade e de padrões psicométricos iniciais acerca do uso do instrumento para a população idosa, ainda há de se dar continuidade à etapa concernente à verificação de propriedades psicométricas robustas do instrumento, que indiquem, por exemplo, evidências de fidedignidade em situação de teste-reteste, validade de constructo e de critério, se possível e aplicável. A principal limitação do estudo é a falta de um instrumento padrão-ouro para testar a fidedignidade, sensibilidade e especificidade do instrumento em questão. Apesar desta limitação, a adaptação transcultural e a verificação de propriedades psicométricas preliminares do instrumento de uma medida de autorrelato que afere indicativo de violência doméstica contra o idoso tem sua relevância e foi satisfatóriaDissertação Adiamento da aposentadoria e o significado do trabalho para servidores de uma universidade federal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-15) Macêdo, Luciani Soares Silva; Bendassolli, Pedro Fernando; ; ; http://lattes.cnpq.br/0145182564153483; Maia, Eulália Maria Chaves; ; http://lattes.cnpq.br/2021670670663453; França, Lúcia Helena de Freitas Pinho; ; http://lattes.cnpq.br/5241064205933556Este estudo investigou a intenção de continuar trabalhando além do tempo obrigatório de contribuição, explorando a relação dessa intenção com fatores relacionados ao significado do trabalho e aposentadoria. Especificamente, examinou que fatores relacionados ao trabalho e não-trabalho são preditores da intenção de continuar trabalhando, explorando ainda, se significados da aposentadoria vinculam-se à essa decisão. A pesquisa, de corte transversal e com desenho de métodos mistos incorporados, abrangeu 283 servidores de uma universidade federal do Nordeste que se encontravam próximos à aposentadoria. Envolveu a aplicação de um questionário on line, composto por questões abertas e pela escala Older Worker´s Intention to Continue Working (OWICW) de Shacklock e Brunetto (2011), que inicialmente foi submetida à adaptação transcultural. Os dados quantitativos foram submetidos a análises descritivas e multivariadas, sendo especificamente calculadas diferenças entre médias e coeficientes de regressão logística múltipla. Os dados textuais foram analisados utilizando a técnica lexicográfica de Classificação Hierárquica Descendente. Os resultados revelaram que a maioria dos participantes querem continuar no trabalho remunerado, sendo preditores dessa intenção a percepção de autonomia pessoal no trabalho, a interação interpessoal no trabalho, interesses fora do trabalho, e condições flexíveis de trabalho. Quanto à decisão de adiar a aposentadoria e permanecer na organização, são fatores preditivos a autonomia pessoal, condições flexíveis de trabalho, e o incentivo financeiro (abono de permanência). A análise textual revelou a existência de cinco padrões de significados de aposentadoria: direito do trabalhador, descanso, ficar em casa ocioso, nova etapa de vida, tempo de usufruir a vida. A decisão de adiamento está vinculada à aposentadoria como ociosidade e ausência de atividades substitutivas ao trabalho, e a decisão de parar o trabalho vinculada à aposentadoria como uma vida com mais qualidade. O estudo propicia informações que podem subsidiar políticas de gestão diante do processo de decisão trabalho-aposentadoria.Dissertação Adolescência e ato infracional: a família em conflito(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-08-31) Esmeraldo, Michelle Barrocas Soares; Campos, Herculano Ricardo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762975E2&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/1925562194818634; Francischini, Rosangela; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761536A6&dataRevisao=null; Oliveira, Maria Cláudia Santos Lopes de; ; http://lattes.cnpq.br/6281151757179145Inúmeras pesquisas tratam o tema do adolescente em conflito com a lei a partir do próprio adolescente que cometeu ato infracional ou de suas percepções. Levando em conta a importância que tem a família na vida de todo sujeito em desenvolvimento, este estudo buscou o olhar dos familiares sobre o ato infracional de seus adolescentes sob medidas socioeducativas. Para tal, foram feitas entrevistas semi-abertas com 20 familiares, dez dos meninos e igual número das meninas. As instituições de cumprimento de medidas do município de Natal/RN deram espaço para que a maioria dos familiares fossem entrevistados. Os dados obtidos foram dispostos em tabelas e analisados qualitativamente seguindo a perspectiva sócio-histórica. A pesquisa revelou que os significados atribuídos ao momento de conflito com a lei dos adolescentes diferem entre os familiares dos meninos e os das meninas. A maioria dos familiares dos meninos veem o ato infracional como consequencia da influência de más companhias, como pouco provocador de mudanças nas relações em família, restando justificado em um contexto marcado pela violência. Já para boa parte das famílias das meninas, a infração é vista como responsabilidade delas, como geradora de transformações intrafamiliares tanto emocionais quanto econômicas , e que inaugura um movimento de busca por resoluções de conflitos. Através dos depoimentos desses familiares, evidenciou-se uma realidade familiar estruturada por um contexto social, econômico e comunitário também conflituoso. Logo, antes de haver um ato infracional que demarca o conflito na adolescência, há a família em conflito.Dissertação O adolescente em conflito com a lei e a escola: criminalização e inclusão perversa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-03-15) Cruz, Ana Vládia Holanda; Campos, Herculano Ricardo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762975E2&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/0945846146275292; Yamamoto, Oswaldo Hajime; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787892Z9&dataRevisao=null; Pinheiro, ângela de Alencar Araripe; ; http://lattes.cnpq.br/7179410729216916O presente estudo trata de uma investigação que visa identificar a relação entre adolescentes em conflito com a lei, cumprindo medida socioeducativa de liberdade assistida, e a escola. Foi desenvolvido no Programa de Liberdade Assistida Comunitária da Pastoral do Menor de Fortaleza CE -, e dele participaram 21 adolescentes, sete familiares, oito técnicos do Programa, três membros do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará, cinco professores e oito diretores e coordenadores das escolas freqüentadas pelos adolescentes, nos bairros Pirambu, Tancredo Neves, Jardim Iracema e Bom Jardim. Busca-se, fundamentados no método histórico e dialético, caracterizar os adolescentes estudados enquanto pessoas que têm uma inserção particular na estrutura social do capitalismo neoliberal, em que sua adolescência se encontra sujeita aos apelos de consumo, aos limites em face deles, e às formas perversas de inserção no sistema, como a criminalização, a segregação e a marginalização. Revela-se que a escola da qual participam reproduz tais condições de inserção, as quais ao mesmo tempo se constituem elementos de identidade por meio dos quais os jovens são caracterizados.Dissertação Adolescentes e jovens e suas bases de apoio :relações de amizade como suporte social no enfrentamento à violência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-04-29) Lima, Emanoel José Batista de; Dimenstein, Magda Diniz Bezerra; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763508E6; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762975D0; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794935P9&dataRevisao=null; Zamora, Maria Helena Rodrigues Navas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723277P8Esta dissertação teve como objetivos mapear as bases de apoio familiares e comunitárias para adolescentes e jovens estudantes no bairro de Bom Pastor, Zona Oeste de Natal/RN e conhecer de que forma esses recursos são usados pelos adolescentes e jovens estudantes desta comunidade. Bases de apoio referem-se tanto a atividades ou organizações formais quanto a formas de apoio espontâneas ou informais - redes de amizade e solidariedade, relações afetivas significativas na vida de crianças e jovens disponiveis na comunidade. Nossa discussão tem como base uma pesquisa realizada com 382 adolescentes e jovens estudantes da Escola Estadual Jean Mermoz, alunos do Ensino Fundamental II e médio, com idade entre 13 e 24 anos. Focamos as situações de violência vivenciadas por esses estudantes, sejam elas ocorridas no âmbito familiar ou ocorridas na comunidade. Em relação a esse aspecto os participantes recorrem com mais freqüência às bases de apoio informais, sobretudo os amigos, indicando que as bases formais não se configuram como dispositivos de suporte social. A busca das bases informais aponta que as relações estabelecidas informalmente no espaço da rua (quando procuram amigos, parentes ou vizinhos) têm mais ressonância, configurando-se como um lugar importante no qual há troca de valores e de afetos. Pensar o fortalecimento desses laços sociais é importante e aponta para o enfraquecimento da lógica hegemônica voltada para a produção de sujeitos como identidades privatizadas, para o fortalecimento de uma ética comprometida com a desmontagem de uma sociabilidade ancorada no medo, na impotência, na redução dos espaços de circulação e de enfrentamento dos dispositivos montados para reforçar a exclusão social, a intolerância e a discriminação. Deve-se voltar para a construção da amizade como um sistema de reciprocidade, de trocas afetivas, como um espaço de agenciamento político e de produção de formas de vida potentes contra a anestesia social