PPGNEURO - Mestrado em Neurociências
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Navegando PPGNEURO - Mestrado em Neurociências por Assunto "Astrócitos"
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Dissertação Reprogramação de células astrogliais em neurônios utilizando pequenas moléculas orgânicas(2018-11-28) Farias, Ana Raquel Melo de; Costa, Marcos Romualdo; ; ; Pereira, Cecilia Hedin; ; Leão, Emelie Katarina Svahn;A reprogramação de diferentes tipos celulares especializados em outros tem sido um campo amplamente estudado nos últimos anos. Mais especificamente, a geração de neurônios induzidos (iNs) a partir de outras células já diferenciadas é aplicada para estudar os mecanismos moleculares da diferenciação neuronal, gerar modelos humanizados de doenças neurológicas e psiquiátricas, assim como obter iNs que podem ser utilizados em terapias celulares para doenças neurodegenerativas ou lesões agudas no sistema nervoso central. O primeiro tipo de célula não-progenitora convertido em iNs através da expressão de um gene exógeno foi a astroglia. Em seguida, células nãoneurais, tais como fibroblastos e hepatócitos, também foram reprogramados em iNs através de manipulação gênica. Mais recentemente, o uso de pequenas moléculas orgânicas - capazes de interferir em cascatas de sinalização intracelular específicas, modulando processos biológicos - tem sido proposto como alternativa para a reprogramação de células diferenciadas em iNs sem manipulação gênica direta. No entanto, ainda não está claro qual seria a melhor combinação de pequenas moléculas para reprogramar células astrogliais isoladas do cérebro pós-natal. Neste trabalho, avaliamos a possibilidade de reprogramação de astrócitos em iNs, utilizando uma combinação de pequenas moléculas previamente utilizada para reprogramar fibroblastos embrionários. Para isto, astrócitos isolados do neocórtex e cerebelo de camundongos pós-natais foram cultivados e expostos às pequenas moléculas durante 8-20 dias. Findo este período, o fenótipo das células em cultura foi avaliado através das técnicas de imunocitoquímica, RT-qPCR e vídeo-microscopia de tempo intervalado. Foram avaliados aspectos como a expressão de RNAm e proteínas específicas de neurônios e astrócitos, morfologia, sobrevivência e proliferação celular. Nossos resultados indicam que apenas uma fração dos astrócitos em cultura adquirem características tipicamente neuronais quando expostos às pequenas moléculas. Além disso, algumas destas células mantém propriedades astrocitárias, indicando um estado de reprogramação incompleto. Análises de vídeo-microscopia de tempo intervalado também indicam que o tratamento com pequenas moléculas propicia um aumento da mortalidade celular, o que poderia contribuir para a baixa taxa de conversão em iNs observada. Alternativamente, a combinação de moléculas utilizadas pode não ser a mais adequada para reprogramar astrócitos em iNs, indicando a necessidade de diferentes combinações para este fim.