Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/21294
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária por Assunto "Antimicrobianos"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Impacto da pandemia da Covid-19 no perfil de resistência bacteriana em um hospital da cidade do Natal-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-25) Silva, Rayane França da; Melo, Maria Celeste Nunes de; https://orcid.org/0000-0002-9826-4981; http://lattes.cnpq.br/0580551464788795; http://lattes.cnpq.br/3822850679527170; Aires, Caio Augusto Martins; Fernandes, José VeríssimoA emergência da COVID-19 trouxe um cenário epidemiológico e sanitário incerto, acarretando no aumento do uso de antimicrobianos de forma empírica como prevenção de possíveis infecções bacterianas adquiridas de forma secundária à infecção viral em pacientes internados em UTIs. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia da COVID-19 no perfil de resistência bacteriana em um hospital da rede privada localizado na cidade do Natal-RN. Trata-se de um estudo transversal descritivo de natureza retrospectiva, no qual foi avaliado o perfil de resistência de isolados bacterianos provenientes de pacientes internados em um período de três anos, abrangendo períodos pré-pandemia e de pandemia. A análise das planilhas de notificação do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) revelou 4.238 (84,9%) culturas positivas para bactérias no período avaliado. Os isolados bacterianos apresentaram distribuição igual entre pacientes do sexo feminino e masculino, com maior prevalência em hemoculturas (31,6%) e uroculturas (30%) e provenientes das UTIs (41,9%). Os pacientes com COVID-19 apresentaram 12,1% de coinfecção bacteriana. As bactérias mais prevalentes foram Staphylococcus spp. (27,6%), Klebsiella spp. (25,6%), Pseudomonas spp. (22,4%) e Escherichia coli (11,6%). A multirresistência foi observada em 63,9% das bactérias com as seguintes prevalências: Acinetobacter spp. (86,8%), Pseudomonas spp. (69,1%), Staphylococcus spp. (81,8%) e Klebsiella spp. (58,3%). Foi verificado uma associação estatisticamente significativa (p<0,001) da multirresistência bacteriana com o período da pandemia (2020-2021) quando comparado ao período prépandemia (2019) assim como, com os pacientes diagnosticados com COVID-19 (p=0,001). Conclui-se que a pandemia de COVID-19 aumentou a prevalência de bactérias multirresistentes no hospital estudado.