PPGDEM - Mestrado em Demografia
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Navegando PPGDEM - Mestrado em Demografia por Assunto "Acidentes de trânsito"
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Dissertação Acidentes de trânsito e consumo de álcool ao dirigir nas rodovias federais do Estado do Rio Grande do Norte: 2007 a 2019(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-22) Souza, Emilly Lindolfo de; Lima, Luciana Conceição de; http://lattes.cnpq.br/5906454269284655; https://orcid.org/0000-0002-5965-3861; http://lattes.cnpq.br/5626114546311524; Vasconcelos, Ana Maria Nogales; Machado, Elaine Leandro; Magalhães, Ismênia Blavatsky deConsiderando a combinação perigosa de álcool e direção veicular, o objetivo central do presente estudo foi identificar as tendências das ocorrências de acidentes de trânsito com vítimas fatais e não fatais ocasionadas por uso de álcool ao dirigir nas rodovias federais no Estado do Rio Grande do Norte (RN), de 2007 a 2019. Esse estudo se justifica devido a importância de estudos demográficos acerca do tema, e que compreende um período de mudanças importantes na legislação do trânsito brasileiro, como o endurecimento de leis de trânsito para coibir o consumo de álcool ao volante, como a própria implantação da Lei Seca. O RN é um recorte investigativo provocador aos estudos demográficos pois se localiza em uma das três regiões brasileiras que apresentam as maiores taxas de mortalidade no trânsito. Nesse estudo foi testada a seguinte hipótese: a formação de clusters no período de 2007 a 2019 ocorreu devido a centralização das ocorrências de acidentes de trânsito com vítimas fatais e não fatais motivados pelo consumo de bebidas alcoólicas na Região Metropolitana de Natal. Para o alcance dos objetivos propostos foram utilizadas informações provenientes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Essa fonte disponibiliza informações dos acidentes em dois níveis: ocorrência e pessoa envolvida no acidente, e ambos foram utilizados nesse estudo. Foi utilizado um banco de dados de 2.143 ocorrências de acidentes de trânsito motivados pela ingestão de álcool registradas em rodovias federais no RN, e a partir da base de dados de pessoas foram analisados 4.735 registros de envolvidos em acidentes que também tiveram como causa principal o uso de álcool ao dirigir em rodovias federais no RN. Como métodos foi utilizada análise descritiva e análise espacial univariada por meio da aplicação do Índice de Moran Global e Índice de Moran Local (LISA). Nesta análise, os softwares utilizados foram o Qgis (versão 3.16.3) e Geoda (versão 1.18). Entre os principais resultados, foi encontrado o seguinte perfil das vítimas fatais em ocorrências de acidentes cuja causa principal foi a ingestão de álcool: predominantemente masculino (N=309; 78,4%), do grupo etário de 18 a 29 anos (N=110; 31,2%), do tipo condutor (N=236; 56,3%) e em trechos de rodovias federais localizados no interior do RN (N=95; 67,4%). Em relação à análise espacial, em que pese o baixo valor encontrado para o Índice de Moran Global para acidentes com vítimas fatais ou não, verificou-se por meio do Índice de Moran Local a formação de clusters, e para além da Região Metropolitana de Natal, rejeitando a hipótese testada. De um modo geral, os resultados encontrados apontam que a prevenção e a redução dos acidentes de trânsito analisados dependem de políticas públicas atuantes em todo o território, e não apenas na capital e em seu entorno, e que leve em consideração não apenas o perfil demográfico como também as características viárias/ambientais das ocorrências.Dissertação Fatores associados aos acidentes de trânsito graves envolvendo condutores de automóvel e motocicleta: uma análise para as BR 101, 116 e 230 na Região Nordeste em 2007 e 2016(2019-06-19) Cruz Júnior, Valdeniz da Silva; Lima, Luciana Conceição de; ; ; Bertho, Ana Carolina Soares; ; Meira, Karina Cardoso;O presente estudo teve como objetivo principal identificar os fatores associados aos acidentes de trânsito graves (ocorrência de lesão grave/óbito entre condutores de automóvel e motocicleta) nos trechos das rodovias BR 101, 116 e 230 localizados na Região Nordeste, nos anos de 2007 e 2016. Em todo o mundo, os acidentes de trânsito, que constituem uma das causas externas de morbidade e mortalidade, têm sido responsáveis por um número considerável não apenas de óbitos, como também, de sequelas físicas e psicológicas permanentes a muitos daqueles que sobrevivem a esses eventos. Nessa perspectiva, torna-se de fundamental importância estudos desse tipo em trechos específicos considerados críticos, além de se voltar para os diferenciais de riscos entre tipos e ocupantes de veículos. Para atingir o objetivo proposto foram utilizados os registros de acidentes de trânsito disponibilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), tendo sido analisados 2.692 casos para 2007 e 3.011 casos para 2016, ambos referentes aos condutores de automóvel e motocicleta. Os dados foram submetidos inicialmente à análise descritiva e, posteriormente, estimados modelos de regressão de Poisson com variância robusta. Esses modelos de regressão foram construídos em blocos, sendo as variáveis incluídas nesta ordem: Modelo 1 (varáveis demográficas), Modelo 2 (variáveis viárias/ambientais), Modelo 3 (variáveis veiculares) e Modelo 4 (causas presumíveis dos acidentes de acordo com a tríade epidemiológica). Todas as análises foram segregadas de acordo com o ano, rodovia e tipo de veículo. Entre os principais resultados destacaram-se como fatores associados ao desfecho de condutor de automóvel lesionado gravemente ou falecido em 2007: BR 101: tipo de pista simples (RP=1,93, p<0,10) e colisão frontal (RP=1,81, p<0,05), BR 116: via em cruzamento (RP=2,88; p<0,10) e colisão frontal (RP=1,92, p<0,05), BR 230: via em cruzamento (RP=3,11; p<0,05) e pista simples (RP=1,74; p<0,05). Para 2016 foram: BR 101: fase do dia em plena noite (RP=1,52; p<0,05) e colisão frontal (RP=1,92; p<0,05), BR 116: fase do dia ao amanhecer (RP=1,83; p<0,05) e colisão frontal (RP=2,55; p<0,05), BR 230: sexo masculino (RP=3,71; p<0,05) e via em cruzamento (RP=3,45; p<0,05). Já destacaram-se como fatores associados ao desfecho de condutor de motocicleta lesionado gravemente ou falecido em 2007: BR 101: fase do dia ao amanhecer (RP=1,84, p<0,05) e colisão frontal (RP=1,60, p<0,05), BR 116: sexta-feira a domingo (RP=1,37; p<0,10) e colisão frontal (RP=1,35, p<0,10), BR 230: fase do dia ao anoitecer (RP=1,78; p<0,05) e fase do dia ao amanhecer (RP=1,76; p<0,10). Para 2016 foram: BR 101: fase do dia ao amanhecer (RP=1,47; p<0,10) e colisão frontal (RP=1,68; p<0,05), BR 116: grupo etário de 50 anos ou mais (RP=1,32; p<0,10) e colisão frontal (RP=2,10; p<0,05), BR 230: fase do dia em plena noite (RP=1,41; p<0,05) e colisão frontal (RP=1,76; p<0,05). De um modo geral, o estudo mostrou que a gravidade dos acidentes de trânsito não se relaciona apenas às características individuais e de comportamentos dos condutores, mas de fatores relacionados às vias e às condições do ambiente do momento do acidente o que evidencia a necessidade de ações intersetoriais para a prevenção dessas ocorrências.