PPGFIL - Mestrado em Filosofia
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Dissertação O absurdo na existência: uma análise da condição humana na filosofia de Arthur Schopenhauer(2019-11-22) Andrade, Sarah Maíra Fernandes de; Nascimento, Dax Fonseca Moraes Paes; ; ; Fonseca, Eduardo Ribeiro da; ; Duarte, José Thomaz Almeida Brum;Procurando situar a filosofia de Arthur Schopenhauer (1788 – 1860) a partir da hegemonia da Vontade, esta pesquisa tem por objetivo apresentar de que maneira a existência humana pode ser considerada como absurda, porque pautada em um querer viver sem finalidade ou razão. A compreensão de uma existência absurda advém de uma interpretação feita por Clément Rosset (1939 – 2018) acerca da filosofia schopenhaueriana, segundo a qual o autor expõe que o querer, manifestação fenomênica da Vontade, é o centro para o qual convergem todas as incongruências existenciais. No entanto, para além da soberania da Vontade, também devemos expor algumas questões relativas à representação, já que é no contexto do mundo fenomênico, da natureza, que o espanto perante o absurdo da existência pode se tornar consciente para os seres humanos. Para tal fim, utilizamos, principalmente, O mundo como vontade e como representação (3ª ed. 1859), de Schopenhauer, e Schopenhauer, philosophe l’absurde (2ª ed. 1994), de Rosset.Dissertação O agir moral na fundamentação da metafísica dos costumes e na crítica da razão prática(2017-05-18) Silva, Hortênsia Teresa Tomaz da; Klein, Joel Thiago; ; http://lattes.cnpq.br/6509960442502778; ; http://lattes.cnpq.br/7900883325668557; Nahra, Cinara Maria Leite; ; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; Santos, Leonel Ribeiro dos; ; http://lattes.cnpq.br/7707912410094645; Borges, Maria de Lourdes Alves; ; http://lattes.cnpq.br/7482438465356926O objetivo deste trabalho será investigar como Kant explica ou fundamenta o agir moral na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e na Crítica da Razão Prática. Com efeito, podemos dizer que o agir moral na primeira está fundamentado na espontaneidade do agir dada pela liberdade. Na KpV podemos dizer que o agir moral é fundamentado na lei moral como um factum da razão. Portanto, para mostrar esses dois pontos, o seguinte caminho será seguido: em 2.1 será mostrado o surgimento de uma nova concepção de moralidade. Em 2.2 veremos que a nova concepção interpreta a moralidade como autonomia. No ponto 3 examinaremos elementos que caracterizam a natureza do agir moral na GMS e na filosofia moral Kantiana. No ponto 3.1 veremos que Kant sustenta o agir moral na terceira seção da GMS na ideia de que, quando nos pensamos enquanto livres, somos transportados a um mundo inteligível, possível pela liberdade. Também falaremos, nessa mesma subseção, sobre os problemas relacionados ao círculo vicioso, à dedução da lei moral na GMS bem como à distinção entre um mundo sensível e inteligível. No ponto 4 sobre o factum da razão mostraremos o factum como sendo a consciência da lei moral e como não sendo passível de dedução. Mostraremos que Kant sustenta o agir moral na KpV em tal factum. Ainda introduziremos nesse mesmo tópico, as duas interpretações possíveis do factum da razão. Na subseção seguinte, em 4.1 será mostrada a interpretação de Beck (1960) segundo a qual temos na KpV o que poderia corresponder formalmente a uma dedução do princípio moral. Em 4.2 analisaremos a interpretação de Allison (1990) segundo o qual o factum da razão pode ser compreendido como factum da razão, ou seja, como evidência de que a razão pura é prática. Em 4.3 veremos que, ao contrário de Beck, Almeida (1998) irá negar que seja possível uma dedução da lei moral na KpV. Com efeito, Almeida (1998) irá verificar que em razão dessa impossibilidade o sentido de factum da razão que se imporia seria o sentido cognitivista (ou intuicionista). Nessa mesma subseção, tendo em vista a interpretação cognitivista exporemos a interpretação da Beck (1981) em que o mesmo rejeita o ponto de vista cognitivista. Na subseção 4.4 veremos, basicamente, a liberdade enquanto condição do agir moral na KpV. E, por fim, concentraremos a nossa atenção no sentimento moral na KpV.Dissertação Agostinho e o ceticismo: um estudo da crítica agostiniana ao ceticismo em Contra Acadêmicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-04-10) Pereira Junior, Antonio; Santos, Gisele Amaral dos; ; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157; ; http://lattes.cnpq.br/3745776950147924; Bauchwitz, Oscar Federico; ; http://lattes.cnpq.br/6147711083494366; Bolzani Filho, Roberto; ; http://lattes.cnpq.br/2799608595434302O assentimento da verdade: eis uma fórmula que parece ter intrigado os filósofos desde a antiguidade. A possibilidade de apreensão da verdade foi defendida por alguns filósofos, que foram chamados de dogmáticos, devido à sua precipitação em julgar as aparências como representações da realidade, e refutada por aqueles que preferiram continuar questionando em vez de se comprometer com o seu pronunciamento. Esses pensadores foram denominados céticos. Entre aqueles que defenderam o assentimento da verdade, ganha destaque nesta pesquisa Santo Agostinho, que se propôs a combater a doutrina cética disseminada na antiga Academia de Platão, em sua obra Contra Academicos. Assim, para conduzir esta pesquisa, perguntamos: quais são os principais argumentos apresentados por Santo Agostinho contra o ceticismo acadêmico? Com o intuito de responder ao problema apontado, propomos investigar a crítica de Santo Agostinho ao ceticismo, identificando e analisando as principais refutações por ele construídas. Para isso, realizamos uma pesquisa que envolveu aspectos tanto do ceticismo quanto da vida e do pensamento de Santo Agostinho sobre essa doutrinaDissertação O altruísmo eficaz como meio de redução da pobreza extrema(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-22) Cavalcanti, Micheline Cachina; Nahra, Cinara Maria Leite; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; http://lattes.cnpq.br/6228943442670041; Soares, Sônia; http://lattes.cnpq.br/5052938745600316; Vidal, Maria José da Conceição Souza; http://lattes.cnpq.br/2931927563064070O presente estudo visa a apresentar o altruísmo eficaz como meio para enfrentamento da pobreza extrema - entendida esta como a impossibilidade de atender necessidades básicas de subsistência, sendo estruturado em quatro capítulos: o primeiro dedica-se à investigação de dados sobre a pobreza, suas possíveis causas e efeitos no mundo e no Brasil; o segundo capítulo consiste em entender o altruísmo enquanto pensamento, que remonta ao século XV; o terceiro capítulo apresenta o altruísmo eficaz, proposta criada pelos filósofos Peter Singer e William MacAskill, suas premissas e a inovadora proposta de efetivar o bem, de forma a alcançar o maior número possível de pessoas, mediante a utilização de critérios precisos e racionais; no quarto capítulo é trazida a possibilidade de maximização do bem pelo Estado brasileiro por meio da taxação de grandes fortunas.Dissertação A ambiguidade do discurso retórico: caminhos e descaminhos da persuasão (Peithó) como instrumento para a filosofia no Górgias, de Platão(2016-12-15) Bezerra Júnior, Mauricio Alves; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; ; http://lattes.cnpq.br/1116192950109364; Macedo, Monalisa Carrilho de; ; http://lattes.cnpq.br/1111715712985263; Costa Júnior, Lourival Bezerra da; ; http://lattes.cnpq.br/3894235776240035Esta dissertação apresenta um estudo sobre o diálogo Górgias, de Platão, interpretandoque essa obra é uma reflexão sobre a crítica platônica à retórica sofística, desenvolvendoa ideia de que ela é empeiria, produtora de lisonja (κολακεςηική). Encontramos elementos ambíguos que revelam que, apesar de criticar a persuasão (πειθώ), Sócrates a reconhece como um requisito essencial para conduzir oelenchos(ελενκορ). No diálogo, Sócrates vê-se diante de três interlocutores, Górgias, Polo e Cácicles. Este último sendo o seu algoz principal. Reconhecemos o diálogo em seu contexto histórico-cultural, visto que a Retórica, e seu elemento de persuasão, eram insumos constitutivos da cultura grega. Consideramos que o intuito de Platão é repensar os elementos retóricos e persuasivos dos sofistas a fim de alhures, expor a “verdadeira retórica”, ou seja, a Filosofia. Para isso, Platão faz uma análise da retórica persuasiva, colocando frente ao seu mestre um expoente da sofística, Górgias; e procura desvelar suaarte (ηέσνη). Contudo, apesar de podermos reconhecer nele os elementos necessários, o diálogo finaliza sem diálogo, uma vez que não há persuasãode nenhumdos lados. Consideramos que todos esses pontos serão relevantes para compreendermos a persuasão (πειθώ) como um dos elementos basilares na oralidade grega e da dialética platônica.Dissertação O amor na teoria de John Stuart Mill(2017-11-22) Mendes, Ana Carolina Raposo Leandro; Dias, Maria Cristina Longo Cardoso; http://lattes.cnpq.br/8581414763000546; http://lattes.cnpq.br/3911880811180652; Nahra, Cinara Maria Leite; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; Campos, DanielEste trabalho tem por objetivo evidenciar o conceito e a função do amor na teoria moral de John Stuart Mill. Veremos que nesse sistema moral, o amor é sinônimo de simpatia. A simpatia é considerada um sentimento moral de ordem elevada e um prazer de qualidade superior que atende aos preceitos do princípio da utilidade. Referido princípio, que possui seu fundamento na tese hedonista, recomenda que os homens maximizem felicidade e se afastem da dor. O sentimento de simpatia (amor) é a disposição que os homens possuem naturalmente para considerarem a felicidade dos outros como sendo parte da sua própria felicidade. Esse sentimento funciona como uma poderosa sanção moral que efetivamente impele os indivíduos a agirem de acordo com o padrão da moralidade utilitarista. Para que consigamos compreender melhor as implicações que giram em torno da discussão sobre o amor na teoria de Mill, iremos analisar os pilares do sistema filosófico do autor que são: o empirismo, o hedonismo, o associacionismo, os cânones da psicologia, da etologia e a noção de aprimoramento da natureza humana e das instituições sociais. Referidos pilares fazem surgir uma série de complexificações na teoria da utilidade, quando comparamos o legado filosófico de Mill com a tradição utilitarista anterior ao autor, tais como a noção de princípios secundários da moral e de subteses da tese hedonista. Também analisaremos através dos relatos da Autobiografia como alguns eventos da trajetória da vida de Mill foram decisivos para a elaboração do seu sistema moral mais complexo e para que o amor ganhasse destaque em sua teoria. Questões relacionadas à justiça e a liberdade também serão analisadas sob a luz do conceito do amor na teoria de Mill.Dissertação An investigation of logical pluralism and b-entailment(2016-12-12) Erickson, Evelyn Fernandes; Almeida, João Marcos de; ; http://lattes.cnpq.br/3059324458238110; ; http://lattes.cnpq.br/5064826781158043; Rodrigues Filho, Abilio Azambuja; ; http://lattes.cnpq.br/9709258164498165; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663O pluralismo lógico vem recentemente chamando atenção, com vários autores contestando sua natureza. O pluralismo lógico é a posição que diz que há mais de uma lógica correta ou legítima, o que pode ser articulado de diferentes maneiras. A presente dissertação participa nesse debate explorando o framework do 𝐵-entailment no contexto de variedades do pluralismo presentes na literatura. O 𝐵-entailment é uma noção de consequência lógica que é capaz de expressar outras relações, como as lógicas multi-dimensionais. Em particular, esse estudo examina quatro posições sobre o pluralismo: o pluralismo eclético de Shapiro, o pluralismo através de GTT de Beall e Restall, o pluralismo intra-teórico de Hjortland e os pluralismos através de teoria das demonstações de Restall e Paoli. Será mostrado como o 𝐵-entailment se encaixa nessas variedades de pluralismo e também como fica em falta em certos aspectos. O objetivo da dissertação é tanto contribuir para a discussão sobre o pluralismo lógico quanto expandir a discussão sobre o 𝐵-entailment e outras noções de consequência lógica desse gênero.Dissertação Análise do conceito de justiça no diálogo entre Trasímaco e Sócrates no Livro 1 da República(2015-12-18) Melo, Marcelo Pereira Paiva; Fernandes, Edrisi de Araújo; ; ; Silva, Sérgio Eduardo Lima da; ; Capistrano, Pablo Moreno Paiva;Esta dissertação tem por objetivo a reflexão acerca dos sentidos de Justiça encontrados no Livro 1 d’A República, particularmente aqueles inseridos entre os trechos 336c e 354c. Analisa-se também a possibilidade de que o conceito de Trasímaco da Justiça como conveniência do mais forte é uma forma pré-platônica de entendimento da Justiça que, apropriada por Platão, passa a ser válida quando se considera o mais forte como sendo virtuoso e orientado ao Bem, situação apenas encontrada no contexto da República. Desse modo, defende-se que Trasímaco não está inteiramente errado quanto ao seu conceito de Justiça. Também se considera a noção de que a Justiça, ao longo d’A República, seja a harmonia entre os elementos da alma e da Cidade-Estado.Dissertação Uma análise do termo xenós em O sofista e O político(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-11-06) Pereira Neto, Miguel; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; ; http://lattes.cnpq.br/6303833685327324; Augusto, Maria das Gracas de Moraes; ; http://lattes.cnpq.br/2215674993892252; Dela-sávia, Sérgio Luís Rizzo; ; http://lattes.cnpq.br/3569074915058707Neste trabalho abordaremos o hóspede como personagem e método na obra platônica, com destaque para os diálogos O Sofista e O Político de Platão, e como essa noção de hóspede conduz ao inquérito do que seria um sofista, um político e um filósofo. Começaremos com a teorização dos possíveis significados para estrangeiro aos quais hóspede pode estar ligado ou não, mostrando como o problema da recepção das diferenças pode ser pensado na obra platônica pelo prisma do estrangeiro. Analisaremos especificamente o diálogo O Sofista, apresentando a proposta do diálogo enquanto uma busca pelas diferenças, tanto no ramo ontológico quanto na definição do sofista. Da mesma forma, analisaremos o diálogo O Político, mostrando as relações que esse diálogo guarda com o seu anterior (O Sofista), no sentido de continuar uma investigação e mostrar como o político deve ser uma figura de conciliação dos problemas. Apresentaremos uma proposta visando pensar o último termo da investigação lançada em O Sofista: o Filósofo como uma proposta que Platão demonstra através de relações durante toda a sua obra e não apenas num diálogo, concluindo o trabalho com as relações que os textos nos deixaram para pensar o Filósofo a partir do prisma da hospitalidadeDissertação Aniquilação: genealogia da crítica de Maria Zambrano ao pensamento ocidental(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-21) Oliveira, Ana Paula Mendes de; Pellejero, Eduardo Anibal; http://lattes.cnpq.br/1224372202417906; http://lattes.cnpq.br/3253944604500881; Sanguinetti, Federico; http://lattes.cnpq.br/6836106173329623; Malufe, Annita CostaA respectiva dissertação tem por objetivo reconstruir a crítica da filósofa espanhola Maria Zambrano ao pensamento ocidental, com base na seguinte questão: quais os princípios ontológicos e epistemológicos que são inerentes a crise ética e política do século XX, tendo as guerras mundiais e ascensão do autoritarismo e do totalitarismo como consequência? Dessa maneira, a respectiva dissertação consiste em uma sistematização, através da pesquisa histórico-bibliográfica, na qual se elucida desde a panorâmica histórico, político e filosófico, onde o pensamento zambraniano está situado e se justifica, como também, permite a análise e reorganização sistemática dos escritos e da argumentação da filósofa; a identificação dos eixos temáticos nas etapas de sua obra e pensamento (crítico ou negativo e afirmativo ou positivo); por fim, conduzindo à identificação e exposição dos princípios ontológicos e epistemológicos que culminam na crise. Isto posto, a presente dissertação, expõe as diferentes camadas do pensamento zambraniano, partindo desde sua preocupação de dimensão ética e política, avançando para sua crítica metafísica e epistemológica, revelando sua contribuição tanto às áreas de conhecimento citadas, quanto para estética filosófica, além de promover a divulgação da filósofa espanhola no Brasil.Dissertação Anticolonialismo e antirracismo em Marx(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-25) Bezerra, José Anderson dos Santos; Dias, Maria Cristina Longo Cardoso; http://lattes.cnpq.br/8581414763000546; http://lattes.cnpq.br/5854594004677675; Oliveira, Erico Andrade Marques de; Caux, Luiz Philipe Rolla deO trabalho aqui apresentado tem por objetivo analisar os textos e os conceitos desenvolvidos por Karl Marx sobre o vínculo entre o modo de produção capitalista, o colonialismo e o racismo moderno. Sustenta-se no desenvolvimento do trabalho que Marx não foi um pensador alheio a estas questões, nem mesmo as tratou com descuido, pois, em sua análise geral do capitalismo, tanto o colonialismo quanto o racismo aparecem como elementos centrais que serviram ao processo de acumulação e expansão do capital. Argumenta-se que a dialética materialista marxiana, por ser o método de análise e exposição do autor, deve ser também o sedimento da leitura apropriada de sua obra. Esta perspectiva está atrelada a duas noções: a dialética marxiana é, enquanto Teoria que conduz a uma prática, o método que desnuda as opressões ocasionadas pelo capitalismo como também fornece a melhor compreensão sobre o sujeito capital historicamente posto, e sobre a humanidade pressuposta, pressuposição esta fundamental para se pensar uma sociedade humana livre de opressões. Sustenta-se no decorrer do trabalho como Marx identificou, em sua principal obra, O capital, o colonialismo como parte essencial do processo de acumulação primitiva, sem o qual o capital não teria se desenvolvido e nem mesmo se expandido. O colonialismo já era identificado por Marx como violência e, por essa razão, já se apresentava uma postura anticolonialista em O capital. A partir de um diálogo aberto entre Marx e Silvia Federici, também se tratará a acumulação primitiva, processo sustentado pelo colonialismo, como um processo que reproduziu opressões, entre elas, a opressão racial. Aqui se destacará que o vínculo entre capitalismo, colonialismo e racismo moderno, destacado no século XX por Césaire e Fanon, também já aparecia na obra de Marx. O pensador alemão, embora não tenha desenvolvido uma teoria geral do racismo, já identificava que o capital se apropriara desta opressão, se evidenciando no fenômeno da Reificação, para prosseguir o seu processo de acumulação. Conclui-se que, no momento histórico de domínio do capital, a luta anticolonialista e antirracista é também a luta anticapitalista.Dissertação O argumento dos opostos e a hipótese sobre imortalidade no fédon de Platão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-10-29) Costa Júnior, Lourival Bezerra da; Silva, Markus Figueira da; ; http://lattes.cnpq.br/0709727083553042; ; http://lattes.cnpq.br/3894235776240035; Montenegro, Maria Aparecida de Paiva; http://lattes.cnpq.br/5306598522874088; Bulhões, Fernanda Machado; ; http://lattes.cnpq.br/1213107957524166Platão, em seu diálogo Fédon desenvolve uma investigação acerca do problema da relação entre opostos. A morte histórica de Sócrates (57 a 60 a / 116 a - 118), o palios logos (60 b 70 c), a dupla geração entre opostos (70 c 72 e), o argumeno da reminiscência (77 d 80 e), a dupla exclusão entre opostos (95 e 107 a) e o mito (107 b 116 a), são instrumentos usados na busca da definição da morte para o filósofo. O cerne desta pesquisa, a saber, o argumento dos opostos em seus dois modos de articulação: dupla geração (70 c 72 e) e dupla exclusão entre opostos (103 a), quando unido ao argumento da reminiscência (72 c d) se torna decisivo no discernimento tanto da verdadeira causa da geração quanto na compreensão do que ocorre no processo de exclusão entre os opostos(70 c 72 e)Dissertação Argumentos sobre a imortalidade da alma no Fédon de Platão(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003-08-08) Marinho Neto, Djalma Aranha; Silva, Marcos Figueira da; ; ; Tosi, Giuseppe; ; http://lattes.cnpq.br/4014000014351632; Macedo, Monalisa Carrilho de; ; http://lattes.cnpq.br/1111715712985263O presente trabalho tem como objetivo o estudo da doutrina da imortalidade da alma no Fédon de Platão. O problema central reside na afirmação de ser a alma imortal, para justificar tal afirmação Platão lança mão de uma demonstração dialética fundamentada na Teoria das Formas ou Idéias. Será posto em dissertação a trama dos argumentos filosóficos articulados neste Diálogo, a saber: o argumento dos contrários; o argumento da anamnese; o argumento sobre a causa da geração e corrupçãoDissertação A banalidade do mal em Hannah Arendt(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-30) Leite, Fladmylla Ohana de Souza; Alves Neto, Rodrigo Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/7983480785136119; http://lattes.cnpq.br/3047575210727266; Passos, Fábio Abreu dos; Aguiar, Odilio AlvesA presente pesquisa analisa a reflexão de Hannah Arendt sobre o fenômeno da “banalidade do mal”, a relação entre responsabilidade pessoal e coletiva e o vínculo entre pensamento e moralidade que se expressa no exercício do raciocínio crítico. Elucidamos o modo como os crimes totalitários desafiaram a compreensão e os padrões tradicionais de julgamento moral, reivindicando uma problematização da tradicional concepção do mal como derivado de uma vontade má, evidenciando o caráter superficial do mal quando praticado pela incapacidade de pensar e julgar, pela falência do senso comum e pela obediência irrefletida. O mal se torna banal quando realizado por homens que nem sequer decidiram realizá-lo e apenas obedecem a regras previamente estabelecidas no regime. Investigamos o esforço teórico da autora por tornar o pensamento relevante para a constituição e a preservação do mundo comum, demonstrando o quanto o exercício do pensamento e a capacidade de julgar são importantes fatores na esfera dos assuntos humanos.Dissertação A biopolítica em Giorgio Agamben: estado de exceção, poder soberano, vida nua e campo(2017-02-03) Souza, Danigui Renigui Martins de; Alves Neto, Rodrigo Ribeiro; ; http://lattes.cnpq.br/7983480785136119; ; http://lattes.cnpq.br/6816494864383082; Savia, Sérgio Luis Rizzo Dela; ; http://lattes.cnpq.br/3569074915058707; Nascimento, Daniel Arruda; ; http://lattes.cnpq.br/0578569833689838O conceito de biopolítica tem se tornado um rico instrumento de análise ou uma esclarecedora chave hermenêutica para a reflexão contemporânea sobre a lógica do poder, a genealogia do governo e o significado da política no mundo moderno. As diferentes concepções de biopolítica têm cada qual suas especificidades. O foco da abordagem do presente estudo será exclusivamente o diagnóstico biopolítico do presente elaborado por Agamben, no qual o conceito de biopolítica está centrado na politização da vida biológica. Procuramos mostrar o modo como a “arqueologia da biopolítica” empreendida por Agamben pode ser compreendida a partir da análise de quatro noções fundamentais, quais sejam: poder soberano, vida nua, estado de exceção e campo. Analisamos, primeiro, de que modo Agamben pensou a associação entre o domínio político e a animalização do homem a partir das lacunas deixadas pelas investigações de Arendt e Foucault. Em um segundo momento, examinamos a relação entre a organização soberana dos corpos e o estado de exceção. No terceiro passo de nosso percurso, analisamos a politização da vida nua e a produção do homo sacer, a sacralidade da vida. Em uma quarta e última etapa, esclarecemos de que modo Agamben pensou o “campo” como “nómos” secreto da biopolítica na modernidade. Trata-se de explicitar de que forma a reflexão de Agamben sobre o nexo existente entre poder político e vida nua se articula em torno desses quatro aspectos estruturantes. Buscamos evidenciar a relevante contribuição que o pensamento de Agamben oferece para o diagnóstico crítico da racionalidade política nas sociedades contemporâneas, aprimorando nossa compreensão sobre as novas formas do poder na modernidade tardia.Dissertação A caminho da fronteira: entre Heidegger e os japoneses(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-04-16) Teixeira, Luiz Fernando Fontes; Bauchwitz, Oscar Federico; ; http://lattes.cnpq.br/6147711083494366; ; http://lattes.cnpq.br/7351092345116027; Ferreira, Acylene Maria Cabral; ; http://lattes.cnpq.br/6232332421697606; Santos, Gisele Amaral dos; ; http://lattes.cnpq.br/4477251256312157Há pouco mais de meio século atrás se consolidou a chamada filosofia das fronteiras ou limites comparados, por meio da qual foi possível explorar novos caminhos para o pensamento desde o diálogo entre Ocidente e Oriente. Esta frutífera cooperação entrefronteiras, cujas possibilidades se ramificaram em diversas áreas do conhecimento, possui um berço comum: a conversa travada entre Heidegger e os japoneses da chamada Escola de Filosofia de Quioto. A intenção dessa dissertação de mestrado é evidenciar, a partir do pensamento de Heidegger e da filosofia japonesa contemporânea, a viabilidade teórica de tal troca de experiências entre ocidentais e orientais no âmbito da filosofia.Dissertação Ciência e racionalidade em Thomas Kuhn(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-09-30) Silva, Adan John Gomes da; Alves, Daniel Durante Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; ; http://lattes.cnpq.br/4180646289120287; Cupani, Alberto Oscar; ; http://lattes.cnpq.br/1249651376484471; Moura, José Eduardo de Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/8344744432173365; Medeiros, Maria da Paz Nunes de; ; http://lattes.cnpq.br/1201435944432572O trabalho pretende explorar o impacto que a obra filosófica de Thomas Kuhn teve sobre a filosofia da ciência, em especial sobre a ideia comum de racionalidade científica. Ao lado disso, pretende esclarecer a posição do autor no que diz respeito ao seu entendimento do que seja racionalidade em ciência. Para alcançar esse objetivo iniciamos dando um panorama da cena filosófico-científica da primeira metade do século vinte, a fim de evidenciar o conceito de racionalidade comum na época de Kuhn. Num segundo momento mostramos como as ideias desse autor contrastam com aquele conceito, o que dá vazão para uma série de críticas de irracionalismo. Por fim, mostramos como Kuhn contorna essas acusações ao apontar para um novo conceito de racionalidade, conceito graças ao qual podemos conciliar sua filosofia com uma descrição do desenvolvimento racional da ciênciaDissertação O comentário de Tomás de Aquino ao Liber de Causis: elementos de uma metafísica negativa(2019-02-01) Lopes, Leonardo Bernardino Rodrigues; Bauchwitz, Oscar Federico; ; ; Silva, Sergio Eduardo Lima da; ; Teixeira Neto, José;Esta dissertação apresenta a recepção do neoplatonismo no pensamento de Tomás de Aquino, tanto de pensadores da patrística cristã quanto do influxo das traduções filosóficas provenientes de árabes e judeus que foram difundidas copiosamente no século XIII no Ocidente latino. Dentre essas obras destacaremos o Liber de Causis, os Elementos de Teologia de Proclo e o corpus dionisiano, obras essas que São Tomás de Aquino acolhe e as aproxima em sua síntese pessoal e, é a partir deste contributo neoplatônico que São Tomás constrói sua própria concepção de ser, de causalidade e de um conhecimento negativo do Ser divino. Para Tomás o ser das coisas se encontra velado e não se abarca em conceitos, desde o ente material ao próprio Ser por si subsistente. A causalidade não é reciprocidade, pois a causa primeira permanece separada, portanto, há um abismo ontológico entre tudo o que é criatural e a causa primeira incriada, portanto, o caminho que São Tomás constrói frente à absoluta transcendentalidade da causa que rege todas as coisas sem sair de sua unidade separada é a via da negatividade.Dissertação Como avaliar o que é digno de amor?: uma análise comparativa entre a tese de Susan Wolf sobre o sentido da vida e a axiologia de Risieri Frondizi(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-28) Marvin, Nayara Bruna; Alves, Daniel Durante Pereira; http://lattes.cnpq.br/0105245515649663; http://lattes.cnpq.br/4737916499403268; Gorsky, Samir Bezerra; Teles, Eugênia RibeiroQual o sentido da vida? De que modo nossas ações cotidianas dão sentido e expressividade às nossas vidas? Este tema clássico é aqui abordado através da perspectiva da filósofa Susan Wolf, que defende que são os atos inspirados por amor aqueles fundamentais para uma vida significativa. Porém, não se trata de quaisquer atos de amor, mas apenas daqueles dirigidos ao que é digno de receber amor. Apesar da força desta ideia, ela levanta um grande desafio axiológico: como julgar o que é digno de ser amado? O objetivo desta pesquisa é esclarecer a tese de Wolf e Frondizi, como também realizar uma análise comparativa de ambas teorias acerca dos valores. O texto inicia com uma análise da teoria de Wolf e avança para a exploração de variadas correntes axiológicas, culminando na proposta de Frondizi, que é aplicada na interpretação final da resposta de Wolf à questão do sentido da vida.Dissertação A compaixão como fundamentação moral em Schopenhauer(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-12-17) Santos, Tarcísio Alves dos; Nahra, Cinara Maria Leite; ; http://lattes.cnpq.br/3185309694904313; ; http://lattes.cnpq.br/4369492870001122; Nascimento, Dax Fonseca Moraes Paes; ; http://lattes.cnpq.br/6057299637983019; Borges, Maria de Lourdes Alves; ; http://lattes.cnpq.br/7482438465356926O escopo desse trabalho pretende investigar até que ponto o sentimento da compaixão é importante para as fundamentações morais. Desse modo, tomaremos como base de análise a fundamentação moral do filósofo Arthur Schopenhauer, em seu ensaio “Sobre o Fundamento da Moral”, que foi um defensor do sentimento da compaixão em sua fundamentação ética. A fim de aprofundarmos as discussões sobre a dicotomia do ser humano, que o divide entre razão e sensibilidade no campo moral, investigaremos, também, a crítica de Schopenhauer à moral kantiana, que é fundamentalmente racional. Entendemos que analisando tanto a sua fundamentação moral, quanto sua crítica à moral kantiana, conseguiremos entender o verdadeiro significado do sentimento da compaixão no campo moral. Sendo assim, acreditamos que se deve levar em consideração o valor desse sentimento nas fundamentações éticas. Como proposta, tentaremos uma aproximação no que diz respeito à razão e à sensibilidade no campo moral.