PPGSES - Mestrado Profissional em Práticas de Saúde e Educação
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Navegando PPGSES - Mestrado Profissional em Práticas de Saúde e Educação por Assunto "Atenção básica"
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Dissertação Adesão dos serviços de atenção básica ao teste rápido para as infecções sexualmente transmissíveis(2019-04-29) Araújo, Túlio César Vieira de; Souza, Marize Barros de; ; ; Tavares, Cláudia Mara de Melo; ; Cavalcante, Elisângela Franco de Oliveira;Introdução: Sabe-se que hoje em dia a maior parte das infecções sexualmente transmissíveis é curável ou tratável; no entanto, o quadro sanitário mundial ainda é preocupante. Os testes rápidos usados na detecção do HIV, da sífilis e das hepatites B e C constituem imunoensaios cromatográficos de execução simples, que podem ser realizados em até 30 minutos e não necessitam de estrutura laboratorial. Objetivo: Descrever características da adesão dos serviços de atenção básica da região do Seridó, do Rio Grande do Norte, ao teste rápido para as infecções sexualmente transmissíveis. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa. Utilizou-se um questionário, com roteiro semiestruturado, que abordou o contexto e a inserção do teste rápido no processo de trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família. Os dados foram tabulados em um banco de dados eletrônico com apoio do aplicativo Microsoft Excel 2010, e as informações processadas e analisadas no programa Statistical Package for Social Sciences versão 20.0. Resultados: As publicações mundiais que abordam assuntos relacionados ao teste rápido para as infecções sexualmente transmissíveis, têm como principal temática as dificuldades para a realização da testagem com ênfase no HIV. Quanto a oferta do teste, das 100 equipes entrevistadas, 93 oferecia o teste rápido na rotina do serviço, a realização de todos os testes rápidos durante o pré-natal foi apontada em 83 equipes, 45 não ofereciam nenhum teste no início do terceiro trimestre de gestação, 40 equipes não ofereciam nenhum teste rápido aos(às) parceiros(as) sexuais das gestantes. A penicilina benzantina estava disponível em 81 equipes, todavia 46 não administravam a medicação na atenção primária. Identificou-se o enfermeiro como o principal profissional envolvido em todas as etapas do processo de testagem. No intuito de auxiliar os profissionais no aconselhamento que é realizado antes do teste, construiu-se um material educativo em forma áudio visual de aconselhamento pré-teste. Conclusão: Em relação ao teste rápido, a discussão mundial está centrada nas problemáticas associadas ao processo de testagem, com prevalência no teste de HIV. As equipes do Seridó norte-rio-grandese realizam o teste rápido como uma prática rotineira nos serviços de atenção básica, contudo o processo de trabalho apresenta uma série de fragilidades, como a realização da testagem durante o prénatal, pois, mesmo havendo disponibilidade do teste no acompanhamento, as demais atividades interligadas ao processo de trabalho não ocorrem adequadamente.Dissertação Apoio matricial em saúde mental: ferramenta para o cuidado integral(2019-04-29) Garcia, Lívia Cristina Siqueira; Melo, Lygia Maria de Figueiredo; Guimarães, Jacileide; ; ; ; Cavalcante, Elisângela Franco de Oliveira; ; Tavares, Claudia Mara de Melo;A concepção de Apoio Matricial envolve estratégias de cogestão e de apoio para operar em redes e em sistema de saúde, incorporando a concepção ampliada do processo saúde/doença, o diálogo e a constituição relacional de equipes multiprofissionais para o enfretamento de problemas. No campo da saúde mental essa metodologia é considerada estratégica para garantir o princípio da integralidade das ações em saúde, pois visa estabelecer melhor articulação entre o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Atenção Básica (AB). No entanto, observam-se aspectos dessa relação desenvolvida pelo CAPS III leste de Natal, Rio Grande do Norte, relacionados à integração entre as equipes da atenção básica e apoiadores em instituir na dinâmica de trabalho as solicitações do apoio matricial para compartilhamento ou discussão de casos, que necessitam ser investigados. Entende-se que a construção dessa relação é tarefa complexa e processual que consideramos ser potencialmente relevante para o fortalecimento da política de saúde mental no município. Assim, esse estudo teve o objetivo de analisar o apoio matricial em saúde mental do ponto de vista de profissionais da Atenção Básica dos Distritos Sanitários leste e sul de Natal/RN e elaborar, de acordo com as lacunas identificadas, um produto técnico como sugestão para qualificar o Apoio Matricial, por meio do estabelecimento de tecnologias (abordagem, relação, intervenção, entre outras). Trata-se de um estudo cujo desenho é de natureza descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram os profissionais médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e os agentes comunitários de saúde (ACS), totalizando 15 sujeitos, que atuam nas unidades básicas com o modelo da Estratégia Saúde da Família. A opção pela pesquisa nos distritos sanitários sul e leste se deu em virtude de ser o território de abrangência do CAPS III leste. Para coleta de dados foi utilizada entrevista com roteiro semiestruturado e para análise a técnica de análise de conteúdo temático. Para auxiliar no tratamento dos dados textuais foi utilizado o software ATLAS/ti. Os achados construídos a partir das transcrições das entrevistas revelaram três categorias de análise e subcategorias, a saber: 1) O que se diz e o que se entende, com suas respectivas subcategorias, que traz o entendimento dos sujeitos da pesquisa sobre o apoio matricial de saúde mental na atenção básica; 2) O que se tem e como se oferta e suas subcategorias abordando as características, organização e contribuições das ações do Apoio Matricial; 3) Limites e possibilidades: o que podemos?, revelando as dificuldades identificadas e os caminhos apontados pelos sujeitos da pesquisa sobre o Apoio Matricial em saúde mental na atenção básica. De maneira geral, as narrativas revelam concepções antagônicas em relação aos saberes e práticas do Apoio Matricial. Os resultados revelaram o Apoio Matricial sendo ofertado pelo CAPS e por residentes de psiquiatria do HUOL/UFRN, porém com limitações relacionadas a aspectos organizativos, relacionais e de fluxos para solicitação do Apoio, no contexto tanto das micropolíticas na produção e gestão do cuidado, quanto na macropolitíca. As sugestões apontam para aspectos que potencializem a continuidade das ações de Apoio Matricial, o trabalho interprofissional, o vínculo, e o exercício do Apoio baseado na concepção da clínica ampliada e não no modelo biomédico, verticalizado. Como produto técnico sugerimos a estratégia do Apoio Matricial Regulado como intervenção prática e viável, capaz de favorecer processos de comunicação a partir da solicitação e coordenação da AB, além de instituir fluxos, critérios de solicitação e gestão do cuidado. A partir desse estudo, espera-se contribuir reflexivamente sobre a necessidade de se incluir novas práticas menos fragmentadas, descontinuas e circunstanciais no cotidiano dos serviços e que garantam o cuidado em saúde mental de base comunitária, especialmente em Natal. E, dessa forma, contribuir com a metodologia do Apoio Matricial, por seu potencial caráter transformador das relações de trabalho entre equipes, como estratégia que amplia o trabalho em rede e que favorece o cuidado integral, contínuo e de qualidade para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).Dissertação Conhecimento e vivência de profissionais da Atenção Básica sobre suicídio(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-01-27) Silva, Maria Suelhia Élica de Lima; Guimarães, Jacileide; http://lattes.cnpq.br/8942333851163376; http://lattes.cnpq.br/1084496936670360; Gondim, Grácia Maria de Miranda; Tavares, Cláudia Mara de Melo; http://lattes.cnpq.br/6927667633888452O suicídio é um problema de saúde pública que afeta famílias, comunidades e a sociedade como um todo. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prevenção ao suicídio deve ser considerada prioridade na saúde pública. Nesse contexto, a Atenção Básica (AB) por ser porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), exige que seus profissionais estejam qualificados para assistir aos usuários dos serviços e identificar os fatores protetivos e de prevenção ao suicídio, garantindo-lhes assistência e acompanhamento adequados. Este estudo objetivou analisar o conhecimento e a vivência traduzidos nas práticas de profissionais de saúde da Atenção Básica sobre o fenômeno do suicídio no município de Parnamirim/RN. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de abordagem qualitativa realizado com 15 enfermeiros das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Para tanto, a coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas individuais semiestruturadas, após o consentimento e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) da pesquisa. Foram considerados os aspectos éticos conforme a Resolução n° 466/2012-CNS. Os dados recolhidos foram analisados à luz do método de análise de conteúdo temática. Elencou-se as seguintes categorias de análise: CATEGORIA 1 - Práticas de profissionais de saúde da Atenção Básica sobre o fenômeno do suicídio, com as subcategorias: 1.1. O cuidado às pessoas com ideação suicida e tentativa de suicídio acompanhadas pela Atenção Básica e, 1.2. Interferências ao cuidado em saúde mental na Atenção Básica à Saúde; CATEGORIA 2 - Ações de prevenção ao suicídio desenvolvidas na Atenção Básica; CATEGORIA 3 - Suicídio e práticas preventivas, conhecendo os limites e potencialidades, com as subcategorias: 3.1. Potencialidades e limites identificados para o desenvolvimento de práticas de prevenção ao suicídio no território e, 3.2. Desafios para a prevenção do suicídio frente ao contexto da pandemia de covid-19. Evidenciou-se que o cuidado em saúde mental na atenção básica ainda acontece de forma incipiente e voltado ao modelo biomédico, com os profissionais apresentando pouca aproximação com essa área de atenção. Quanto ao cuidado às pessoas com comportamento suicida, foram relatadas dificuldades quanto a abordagem e manejo desse fenômeno. As ações de prevenção ao suicídio acontecem circunscritas a campanha denominada “Setembro amarelo” e os fatores limitantes referem-se a falta de apoio de gestão, a necessidade de educação permanente, a ausência de matriciamento e a fragmentação da Rede de Atenção Psicossocial. Apesar das dificuldades encontradas, os participantes apontaram potencialidades que contribuem para que as atividades preventivas aconteçam, quais sejam: a presença da AB e equipes de ESF com profissionais comprometidos com o território e o estabelecimento de vínculo, bem como a parceria intersetorial com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Como produto do mestrado profissional e da pesquisa realizada, apresentamos um guia prático para a prevenção da ocorrência do fenômeno do suicídio no cotidiano de profissionais da ESF/AB intitulado Prevenindo o suicídio na Atenção Básica à saúde. Considera-se que estudar as práticas dos profissionais sobre o fenômeno do suicídio na Atenção Básica, porta de entrada das demandas de saúde entre elas, às referentes à saúde mental, possibilita identificar os limites e potencialidade existentes no serviço, o que poderá contribuir para os profissionais da ESF/AB repensarem sua práxis e buscarem identificação precoce e intervenções de prevenção do comportamento e do ato suicida.Dissertação O processo de trabalho do cirurgião-dentista na estratégia de saúde da família do município de São José de Mipibu-RN: desafios para um cuidado integral(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-01-31) Farias, Lívia Freire Vasconcelos; Melo, Lygia Maria de Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/3580862965931971; http://lattes.cnpq.br/6697854112047222; Lucena, Edson Hilan Gomes de; Souza, Marize Barros de; http://lattes.cnpq.br/2773303979810841A Saúde Bucal Coletiva trouxe uma nova perspectiva para as práticas odontológicas no serviço público. Entretanto, não tem sido fácil romper com o projeto hegemônico no campo da odontologia que remete as práticas fundamentadas ao paradigma flexneriano, com concepções voltadas exclusivamente para a dimensão biológica do indivíduo e orientada para a doença e sua cura. Qualificar ações que estimulem mudanças nesse cenário significa assumir novas estratégias que favoreçam o redirecionamento do modelo de atenção à saúde bucal na Atenção Básica, de forma que o usuário passe a ocupar o centro das ações de saúde. Para tanto, é preciso que haja uma forte integração e interação entre os diferentes profissionais, bem como a junção de habilidades e conhecimentos distintos, que envolve primordialmente o trabalho em equipe. O desenvolvimento desta competência incide na Educação Permanente em Saúde, entendida como fundamental no processo formativo dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde. O objetivo do estudo foi analisar o processo de trabalho dos cirurgiões dentistas (CD) na Estratégia de Saúde da Família do município de São José de Mipibu – Rio Grande do Norte. Trata-se de uma pesquisa social de abordagem qualitativa, de natureza exploratória e descritiva desenvolvida na Atenção básica do município compreendendo os profissionais cirurgiões dentistas da Estratégia de Saúde da Família. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista individual através de roteiro semiestruturado e os dados oriundos das entrevistas foram organizados, explorados e analisados com base no método de análise de conteúdo temático apresentado por Bardin e codificados e sistematizados por meio do software ATLAS.ti versão cloud. Elencou-se as seguintes categorias temáticas: Categoria 1: O processo de trabalho do cirurgião-dentista: atividades desenvolvidas, planejamento e organização do trabalho; Categoria 2: O trabalho em equipe e o cuidado integral: aproximações e distanciamentos com as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB); Categoria 3: Avanços e limites para a construção do trabalho em equipe e do cuidado integral. Os resultados apontam para um fazer do CD isolado e centrado em procedimentos clínicos e educativos prioritariamente no consultório, com atividades coletivas e no território secundarizadas, bem como para a fragilidade no planejamento e organização do trabalho, com ações que se distanciam das necessidades da população assistida. O discurso dos profissionais sinalizou um desconhecimento e distanciamento das diretrizes da PNAB o que apontou para incipientes características de um trabalho em equipe e de um cuidado integral. Destacou-se a falta de insumos e equipamentos, a falha na comunicação entre equipes e profissionais de outros níveis de complexidade como os principais desafios para um cuidado integral. Os avanços indicados dizem respeito a ampliação do acesso e de serviços na rede de saúde bucal. Houve o reconhecimento da necessidade de uma estratégia de educação permanente voltada para os profissionais em que os gestores estejam igualmente incluídos. Como produto resultante da pesquisa procedeu-se a elaboração de uma proposta de educação permanente que envolve a construção de um Objeto Virtual de Aprendizagem para fortalecimento do trabalho em equipe de saúde bucal a partir das necessidades identificadas no estudo.Dissertação Tecendo saúde mental de adolescentes na atenção básica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-26) Sousa, Leíza Melo; Guimarães, Jacileide; https://orcid.org/0000-0003-4664-5886; http://lattes.cnpq.br/8942333851163376; https://orcid.org/0000-0002-6117-2469; http://lattes.cnpq.br/2798971953360140; Melo, Lygia Maria de Figueiredo; http://lattes.cnpq.br/3580862965931971; Bosco Filho, JoãoPromover o cuidado integral ao adolescente representa um desafio para os sistemas de saúde, agravando-se após a pandemia pela COVID-19, pois houve um aumento nas taxas de sofrimento psíquico de maneira geral, incluindo também a fase da adolescência, onde apresenta uma taxa de jovens com elevação da inatividade física, no nível de ansiedade, nos casos de estresse e de depressão, dentre outras formas de sofrimento. Dessa forma, sendo a Atenção Básica em Saúde (AB), uma porta de entrada da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), o fortalecimento dela se torna fundamental para um cuidado de base territorial integral, já que representa o espaço mais próximo do usuário com a sua moradia. Portanto, é indispensável a qualificação das Equipes de Saúde da Família (ESF), a consolidação do vínculo com o território, a realização de buscas ativas com o Agente Comunitário de Saúde (ACS), efetuar uma escuta qualificada/acolhimento, ocorrer o matriciamento pelas equipes de saúde mental, a participação familiar e o empoderamento desse jovem. Logo, o estudo tem como objetivo, elaborar um guia prático direcionado aos trabalhadores de saúde, propondo estratégias para a assistência ao adolescente em sofrimento psíquico no âmbito do cuidado territorial da AB. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e qualitativa. Tendo a participação de 29 profissionais de saúde da ESF atuantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Parnamirim-RN. Foi mantida a representatividade de uma UBS por território, através de sorteio estilo loteria, manteve-se pelo menos um profissional de cada uma das categorias, sendo selecionados por meio de amostragem não probabilística nomeada de amostra intencional. Como técnica de análise e apresentação dos dados, elegeu-se a Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2011). Por fim, com o auxílio da plataforma Canva, foi criado o produto tecnológico “Guia prático aos profissionais de saúde da AB com estratégias de cuidado territorial para os adolescentes das gerações Z e Alpha”, sendo de relevância para o município, pois apresenta orientações de cuidados aos adolescentes, considerando a realidade local, alertando para a invisibilidade do cuidado destes jovens na AB, chamando a atenção da gestão municipal para as fragilidades no cuidado desse jovem e na RAPS do município, fortalecendo o diálogo sobre a importância da qualificação profissional, da multiprofissionalidade, da intersetorialidade, da participação familiar, da escuta, da comunicação e do planejamento do cuidado, para uma assistência digna, que garanta os direitos, o convívio social e a integralidade do cuidado no território.Dissertação Tecnologia educacional: simplificando a saúde mental na atenção básica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-10) Cândido, José Ailton Silva; Costa, Maria Cláudia Medeiros Dantas de Rubim; https://orcid.org/0000-0001-7842-7117; http://lattes.cnpq.br/6472536626945111; https://orcid.org/0000-0002-0278-4799; http://lattes.cnpq.br/6070599015298416; Lima, Simone Pedrosa; Sousa, Carla Suellen Pires deO cuidado relacionado ao tratamento voltado ao paciente de saúde mental é um dos maiores desafios para os sistemas de saúde não só no Brasil, mas também no mundo, uma vez que o adoecimento psíquico é um fator global. A Atenção Básica (AB) vem como um suporte de matriciamento com o objetivo de ampliar as possibilidades de cuidado de forma integral a estas pessoas em sofrimento psíquico, bem como aos seus familiares, com base no trabalho organizado segundo o modelo da AB e por meio de ações comunitárias que favorecem e fortalecem a inclusão social destas no território onde vivem e trabalham. Desse modo, surge a Portaria n.º 198/2004 de Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, do Ministério da Saúde, como estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS). Instituída com o objetivo de auxiliar na formação e desenvolvimento de trabalhadores da saúde, visa reorganizar o processo educativo dos profissionais que compõem a rede do SUS através da reflexão sobre as práticas individuais e em conjunto, possibilitando um espaço democrático de participação dos profissionais e de toda sociedade. Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo construir uma tecnologia educacional, em saúde mental, para profissionais da Atenção Básica. Foi realizada Pesquisa Convergente Assistencial (PCA) de abordagem qualitativa no município de Vera Cruz na Grande Natal. A coleta de dados foi executada por meio de entrevista individual com questionário semiestruturado no mês de abril de 2024 com um total de 20 profissionais e possibilitou mapear o conhecimento desses profissionais sobre o cuidado em saúde mental na AB. Foram respeitadas as etapas que correspondem à PCA, seguindo todos os princípios éticos que tangem às pesquisas com humanos. Para organização e tratamento dos dados obtidos, foi utilizado o software Altas Ti®️. Os resultados obtidos através desta pesquisa possibilitaram identificar as lacunas existentes nas práticas do cuidado em saúde mental. Dentre as lacunas, destacam-se a falta de conhecimento sobre saúde mental e a dificuldade em lidar com o paciente. O estudo possibilitou a criação de uma estratégia educacional inovadora, criada com os profissionais, de acordo com as suas limitações, levando em consideração os preceitos de Paulo Freire sobre educação com visão crítica, humanizada e questionadora, em que o aprendiz tem lugar de fala. A construção dessa tecnologia possibilita uma AB mais forte, segura e acessível ao paciente e sua família, ao profissional e à comunidade em geral.