Programa de Pós-Graduação em Nutrição
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Dissertação Adesão as práticas alimentares recomendadas pelo Guia Alimentar para a população brasileira e aspectos sociodemográficos: estudo Brazuca-Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-27) Fernandes, Maria Eugênia de Medeiros; Lyra, Clélia de Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; http://lattes.cnpq.br/4584130279819210; Ramalho, Alanderson Alves; Vale, DiogoO Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) fornece um paradigma ampliado de alimentação saudável com a finalidade de orientar práticas alimentares saudáveis, respeitando a diversidade da cultura alimentar brasileira. A escala de adesão ao GAPB analisa a aderência às recomendações deste Guia, incluindo marcadores relacionados ao tipo de processamento dos alimentos (Classificação NOVA) e práticas alimentares dividida em quatro dimensões: escolha dos alimentos, modos de comer, planejamento e organização doméstica. Considerando a piora dos indicadores de desigualdades sociais nos últimos anos, compreender quais aspectos sociodemográficos estão associados à adesão de adultos e idosos às recomendações do GAPB é um desafio significativo. O objetivo deste trabalho foi analisar a adesão às recomendações do GAPB dos participantes do estudo BRAZUCA (Brazilian Usual Consumption Assessment) Natal, considerando aspectos sociodemográficos. Trata-se de uma pesquisa transversal, com 411 adultos e idosos do município de Natal/RN, selecionados a partir de uma amostra probabilística por conglomerados, em dois estágios (setores censitários e domicílios). A coleta de dados foi realizada por questionário eletrônico na plataforma digital Epicollect 5, contendo dados sociodemográficos e uma escala multidimensional para mensuração da adesão às práticas alimentares recomendadas pelo GAPB. A escala é composta por 24 perguntas, obedecendo uma escala Likert (discordo fortemente; discordo; concordo; concordo fortemente). O escore final pode variar de 0 a 72 e classificado como baixa adesão (<32 pontos), média adesão (32 a 41 pontos), ou alta adesão ao GAPB (>41 pontos). Para verificar a associação entre a adesão ao GAPB com as variáveis sociodemográficas foi realizada análise bivariada. Para a análise múltipla foi utilizada a Regressão Logística incondicional e demonstrado os Odds Ratio (OR) bruto e ajustado. O escore médio foi de 40,5 (DP 7,9), e a alta adesão ao Guia foi observada em 40,8% (30,8%-51,5%) da população, com associação significativa para o sexo feminino (OR=1,70; IC 95% 1,10-2,64) e pessoas idosas (OR=2,27; IC 95% 1,36-3,80). Indivíduos que declararam renda per capita mensal inferior a 1 salário-mínimo tiveram menos probabilidade de ter alta adesão às recomendações do GAPB, sendo pior para aqueles que ganhavam ≤1/4 salário-mínimo (OR=0,25; IC 95% 0,12-0,53). Concluímos que ser do sexo feminino e ser idoso são condições que predizem maior adesão ao GAPB, enquanto possuir uma baixa renda per capita prediz menor adesão na população avaliada. Destacou que a adesão às recomendações para alimentação saudável depende dos contextos estruturais. É necessário estabelecer políticas de redução às desigualdades sociais e ações para o maior acesso às práticas alimentares alinhadas ao GAPB entre adultos e idosos.Dissertação Alimentos, fontes de vida ou doença? Avaliação do risco de ingestão de resíduos de agrotóxicos em alimentos oferecidos em restaurantes institucionais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-25) Silva, Thuany Matias da; Rolim, Priscilla Moura; Seabra, Larissa Mont'Alverne Jucá; https://orcid.org/0000-0002-1878-4283; http://lattes.cnpq.br/1066492425111929; https://orcid.org/0000-0002-3847-5744; http://lattes.cnpq.br/9630151999290632; http://lattes.cnpq.br/7928328442936500; Maia, Juliana Kelly da Silva; Cavalli, Suzi BarlettoO Brasil, maior consumidor de agrotóxicos do mundo, possui produção de alimentos hegemônica devido ao agronegócio, fato que aumenta consequentemente o uso de agrotóxicos na agricultura, com reflexos danosos à saúde. Dados sobre a exposição crônica aos agrotóxicos são limitados, sendo fundamental investigar sobre os efeitos desses compostos na saúde humana. A estimativa de ingestão de resíduos de agrotóxicos por meio da alimentação pode ser uma ferramenta para ampliar a atuação de nutricionistas e auxiliar o planejamento de cardápios saudáveis e sustentáveis. O objetivo do estudo foi avaliar o risco de exposição à agrotóxicos em alimentos oferecidos em cardápios de restaurantes institucionais por meio da estimativa da ingestão de resíduos. A pesquisa de natureza transversal, quantitativa e descritiva, foi realizada por meio da análise de 120 cardápios de almoço, de 06 restaurantes institucionais, quanto à permissão de ingredientes ativos (IA) de agrotóxicos nos alimentos oferecidos, caracterização toxicológica e potencial de bioacumulação, além do risco de exposição crônica. Para a avaliação dos agrotóxicos autorizados no país para uso nos alimentos foram coletados dados de Limite Máximo de Resíduo (LMR) e Ingestão Diária Aceitável (IDA) nas monografias de Agrotóxicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e na base do Codex Alimentarius. Para análise da estimativa de Ingestão Diária Teórica Máxima (IDTM), foi verificada por meio da relação entre LMR do IA e quantidade per capita do alimento. O IDTM foi expresso em mg/Kg de peso corporal e comparado com a IDA para avaliação do risco de exposição. Foram calculadas as estimativas de ingestão diária máxima considerando a refeição do almoço e identificados 263 ingredientes ativos permitidos para uso nos alimentos, sendo 43% inseticidas, 40% fungicidas, 14% herbicidas, 1% nematicidas e 1% acaricidas. Dos resíduos possivelmente mais presentes nos alimentos oferecidos nos cardápios, 4% são extremamente tóxicos, 5% altamente tóxicos e 14% moderadamente tóxicos à saúde. A análise apontou 42 compostos com alto potencial de bioacumulação, sobretudo para aqueles autorizados uso em alimentos de origem animal. Verificou- se a possível presença de múltiplos resíduos de agrotóxicos em um único alimento, sendo o arroz, feijão, trigo, batata inglesa, tomate, leite e molho ultraprocessado, alimentos cotidianos com maior quantidade de agrotóxicos permitidos. Para a estimativa da ingestão diária, analisou-se os IA como o 2,4D, acefato, bifentrina, carbaril, metomil, cipermetrina, clorotalonil, clorpirifós, glifosato, imidacloprido, tebuconazol e terbufós. Nossos achados apontam que 99% dos ingredientes ativos possivelmente presentes nos alimentos encontrase dentro do aceitável para faixa de IDA, no entanto, alertam para os efeitos tóxicos, sinérgicos e cumulativos destas substâncias. O inseticida metomil apresentou possível risco de ingestão inaceitável somente na refeição do almoço, com valores de IDMT médio de 0,264 mg/Kg de peso corporal. Conclui-se que há exposição crônica aos agrotóxicos por meio da alimentação, particularmente para o metomil no feijão e arroz. Os dados reforçam a importância do monitoramento de agrotóxicos na alimentação, bem como a necessidade de mudanças nos modos de produção dos alimentos, de forma a promover aquisição de alimentos mais saudáveis e seguros para a alimentação coletiva.Dissertação Alterações antropométricas e bioelétricas em decorrência da sarcopenia em idosos: International Mobility in Aging Study IMIAS Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-09) Morais, Marcely Araújo de; Lyra, Clélia de Oliveira; Lopes, Márcia Marilia Gomes Dantas; ; ; ; http://lattes.cnpq.br/8457538057453833; Gonzalez, Maria Cristina; ; Vale, Sancha Helena de Lima;A sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela redução da massa muscular, força muscular e desempenho físico. É considerada uma das principais causas de incapacidade no idoso, o que implica em prejuízos na capacidade funcional e na qualidade de vida. Fatores como diminuição da síntese protéica, proteólise, alterações na integridade neuromuscular e conteúdo de gordura podem estar envolvidos em sua gênese. O objetivo deste estudo foi avaliar a sarcopenia em idosos relacionando-os com parâmetros antropométricos e bioelétricos. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte, da 3ª onda do projeto International Mobility in Aging Study – IMIAS Brasil no ano de 2016, com participação de 169 idosos. Para a avaliação do estado nutricional foram coletados dados antropométricos e bioelétricos. Tais dados foram utilizados para calcular o índice de massa corporal (IMC) e o índice de massa muscular esquelética (IMME), relacionados com baixa massa muscular, força e desempenho físico para obter o diagnóstico de sarcopenia; o ângulo de fase (AF) para a análise vetorial de impedância bioelétrica (BIVA). Dentre os idosos participantes, 14,8% tinham sarcopenia. Em relação ao estado nutricional antropométrico, 7,1% estavam com magreza e 69,8% com excesso de peso. Os idosos com sarcopenia tiveram valores de IMC e de perímetros do braço, da panturrilha e muscular do braço inferiores aos que não tinham estas condições (p<0,05). Os valores de AF foram menores para os homens com sarcopenia (p<0,003). Na análise estratificada por sexo, de acordo com a BIVA, os grupos dos idosos com sarcopenia possuíam vetores mais longos quando comparados aos demais (p<0,0001). Ao plotarmos os vetores individuais, foi observado massa celular reduzida em 71% das mulheres com sarcopenia. Para os homens, detectamos massa celular reduzida em 36% daqueles com sarcopenia. Em conclusão, os indivíduos com sarcopenia apresentaram menores valores de parâmetros antropométricos relacionados à muscularidade e um perfil nutricional bioelétrico com comprometimento na celularidade.Dissertação Alvos terapêuticos da obesidade e potencial in silico do inibidor de tripsina isolado de sementes de tamarindo como precursor de peptídeos inibidores de lipase(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-25) Medeiros, Wendjilla Fortunato de; Morais, Ana Heloneida de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-6460-911X; http://lattes.cnpq.br/1233944493334651; http://lattes.cnpq.br/5685354458590232; Serquiz, Alexandre Coelho; Vieira, Davi Serradella; https://orcid.org/0000-0001-8353-6262; http://lattes.cnpq.br/4185159774625471A obesidade é uma doença multifatorial com inúmeros alvos terapêuticos, a qual consiste em um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas não transmissíveis. Sendo assim, este estudo objetivou identificar os alvos terapêuticos da obesidade, avaliados in silico, por meio de uma revisão sistemática (RS) e analisar o potencial de peptídeos derivados do modelo teórico do inibidor de tripsina purificado de sementes de tamarindo (ITTp 56/287) interagirem in silico com a Lipase Pancreática Humana (LPH). Primeiramente a RS foi norteada pela seguinte pergunta de pesquisa “Quais os alvos terapêuticos empregados no tratamento da obesidade em estudos in sílico?”, baseada no acrônimo PECo (P, problema; E, exposição; Co, contexto). O protocolo de RS foi desenvolvido e registrado no PROSPERO (CRD42022353808) conforme o Preferred Reporting Items Checklist for Systematic Review and Meta-Analysis Protocols (PRISMA-P) e para a RS foi seguido o PRISMA. A seleção dos estudos foi realizada em concordância com os critérios de elegibilidade, nas seguintes bases de dados: PubMed, ScienceDirect, Scopus, Web of Science, BVS e EMBASE. A estratégia de busca retornou 938 artigos, 9 foram incluídos na pesquisa, resultando na identificação de seis alvos terapêuticos estudados in silico e reavaliados in vivo, sendo cinco estruturas experimentais e teórica. A metodologia utilizada nos estudos foi a do docking molecular e o alvo mais estudado foi a Lipase Pancreática Humana (LPH) (n = 4). A ausência de detalhes metodológicos levou mais de 50% dos trabalhos a serem classificados com “risco de viés incerto” em sete dos onze pontos avaliados. Para os estudos de simulação computacional foi realizada a hidrólise in sílico do ITTp 56/287 (ExPASy PeptideCutter), sendo selecionados cinco peptídeos para modelagem (trRosetta), avaliação do potencial de bioatividade (PeptideRanker), penetração celular (CellPPD) e meia-vida (HLP). Estudos de docking molecular foram conduzidos entre o ITTp 56/287, os peptídeos selecionados e o fármaco Orlistate (controle) para identificação da interação com a LPH (PDB ID:1LPB). O peptídeo (PEP2) que seguiu para o estudo de Dinâmica Molecular (DM) com a LPH, conduzido no software GROMACS, foi classificado como potencialmente bioativo, apresentou alta estabilidade, maior meia-vida em ambiente intestinal simulado (1.863 segundos) e interagiu no estudo de docking (docking score -136.13) com aminoácidos de interesse presentes no bolso catalítico e tampa hidrofóbica do alvo. Na DM entre o PEP2 e a LPH, obteve-se uma energia potencial de interação (EPI) de -628,44 kJ mol-1, onde se destacam quatro resíduos de aminoácidos do PEP2 que foram responsáveis por 74,3% da EPI (Asp3, Ser1, Asp4 e Asp5). Conforme verificado, o ITTp pode ser fonte de novos peptídeos bioativos, em especial o PEP2, que se mostrou um candidato promissor a ser estudado no campo da terapia baseada em peptídeos como inibidor de LPH, fornecendo base para futuros estudos in vitro e in vivo. Com isso, persistindo a obesidade como um problema de saúde pública e frente ao insucesso no controle, é evidente a importância da associação de metodologias in silico nos estudos de potenciais candidatos a alvos drogáveis, bem como na busca por novos agentes terapêuticos.Dissertação Análise da concentração de retinol em fígados de galinhas submetidos a diferentes processamentos térmicos(2016-09-05) Rüegg, Rodrigo Albert Baracho; Dimenstein, Roberto; Ramalho, Heryka Myrna Maia; ; ; ; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; ; Ramalho, Heryka Myrna Maia;In Brazil, the production and consumption of giblets are under development, in particular the liver, which is the source of nutrients considered to be a rich source of vitamin A. This vitamin is a micronutrient that plays an essential role in vision, growth, development and maintenance of the epithelial tissue, and in immunological processes in reproduction. Being a food easy acquisition and low commercial value, the chicken liver is a bet to combat vitamin A deficiency (VAD), which affects mainly children and pregnant women in developing countries. This study aimed to analyze the concentration of retinol by high performance liquid chromatography (HPLC) in livers of farms of chickens, organic and hillbillies in different conditions of thawing and cooking, marketed in the city of Natal/RN. In addition, this study aimed to validate an adaptation of the methodology proposed by Hosotani & Kitawaga (2003) for retinol analysis in this food so that the method of analysis become simple, fast and cheap. The mean values of retinol in farm chicken liver for the three brands analyzed were: 9152,9 ± 719; 4673,1 ± 389; 5943,6 ± 614 mg/100 g (p < 0,05). The average retinol organic chicken liver was 3401,33 ± 597,12 g / 100 g. The average retinol in hillbilly chicken liver was 30094.79 ± 4628,75 g/100 g. It was observed that the baking oven for 35 minutes at 200 ° C and thawing process in microwave for one minute caused a significant loss of 39,9 % (p < 0,05) and 26,2 % (p < 0,01), respectively, the retinol concentration in farm chicken liver. The method validation technique resulted in a rapid extraction and determination and quantification need retinol in chicken liver samples, with an average retention time of 5,2 minutes at 23 ° C, with excellent results linearity (R = 0,9999 ) standard stock stability and freeze-thaw process accurately coefficient of variation below 15% and recovery with values of 93 % to 101,2 %. Despite significant losses in thermal processes, consumption of an average serving of roasted liver (88 g) supplies the daily requirement of vitamin A for a man over 14 years up to 6 times and 20 times the daily needs of children 1 to 3 years. The study showed a significant difference between farm livers brands as well as free-range and organic chicken livers, and a significant loss in the retinol content in chicken livers when subjected to thermal processing. The validated method is suitable and safe for retinol analysis in this type of food.Dissertação Associação do índice inflamatório da dieta e fatores sociodemográficos com o risco cardiovascular: estudo Brazuca Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-26) Rocha, Anna Luisa Moura Alencar; Lyra, Clelia de Oliveira; Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena; https://orcid.org/0000-0001-9729-1243; http://lattes.cnpq.br/2628723272728505; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; https://orcid.org/0000-0001-8121-6986; http://lattes.cnpq.br/8980185222927441; Lopes, Marcia Marilia Gomes Dantas; Arruda, Soraia Pinheiro MachadoO índice inflamatório da dieta (IID) avalia o potencial inflamatório da alimentação, que pode estar relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre o IID e os fatores sociodemográficos com o risco cardiovascular em adultos e idosos participantes do Brazilian Usual Consumption Assessment – (Brazuca) Natal. O estudo de delineamento transversal foi realizado com 411 adultos e idosos, de ambos os sexos, domiciliados na cidade de Natal/RN. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois recordatórios de 24 horas, utilizando o software GloboDiet®, sendo o primeiro por entrevista presencial e o segundo por inquérito telefônico. O potencial pró ou anti-inflamatório da dieta foi avaliado por meio IID. As variáveis sociodemográficas e de estilo de vida avaliadas foram: sexo, fase da vida, raça ou cor, estado civil, escolaridade, renda per capita domiciliar, tabagismo, consumo de álcool e nível de atividade física. O risco cardiovascular foi identificado considerando uma análise de cluster que incluiu as medidas de Pressão arterial sistólica (PAS) (Hg/mm), Pressão arterial diastólica (PAD) (Hg/mm), Índice de massa corporal (IMC) (kg/m2) e Perímetro da cintura (PC) (cm). A estatística incluiu uma análise descritiva conforme a natureza das variáveis, e as estimativas foram ponderadas com base na Amostra Complexa. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparar os valores de IID geral e componentes do IID entre os cluster de menor e maior risco cardiovascular. Razões de prevalência brutas e ajustadas a partir de modelos de Regressão de Poisson, foram calculadas para avaliar a associação entre os clusters de risco cardiovascular, o IID, e as variáveis sociodemográficas e de estilo de vida. Evidenciamos que a maior parte dos participantes (79,6%) consumiam uma dieta pró-inflamatória. Os resultados da análise de cluster, resultaram em dois agrupamentos. No cluster 1, denominado cluster de menor risco cardiovascular, foram observados os seguintes valores dos centros em desvios-padrão: PAS (-0,580), PAD (-0,507), IMC (-0,519), PC (-0,473). Para o cluster 2, que foi denominado cluster de maior risco cardiovascular, identificouse os seguintes valores de centros em desvios- padrão: PAS (0,665), PAD (0,605), IMC (0,568), PC (0,587). Observou-se que os valores de IID geral foi maior no cluster 2, de maior risco cardiovascular (p=0,007). Na análise múltipla foi verificado que indivíduos com 1 a 9 anos de estudo apresentaram 53% maior probabilidade de pertencer ao cluster de maior risco cardiovascular (RP=1,53, p=0,018) Conclui-se que os indivíduos com maior risco cardiovascular apresentaram dieta potencialmente mais inflamatória. Evidenciamos que a dieta da população estudada tem um alto potencial inflamatório e que pessoas com baixa escolaridade apresentam maior prevalência de fatores de risco para DCV.Dissertação Associação do zinco no plasma com perfil de microRNA circulantes em mulheres com excesso de peso e resistência à insulina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-19) Dias, Danielle Caroline da Silva; Reis, Bruna Zavarize; Duarte, Graziela Biude Silva; https://orcid.org/0000-0001-8726-8699; http://lattes.cnpq.br/0683344477426879; https://orcid.org/0009-0000-1699-9400; http://lattes.cnpq.br/5629027286298086; Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena; Corrêa, Telma Angelina FaraldoA insulina, um hormônio secretado pelas células β pancreáticas em resposta à disponibilidade de glicose e ácidos graxos circulantes no sangue é crucial para regulação metabólica. A resistência à insulina (RI) é considerada a causa primária para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, e alterações na via de sinalização deste hormônio pode estar associada com a deficiência de zinco, pois este mineral exerce papel essencial no metabolismo da insulina. Os microRNAs (miRs) atuam na regulação de vias de sinalização da insulina, do metabolismo da glicose e na resposta inflamatória. O excesso ou deficiência de nutrientes podem modular a expressão de miRs e influenciar o risco para o desenvolvimento de doenças. No entanto, a associação de miRs relacionados aos mecanismos de RI com o status de zinco no organismo não é clara. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação do zinco no plasma com a expressão do miR-191-5p, miR-188-5p, miR-145-5p e miR-143-3p em mulheres com excesso de peso e RI. Este estudo transversal foi realizado em 50 mulheres com idade entre 18 e 60 anos, com sobrepeso ou obesidade, atendidas no Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A classificação de RI foi realizada segundo os critérios de Stern. Foram realizadas as avaliações da expressão de miRs circulantes, da concentração de zinco no plasma, do perfil bioquímico, dos parâmetros inflamatórios e antropométricos. Das participantes, 6% apresentaram concentrações de zinco no plasma abaixo do valor de referência (<70µg/dL). Ao categorizar os valores do zinco no plasma pela sua mediana (≤90 µg/dL e >90µg/dL), observou-se diferença significativa na concentração do fibrinogênio (p=0,016). Verificou-se uma correlação inversa significativa entre o zinco no plasma com o miR-145-5p (r=-0,384; p=0,006), miR-143-3p (r=-0,357; p=0,011), miR-191-5p (r= -0,428; p=0,002) e a concentração sérica de fibrinogênio (r=- 0,295; p=0,038). O miR-191-5p (r=-0,374; p=0,007), miR-188-5p (r=-0,326; p=0,029), miR-145-5p (r=-0,342; p=0,015) e o miR-143-3p (r=-0,452; p=0,001) se correlacionaram de maneira significativa inversa com a insulina. O miR-191-5p (r=-0,296; p=0,037) e o miR-143-3p (r=-0,327; p=0,021) apresentaram correlação inversa significativa com o HOMA-IR. Nos parâmetros inflamatórios o miR-145-5p apresentou correlação negativa com a IL-1β (r=-0,380; p=0,006), IL6 (r=-0,400; p=0,004) e IFN-γ (r=-0,328; p=0,020), e o miR-143-3p com a IL-6 (rho=-0,334; p=0,018). No modelo ajustado da regressão logística, a alta expressão do miR-191-5p (OR=0,06; p=0,012) foi inversamente associada à concentração plasmática de zinco. Na análise de enriquecimento funcional realizada com a lista dos genes alvo, seis termos da ontologia gênica foram enriquecidos significativamente. Diante disso, o presente estudo identificou três miRs significativamente expressos nas concentrações de zinco no plasma acima de 90 μg/dL: miR-143-3p, miR-145-5p e miR-191-5p, e todos os miRs avaliados apresentaram correlação inversa com a insulina. Esses dados sugerem que o status de zinco pode influenciar a expressão desses miRs, potencialmente impactando os processos biológicos envolvidos na RI.Dissertação Associação entre consumo materno de alimentos ultraprocessados, práticas alimentares e estado nutricional em lactentes menores de 6 meses(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-26) Sousa, Juliana Morais de; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; https://orcid.org/0009-0003-8192-0107; http://lattes.cnpq.br/9931052702192945; Maciel, Bruna Leal Lima; https://orcid.org/0000-0002-0724-1961; http://lattes.cnpq.br/5790541670952158; Padilha, Patrícia De Carvalho; https://orcid.org/0000-0003-0221-7732; http://lattes.cnpq.br/5488045944954346Apesar do impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) na saúde já estar amplamente divulgado na literatura, ainda há poucas evidências sobre as consequências do consumo materno de AUP na saúde pós-natal da sua prole durante a lactação. Diante dessa lacuna, o objetivo deste trabalho foi avaliar a associação entre o consumo de AUP materno, práticas alimentares e desvios nutricionais dos seus lactentes. Trata-se de estudo transversal realizado com 111 binômios mãe-filho até 150 dias pós-parto, assistidos no programa de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da rede de atenção primária à saúde de Natal-RN. As práticas alimentares referentes ao aleitamento materno foram avaliadas por seis indicadores. Os desvios nutricionais foram avaliados por escore z do peso para idade (PIZ), comprimento para idade (CIZ) e IMC para idade (IMCZ), de acordo com as curvas de crescimento da Organização Mundial de Saúde. O consumo materno foi obtido por dois recordatórios 24h e os alimentos foram categorizados segundo a classificação NOVA.O binômio foi agrupado segundo maior quartil de participação energética de consumo materno de AUP (< Percentil 75, nomeado Q1-3 e ≥ Percentil 75, nomeado Q4). Modelos de regressão logística binária ajustados pelas variáveis renda, escolaridade materna, aleitamento materno exclusivo (AME), peso ao nascer e comprimento ao nascer, foram usados para estimar a associação entre consumo materno de AUP, práticas alimentares inadequadas e desvios nutricionais segundo PIZ, CIZ e IMCZ. As mulheres tinham em média 28 anos, 36% não haviam concluído o ensino médio, a maioria estavam na linha da pobreza (66,7%, n=74), e a participação de AUP na dieta foi 26,24% (0-44 IC 95%). Os lactentes tinham em média 61 dias, 72,8% estavam em AME e apenas 58,6% haviam recebido o leite colostro. Um terço dos lactentes apresentaram excesso de peso (IMCZ) e 11,7% baixo comprimento para idade (CIZ), sendo encontrada uma associação significativa entre o maior quartil de participação de AUP na dieta materna e a chance de apresentar algum desvio nutricional no lactente (magreza ou excesso de peso) (OR 3,38; IC95%1,29 - 8,83), e o baixo comprimento para idade (OR 3,89; IC95% 1,04 - 14,58). Entretanto, não houve associação com as práticas alimentares. Os achados demonstram que o consumo de AUP durante a lactação está associado a desvios nutricionais nos lactentes amamentados, reforçando os riscos à saúde que o consumo de AUP pode provocar. Esses resultados também alertam a necessidade de uma maior atenção à assistência nutricional na lactação, visto que os impactos no crescimento na fase na lactação e na primeira infância podem induzir efeitos de longo prazo, incluindo falhas no crescimento e desenvolvimento de DCNT’s na fase adulta.Dissertação Associação entre Health Eating Index e obesidade metabolicamente saudável em adolescentes de uma capital do nordeste(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-14) Ferreira, Adriana Leão de Miranda; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; Arruda, Adélia da Costa Pereira de; https://orcid.org/0000-0001-8268-1986; http://lattes.cnpq.br/8818927353248941; http://lattes.cnpq.br/7174420059199686; Lopes, Marcia Marilia Gomes Dantas; http://lattes.cnpq.br/0512077912732473; Ferreira, Flávia Emília Leite de LimaIntrodução: A adolescência por ser uma fase de transição e de mudanças significativas, torna-se um período de vulnerabilidade nutricional e de risco para doenças crônicas, entre elas a obesidade. Os fenótipos da obesidade podem ser divididos em obesidade metabolicamente saudável (OMS) e a obesidade metabolicamente adversa (OMA). Dentre os fatores etiológicos da obesidade que podem estar associados com um perfil metabólico favorável está a alimentação saudável. O método a priori, com uso de índices, têm sido utilizados para avaliar a qualidade da alimentação de adolescentes e verificar divergências entre os perfis metabólicos. Entre os índices baseado em escores destacamos a utilização doHealth Eating Index (HEI). Objetivo: Avaliar a associação entre qualidade alimentar por meio do HEI com a OMS e OMA em adolescentes e fatores associados. Metodologia: Estudo transversal, amostragem não-probabilística em adolescentes com excesso de peso atendidos no Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Hospital Universitário Onofre Lopes de outubro de 2016 e fevereiro de 2020. Analisados dados de consumo dietético (recordatório de 24h e cálculo HEI), antropométricos (peso, estatura, índice de massa corporal-IMC (Índice de Massa Corporal), Razão cintura/estatura-RCE, circunferência da cintura-CC), de pressão arterial, dados bioquímicos (perfil lipídico, glicemia e Homeostasis Model Assesssement of Insulin HOMA-IR), atividade física, sono e renda. Os adolescentes OMS foram classificados conforme proposto por Damanhoury et al (2018). Os testes T de Student ou ANOVA One way e MannWhitney ou Kruskall-Wallis foram aplicados conforme normalidade da distribuição. Para variáveis categóricas foram utilizados os testes do qui-quadrado e teste exato de Fisher. Para verificar a associação entre OMS e o HEI foram realizadas análises de regressão logística, tendo como variáveis de ajuste energia consumida, idade, renda, atividade física, sono e RCE. O nível de significância de 5% foi adotado. Resultados: A amostra foi composta por 157 adolescentes, não apresentando diferenças entre sexo, idade e alterações metabólicas. (HDL-High Density Lipoprotein, TGTriglicerídeos e glicemia). As meninas apresentaram pior perfil de HOMA-IR (p=0,003), menor CC (p=0,021), menor RCE (p=0,004), menor consumo calórico (p=0,002) e menor pontuação do HEI (p=0,05) em relação aos meninos. Dentre os adolescentes 14,6% apresentaram perfil OMS e 85,35% OMA. Os adolescentes OMS apresentarammenor consumo de sódio (p=0,034), maior renda (p=0,026), menor CC (p=0,001) e melhor índice HOMA-IR (p=0,017). Na regressão observamos maior pontuação do HEI em meninos como um fator protetor para alterações metabólicas (OD 95% IC 0,77 (0,6- 0,99). Conclusão: Adolescentes OMS consomem menos sódio eapresentam melhor perfil de renda. Os meninos apresentam maior CC e RCE, maior consumo kcal e melhor pontuação do HEI e uma melhor qualidade de alimentaçãofoi fator de proteção em relação a alterações metabólicas nos meninos.Dissertação Associação entre nutrientes da alimentação complementar, função da barreira intestinal e enteropatia ambiental em crianças da coorte brasileira do estudo MAL-ED(2019-07-29) Costa, Priscila Nunes; Maciel, Bruna Leal Lima; ; ; Santos, Armênio Aguiar dos; ; Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena;A alimentação complementar fornece nutrientes e outras substâncias que influenciam a saúde intestinal. A enteropatia ambiental é uma disfunção intestinal crônica que ocorre no mesmo período que a alimentação complementar, em condições de baixo acesso à higiene e sanitização. Poucos estudos avaliaram se os nutrientes melhoram ou protegem contra a enteropatia embiental. O presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre a ingestão habitual de nutrientes da alimentação complementar, função da barreira intestinal e enteropatia ambiental em crianças menores de dois anos. Realizou-se um estudo longitudinal prospectivo, em Fortaleza-CE, com 233 crianças dos 9 aos 15 meses de idade. A ingestão dietética habitual da alimentação complementar foi estimada com base em recordatórios de 24 horas (R24h), aplicados mensalmente dos 9 aos 15 meses de idade. A ingestão habitual dos nutrientes foi ajustada pela variância intrapessoal e pela energia. A adequação nutricional da ingestão de energia, fibra e macronutrientes da dieta foi avaliada pela razão entre o valor ingerido e o recomendado. Para medir a adequação nutricional global de micronutrientes, utilizou-se o índice de adequação média (MAR), construído a partir das razões de adequação de nutrientes (NAR) calculadas para vitaminas (vitamina A, tiamina e folato) e minerais (ferro, zinco e cálcio). A avaliação da função da barreira intestinal foi realizada por meio do teste urinário lactulose/manitol (L:M). A inflamação intestinal foi avaliada pela análise das concentrações fecais de mieloperoxidase (MPO), neopterina (NEO) e alfa-1- antitripsina (AAT). Como indicativo de enteropatia ambiental (EE), calculou-se o EE escore, baseando-se na categorização das distribuições das concentrações dos biomarcadores fecais (MPO, NEO, AAT). Para investigar a associação entre a adequação nutricional e a razão L:M e o EE escore foram usadas regressões lineares múltiplas. As adequações nutricionais se mostraram de acordo com os valores recomendados para todos os nutrientes avaliados, com exceção para a adequação de fibra. Todos os biomarcadores apresentaram valores elevados, indicando um comprometimento da função da barreira intestinal e presença de inflamação intestinal entre as crianças avaliadas. Houve correlação negativa entre a adequação energética e L:M (ρ = -0,19; p < 0,05) e entre a adequação de folato e as concentrações de NEO (ρ = -0,21; p < 0,01). Foi observada uma correlação positiva entre a adequação de tiamina e a concentração de MPO (ρ = 0,22; p < 0,01) e entre a adequação de cálcio e a concentração de NEO (ρ = 0,23; p < 0,01). Os modelos de regressão demonstraram uma menor ingestão energética foi associada com uma maior razão L:M (β = -0.19, p = 0.02) e uma menor ingestão de fibra foi associada com maior inflamação intestinal (EE escore) (β = -0.20, p = 0.04). Em conclusão, as crianças avaliadas mostraram ingestão adequada para todos os nutrientes, exceto fibra, e apresentaram comprometimento na função da barreira e inflamação intestinais. A maior ingestão energética e de fibras da dieta esteve associada com uma melhor função da barreira intestinal e com menor inflamação intestinal, respectivamente.Dissertação Associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados, indicadores antropométricos e perfil lipídico em fator de risco cardiometabólico em adolescentes com excesso de peso(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-05) Pimentel, Jéssica Bastos; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; ; ; Gorgulho, Bartira; ; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro;Evidências apontam para altas prevalências de obesidade e de alterações lipídicas associadas ao elevado consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) na população infanto-juvenil. O objetivo do estudo foi quantificar o consumo de alimentos por nível de processamento e a sua influência sobre os indicadores antropométricos e do perfil lipídico em adolescentes com excesso de peso. Trata-se de um estudo transversal realizado por amostragem nãoprobabilística, com adolescentes entre 10 e 19 anos, de ambos os sexos, diagnosticados com excesso de peso, atendidos pela primeira vez no ambulatório de pediatria em Natal/RN, no período de outubro/2016 a agosto/2019. Foram avaliados dados clínicos, antropométricos, bioquímicos e de consumo alimentar e dietético. O estado nutricional antropométrico foi avaliado por meio do IMC-para-idade, PP, PC, RCQ, RCA e IC. E CT, HDL, TG, LDL e colesterol não-HDL para o perfil lipídico. O consumo alimentar e dietético foi avaliado por meio de um recordatório de 24 horas. Os alimentos foram classificados quanto ao tipo de processamento, de acordo com a “Classificação NOVA”, proposta por Monteiro et al (2010). Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, t de Student, teste U de Mann-Whitney, Qui-quadrado de Pearson, teste Exato de Fisher, a regressão de Poisson e o teste de Omnibus para as análises estatísticas. A amostra foi composta por 158 adolescentes, com maior percentual (50,6%) no sexo masculino. Foram verificadas diferenças estatisticamente significantes para as variáveis alteradas do PP (P=0,01), IC (P=0,04), RCA (P=0,017) e TG (P=0,047). Registramos no sexo masculino médias antropométricas acima do ponto de corte para IC (1,29±0,06) e RCA (0,59±0,05), e para as variáveis bioquímicas, TG (105±50,44), não-HDL-c (132±30,65) e as razões TG/HDL (2,76±1,54) e CT/HDL (4,32±1,04) médias acima do recomendado. Verificamos no sexo feminino médias de PP (33,00±2,22), IC (1,23±0,07) e RCA (0,57±0,06) e CT (173±30,28), TG (122±61,32), não-HDL-c (133±28,38) e as razões TG/HDL (3,22±1,96) e CT/HDL (4,44±0,95) acima do recomendado. A ingestão calórica média da amostra total foi de 1.731,3±635,4 kcal/dia. Os adolescentes do sexo masculino apresentaram uma maior ingestão calórica comparada as meninas (1.835,9±671,2 vs. 1.621,1±579,5 kcal/dia; P=0,034). Houve maior contribuição calórica relativa dos alimentos in natura e AUP em ambos os sexos. Foi verificado que os adolescentes com não HDL-c elevado apresentaram valores médios aumentados para IC (P=0,029), TG (P < 0,001), CT (P < 0,001) e não-HDL-c (P < 0,001). No modelo de regressão bruta foi identificado associação entre o não-HDL-c elevado com a RCQ (RP: 1,4; IC 95%: 1,1 a 1,9), razão TG/HDL (RP: 1,9; IC 95%: 1,2 a 3,0), e razão CT/HDL (RP: 5,3; IC 95%: 2,6 a 10,6) e após análise ajustada permaneceu significante a razão CT/HDL ao não-HDL-c elevado. Concluímos que os indicadores antropométricos de IC e RCA foram mais evidentes nos adolescentes do sexo masculino e as alterações do CT, TG, não-HDL-c e razões TG/HDL, CT/HDL no feminino. Apesar de não encontrarmos associações entre os AUPs com as alterações cardiometabólicas, o não-HDL-c configura um risco cardiometabólico nesses adolescentes.Dissertação Associação entre o status de vitamina D e os componentes da síndrome metabólica: estudo Brazuca Natal e estudo Brazuca Natal pós-Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-24) Silva, Jhennifer Vitória Gomes; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; Arruda, Adélia da Costa Pereira de; https://orcid.org/0000-0001-8268-1986; http://lattes.cnpq.br/8818927353248941; https://orcid.org/0009-0007-8499-2017; http://lattes.cnpq.br/6803117705032319; Steluti, Josiane; Lopes, Márcia Marilia Gomes DantasObesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica (HAS), alteração na glicemia e dislipidemias, caracterizadas pelo aumento dos triglicerídeos (TG) e a redução da lipoproteína de alta densidade (HDL), são critérios que compõem a síndrome metabólica (SM). Dentre os fatores ambientais associados aos componentes dessa síndrome, destaca-se o consumo alimentar de micronutrientes, cuja inadequação pode comprometer processos metabólicos e agravar deficiências nutricionais, incluindo a deficiência de vitamina D. Ademais, pandemia de COVID-19 agravou esse cenário ao impactar negativamente os hábitos alimentares e reduzir a exposição à luz solar, com possíveis efeitos prolongados. Diante disso, este estudo tem como objetivo verificar a associação entre o status de vitamina D e os componentes da SM no Estudo Brazuca Natal e Estudo Brazuca Natal pós-COVID-19. Ambos os estudos possuem delineamento transversal de base populacional. A coleta do Estudo Brazuca Natal ocorreu de junho de 2019 a março de 2020, interrompido pela pandemia da COVID-19. Já o Estudo Brazuca Natal pós-COVID-19 iniciou em março de 2023 e finalizou em março de 2024, envolvendo adultos e idosos de ambos os sexos residentes em Natal/RN. A amostra dos Estudo Brazuca Natal foi composta por 411 participantes e a subamostra por 111 participantes (coleta do material biológico), enquanto a amostra do Estudo Brazuca Natal pós-COVID-19 foi composta por 138 participantes e a subamostra por 107 participantes. Os dados foram coletados em três etapas: Etapa 1: Foi realizada uma entrevista presencial para a coleta dos dados sociodemográficos (idade e sexo), socioeconômicos (renda per capita) e de estilo de vida (exposição a luz solar), realizados por meio de questionário eletrônico (Epicollect5). Foram coletadas medidas antropométricas (peso, altura e circunferencia da cintura (CC)) e aferida a pressão arterial. O consumo alimentar foi coletado a partir do R24h, por meio da versão brasileira do software Globodiet. Etapa 2: Foi realizada a coleta de sangue para análise dos biomarcadores, alguns, relacionados a SM (glicemia, colesterol total, HDL, LDL, triglicerideos, PCR) e ao status de vitamina D. Etapa 3: Foi realizada a reavaliação do consumo alimentar via R24h por ligação telefônica. A análise estatística foi realizada pelo software stata, versão 15, foram considerados significativos os valores de p < 0,05. Inicialmente avaliamos a prevalência de inadequação do consumo alimentar de micronutrientes do Estudo Brazuca Natal, estratificado por faixa etaria e renda, a fim de observar como estava consumo alimentar especificamente da vitamina D na população do estudo, em seguida avaliamos o status da vitamina D associado aos componentes da SM e exposição a luz solar em ambos os estudos. Os resultados indicaram prevalências elevadas de inadequação (>50%) no consumo alimentar de cálcio, vitaminas B6, D e E em adultos e idosos de ambos os sexos, além de magnésio em homens idosos e selênio e Vitamina B1 em mulheres adultas e idosas no Estudo Brazuca Natal. As maiores prevalências de inadequação (>80%) foram observadas para as vitaminas D e E em todos os grupos, com inadequações de vitamina D superiores a 95% independentemente do sexo e faixa etária. Observamos que a prevalência de inadequação variou de acordo com o nível de renda, dependendo do micronutriente específico. Após os resultados revelarem altas prevalencias de inadequação no consumo alimentar de micronutrientes, especificamente da vitamina D, os resultados seguintes revelaram uma associação significativa entre o perfil lipidico (colesterol total, HDL e LDL) e a deficiência da vitamina D no Estudo Brazuca Natal (p<0, 05), entretanto no Estudo Brazuca Natal pós-COVID-19 apenas o colesterol apresentou uma associação estatisticamente significativa com a deficiência de vitamina D. A glicemia de jejum apresentou associação com deficiência de vitamina D apenas no Estudo Brazuca Natal pós-COVID-19 (p<0,05). Enquanto a exposição a luz solar apresentou uma associação marginalmente significativa com a deficiência de vitamina D apenas no estudo Brazuca Natal (p=0,53). Não registramos associação significativa entre os triglicerideos, pressão arterial elevada, circunferencia da cintura e PCR com a deficiência de Vitamina D. Concluimos que a população avaliada apresenta elevadas prevalências de inadequação de micronutrientes, com destaque para a vitamina D, além de associações entre sua deficiência e alterações nos componentes da SM, variando entre os estudos Brazuca Natal e Brazuca Natal pós-COVID-19.Dissertação Associação entre os componentes da síndrome metabólica e fatores biológicos, nutricionais e estilo de vida em indivíduos com síndrome metabólica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-29) Lima, Layne Christina Benedito de Assis; Pedrosa, Lúcia de Fátima Campos; ; http://lattes.cnpq.br/1863589790139155; ; http://lattes.cnpq.br/7599647194404689; Carvalho, Fabiana Maria Coimbra de; ; http://lattes.cnpq.br/1329639632414429; Lais, Lúcia Leite; ; http://lattes.cnpq.br/7939303011096805A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de desordens relacionadas à alteração do perfil lipídico (triglicerídeos e HDL-colesterol) e glicêmico, aumento da deposição de gordura central e elevação da pressão arterial. Todos esses fatores são considerados fatores de risco cardiovascular. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre os componentes da SM e os fatores biológicos, nutricionais e do estilo de vida em indivíduos com SM. Trata-se de um estudo transversal realizado com indivíduos entre 19 e 77 anos, ambos os sexos, recrutados no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital Universitário Onofre Lopes - HUOL, UFRN. Os indivíduos que apresentaram os critérios de inclusão foram convidados a participar da pesquisa e após consentimento livre e esclarecido foram aplicados os questionários de hábitos de vida, o primeiro recordatório alimentar 24h, realizadas as medidas de pressão arterial, antropométricas e agendadas as análises bioquímicas. A segunda etapa consistiu na entrega dos resultados dos exames bioquímicos, aplicação do segundo recordatório alimentar 24h e orientações nutricionais. Do total de 224 participantes, 172 (76,8%) eram mulheres, com média 51(12) anos, 26,3% tinham entre 60 e 77 anos. O sexo feminino teve mais chances de apresentar elevação na circunferência da cintura e baixo HDL-colesterol (OR=3,20, IC95%3,00-8,06; OR=2,94, IC95%1,36-6,31), respectivamente. O consumo dietético de energia, potássio, cobre, ferro e selênio apresentaram diferenças entre os grupos com e sem alteração dos componentes da SM (p<0,05). Destes nutrientes, o potássio foi estimado como fator protetor para as concentrações séricas de HDL-colesterol (OR=0,98; IC95%0,97-0,99). Indivíduos com circunferência da cintura elevada tinham valores aumentados de biomarcadores lipídico, glicêmico e inflamatório (p<0,05), e o índice de massa corporal foi considerado como preditor para a circunferência da cintura (OR=2,12; IC95%1,69-3,97). A atividade física emergiu como um fator de proteção contra o aumento das concentrações séricas de triglicerídeos (OR=0,28; IC95%0,09–0,79). A idade aumentada foi considerada como preditor para elevação da pressão arterial e glicemia (OR=1,05, IC95%1,02–1,08; OR=1,07; IC95%1,04–1,10, respectivamente). Um aumento nas horas de sono pode diminuir em 22% a chance do indivíduo apresentar pressão arterial elevada. Em conclusão, demonstramos associações entre ingestão de potássio, prática de atividade física e as horas de sono com os achados da SM. Outros estudos são necessários para avaliar esses fatores como alvos terapêuticos na prevenção e tratamento da SM.Dissertação Associação entre os hábitos alimentares e as concentrações séricas das vitaminas A e E com os preditores de prognóstico histopatológico do carcinoma papilífero da tireoide(2018-07-27) Silva, Lara Clarisse de Lima; Silbiger, Vivian Nogueira; Alves, Camila Xavier; ; ; ; Marchioni, Dirce Maria Lobo; ; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro;O câncer da glândula tireoide (CT) é o câncer mais comum do sistema endócrino. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) esta neoplasia deverá atingir 9610 pessoas no Brasil até o final de 2018, esperandose que, o maior número de casos, na região nordeste, ocorram no Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O carcinoma papilífero da tireoide (CPT) corresponde a mais de 70% dos casos de CT e as diferentes incidências desse tipo câncer nas diversas partes do mundo, sugerem que os fatores etiológicos modificáveis podem desempenhar um papel importante na carcinogênese do CT. Alterações na expressão de microRNAs (miRNAs) podem fazer parte dos fatores de risco do CT, assim como o consumo frequente de alguns alimentos e o status bioquimíco das vitaminas A e E, também podem consistir em potenciais biomarcadores da gênese e progressão da doença. Desse modo, esse estudo buscou compreender o conhecimento atual sobre a modulação induzida pelas vitaminas A e E na expressão de miRNAs no CT, e as associações entre os hábitos alimentares e concentrações séricas de retinol e α-tocoferol com os fatores de prognóstico histopatológico (invasão, extensão, multifocalidade, tamanho do tumor e metástases linfonodais) do CPT. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática seguindo as diretrizes “The Prisma”, bem como a investigação dos hábitos alimentares pré-diagnóstico, por meio de Questionário de Frequência Alimentar (QFA), além de dosagens bioquímicas das concentrações séricas de retinol e α-tocoferol, por meio de cromatografia líquida de alta eficiência, em 3 momentos, sendo 1 pré e 2 pós tireoidectomia, em pacientes com CPT. Os resultados mostraram que os registros sobre alterações na expressão de miRNAS induzidas pelas vitaminas A e E no CT são escassos, no entanto, a vitamina A parece ser relevante na modulação de miRNAs em outros tumores. Além disso, o consumo alimentar semanal > 1x/semana de cuscuz/farofa e/ou margarina/creme vegetal esteve positivamente associado ao risco de pacientes com CPT apresentarem extensão extratireoideana (p=0,021 e 0,004 respectivamente), bem como a ingestão de carne bovina superior a 1x/semana foi positvamente associado a presença de extensão extratireoideana (p=0,040) e metástases linfonodais (p=0,046). No que diz respeito as as concentrações séricas de retinol e αtocoferol, níveis séricos de retinol mais elevados podem estar associados a uma menor predisposição em se desenvolver invasão angiolinfática, metástases linfonodais (p=0,027 e 0,015 respectivamente), e os pacientes com extensão extratireoideana ou invasão angiolinfática tenderam a apresentar concentrações de α-tocoferol mais reduzidas em relação aos que não tiveram esses desdechos histopalógicos nos momentos pós tireoidectomia. Deste modo, concluímos que estudos futuros sobre a modulação de miRNA’s em CT induzida pelas vitaminas A e E podem ser relevantes e necessários para melhor elucidar novas estratégias de controle de risco, prevenção e tratamento do CT. Ademais, sugerimos que tanto o consumo alimentar quanto o status bioquímico das vitaminas A e E podem ser relevantes na predição de desfechos histopatológicos do CPT.Dissertação Associação entre status de cobre, perfil lipídico e capacidade funcional em pacientes com esclerose lateral amiotrófica(2017-10-13) Barros, Acsa Nara de Araújo Brito; Lais, Lucia Leite; Pedrosa, Lúcia de Fátima Campos; https://orcid.org/0000-0002-5436-5115; http://lattes.cnpq.br/1863589790139155; http://lattes.cnpq.br/0488083888826546; Venske, Débora Kurrle Rieger; https://orcid.org/0000-0002-0972-1678; http://lattes.cnpq.br/9918303712320354; Vale, Sancha Helena de LimaA esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, levando a paralização dos músculos esqueléticos e morte. O estresse oxidativo é um dos principais mecanismos associados a patogênese da esclerose lateral amiotrófica (ELA). O cobre é um mineral capaz de influenciar a oxidação celular e perfil lipídico. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre status de cobre, perfil lipídico e capacidade funcional em pacientes com ELA. Foi realizado um estudo transversal com 27 pacientes com ELA (grupo caso) e 26 indivíduos saudáveis (grupo controle). A avaliação do status do cobre foi realizada mediante consumo dietético habitual do cobre, cobre no plasma e ceruloplasmina no soro. O perfil lipídico incluiu colesterol total (CT), LDL-colesterol (LDL-c), HDL-colesterol (HDL-c) e triglicerídeos (TGL). A capacidade funcional dos pacientes com ELA foi avaliada por meio escala funcional revisada para ELA (ALSFRS-R). O teste t de Student e Mann Whitney foram utilizados para a comparação de médias. A correlação entre o status do cobre e perfil lipídico foi realizada mediante o teste de correlação de Spearman. O efeito das variáveis para o desfecho escala funcional foi estimado mediante modelagem baseada na distribuição de Poisson. O nível de significância estabelecido foi de 5%. No grupo caso, os valores de cobre no plasma foram mais baixos comparados ao grupo controle (133,9 vs. 164,1mg/dL; p=0,0001) e se correlacionaram positivamente com o HDL-c (rs=0,398; p=0,044). No grupo controle, o cobre no plasma apresentou correlação positiva com ceruloplasmina no soro (rs=0,646; p<0,001), CT (rs=0,446; p=0,025), LDL-c (rs=0,445; p=0,029) e HDL-c (rs=0,479; p=0,015). Além disso, a ceruloplasmina foi positivamente correlacionada com LDL-c (rs=0,407; p=0,043). No grupo caso, cobre dietético (B=-0,373; p<0,001), cobre no plasma (B=-0,005; p=0,033) e CT (B=-0,312; p=0,001) foram inversamente associados com a capacidade funcional dos pacientes com ELA. Contrariamente, ceruloplasmina no soro (B=0,016; p=0,044), LDL-c (B=0,314; p=0,001), HDL-c (B=0,308; p=0,001) e TGL (B=0,062; p=0,001) foram positivamente associados com capacidade funcional dos mesmos. Em conclusão, esse estudo sugere uma alteração no status do cobre e na relação deste com o perfil lipídico em pacientes com ELA. Além disso, status do cobre e perfil lipídico podem influenciar a capacidade funcional dos pacientes com ELA, destacando-se como potenciais biomarcadores para avaliar a severidade dessa doença.Dissertação Associações do magnésio, cálcio e a razão cálcio/magnésio no plasma com os componentes da síndrome metabólica e outros fatores de risco cardiometabólicos em adultos e idosos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-28) Moia, Melissa Nunes; Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena; https://orcid.org/0000-0001-9729-1243; http://lattes.cnpq.br/2628723272728505; http://lattes.cnpq.br/0069441030705252; Duarte, Graziela Biude Silva; Rodrigues, Karla Danielly da Silva RibeiroMagnésio, cálcio e razão cálcio/magnésio (Ca/Mg) são elementos que têm sido associados com os fatores de risco cardiometabólicos relacionados a Síndrome Metabólica (SM). Sabe-se que esses fatores compartilham uma série de mecanismos atribuíveis à inflamação sistêmica, porém esses processos metabólicos que explicam a relação entre esses micronutrientes e a SM ainda apresentam lacunas. Esse estudo teve como objetivo avaliar as associações entre magnésio, cálcio e a razão Ca/Mg no plasma com os componentes da SM e outros fatores de risco cardiometabólicos, em adultos e idosos com e sem SM. Esse estudo é do tipo transversal, realizado com participantes do Estudo BRAZUCA-Natal. Avaliou-se dados sociobiodemográficos, estilo de vida, parâmetros antropométricos e bioquímicos. As concentrações de magnésio e cálcio foram medidas no plasma, por meio da espectrometria de massas com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Foram incluídos 112 participantes avaliados quanto ao diagnóstico de SM, conforme critério harmonizado para SM, e distribuídos em grupos de indivíduos com e sem SM. Modelos de regressão linear foram executados utilizando o método hierárquico para determinar associações entre os elementos e as demais variáveis. A SM foi identificada em 50% da população, especialmente nas participantes do sexo feminino. Os valores médios das concentrações de magnésio e de cálcio, em ambos os grupos, foram considerados dentro dos valores de referência, no entanto, observou-se uma frequência de hipomagnesemia de 12,5%, enquanto o excesso de cálcio no plasma foi de 15,2% na população estudada. Observou-se associações entre o cálcio no plasma com colesterol total (β= -0,020; p=0,000; R²=0,238), HDL-c (β=-0,046; p=0,005; R²= 0,267). Também houve associações entre a razão cálcio/magnésio com colesterol total (β= - 0,025; p=0,000; R²= 0,184) e LDL-c (β=0,017; p=0,020; R²= 0,231). Esses resultados apontam dados alarmantes da SM, especialmente na população feminina. Não houve diferenças nas concentrações dos elementos entre os grupos, porém, foram evidenciadas associações importantes do cálcio e razão Ca/Mg com os fatores de risco relacionados à SM. Esses dados sugerem alterações metabólicas relacionados aos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, além de revelar que tanto o colesterol total quanto o HDL-c são considerados preditores independentes dos valores de cálcio e razão cálcio/magnésio no plasma.Dissertação Associações entre a ingestão de nutrientes e fatores clínicos com a sobrevida de indivíduos com insuficiência cardíaca em seguimento ambulatorial(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-17) Torres, Núbia Rafaella Soares Moreira; Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena; Lopes, Marcia Marilia Gomes Dantas; 06460647461; http://lattes.cnpq.br/0512077912732473; http://lattes.cnpq.br/2628723272728505; http://lattes.cnpq.br/2440738700963797; Fayh, Ana Paula Trussardi; http://lattes.cnpq.br/0049770583345803; Souza, Gabriela Correa; http://lattes.cnpq.br/5286292084781415A inadequação na ingestão de nutrientes, além de fatores clínicos e antropométricos desfavoráveis, pode levar a piores desfechos em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Esse estudo longitudinal retrospectivo teve como objetivo avaliar as prevalências de inadequações de micronutrientes, parâmetros clínicos e as associações com a sobrevida de 121 adultos e idosos com IC atendidos ambulatorialmente. Aplicou-se uma média de 3,4 Recordatórios de 24 horas para a avaliação do consumo habitual de micronutrientes. Os participantes foram divididos em grupos de deficiência moderada e alta, e em clusters de consumo, conforme avaliação individual da ingestão de cada micronutriente. Coletou-se dados sociobiodemográficos, clínicos, índice de massa corporal (IMC), e os desfechos clínicos (hospitalizações e mortalidade) ocorridos em 24 meses. As sobrevidas global e livre de eventos foram calculadas pelo Kaplan-Meier e as curvas comparadas pelo Log-Rank. Modelos de regressão de Cox foram construídos para identificar variáveis preditoras dos desfechos. Observou-se uma prevalência de 100% de inadequação da ingestão das vitaminas B1 e D, e de mais de 80% para as vitaminas B2, B9, E, e para o cálcio, magnésio e cobre. Não foram observadas diferenças na sobrevida global e na sobrevida livre de eventos entre os grupos de indivíduos com deficiência de micronutrientes moderada e alta (HR = 0,94; p = 0,91 e HR = 1,63; p = 0,26, respectivamente), e entre os Cluster de maior e menor consumo de cálcio, potássio, fósforo, magnésio e vitamina D (HR =0,94; p = 0,91 e HR = 1,08; p = 0,84), bem como quando a inadequação de micronutrientes foi avaliada isoladamente (todos p>0,05). O excesso de peso e a taxa de filtração glomerular >60 mL/min/1,73m2 apresentaram associações significativas com uma melhor sobrevida global (ambos p<0,05). Os modelos de regressão de Cox indicaram que a classe funcional da New York Heart Association (NYHA) III/IV é preditor independente da sobrevida global e livre de eventos, aumentando o risco de mortalidade (HR = 6,70 (2,21 – 20,29), p = 0,01) e de hospitalizações (HR = 5,64, p < 0,01). O peso adequado conforme IMC foi associado a melhor sobrevida global (HR = 4,53, p = 0,02). Conclui-se que indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente apresentam altas prevalências de inadequação de micronutrientes. A classe funcional da NYHA e o IMC são preditores independentes da ocorrência de desfechos clínicos desfavoráveis em indivíduos com IC.Dissertação Avaliação da aquisição de alimentos, higienização e geração de resíduos domésticos em comunidade acadêmica durante a pandemia de Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-04) Costa, Aldiane de Assis; Rolim, Priscilla Moura; Maciel, Bruna Leal Lima; https://orcid.org/0000-0002-0724-1961; http://lattes.cnpq.br/5790541670952158; https://orcid.org/0000-0002-3847-5744; http://lattes.cnpq.br/9630151999290632; http://lattes.cnpq.br/5849051960227422; Ramalho, Alanderson Alves; Passos, Thais SouzaEm março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a COVID19 uma pandemia, afetando diretamente as comunidades acadêmicas, devido ao fechamento das universidades como medida de prevenção da contaminação. A alimentação, além de necessidade básica e de direito humano, foi seriamente afetada com o fechamento dos restaurantes e outros estabelecimentos do seguimento alimentício. Com base nisso, o presente estudo investigou os locais e frequência de aquisição de alimentos, hábitos de higienização das mãos, alimentos e embalagens e a geração de resíduos domésticos em uma comunidade acadêmica durante a pandemia de COVID-19. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do Hospital Universitário Onofre Lopes (CEPHUOL) conforme o parecer 35918620.7.0000.5292. A coleta de dados deu-se entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021, na qual a comunidade acadêmica (alunos de graduação e pós graduação, docentes e servidores técnicos- administrativos) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi inquirida através de um questionário on-line enviado por e-mail institucional, utilizando a plataforma Google forms, elaborado no âmbito do projeto BRAZUCA-COVID-19. Teve como critério de inclusão possuir e-mail cadastrado no sistema da UFRN e, de exclusão, idade inferior a 18 anos. Os dados foram avaliados a partir de estatísticas descritivas de médias ou medianas e medidas de dispersão, as variáveis categóricas foram analisadas conforme os seguintes tópicos: caracterização da população (vínculo institucional, sexo, idade, corda pele, estado civil, renda, situação de trabalho, alteração da renda durante a pandemia), aquisição e higienização de alimentos, mãos e embalagens (locais de aquisição, higienização de frutas, legumes e verduras e, higienização das mãos e embalagens antes e durante a pandemia). Ademais, os dados referentes a geração de resíduos domésticos (consumo de embalagens, geração de resíduo alimentar, desperdício de alimentos, separação de resíduos domésticos e aproveitamento de resíduos orgânicos) foram apresentados por meio de distribuição de frequências e, valores de p inferiores a 0,01 foram considerados significativos. O perfil da amostra (n=1472) foi predominantemente jovem (71,4%) dos quais 65,8% eram de indivíduos do sexo feminino, ademais 54,3% se auto referiram brancos e 30,0% possuíam renda familiar de até um salário mínimo. Diferenças quanto à aquisição de alimentos, formas de higienização de mãos, alimentos e embalagens e na geração de resíduos foram observadas entre os vínculos acadêmicos e também quanto à área de conhecimento. A maioria da população manteve a tendência de adquirir alimentos em supermercados de forma presencial (89,5%) mesmo em meio ao período pandêmico, situação em que houve um aumento da aquisição de alimentos via delivery. A frequência de pedidos por delivery pelos docentes e estudantes de pós-graduação, tanto de produtos de mercados (31,7% e 24,2%) como de comidas prontas (34,20% e 35,9%), respectivamente, foi verificada com maior regularidade. Durante a pandemia não foi percebido aumento no consumo de embalagens na população estudada (44,9%) e observou-se que 59,5% da população não separava os resíduos domésticos entre orgânicos e inorgânicos, ademais 79,8% não destinavam seus resíduos para compostagem. A pesquisa fornece subsídios para investigações e intervenções futuras no âmbito da alimentação e sustentabilidade pós pandemia.Dissertação Avaliação da citotoxicidade e do potencial bioativo do óleo de buriti (Mauritia flexuosa L. f.) nanoencapsulado em gelatina suína(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-24) Morais, Neyna Santos; Assis, Cristiane Fernandes de; Passos, Thais Souza; 10292652755; http://lattes.cnpq.br/9685790797554876; http://lattes.cnpq.br/0034694007210837; http://lattes.cnpq.br/2533465697313180; Pagnoncelli, Maria Giovana Binder; http://lattes.cnpq.br/1360308643397232; Araújo, Nathalia Kelly de; http://lattes.cnpq.br/3502393944021960O óleo de buriti, extraído do fruto do buritizeiro (Mauritia flexuosa L.f.), é rico em carotenoides, em especial o β-caroteno, além de tocoferóis, ácidos graxos insaturados, e outros nutrientes e compostos bioativos que possuem características antioxidantes e antimicrobiana. A sensibilidade a fatores como luz, calor, umidade, pH e oxigênio que o óleo de buriti e os compostos bioativos apresentam, e a natureza lipofílica do óleo justificam o uso da nanoencapsulação, visando preservar e potencializar as propriedades bioativas do óleo. O objetivo do presente estudo foi avaliar a citotoxicidade, o potencial antioxidante, e o efeito antimicrobiano na modulação da atividade de antibióticos de nanopartículas a base de gelatina suína contendo o óleo de buriti (OGS). A nanoformulação foi obtida por meio da técnica de emulsificação O/A, utilizando a gelatina suína como agente encapsulante e o Tween 20 como tensoativo. A caracterização das nanopartículas foi realizada por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espalhamento Dinâmico da Luz (DLS), Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Termografia (TG) e Análise Térmica Diferencial (DTA), Potencial Zeta em diferentes valores de pH, além da avaliação da eficiência de encapsulação (%). A análise da citotoxicidade foi realizada utilizando células do ovário de hamster chinês (CHO), por meio do teste MTT (brometo de 3-4,5-dimetil-tiazol-2-il-2,5-difeniltetrazólio). A determinação do potencial antioxidante do óleo de buriti bruto e de OGS foi realizada pela determinação da capacidade antioxidante total (CAT), do poder redutor e sequestro de radical ABTS. A avaliação da atividade antimicrobiana moduladora foi realizada por meio da determinação da concentração inibitória mínima (CIM), utilizando bactérias Gram-negativas (Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa) e Gram-positivas (Staphylococcus aureus) e dois antibióticos (gentamicina e norflaxacilina). O MEV mostrou partículas esféricas com superfícies lisas e uniformes. O tamanho de partícula e o índice de polidispersão (IP) obtidos por meio do Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS) foi 72 nm e 0,371nm, respectivamente. O FTIR apontou interações químicas em OGS devido ao deslocamento e formação de novas bandas vibracionais, indicando a interação do óleo com a gelatina suína e confirmando a encapsulação. A eficiência de encapsulação obtida foi de 89,56%. A análise de citotoxicidade apontou que o óleo de buriti bruto e OGS não apresentaram efeito citotóxico em células CHO. Os resultados da atividade antioxidante mostraram que tanto para o teste da CAT, poder redutor, e sequestro do radical ABTS, OGS apresentou maior atividade antioxidante quando comparado com o óleo de buriti bruto (p < 0,05). Para a atividade antimicrobiana moduladora, observou-se que a combinação dos antibióticos, norfloxacilina e gentamicina, com o óleo de buriti bruto e OGS foi mais eficiente para inibir a ação da E. coli e P. aeruginosa comparado aos antibióticos isolados (p < 0,05). Em relação à inibição de S. aureus, OGS se destacou em combinação com norfloxacilina, reduzindo a CIM em 50%. Com isso, observou-se que a nanoencapsulação aumentou o potencial antioxidante e atividade antimicrobiana do óleo de buriti, o que pode ser explicado pela proteção dada aos compostos bioativos com essas propriedades e não apresentou efeito tóxico em células.Dissertação Avaliação da genotoxicidade do inibidor de tripsina isolado de semente de tamarindo (Tamarindus indica L.) e do potencial antibacteriano in vitro e in silico de seus peptídeos derivados(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-30) Oliveira, Gerciane Silva de; Morais, Ana Heloneida de Araújo; Moreira, Susana Margarida Gomes; https://orcid.org/0000-0002-8333-3016; http://lattes.cnpq.br/7741233949116498; https://orcid.org/0000-0002-6460-911X; http://lattes.cnpq.br/1233944493334651; https://orcid.org/0000-0001-8482-7707; http://lattes.cnpq.br/4921949827805516; Assis, Cristiane Fernandes de; Machado, Richele Janaina AraújoAs infecções bacterianas têm se tornado uma preocupação global. Em virtude disso, a busca por agentes terapêuticos naturais e seguros biologicamente com ação antibacteriana, tais como os inibidores de proteases, é crescente. No presente estudo avaliou-se a genotoxicidade do inibidor de tripsina isolado de sementes de tamarindo (ITT) e investigou-se in vitro e in sílico o efeito antibacteriano dos seus peptídeos derivados. Para tal, inicialmente, o ITT foi obtido por cromatografia de afinidade tripsina-Sepharose 4B e identificado. A segurança biológica foi avaliada por meio da citotoxicidade do ITT pelo método colorimétrido de brometo de 3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) -2,5- difeniltetrazólio (MTT) e genotoxicidade por meio do ensaio de micronúcleo com bloqueio de citocinese (CBMN) em células CHO-K1, utilizando 0,3 e 0,6 mg/mL. O padrão de digestão do ITT foi estabelecido por meio da digestão simulada e hidrólise proteolítica in vitro, simulando as fases oral, gástrica e intestinal conforme protocolo da INFOGEST, no entanto, para a hidrólise não foram utilizados os fluidos da digestão. Para determinação da susceptibilidade enzimática o ITT digerido/hidrolisado foi monitorado por análises de massa molecular e atividade inibitória sobre a tripsina. Foi testada a atividade antibacteriana in vitro para o ITT hidrolisado. Para a clivagem in sílico foi utilizado o modelo teórico do ITT, número 56, e conformação número 287 (ITTp 56/287) sendo submetido a clivagem teórica com a combinação de tripsina e quimotripsina (determinado pela digestão simulada), utilizando a ferramenta de análise PeptideCutter do servidor ExPASy. Posteriormente, para selecionar o peptídeo com potencial antibacteriano, esses foram alinhados com o ITTp 56/287 para identificação das posições dos resíduos de aminoácidos utilizando o servidor CLUSTAL W e após selecionar o peptídeo com maior potencial antibacteriano seguiu-se para a dinâmica molecular (DM) usando o pacote GROMACS. O ITT (0,3 e 0,6 mg/mL) não alterou a viabilidade celular e nem tampouco genotoxicidade nas células (p<0,05), quando digerido/hidrolisado in vitro se manteve íntegro na fase oral e gástrica, enquanto as enzimas intestinais (tripsina e quimotripsina) foram eficazes em clivar o ITT. O ITT hidrolisado (7mg/mL) avaliado quanto a atividade antibacterina in vitro contra E. faecalis, S. aureus e S. epidermidis, nas concentrações testadas não apresentou atividade bacteriostática ou bactericida. Na análise in silico o Peptídeotripquimo59 (TVSQTPIDIPIGLPVR) apresentou resíduos de aminoácidos anfipáticos, hidrofobicidade 0,636 e estrutura α- hélice. Na DM o Peptídeotripquimo59 apresentou energia potencial de interação (EPI) de -518,08 kcal.mol-1 com a membrana de bactérias Gram-positiva e os resíduos treonina e arginina apresentaram as melhores EPI, demonstrado grande potencial antimicrobiano. Portanto, os resultados trazem novas perspectivas de estudos e aplicações para o ITT e seus peptídeos derivados sobre a atividade antibacteriana o qual apresenta grande importância na comunidade científica, uma vez que, para a comunidade científica para ser útil no desenvolvimento de novos agentes terapêuticos com potencial de uso para diminuir a alta taxa de mortalidade decorrente das infecções microbianas.