DANT - Departamento de Antropologia
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Navegando DANT - Departamento de Antropologia por Assunto "Antropologia"
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Artigo Desiguais perante a lei: da justiça dos ricos à injustiça dos pobres: um campo de atuação para a antropologia jurídica(2014) Araújo, Francisco Augusto Cruz de; Melo, Juliana GonçalvesO acesso à justiça tem se consagrado cada vez mais enquanto um direito fundamental para o exercício da cidadania. Em outras épocas, o direito foi um campo de atuação refletido, exclusivamente, por indivíduos do campo jurídico. Atualmente, percebe-se um conjunto significativo de estudos transdisciplinares sobre as relações entre as leis e a sociedade, particularmente no Brasil. Este estudo busca refletir acerca das contribuições da Antropologia Social no campo jurídico, abordando o direito enquanto dimensão de produção de conhecimento e campo de poder capaz de promover ou, por outro lado, violar os Direitos Humanos. O foco deste estudo recai sobre as noções de justiça, democracia e cidadania constituídas ao longo da história brasileira, interpretadas sob o olhar antropológico e relevantes para a compreensão das dinâmicas contemporâneas do mundo jurídico.Artigo A etnicidade encoberta: ‘Índios’ e ‘Negros’ no Rio Grande do Norte(2003) Cavignac, Julie AntoinetteNos estudos sobre o Rio Grande do Norte, as referências às identidades diferenciais são discretas: os ‘índios’ e os ‘negros’ foram relegados ao segundo plano pelos historiadores e a questão não foi investigada sistematicamente pelos antropólogos apesar da multiplicidade das atuações – as populações indígenas aldeadas nas missões do litoral ou, no sertão, resistindo à pressão da sociedade colonial, o etnocidio, as deportações, o apagamento dos registros oficiais, os diferentes estatutos dos escravos, as comunidades quilombolas, as estratégias de sobrevivência, etc. Nas representações nativas do passado, percebemos também um apagamento dos principais atores da história colonial. Para entender essas ausências visíveis tanto na produção acadêmica quanto nas representações coletivas, propomos uma reflexão crítica da literatura, associada a uma revisão da história indígena e do passado escravocrata do Rio Grande do Norte, levando em conta o fato que pouco se sabe da realidade sócio-cultural em que as populações se encontraram ao longo dos séculos, pois foram englobadas em categorias genéricas, elaboradas historicamente. Através deste esforço de síntese visando a reunir as informações sobre as populações marginalizadas social e ideologicamente, pretendemos também abrir pistas de investigações a serem trilhadas por antropólogos e historiadores.Artigo A etnografia como promessa e o “efeito latour” no campo da cibercultura(2014) Segata, JeanO objetivo geral deste trabalho é o de narrar algumas controvérsias entre a comunicação e a antropologia em torno do uso da etnografia e da Teoria Ator-Rede no campo da cibercultura. Nisso, se inclui uma problematização da aproximação dessas disciplinas a partir de alguns interesses desencontrados, os processos de convencimento do uso da etnografia em espaços –on-line, a crítica inicial à proposição da etnografia como método e uma revisão do conceito de rede utilizado em ambas as disciplinas. Em muito, isso celebra uma década e meia do Grupo de Pesquisas em Ciberantropologia (GrupCiber), do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina, e, assim, de alguma forma, configura-se como um momento de autocrítica e de aceno para novos rumos do grupo.Artigo Gatos fidalgos, cálculos renais e as humanidades dos animais de estimação(2014) Segata, JeanO ponto de partida desse trabalho é o da humanização dos animais de estimação. Em geral, ela é discutida a partir da ideia de que estendemos a eles aquilo que para nós é tomado como cultura. No entanto, nesse trabalho, a partir da descrição de um procedimento clínico para a retirada de cálculos renais de um gato gordo, o que se passa a questionar é que as equivalências que marcam as continuidades entre humanos e animais em contextos urbanos se valem igualmente daquilo que valorizamos por natureza. Nesse sentido, o objetivo é mostrar que algumas transformações recentes nas relações entre humanos e animais, especialmente ligadas a novas formas de diagnóstico e tratamento medicalizado fornecem mais do que propriedades simbólicas sobre os animais, tomadas como meios para pensar as sociedades humanas. Antes, elas permitem repensar o lugar dos animais na composição disso que chamamos de social e, por conseguinte, no lugar deles no debate antropológico contemporâneo.Capítulo de livro índios, negros e caboclos: identidades e fronteiras étnicas em perspectiva. O caso do Rio Grande do Norte(Editora da UFRN, 2011) Cavignac, Julie; Reesink, Edwin; Carvalho, Maria Rosário deSe, nos estudos sobre o Rio Grande do Norte, as referências às identidades diferenciais são discretas, também nas representações iiàtivas do passado, percebemos uma ausência dos principais atores da história colonial. Nos dois casos, as populações autóctones, os escravos è os seus descendentes são relegados ao segundo plano. No entanto, quando examinamos de perto a tradição oral, verificamos a existência de elementos recorrentes que, apreendidos conjuntamente, terminam por informar sobre um passado que não foi registrado nos livros de história, Encontramos também interpretações surpreendentes dos eventos históricos que, à primeira vista, parecem totalmente fantasiosas e desprovidas de qualquer lógica: a entrada do maravilhoso no discurso sobre o passado parece estar associada a anacronismos e inversões inéditas quanto ao papel dos agentes históricos.Livro Tronco ramos e raizes!: história e patrimônio cultural do Seridó negro(Editora da UFRN, 2016) Cavignac, Julie Antoinette; Macedo, Muirakytan Kennedy; https://orcid.org/0000-0003-0192-1103Este livro descreve algumas atividades desenvolvidas pela equipe e as reflexões feitas ao longo da realização do Programa de Extensão, mas também traz resultados das pesquisas desenvolvidas no projeto Memórias da escravidão no Seridó (CNPq Universal 483634/2011-5), envolvendo pesquisadores e discentes do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em alguns momentos, integrantes do projeto de cooperação interinstitucional firmado entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Universidade de Brasília se associaram para discutir iniciativas patrimoniais e a questão da invisibilidade histórica das populações marginalizadas pelo processo colonial. Assim, em diferentes momentos, docentes e discentes das duas universidades colaboraram no projeto Conhecimentos tradicionais, direitos e novas tecnologias: interfaces da Antropologia contemporânea (PROCAD casadinho, Ação Transversal nº 06/2011, MCT/CNPq/MEC/CAPES). O livro, escrito a várias mãos, é dividido em quatro partes: na primeira, os especialistas das questões patrimoniais, do mundo camponês e quilombola abrem a discussão e colocam os principais problemas teóricos,ilustrando-os com exemplos tirados de outros contextos etnográficos.