PPGCB - Mestrado em Ciências Biológicas
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Dissertação Agomelatina em ratas: efeitos sobre comportamentos relacionados à ansiedade à luz do seu efeito antidepressivo(2019-02-28) Gomes, Ana Clara da Costa Nunes; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; ; Silva, Alianda Maira Cornelio da; ; Araújo, Mariana Ferreira Pereira de;A agomelatina é um agonista de receptores MT1 e MT2 e antagonista do receptor 5-HT2C usado na farmacoterapia de transtornos depressivos. Ademais, seu uso tem sido sugerido para aliviar sintomas dos transtornos de ansiedade, incluindo ataques de pânico. O objetivo do presente estudo foi avaliar se a administração de agomelatina altera respostas relacionadas à ansiedade e ao pânico em fêmeas. Ratas Wistar foram submetidas a dois testes de ansiedade baseados na aversão inata de roedores a locais abertos e desprotegidos, o labirinto em cruz elevado (LCE) e o labirinto em T elevado (LTE) e ao teste de campo aberto (CA), este último para avaliar índices de ansiedade e a atividade locomotora das ratas. Em nossos resultados, observamos que não houve alteração na atividade locomotora das fêmeas submetidas à administração oral de agomelatina (25, 50 ou 75 mg/Kg, 60 minutos antes do teste) em curto prazo, conforme avaliado no CA e no LCE. Em relação às respostas relacionadas à ansiedade, a administração de agomelatina (12,5, 25 ou 50 mg/Kg, 60 minutos antes do teste) não alterou a exploração dos braços abertos do LCE. No LTE, a administração de agomelatina sessenta minutos antes das sessões de préteste e teste não modificou a aquisição de esquiva inibitória, nem a resposta de fuga nas doses de 50 e 75 mg/Kg. Porém, a dose de 25 mg/Kg favoreceu uma redução na latência para a fuga, sugerindo um efeito panicogênico. Diante da ausência de eficácia da administração em curto prazo de agomelatina sobre a ansiedade experimental, e visando confirmar sua eficácia antidepressiva em fêmeas, as ratas submetidas ao LTE foram submetidas à administração das mesmas doses de agomelatina 60 minutos anteriores ao CA, pré-teste e tese da natação forçada (TNF), com 24 horas de intervalo entre os procedimentos. No TNF, a administração de agomelatina em curto prazo (50 e 75 mg/Kg) não alterou o comportamento de climbing, mas reduziu o tempo de imobilidade, reforçando, assim, o perfil antidepressivo do fármaco em fêmeas. Assim, objetivando verificar se a administração em longo prazo de agomelatina favoreceria um efeito do tipo ansiolítico e⁄ou panicolítico, um grupo independente de ratas foi submetido à administração por 25 dias de agomelatina na dose de 50 mg/Kg e, 60 minutos após a última administração, ao teste no LTE, CA e coleta de sangue para análise bioquímica (AST e ALT) e histológica do fígado. A administração em longo prazo de agomelatina não alterou nenhum dos parâmetros analisados, sugerindo ausência de efeito comportamental, bem como de hepatotoxicidade. Os dados aqui obtidos revelam uma ausência de perfil ansiolítico da agomelatina em curto e longo prazo, porém confirmam seu potencial antidepressivo em curto prazo em fêmeas.Dissertação Alterações morfofisiológicas e moleculares em resposta a estresses abióticos em mamona (Ricinus communis L.)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-08-21) Santos, Sara Caroline Pinto de Almeida; Scortecci, Katia Castanho; ; http://lattes.cnpq.br/4808910380593455; ; http://lattes.cnpq.br/4020311563358074; Uchoa, Adriana Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/6644671747055211; Margis, Marcia Maria Auxiliadora Naschenveng Pinheiro; ; http://lattes.cnpq.br/2076578650189538A queima de combustíveis fósseis destaca-se dentre as atividades humanas como a principal responsável pelo aumento de gases poluentes na atmosfera que provocam mudanças climáticas. Diante deste cenário, têm se buscado alternativas menos poluentes e danosas que os combustíveis fósseis. Muito recurso tem sido investido em pesquisas que visem o conhecimento e produção de espécies de plantas oleaginosas que possam substituir parte do diesel mineral pelo biodiesel. Dentre estas plantas está a mamona (Ricinus communis L.), uma planta oleaginosa pertencente à família Euphorbiaceae, considerada rústica e que não exige grande disponibilidade de água para seu desenvolvimento e produção. Por possuir um óleo rico em um ácido graxo incomum (ácido ricinoléico), tem sido apontada como uma oleaginosa com grande potencial para o cultivo em regiões semiáridas, como o Nordeste do Brasil. Esta região é caracterizada pelos longos períodos de seca com baixa precipitação pluviométrica, além de solos salinos. Considerando isto, este trabalho teve como objetivo contribuir para a compreensão das respostas das plantas de mamona a estresses abióticos (hídrico e salino) por meio de análises morfofisiológicas e moleculares. Para isso, as plantas de mamona foram submetidas a condições de estresse salino (50, 100, 150 e 200 mM de NaCl) em ambiente controlado e estresse hídrico (5, 10, 15 dias e 10 dias cíclico). Após os tratamentos, as plantas foram sujeitas a diferentes análises quanto ao efeito dos estresses: a) na expansão e retenção de água nas folhas; b) no teor de clorofilas; c) nas enzimas do sistema antioxidante (SOD, CAT, APX e POX) em folhas, raízes e sementes; d) na anatomia foliar e de raízes; e) no teor de óleo em sementes; f) na expressão diferencial de genes através de biblioteca subtrativa de cDNA para estresse hídrico em sementes. Diante dos resultados obtidos, verificamos que a mamona sofreu alterações na atividade de enzimas antioxidantes, com respostas dependendo do nível de estresse e tecido-dependente. Nas atividades de SOD e APX em folha foi observada uma diminuição aos 5 e 10 dias de estresse hídrico, entretanto, em raiz houve um aumento da atividade de SOD aos 10 e 15 dias de estresse e de APX ao 5 e 10 dias. Em semente houve uma diminuição da atividade de SOD no maior período de estresse. As atividades de CAT e POX em folha apresentaram um aumento aos 10 dias de estresse, o que também foi observado na atividade de POX em raiz. Alterações nas estruturas do sistema vascular também foram observadas, no entanto, inferimos que a mamona pode resistir ao estresse hídrico moderado (5 dias) e ao estresse salino até 100 mM de NaCl, evitando a perda de água, mantendo o turgor celular. O teor do óleo não sofreu alterações com o déficit hídrico. Os resultados das bibliotecas subtrativas para estresse indicam que existe um aumento na expressão de genes em sementes relacionados à defesa da planta contra as condições de estresse (por exemplo, Dehidrina), assim como, na maturação e desenvolvimento do embrião. Os dados obtidos neste trabalho auxiliaram na compreensão do comportamento da mamona em condições de estresse abiótico, hídrico e salino, assim como, na recuperação hídrica da planta após a retomada das regas.Dissertação Análise bioquímica quântica do regulador TtgR e seus efetores(2019-05-10) Matias, Érika Geicianny de Carvalho; Fulco, Umberto Laino; ; ; Oliveira, Jonas Ivan Nobre; ; Henriques Neto, José de Miranda;A problemática da multirresistência cruzada a diferentes classes de antibiótico MDR (Resistência a múltiplos fármacos) tem se tornado um acontecimento rotineiro na medicina atual, implicando em falha terapêutica. As bombas de efluxo colaboram de forma considerável para essa resistência aos agentes antibacterianos, a expressão desses mecanismos é controlada por reguladores transcricionais. TtgR é um regulador de ligação multidrogas da bomba TtgABC, presente em P. putida, ele apresenta uma forte similaridade com QacR, uma proteína de ligação de múltiplos fármacos de S. aureus. Expomos aqui três estruturas cristalográficas de TtgR, estirpe DOT-T1E, em complexo com o flavonoide Quercetina (QUE) e com os antibióticos Tetraciclina (TAC) e Cloranfenicol (CLM). Através de dados com estruturas cristalinas e simulações computacionais foi possível analisar as contribuições energéticas desses efetores ao sítio de ligação geral de TtgR utilizando a Teoria Funcional da Densidade (DFT) e do Método de Fracionamento Molecular com Capas Conjugadas (MFCC). Os resultados mostraram os valores energéticos de cada resíduo de aminoácido constituinte do bolso de interação com os ligantes em análise. Essa avaliação se deu em um raio de até 13,0 Å de distância dos fármacos. Esses efetores se acoplam a proteína TtgR de forma semelhante, compartilhando um core hidrofóbico, como: LEU93, LEU92, ILE141, VAL171 e VAL96. Foi constatado algumas interações específicas com aminoácidos polares, como ARG176, que se fez importante para os complexos TtgR-QUE e TtgR-TAC e a HIS70 para os complexos TtgR-TAC e TtgR-CLM. Essa caracterização energética nos fornecem informações relevantes para compreensão da resistência MDR, concomitante a novas possibilidades no planejamento de drogas frente a esse mecanismo de resistência.Dissertação Análise da estrutura genética populacional da piraúna (cephalopholis fulva: serranidae) ao longo da costa e ilhas oceânicas brasileiras(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-04-26) Souza, Allyson Santos de; Pichorim, Mauro; Molina, Wagner Franco; ; http://lattes.cnpq.br/8437464961129518; ; http://lattes.cnpq.br/5696697654544552; ; http://lattes.cnpq.br/1368253179222096; Lima, Sergio Maia Queiroz; ; http://lattes.cnpq.br/8316105480397252; Garda, Adrian Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/2685356834735366Brasil possui cerca de 8.500 km de litoral e diante desta dimensão, a pesca historicamente constitui uma importante fonte de proteína animal para consumo humano. O histórico nacional na pesca mostra um crescimento da produção pesqueira marinha até 1985 e a partir deste período registrou-se um contínuo decréscimo. A partir do ano de 2003 as estatísticas pesqueiras apontam para certa “recuperação” da produção pesqueira total, o que provavelmente esta relacionada a uma mudança nas práticas do setor. O alvo da pesca comercial passou a ser espécies menores e de baixo valor comercial, porém muito abundantes. A piraúna, Cephalopholis fulva (Serranidae) é uma destas espécies alvo que vem sofrendo uma maior pressão pesqueira nos últimos anos. A fim de fornecer dados sobre a real situação da diversidade genética destas populações, diversos marcadores moleculares vêm sendo utilizados para esta finalidade. O prévio conhecimento da variabilidade genética é crucial para o manejo e conservação da biodiversidade. Neste intuito, sequências da região controle (d-loop) do DNAmt de Cephalopholis fulva (Serranidae) de cinco pontos geográficos da costa brasileira (Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Espírito Santo) e o Arquipélago de Fernando de Noronha (FN) foram sequenciadas e sua diversidade genética analisada. Os valores de FST se revelaram muito baixos (0.0246 a 0.000), indicando intenso fluxo gênico entre os pontos amostrados. Os índices h e indicam um contato secundário entre linhagens alopátricas previamente diferenciadas ou a grandes e estáveis populações com longa história evolutiva; Os testes de Fu e Tajima indicaram expansão para todas as populações. Já as diferenças par-a-par e o SSD indicaram expansão apenas para as populações costeiras. Diferentemente de outras espécies do Atlântico que foram profundamente afetadas por eventos Pleistocênicos mais tardios, os padrões genético-populacionais presentes em C. fulva parecem estar relacionados a eventos mais recentes ocorridos a cerca de 130.000 anos. Além disso, os dados apresentados pelas amostras geográficas da espécie C. fulva demonstram elevada diversidade genética, indicando ainda a ausência de efeitos deletérios da sobrepesca da espécie, bem como evidências de panmixia plena tanto entre as áreas continentais, como entre estas e o regiões insularesDissertação Análise da expressão de APE1 após estresse oxidativo induzido em células proficientes e deficientes na via de reparo por excisão de nucleotídeos.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-06-28) Melo, Julliane Tamara Araújo de; Lima, Lucymara Fassarela Agnez; ; http://lattes.cnpq.br/1083882171718362; ; http://lattes.cnpq.br/3504274193684794; Lajus, Tirzah Braz Petta; ; http://lattes.cnpq.br/9979644969955564; Scortecci, Kátia Castanho; ; http://lattes.cnpq.br/4808910380593455; Souza-pinto, Nadja Cristhina de; ; http://lattes.cnpq.br/7088639503480810A riboflavina é uma vitamina de fundamental importância em organismos aeróbios, sendo precursora de importantes coenzimas que participam da cadeia transportadora de elétrons. Contudo, após a sensibilização da riboflavina com luz UV ou luz visível, observou-se a formação de espécies reativas de oxigênio (EROs), as quais podem oxidar o DNA. O reparo de lesões oxidativas no DNA ocorre principalmente através da via de reparo por excisão de bases (BER), na qual a endonuclease APE1 exerce um papel central. Por sua vez, a via de reparo por excisão de nucleotídeos (NER) atua reparando lesões no DNA que causam distorções na dupla hélice. Recentemente tem sido descrito a participação da via NER na remoção de danos oxidativos e na estimulação da função de reparo de APE1. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar os efeitos citotóxicos da riboflavina fotossensibilizada (RF*) em células proficientes e deficientes na via NER, correlacionando à expressão de APE1. Para tanto, as linhagens proficientes e deficientes no NER foram submetidas ao tratamento com RF* e em seguida foram realizados os ensaios de viabilidade celular, extração de proteínas totais, fracionamento celular, immunoblotting, imunofluorescência indireta e a análise de polimorfismos em genes da via BER. Os resultados evidenciaram perfis de sensibilidade distintos ao estresse oxidativo induzido pela RF*, onde as linhagens XPA e CSB foram mais sensíveis, enquanto a linhagem XPC mostrou resistência similar à linhagem MRC5-SV, a qual é proficiente na via NER. Esses resultados indicam que as proteínas XPA e CSB possuem um importante papel no reparo das lesões oxidativas induzidas pela RF*. Além disso, foi demonstrado que polimorfismos em um único nucleotídeo (SNPs) em enzimas do BER podem influenciar na sensibilidade dessas linhagens. Em relação às análises dos níveis de expressão de APE1, os resultados mostraram que houve alteração na expressão dessa proteína após o tratamento com RF* somente na linhagem deficiente em XPC. Porém, observou-se que APE1 é recrutada e se torna ligada à cromatina após o tratamento nas linhagens MRC5-SV e XPA. Os resultados também comprovaram a indução de danos após o tratamento com RF* através do estudo da proteína-H2AX, pois o tratamento provocou um aumento nos níveis endógenos desta proteína fosforilada, a qual atua na sinalização de quebras de fita dupla no DNA. Porém, na linhagem XPC, além de ter sido observado uma curva de sobrevivência semelhante à linhagem MRC5-SV, os níveis endógenos de APE1 são significativamente reduzidos quando comparados com as outras linhagens e APE1 não se encontra ligada à cromatina após tratamento com RF*. Conclui-se que a RF* foi capaz de induzir a morte celular em linhagens deficientes no sistema de reparo por excisão de nucleotídeos, onde as linhagens XPA e CSB foram mais sensíveis quando comparadas à linhagem normal MRC5-SV e à linhagem XPC. Este último resultado é potencialmente interessante, considerando que a linhagem XPC apresenta baixos níveis protéicos de APE1. Adicionalmente, os resultados comprovaram que a proteína APE1 pode estar envolvida no reparo de danos oxidativos causados pela RF*, já que APE1 é recrutada na cromatina e se liga fortemente a esta após o tratamento.Dissertação Análise de cDNAs identificados em bibliotecas substrativas de cDNA para floração de variedades de cana-de-açúcar cultivadas no Rio Grande do Norte(RN): fator de transição NAC, Calmodulina e Fosfatidiltransferase(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-10-18) Souza, Valeska Daliane Souto de; Scortecci, Kátia Castanho; ; http://lattes.cnpq.br/4808910380593455; ; http://lattes.cnpq.br/0444299691082697; Costa, Nathalia de Setta; ; http://lattes.cnpq.br/2574016827971663; Lima, João Paulo Matos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/3289758851760692A floração é um processo fisiológico que demanda um alto gasto energético, e é vital para a planta, pois é dela que depende sua propagação genética. Este processo fisiológico tem sido bem estudado no modelo vegetal Arabidopsis, mas em cana-deaçúcar não é muito conhecido. A transição do meristema apical no processo de floração é um fator crítico no ciclo de desenvolvimento da planta. No nordeste brasileiro, a transição para a floração na cana-de-açúcar tem um efeito dramático, pois pode reduzir em até 60% a produção de açúcar ou etanol. Isso porque, o florescimento da cana resulta na isoporização do colmo que é caracterizado pela translocação do açúcar presente no colmo para os ápices meristemáticos com a finalidade de suprir a necessidade energética durante o processo de floração. Portanto, o objetivo desse trabalho foi de prospectar e analisar cDNAs de cana-deaçúcar que possam estar associados à floração utilizando ferramentas de bioinformática e de transgenia. Os resultados mostraram que os cDNAs em estudo apontaram um perfil de expressão diferencial em variedades de cana-de-açúcar. As análises in silico sugeriram que os cDNAs estudados apresentam similaridade para calmodulina, fator de transcrição NAC e fosfatidilinositol, uma SEC14, as quais foram descritas na literatura como tendo um papel no processo de desenvolvimento floral. Para entender melhor o papel do cDNA homólogo à calmodulina, plantas de tabaco foram transformadas com cassetes de superexpressão nas orientações sense e antisense contendo o promotor 35S. Plantas superexpressando o cassete na orientação senso não floresceram, enquanto que plantas superexpressando o cassete na orientação antissense apresentaram o desenvolvimento reprodutivo. Os dados obtidos nesse trabalho apontam para o possível papel de CAM, NAC e SEC14 na via de indução/desenvolvimento floral em cana-de-açúcar, sendo um dos primeiros trabalhos a se estudar esses genes no processo de floração nesse organismoDissertação Análise dos polimorfismos Arg194Trp e Arg399Gln no gene de reparo de DNA XRCC1 em pacientes com meningite bacteriana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-09-28) Pinheiro, Daniele Maria Lopes; Lima, Lucymara Fassarella Agnez; ; http://lattes.cnpq.br/1083882171718362; ; http://lattes.cnpq.br/5225954788648294; Rabenhorst, Silvia Helena Barem; ; http://lattes.cnpq.br/3868264006150535; Luchessi, André Ducati; ; http://lattes.cnpq.br/4420863418928278A meningite é uma doença infecto-contagiosa, na qual foi visto que características genéticas estão envolvidas na susceptibilidade à doença e na resposta inflamatória e isso pode ser determinado por polimorfismos de um único nucleotídeo (SNPs). As espécies reativas de oxigênio (ERO) participam do rompimento da barreira hematoencefálica (BHE), contribuindo dessa maneira para a entrada do patógeno no sistema nervoso central (SNC), na qual induz uma resposta inflamatória, a qual tem sido associada à morte neuronal e surgimento de sequelas nos pacientes que sobrevivem à doença. A via de reparo por excisão de bases (BER) é a principal via envolvida na correção de danos oxidados no DNA em neurônios e tem sido implicada na resposta a meningite bacteriana (MB). Neste trabalho foram avaliados dois SNPs não sinônimos do gene de reparo XRCC1 Arg194Trp (rs 1799782) e Arg399Gln (rs 25487) em pacientes com MB e pacientes não infectados (Controle). Os genótipos dos pacientes foram investigados pela PCR-RFLP. Os danos no DNA genômico foram detectados pelo tratamento com a glicosilase formamidopirimidina (FPG). As imunoglobulinas IgG e IgA foram analisadas através do plasma e as quimio/citocinas foram quantificadas em amostras do líquido cefalorraquidiano. Não foi encontrada nenhuma relação com a doença para o polimorfismo em XRCC1 Arg194Trp, no entanto para o polimorfismo XRCC1 Arg399Gln, foi observado um aumento na frequência do alelo variante no grupo controle em relação ao grupo de pacientes com MB (P = 0,008; OR=0,45). Não foi observada nenhuma alteração nos níveis de quimio/citocinas e imunoglobulinas, como também dos danos ao DNA dos pacientes com o alelo variante em relação aos pacientes com o alelo selvagem para o SNP XRCC1 Arg399Gln. Em conclusão, foi visto que apenas o SNP em XRCC1 Arg399Gln pode apresentar um possível efeito protetor em relação à doença.Dissertação Análise energética das interações intermoleculares dos inibidores dipeptídicos CN-716 E ACIL-KR-ALDEÍDO com a protease de replicação viral NS2B-NS3 do zika vírus(2020-03-17) Campos, Daniel Melo de Oliveira; Oliveira, Jonas Ivan Nobre; ; ; Oliveira, Cláudio Bruno Silva de; ; Araújo, Joselio Maria Galvão de;A infecção emergente pelo zika vírus (ZIKV) se tornou uma ameaça à saúde global devido à associação com anormalidades neurológicas graves, como a síndrome de Guillain-Barré (SGB) em adultos e a síndrome congênita do zika vírus (SCZ) em neonatos. Muitas pesquisas de desenvolvimento e inovação objetivam um composto antiviral eficaz contra o ZIKV. A protease NS2B-NS3 é um alvo atraente para a elaboração de fármacos devido à sua função essencial na replicação viral, mas até o momento, não há nenhum composto comercialmente disponível. Nesse contexto, para contribuir com o design racional de fármacos para o desenvolvimento de um anti-ZIKV eficiente, realizou-se um estudo qualitativo (natureza dos contatos intermoleculares) e quantitativo (energia de ligação) comparativo das interações intermoleculares existentes nas estruturas cristalográficas da serino-protease NS2B-NS3 acopladas aos inibidores peptidomiméticos ácido borônico (cn-716 – PDB ID: 5LC0) e aldeído (Acil-KR-Aldeído – PDB ID: 5H6V). Para a descrição das energias de ligação individuais aminoácido-ligante existentes nesses biocomplexos, utilizou-se o esquema de fracionamento molecular com caps conjugados (MFCC) dentro do formalismo da teoria funcional da densidade (DFT). Os resultados revelaram que o inibidor de aldeído mostrou ter mais afinidade do que o inibidor de ácido borônico. Em geral, a porção P2 do inibidor de aldeído apresenta mais afinidade com o sítio ativo da protease do que o inibidor de ácido borônico devido à presença de dois anéis fenólicos que aumentam a distância e diminuem a interação com a protease. Justamente nessa porção, o resíduo Asp83 é aquele que mais fortemente interagiu com os ligantes. Além deste, destacam-se os aminoácidos Asp83*, His51, Asp129, Ser81*, Gly133, Ala132, Tyr161, Asn152 e Asp75 (Asp83*, Asp129 His51, Asn152, Tyr161, Tyr130, Gly153, Gly151, Asp75, Pro131 e Gly82) em cn-716/NS2B-NS3 (Acil-KR-Aldeído/NS2B-NS3). O aminoácido Asn152 mostrou ser um resíduo chave, influenciando outros aminoácidos vizinhos do bolso de ligação a interagirem com maior afinidade com o inibidor. Por fim, a avaliação do efeito de mutações missense na desestabilização e flexibilização da protease demonstrou que as alterações Tyr161Gly e Tyr130Gly promovem maiores danos à protease. Os resultados apresentados servirão de base para o processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos anti-zika mais específicos e potentes.Dissertação Análise energética dos fármacos Zanamivir e Oseltamivir associados a neuraminidase selvagem e com mutação HIS274TIR(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-11) Souza, Mylene Radmila de Oliveira; Fulco, Umberto Laino; Albuquerque, Eudenilson Lins de; ; http://lattes.cnpq.br/3594651355252245; ; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; ; http://lattes.cnpq.br/5858947460858441; Bezerra, Katyanna Sales; ; http://lattes.cnpq.br/5246433025467179; Barbosa Filho, Francisco Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/2664045440231962A influenza A (H1N1) é uma virose respiratória aguda e contagiosa. Sua cepa foi reconhecida no início do ano de 2009, e constitui pelo menos a metade das causas de pandemias de gripes em humanos. O mecanismo de infecção do vírus se dá por meio das duas glicoproteínas de superfície, a hemaglutinina e a neuraminidase. A hemaglutinina liga-se aos receptores do ácido siálico, induzindo a incorporação do envelope viral pela célula e a neuraminidase age clivando o ácido siálico dos receptores celulares. Esse mecanismo impede o agrupamento viral e, por esse motivo, tornou-se um importante alvo para fármacos antivirais. Atualmente, o Oseltamivir e o Zanamivir são os agentes de escolha para o tratamento e profilaxia da gripe por apresentar vantagens em relação aos outros fármacos, entretanto, já foram descritos casos de resistência a eles, o que se tornou motivo de preocupação para os profissionais de saúde. Tal resistência é acarretada por substituições de aminoácidos que se localizam no sítio ativo da neuraminidase, o que pode influenciar na afinidade e especificidade da ligação ao receptor. A substituição da histidina por uma tirosina (HIS274TIR) é a mais encontrada. A partir da obtenção das estruturas cristalográficas das proteínas escolhidas (3TI6), (3CL0), (3TI5) e (3CKZ) foi calculada a energia de interação do Zanamivir e Oseltamivir co-cristalizado à neuraminidase selvagem e com a mutação His274Tir, através de técnicas computacionais de modelagem molecular, com base na abordagem da Teoria Funcional da Densidade (DFT) associada ao Método de Fracionamento Molecular com Capas Conjugadas (MFCC). Os resultados obtidos constataram que os resíduos com os valores energéticos mais significativos estão situados no sítio ativo da neuraminidase interagindo com os dois antagonistas estudados, tal fato enfatiza a importância de mantê-los preservados com o objetivo de não comprometer a afinidade entre eles. Com esse conhecimento, é possível realizar um aprimoramento no design dos fármacos para que estes possam ser mais específicos e eficientes no combate à disseminação da gripe.Dissertação Análise estatística de impedância da pele(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-03-29) Lima, Sheila Maria Quintanilha de Morais e; Corso, Gilberto; ; http://lattes.cnpq.br/0274040885278760; ; http://lattes.cnpq.br/9698673179978634; Fulco, Umberto Laino; ; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; Amorim, Lúcia de Fátima; ; http://lattes.cnpq.br/4858399814258668; Miranda, José Garcia Vivas; ; http://lattes.cnpq.br/1608472474770322Neste trabalho analisamos a distribuição estatística de bioimpedância de pele. Focamos o estudo sobre duas amostragens: a estatística da impedância de vários pontos na pele em um único indivíduo e a estatística de um lugar específico da pele em uma população. Os dados de impedância de pele foram obtidos da literatura (Pearson, 2007). A combinação dos resultados do teste de Shapiro-Wilk e do Teste de Assimetria confirmam que os dados em uma população são melhores modelados por uma distribuição não normal e assimétrica. Outrossim, os dados referentes à distribuição de impedância para um indivíduo parecem seguir a uma distribuição normal. Realizamos testes de ajustes de curva e a melhor distribuição encontrada para ajustar o conjunto dos dados de impedância de pele para uma população foi a log-normal. É interessante notar que este resultado está em sintonia com medidas de impedância corporal de humanos relatados na literatura de engenharia elétrica. Nossos resultados têm um impacto no planejamento estatístico e na modelagem de experimentos da impedância da pele, especialmente no tratamento de outliers neste conjunto de dados. Este resultado é importante não somente para a questão clássica da suposta baixa impedância dos pontos de acupuntura, mas, além disso, para o problema geral de medidas de biopotenciais sobre a pele usada em equipamentos do tipo Electrodermal Screen Tests.Dissertação Análise estrutural e estado de conservação em um remanescente de Caatinga no Rio Grande do Norte, Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-05-05) Targino, Marcos Alves; Jardim, Jomar Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/9068052682710941; ; http://lattes.cnpq.br/2525936009060906; Versieux, Leonardo de Melo; ; http://lattes.cnpq.br/9905184321288831; Camacho, Ramiro Gustavo Valera; ; http://lattes.cnpq.br/1079760233135463O presente estudo se trata de uma investigação da vegetação lenhosa através de um inventário fitossociológico em um remanescente de caatinga na região agreste do Rio Grande do Norte. Esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a vegetação lenhosa de caatinga com diferentes interferências. O estudo foi conduzido na Fazenda Cauaçu, município de João Câmara, microrregião Baixa Verde, em um remanescente de caatinga com ca. 700 ha. Foram alocadas 20 parcelas de 400 m² (20x20), sendo distribuídas 10 parcelas em cada um dos dois sítios (A1 e A2) com diferentes históricos de uso e distantes mais que 100 m entre si. Foram inventariadas todas as plantas lenhosas com diâmetro do caule ao nível do solo (DNS) ≥ 3 cm e altura total ≥ 1m. A partir dos dados levantados foram calculados os Índices de diversidade, equabilidade e similaridade. Foram inventariados no total, 3.107 indivíduos distribuídos em 23 famílias, 40 gêneros e 45 espécies. Desse total 86,7% das espécies foram identificadas ao nível específico, 11,1% ao nível genérico e 2,2% apenas em família. Fabaceae e Euphorbiaceae apresentaram a maior riqueza, representando 42,2% de todas as espécies e foi semelhante ao relatado em outros estudos em áreas de caatinga. O índice de diversidade (H´) calculado foi de 2,929 e 1,498 nats. ind. - ¹ para as áreas A1 e A2, respectivamente. Entre as espécies mais frequentes e abundantes na área, se destacaram Croton blanchetianus Baill. e Poincianella gardneriana (Benth.) L.P.Queiroz. representando 53,9% de todos os indivíduos. Todas as espécies presentes em A2 foram comuns a A1, exceto a carnaúba, Copernicia prunifera (Mill.) H.E.Moore, presente apenas na primeira. Para cada área A1 e A2, foram encontradas 44 e 24 espécies, respectivamente. As densidades foram de 3.312 e 4.455 ind./ha e dominâncias de 10,498 e 8,267 m²/ha, respectivamente. A vegetação da área está composta por espécies típicas da Caatinga e o remanescente apresenta áreas em bom estado e áreas com diferentes níveis de interferência, porém em regeneração natural.Dissertação Análise in silico da interação do fármaco toremifeno com o complexo glicoproteico GP1/GP2 do vírus ebola(2019-02-15) Rocha, Jaerdyson Medeiros da; Oliveira, Jonas Ivan Nobre; ; ; Blaha, Carlos Alfredo Galindo; ; Oliveira, Claudio Bruno Silva de;A Doença pelo Vírus Ebola (DVE) é responsável por surtos fatais de infecção, marcadamente pelos casos de epidemia no oeste da África. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, o surto de Ebola de 2014 produziu mais mortes que todos os surtos de ebola anteriores em conjunto. O envelope desse vírus é estruturalmente constituído por trímeros de uma glicoproteína (GP), que é clivada por furinas para formação das subunidades GP1 e GP2. Estas estão relacionadas à ancoragem e a fusão do vírus na célula do hospedeiro, respectivamente. A região FL (Fusion Loop region), contida na subunidade GP2, também chamada de “laço de fusão”, comporta-se como sítio de ligação KZ52 de um potente inibidor, o Toremifeno. Esse ligante age primordialmente como um antagonista de receptores de estrogênio durante ciclos de reposição hormonal, contudo estudos recentes demostraram uma forte e efetiva ligação com a glicoproteína do vírus Ebola. De fato, ensaios concisos de deslocamento térmico apontam que o Toremifeno quando ligado causa desestabilização de GP e desencadeia prematuramente a ativação de GP2, dessa forma impedindo a fusão entre o vírus e o endossoma do hospedeiro. Nessa dissertação, técnicas de Modelagem Molecular, especialmente o Método de Fracionamento Molecular com Capas Conjugadas (MFCC), foi utilizado no cálculo das energias de ligação entre os resíduos de aminoácidos da glicoproteína GP do vírus Ebola e o fármaco Toremifeno, no intuito de caracterizar energeticamente a afinidade a formação desse biocomplexo. A compreensão estrutural e energética do complexo toremifeno-GP1/GP2 revelará o mecanismo inibitório desse ligante e, subsequentemente, guiará o desenvolvimento de drogas antiEbola, até então inexistentes. Como resultados, [i] os resíduos ASP522 (-10,39 Kcal/mol), GLU100 (-8,59 Kcal/mol), TYR517 (-6,50 Kcal/mol), THR519 (-3,24 Kcal/mol), LEU186 (-2,77 Kcal/mol) e LEU515 (-2,76 Kcal/mol) são os principais responsáveis pela estabilidade do complexoToremifeno/GP1-GP2 do vírus Ebola; [ii]a ordem de relevância interacional das regiões do fármaco é i (e4: -63,02 kcal/mol; e40: -26,39) >iii (e4: -23,66 kcal/mol; e40: -21,11 Kcal/mol)> ii(e4: -10,36 kcal/mol; e40: -10,13 Kcal/mol); [iii]em termos de contribuição energética das estruturas secundárias do receptor GP1/GP2, a folha β-11 (GP1) e a folha β-18 (GP2), são as que possuem mais aminoácidos permissíveis ao acoplamento do ligante, já a folha β-10 (GP1) e a hélice α-18 (GP2)possuem os resíduos que causam repulsão do ligante ao bolsão de acoplagem.Dissertação Análise in silico da interação entre a bomba de efluxo ACRABTOLC e inibidores(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-03) Batista, Sabrynna de Oliveira; Fulco, Umberto Laino; Melo, Maria Celeste Nunes de; 34195602300; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; http://lattes.cnpq.br/2697949543491903; Barbosa Filho, Francisco Ferreira; http://lattes.cnpq.br/2664045440231962; Bezerra, Katyanna Sales; http://lattes.cnpq.br/5246433025467179As bombas de efluxo são um importante mecanismo de defesa que as bactérias utilizam para evadir os métodos de tratamento antibiótico, usados na medicina no tratamento de doenças infecciosas. A AcrAB-TolC é um complexo protéico pertencente à família RND com importante distribuição em bactérias classificadas como agentes prioritários para desenvolvimento de métodos de combate. Durante muitos anos grupos de pesquisa vem desenvolvendo novos medicamentos com o intuito de mudar o atual cenário de multirresistência que esses microrganismos apresentam, dificultando a melhora de pacientes. Estudos utilizando moléculas inibidoras de bomba de efluxo, têm sido desenvolvidos como método alternativo para o combate das bactérias multirresistentes, a base desses inibidores é a potencialização dos métodos antibióticos já existentes. Dessa forma, este estudo tem como objetivo realizar análise ab initio da interação dos inibidores MBX2319 e seus derivados com o complexo AcrAB-TolC, através de cálculos da mecânica quântica, utilizando a Teoria do Funcional da Densidade (DFT). Os cálculos das energias de interação, dos resíduos envolvidos, foram feitos utilizando o Método de Fragmentação Molecular com Capas Conjugadas (MFCC). Os resultados apresentados, demonstram presença de ligações de hidrogênio que potencializam a força de interação entre ligantes analisados no complexo AcrAB-TolC. Além disso, o resíduo Phe178 apresentou resultados significativos nos 3 ligantes analisados, destacando sua importância para a energia total de interação. Como principais resíduos envolvidos na ligação da AcrAB-TolC com o antibiótico minociclina, utilizado para análise comparativa, temos o ILe277, Phe178, Gly179, Phe615, Arg620, Glu273, Asn274, Leu177 e Ser48. Já para o ligante MBX2319, os principais resíduos foram Phe178, Phe628, Val139, Phe610, Phe136, Phe615, Tyr327, Val612 e Phe617. Por fim, o ligante MBX3132, derivado do MBX2319, teve como principais resíduos o Phe178, Phe628, Phe615, Phe136, Phe610, Val612, Tyr327, ALa286 e o ILe277. Com esses resultados, podemos entender como melhorar os métodos de tratamento utilizados para auxiliar no combate a ação desse mecanismo de resistência bacteriana, e assim dar luz a futuras pesquisas.Dissertação Análise in silico da interação entre a integrina α2β1 e o colágeno(2016-03-18) Bezerra, Katyanna Sales; ; ; Albuquerque, Eudenilson Lins de; ; Freire, Valder Nogueira;A matriz extracelular (MEC) dos tecidos conjuntivos representa um complexo de numerosos membros de várias famílias de proteínas que delineiam sua integridade estrutural e várias funções fisiológicas. As interações que ocorrem entre a célula e a matriz desempenham um papel preponderante na fixação celular e migração, assim como também regulam e promovem a diferenciação celular e a expressão de genes. O controle dessas interações celulares é crucial para grande parte dos processos biológicos. As integrinas são uma família de glicoproteínas transmembranares, que funcionam como os principais receptores metazoários para a adesão celular, desempenhando um papel central em funções de suporte físico para a transdução de sinais, montagem do citoesqueleto de actina, expressão gênica e funções celulares. Estas glicoproteínas podem se ligar a glicoproteínas da matriz extracelular, tal como o colágeno, esta ligação permite a regulação e integridade da adesão celular, migração celular e resposta imune. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo realizar uma análise ab initio da interação entre o domínio-I da integrina α2β1 e o colágeno com sequência GFOGER. A análise foi desenvolvida utilizando-se cálculos de mecânica quântica, no âmbito da Teoria do Funcional da Densidade (DFT), com aproximações do Gradiente Generalizado (GGA) para descrição dos efeitos de correlação e troca. As energias de interação entre os resíduos do domínio-I α2 da integrina e os resíduos do colágeno foram calculadas utilizando-se o método de fragmentação molecular com capas conjugadas (MFCC). Os resultados encontrados comprovam a importância do íon metálico presente na região MIDAS da integrina para a interação com a molécula do colágeno. A análise das energias de interação apresentaram os resíduos Glu11, Glu33, Glu55, Arg12, Arg34 e Arg56 da sequência GFOGER do colágeno, como cruciais para a interação com a integrina. Já os resíduos da integrina que demonstraram ser de grande relevência para a interação foram a Thr221, Asp219, Asp254 e Glu256. Além disso, os resultados também destacam a importância da alteração da conformação destes resíduos durante a interação entre as proteínas. Logo, o conhecimento das peculiaridades que envolvem a interação entre a integrina α2β1 podem auxiliar a compreensão de eventos ainda não totalmente esclarecidos, bem como fornecer dados relevantes sobre os aspectos particulares apresentados em modelos de mutações.Dissertação Análise in silico da interação entre o HLA-A*0201 e peptídeos modificados do melanoma com potencial imunoterápico(2020-02-27) Pereira, Anne Caroline Leônidas; Fulco, Umberto Laino; ; ; Machado, Leonardo Dantas; ; Meurer, Ywlliane da Silva Rodrigues;O melanoma é um tipo de câncer de pele, com crescente incidência no mundo, que acomete os melanócitos e é caracterizado por sua elevada letalidade e capacidade de ocasionar metástases. Devido a severidade da doença, formas convencionais de tratamento, como radioterapia e quimioterapia, não costumam ser eficientes nos estágios avançados. Por isso, desenvolveu-se estudos de novas abordagens terapêuticas baseadas na imunoterapia, que tem como princípio modular o sistema imune contra as células neoplásicas, ainda que essas células possuam capacidade de evadir das respostas imunológicas. Em consequência dos avanços na imunologia molecular, observou-se que a glicoproteína 100 (gp100), componente estrutural do melanossoma, é super expressa no melanoma e é capaz de desencadear a ativação de células T. Através de modificações nas sequências peptídicas nas regiões de reconhecimento pelos antígenos leucocitários humano (HLA), é possível aumentar a afinidade dessa interação e promover uma melhor resposta imunológica. Neste sentido, este trabalho realizou um estudo ab initio da interação de peptídeos modificados provenientes da gp100 com a molécula do HLAA*0201. Para isso, utilizou-se métodos baseados em mecânica quântica, tendo como base a Teoria do Funcional da Densidade (DFT). As energias de interação entre peptídeo-HLA foram calculadas após a partição das estruturas pelo Método de Fragmentação Molecular com Capas Conjugadas (MFCC). Os resultados observados demonstraram que os aminoácidos terminais dos peptídeos exibiram maior interação energética frente aos aminoácidos centrais. O peptídeo C, em que se substituiu uma alanina por valina na posição 9, foi o que apresentou maior energia de interação pelo HLA-A*0201 e foi a única mutação que aumentou a afinidade individual do resíduo. Já as mutações nos peptídeos B, glutamato por alanina na posição 3, e C, glicina por alanina na posição 5, provocaram perca de afinidade pelo receptor. Além disso, devido às mutações na sequência peptídica, percebeu-se que mudanças conformacionais nos peptídeos impactaram no perfil energético de resíduos adjacentes. Delimitou-se também as principais interações resíduo-resíduo para cada posição das sequências peptídicas, notando-se assim que os aminoácidos: Tyr59, Glu63, Lys66, Asp77, Trp167, Tyr159, Thr143 e Lys146 do HLA-A*0201 foram os que realizaram as interações mais energéticas com diferentes resíduos dos peptídeos.Dissertação Análise in silico do complexo YCBB-PBP5 mediador de resistência a β-Lactâmicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-02) Braga, Aline de Oliveira; Fulco, Umberto Laino; Melo, Maria Celeste Nunes de; 34195602300; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; http://lattes.cnpq.br/4527188234415347; Macedo Filho, Antônio de; http://lattes.cnpq.br/5432651695056904; Vianna, Jéssica de FátimaO mecanismo de resistência mediado pela L,D transpeptidase YcbB complexada com PBP5 em Escherichia coli permite a continuação da síntese da parede celular mesmo na presença de antibióticos β-lactâmicos, possibilitando a sobrevivência da bactéria mesmo sob estresse celular. Devido ao aumento do número de casos de resistência bacteriana aos tratamentos disponíveis, torna-se evidente a necessidade em desenvolver uma melhor compreensão sobre os mecanismos de resistência e consequentemente elaborar soluções farmacológicas eficazes. O objetivo deste estudo é avaliar, por meio de técnicas de simulação computacional fundamentadas na Teoria do Funcional da Densidade (DFT) e utilizando como metodologia o Fracionamento Molecular com Capas Conjugadas (MFCC), as especificidades energéticas presentes na interação entre os complexos YcbB-Meropenem e PBP5-Meropenem, a partir da utilização das estruturas cristalinas destas proteínas e a aplicação das ferramentas inerentes ao campo da simulação computacional. Para o primeiro complexo, foram avaliados 38 aminoácidos enquanto que para o sistema PBP5-Meropenem 42 aminoácidos foram analizados. A maioria dos resíduos energeticamente mais relevantes fazem parte do bolsão de ligação e os aminoácidos com maior energia atrativa estão situados a uma distância de até 4 Å, em ambos os complexos. Os resultados obtidos indicam maior energia de interação entre o meropenem e PBP5 através da interação dos resíduos THR243, HIS245, SER116, LYS242, GLY114 e SER139 que foram os mais importantes. Enquanto que para o complexo YcbB e meropenem os aminoácidos mais relevantes são SER526, TYR507, LEU431, ILE506, THR430 ARG407, TRP425, PRO428. Os métodos utilizados na análise destes resultados são arrojados e eficientes, e os resultados analisados servem como base de fundamentação teórica no desenvolvimento de novos fármacos.Dissertação Análise molecular da mutação HIS275TIR isolada na Neuraminidase do H1N1 resistente ao oseltamivir(2017-04-19) Manso, Dalila Nascimento; Fulco, Umberto Laino; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; http://lattes.cnpq.br/5831983268491612; Oliveira, Jonas Ivan Nobre; http://lattes.cnpq.br/2461374517882321; Caetano, Ewerton Wagner Santos; http://lattes.cnpq.br/6647492142392254A mais recente pandemia do vírus influenza ocorreu no ano de 2009, causada pela cepa do influenza A (H1N1), e popularmente conhecida como gripe A ou gripe suína, gerou preocupação aos órgãos mundiais de saúde. Com um quadro sintomático que inclui febre, tosse, inflamação na garganta na maioria dos casos, alguns pacientes, principalmente imunossuprimidos que podem apresentar complicações que evoluem ao óbito. A transmissão do vírus ocorre através do contato entre pessoa a pessoa e seu mecanismo de infecção se dá a partir das duas glicoproteínas de superfície, a hemaglutinina e a neuraminidase. A hemaglutinina atua se ligando aos receptores do ácido siálico favorecendo a entrada do vírus nas células-alvo e a neuraminidase cliva as células do receptor de resíduos do ácido siálico, onde as novas partículas virais estão se ligando. Através dessa quebra haverá liberação das novas partículas virais, que através da hemaglutinina invadirão novas células. Baseado nisso, fármacos foram desenvolvidos com intuito de inibir a ação da neuraminidase, os chamados inibidores da neuraminidase que interferem na liberação dessas novas partículas virais evitando a disseminação da infecção no trato respiratório. Dentre estes inibidores o oseltamivir é o fármaco de escolha para profilaxia e tratamento da gripe A; porém, relatos de resistência a esse fármaco foram descritos, o que causou preocupação nos profissionais da saúde e governantes. A mutação mais encontrada é a HIS275TIR, onde a histidina é substituída por uma tirosina, promovendo uma série de alterações conformacionais que diminuem a afinidade do fármaco pelo vírus originando a resistência. A partir da obtenção de dados cristalográficos e simulação computacional, calculamos a energia de interação da neuraminidase selvagem e com a presença da mutação HIS275TIR ligadas ao oseltamivir utilizando a Teoria Funcional da Densidade (DFT) e do Método de Fracionamento Molecular com Capas Conjugadas (MFCC). Obtivemos 115 resíduos de interação para a neuraminidase selvagem (cristal 4B7R) e 109 resíduos de interação para o cristal com a neuraminidase mutante (3CL0). Os resultados foram avaliados de acordo com a relevância dos valores energéticos para energias repulsivas e energias atrativas. Os cálculos energéticos realizados confirmaram a redução da afinidade da cepa contendo a mutação HIS275TIR e destacaram a importância energética do sítio ativo da neuraminidase mostrando que os principais resíduos energéticos são encontrados nele tornando um alvo para obtenção de novos fármacos devido a sua conservação. As alterações causadas pela substituição do aminoácido histidina por uma tirosina levaram a uma série de mudanças conformacionais nos aminoácidos vizinhos que provocaram alterações eletrostáticas resultando na resistência ao fármaco. A partir desse estudo será possível conhecer melhor as interações moleculares da neuraminidase mutante e posteriormente projetar novos designs de fármacos para serem elaborados e se tornarem mais eficientes na interação com as cepas mutantes desse vírus.Dissertação Análise quântica das interações entre a enzima AKR1D1 com os hormônios esteroides testosterona e progesterona(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-10-30) Souza, Lucas Marques de; Fulco, Umberto Laino; ; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; ; Lima Neto, José Xavier de; ; http://lattes.cnpq.br/4087097955623085; Barbosa, Paulo Henrique Ribeiro; ; http://lattes.cnpq.br/1903813727934214A enzima Δ4-3-cetoesteróide 5β-Redutase Humana (AKR1D1) é uma importante reguladora da biodisponibilidade de esteroides e do fenótipo metabólico. Sua ação está diretamente relacionada a doenças como: obesidade, diabetes mellitos tipo 2, doença hepática gordurosa não alcoólica entre outras. A compreensão do mecanismo de ação desta enzima é de grande importância para facilitar o desenvolvimento de tratamentos de forma mais rápida e eficiente destas doenças relacionadas a ela. Com o intuito de contribuir para essa compreensão, analisouse, por meio de técnicas de mecânica quântica e simulação computacional, utilizando a Teoria do Funcional da Densidade (DFT) e do Método de Fracionamento molecular com capas conjugadas (MFCC), o comportamento das interações que regem os complexos da enzima AKR1D1 com os principais hormônios esteroides masculinos e femininos: testosterona, que está posicionada no sitío alostérico e a progesterona, posicionada no sítio ativo da enzima. No complexo Testosterona-AKR1D1 os resíduos de aminoácidos que mais contribuíram para energia de atração foram: TRP230 > TYR26 > ASN227 > TYR132 > SER225; e no complexo Progesterona-AKR1D1 foram: GLU120 > TRP230 > TYR58 > TYR132 > ILE57. O complexo com a testosterona, situado no sitio alostérico da enzima, apresentou uma energia de interação total maior em comparação com o posicionamento da progesterona no sitio ativo. O resíduo TRP230 obteve uma posição de destaque nos dois sistemas, reforçando seu importante papel de posicionar o ligante dentro da enzima. E GLU120, resíduo da tétrade catalítica, foi a maior energia de interação da AKR1D1 com a progesterona.Dissertação O antagonismo do receptor de serotonina do tipo 7 da substância cinzenta periaquedutal dorsal reduz a ansiedade experimental basal, mas não aquela gerada pela retirada do etanol em ratos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-02) Silveira, Marana Ali; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; ; http://lattes.cnpq.br/8360948057275383; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; André, Eunice; ; http://lattes.cnpq.br/8906770743620827Indivíduos dependentes de etanol que diminuem ou interrompem a sua utilização podem apresentar a Síndrome de Abstinência do Álcool, caracterizada por sinais e sintomas desagradáveis que favorecem a recaída, dentre eles, a ansiedade. Por ser uma droga psicotrópica, o etanol é capaz de promover mudanças comportamentais e neurofisiológicas, atuando sobre diversos sistemas de neurotransmissão, dentre outros o sistema serotonérgico, que vem sendo diretamente relacionado aos estados aversivos, como é o caso da ansiedade. O presente estudo teve por objetivo investigar a participação do receptor de serotonina do tipo 7 (5-HT7) da substância cinzenta periaquedutal dorsal (DPAG) na ansiedade experimental basal e naquela gerada pela retirada de etanol. Para isso, ratos Wistar com 75-100 dias foram submetidos a dois experimentos. No primeiro, os animais receberam as doses de 2,5; 5,0 e 10 nmoles do antagonista de receptor 5-HT7 SB269970(SB) ou veículo intra-DPAG e, dez minutos após, foram expostos ao labirinto em cruz elevado (LCE). No dia seguinte, os animais foram submetidos aos mesmos tratamentos e testados no campo aberto (CA). No segundo experimento, os animais receberam concentrações crescentes (2%, 4%, 6%) de etanol como única fonte de dieta líquida ou água (grupo controle), ambos com acesso livre à ração. Setenta e duas e noventa e seis horas após a retirada do etanol, os animais receberam SB (2,5 e 5,0 nmoles) intra-DPAG dez minutos anteriores ao teste no LCE e no CA, respectivamente. No experimento 1, a dose do antagonista de 10 nmoles foi capaz de reverter a ansiedade gerada pela exposição ao LCE. No experimento 2, as doses ineficazes no LCE de SB (2,5 e 5,0 nmoles) não foram capazes de reverter a ansiedade gerada pela retirada de etanol no LCE, embora a dose de 2,5 nmoles de SB tenha revertido o seu efeito hipolocomotor neste teste. Esses resultados sugerem que o receptor 5- HT7 participa modulando a ansiedade experimental basal de ratos, mas não a ansiedade gerada pela retirada do etanol na DPAG.Dissertação Arthropoda de solo em um ecossistema semi-árido da região neotropical: composição, variabilidade temporal e estratificação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-02-17) Araújo, Virgínia Farias Pereira de; Vasconcellos, Alexandre; ; http://lattes.cnpq.br/8396727262741273; ; http://lattes.cnpq.br/9257604383278293; Almeida, Adriana Monteiro de; ; http://lattes.cnpq.br/1733681004723492; Bandeira, Adelmar Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/9793672573958550; Andreazze, Ricardo; ; http://lattes.cnpq.br/2860040100602320A Caatinga é um importante laboratório para estudos sobre as adaptações e aclimatações de Arthropoda, devido a uma alta variação temporal da precipitação. Foram verificados os efeitos da variabilidade temporal sobre a composição de Arthropoda em uma área de caatinga. O estudo foi realizado na Reserva Particular do Patrimônio Nacional (RPPN) Fazenda Almas, São José dos Cordeiros, Paraíba. A coleta foi realizada em dois transectos paralelos de 100 m, distantes 30 m entre si, em área de caatinga arbórea densa, durante o período entre agosto de 2007 e julho de 2008. Em cada transecto, foram determinados 10 pontos de coleta, distanciados 10 m entre si, onde se retiraram 10 amostras do solo entre 0 e 5 cm (A) e 5 e 10 cm (B) de profundidade, totalizando 40 amostras mensais. O método do funil de Berlese foi utilizado na extração da fauna. Foram registradas 26 ordens e a densidade de Arthropoda do solo variou de 3237 a 22774 indivíduos.m-2 em janeiro de 2007 e março de 2008, respectivamente. Não houve diferença significativa entre as camadas A e B com relação a abundância e riqueza de ordens. Grupos com poucos registros ou que não haviam sido inventariados na região da caatinga foram registrados, como Pauropoda, Psocoptera, Thysanoptera, Protura e Araneae. Acari foi o grupo mais abundante com 66,7% do total de indivíduos. Os Arthropoda de solo apresentaram correlação positiva com a umidade do solo, cobertura vegetal, precipitação e evapotranspiração real. Foram registrados aumento na riqueza e na abundância da fauna em fevereiro, um mês após o início das chuvas. A ocorrência de chuvas periódicas em ecossistemas áridos ou semi-áridos aciona respostas fisiológicas em organismos edáficos, como os Arthropoda. Portanto, os Arthropoda edáficos respondem a variabilidade temporal em área de caatinga. Esta variação da fauna tem implicações potencialmente importantes no estudo do ecossistema, pois as mudanças na composição de Arthropoda do solo podem afetar a dinâmica da rede alimentar ao longo do tempo