Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática por Assunto "abundância"
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Dissertação Projeto raia de fogo: aspectos populacionais da raia de fogo (Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig, 2000) e pesca de elasmobrânquios no complexo recifal do Parracho de Maracajaú(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-07-09) Costa, Tiego Luiz de Araújo; Mendes, Liana de Figueiredo; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790957P8; ; http://lattes.cnpq.br/7190702719695690; Rosa, Ricardo de Souza; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781402H5; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; ; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995A espécie Dasyatis marianae habita áreas costeiras associadas a recifes de corais, sendo considerada endêmica para o nordeste do Brasil, ocorrendo desde o Estado do Maranhão até o sul da Bahia. Exemplares da espécie são comumente avistados por mergulhadores e pescadores na área do Parracho de Maracajaú, um complexo recifal que faz parte da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), onde foi desenvolvido o presente estudo, acerca da ecologia e biologia da D. marianae, com a finalidade de caracterizar aspectos da estrutura populacional na área do complexo recifal do Parracho de Maracajaú. Foram analisados 120 exemplares capturados pela pesca artesanal local quanto ao tamanho, peso, sexo, estágio de maturação e conteúdo estomacal. A maioria dos indivíduos foram machos adultos (1,7:1) e a maior abundância foi para raias com tamanhos entre 25 e 29cm de LD, onde as fêmeas atingem maiores os tamanhos, característica comum a outras raias. Os exemplares de maior porte foram capturados na área de fanerógamas, que é preferencial para a espécie. A distribuição da espécie na área apresentou uma segregação sexual e ontogenética, onde os juvenis ocorrem próximo à praia, que é uma provável área de berçário e crescimento destes, as fêmeas adultas prevalecem nas fanerógamas, que aparentemente tem uma elevada disponibilidade de presas, e os machos adultos se distanciam mais, ocorrendo numa maior proporção nas áreas mais afastadas, sugerindo um hábito mais exploratório quando comparado às fêmeas. A avaliação do sistema reprodutivo apontou 3 ciclos reprodutivos anuais, um filhote por gestação e mostrou que os machos maturam com menor tamanho que as fêmeas. Os filhotes de D. marianae nascem com tamanho de 12 a 15cm de LD. Quanto à dieta, a espécie foi caracterizada como carnívora carcinofágica especialista. A realização de censos visuais em diferentes localidades permitiu avaliar a densidade de D. marianae nos ambientes distintos do complexo. A espécie ocorre em maior número nas fanerógamas, ambiente muito importante para a conservação da espécie. De 100 indivíduos de D. marianae marcados na área do complexo recifal registrou-se uma taxa de recaptura de 3%. Alguns aspectos comportamentais foram avaliados, como padrão de atividade diurna, interação de limpeza com Pomacanthus paru e peixes seguidores como Lutjanus analis e Carangoides bartholomaei. De forma geral, muitas das informações obtidas deverão ser usadas para o manejo adequado da espécie