CCHLA - TCC - História (bacharelado)
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33154
Navegar
Navegando CCHLA - TCC - História (bacharelado) por Assunto "Antiguidade Tardia"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
TCC Espaços e catástrofes em Zósimo: religião e poder na História Nova (séculos V e VI d.C.)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-06-30) Cocentino, Raul Fagundes; Baptista, Lyvia VasconcelosDurante a Antiguidade Tardia, o Império Romano passou por diversas transformações religiosas, políticas, culturais, administrativas, territoriais, econômicas e sociais que afetaram o modo como o mesmo era pensado, resultando na produção de releituras diversas na historiografia do período. Em contraste à vertente cristã da História, que, devido ao processo de cristianização do Império, estava tornando-se mais predominante e popular, há o surgimento da corrente ´´classicista´´, composta (predominantemente) por historiadores pagãos que escreviam, em grego ático, utilizando uma forma de escrever a História inspirada nos escritores da Antiguidade Clássica, uma versão não-cristã (pagã) da História do Império Romano. Poucas obras escritas por estes historiadores sobreviveram até a atualidade. Chegando até os nossos dias praticamente intacta e composta de 6 livros, a História Nova, fabricada provavelmente durante os reinados de Anastásio (499-518) e Justino (518-527), foi escrita no Império Romano Oriental pelo advogado do Fisco e cômite Zósimo. Nela, o autor, utilizando como fontes outros historiadores, especialmente Eunápio de Sardes, escreve acerca do passado romano, procurando expor os motivos que teriam levado à decadência e ao fim dos seus tempos áureos de Roma. Observamos que Zósimo, influenciado pelas relações de poder em que estava inserido, teceu, através das suas considerações sobre indivíduos, localidades, fatos e deuses, uma espacialidade imperial romana no seu discurso histórico. A presente monografia possuí como objetivo analisar como foi possibilitada e construída tal imagem do Império Romano na História Nova, especialmente quando foram utilizadas discursivamente catástrofes para qualificar e desqualificar espaços do Império, como Roma, Constantinopla e Atenas.