PPGSCOL/CCS - Mestrado em Saúde Coletiva
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/12052
Navegar
Navegando PPGSCOL/CCS - Mestrado em Saúde Coletiva por Assunto "Acesso aos serviços de saúde"
Agora exibindo 1 - 5 de 5
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aos serviços de saúde bucal no Brasil: desigualdades na utilização e fatores associados à oferta de atenção secundária(2019-06-27) Galvão, Maria Helena Rodrigues; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; ; Forte, Franklin Delano Soares; ; Celeste, Roger Keller;O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência dos determinantes socioeconômicos no acesso aos serviços odontológicos no Brasil, sob a perspectiva da utilização e disponibilidade, considerando duas estratégias analíticas: (a) a desigualdade na utilização dos serviços odontológicos relacionada à renda na população brasileira a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) no ano de 2013 (b) a associação entre os indicadores sociais e de organização dos serviços de saúde dos municípios e a disponibilidade de serviços nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), a partir dos dados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ-CEO). A primeira abordagem consiste em um estudo de painéis repetidos, com análise de dados secundários provenientes de estudos seccionais de base domiciliar. Foram selecionados os dados das PNAD 1998, 2003 e 2008, e os dados da PNS 2013. As variáveis dependentes foram “Já teve acesso à consulta odontológica alguma vez na vida” e “Última consulta odontológica realizada a 3 anos ou mais”. A variável independente selecionada foi “Rendimento per capita domiciliar em salários mínimos”. Com a finalidade de avaliar a desigualdade em saúde para os desfechos avaliados, foram utilizados índices complexos de avaliação de desigualdade em saúde baseados em regressão, o Coeficiente Angular de Desigualdade (CAD) e o Coeficiente Relativo de Desigualdade (CRD). A segunda abordagem trata-se de um estudo ecológico, com amostra de 776 municípios brasileiros que participaram do 1° ciclo do PMAQ-CEO realizado no ano de 2014. As variáveis dependentes do estudo consistiram no número de profissionais e carga horária semanal de cirurgiões-dentistas atuando nas especialidades mínimas por 10.000 habitantes. Realizou-se uma análise de componentes principais para a criação de um escore para mensurar o desempenho dos municípios quanto à disponibilidade de serviços odontológicos especializados. A fim de avaliar os fatores associados ao desempenho dos municípios, utilizou-se o teste do Qui-quadrado de Pearson, tendo como variáveis independentes os seguintes indicadores municipais categorizados em tercis: renda per capita, Índice de Desenvolvimento Humano, índice de Gini, população residente, despesa total com saúde por habitante e Equipes de Saúde Bucal por 10.000 habitantes. Como principais resultados, observou-se uma redução na diferença absoluta no percentual de ausência de acesso entre os indivíduos com maior e menor renda. A diferença absoluta para a ausência de acesso dentre os grupos passou de 10,92% em 1998 para 7,61% em 2013. Para a ausência de acesso nos últimos 3 anos, os valores reduziram de 48,19% em 1998 para 26,98% em 2013. Também se observou uma redução da desigualdade relativa quanto à renda para ambos os desfechos. Com relação à segunda abordagem, o desempenho ótimo quanto à disponibilidade de serviços especializados em saúde bucal foi observado em municípios com menor porte populacional (67,3%), com menor IDHM (41,9%) e com menor renda per capita (41,2), maior média de equipes de saúde bucal por 10.000 habitantes (50,6%), maior média de cadeiras do CEO por 10.000 habitantes (66,3%). Conclui-se que houve uma redução das desigualdades quanto à renda no acesso a consulta odontológica com o passar dos anos analisados, embora se mantenha em níveis preocupantes. Os municípios com piores indicadores socioeconômicos e com melhor organização dos serviços de saúde bucal obtiveram melhor desempenho quanto à disponibilidade de serviços odontológicos especializados. Os resultados demonstram o avanço obtido a partir da Política Nacional de Saúde Bucal, entretanto existem desafios a serem superados para a efetivação dos pressupostos desta política, particularmente no que diz respeito à desigualdade.Dissertação Avaliação do acesso aos serviços de reabilitação física para vítimas de acidentes de trânsito: caminhos para melhoria da qualidade do sistema de saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-01) Sousa, Kelienny de Meneses; Gama, Zenewton André da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/8885774273217562; ; http://lattes.cnpq.br/8950475486358211; Medeiros Júnior, Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/8911091115987549; Travassos, Cláudia Maria de Rezende; ; http://lattes.cnpq.br/5585204991017721Os serviços de Reabilitação Física (RF) têm importância fundamental no enfrentamento da epidemia global dos Acidentes de Trânsito (AT). Considerando as inúmeras sequelas físicas e sociais dos sobreviventes, problemas de qualidade no acesso à RF constituem um agravo à recuperação das vítimas. Faz-se necessário implementar a gestão da qualidade destes serviços, avaliando dimensões prioritárias e intervindo nos seus fatores determinantes, a fim de garantir RF disponível em tempo e condições oportunas. Objetivou-se identificar barreiras de acesso à RF considerando a percepção das vítimas de AT e dos profissionais de saúde, bem como estimar o acesso à RF e seus fatores associados. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa de natureza exploratória desenvolvida em Natal/RN com entrevistas semiestruturadas a 19 profissionais de saúde e de inquérito telefônico a 155 vítimas de AT. Para explorar as barreiras de acesso os discursos foram transcritos e analisados com o software Alceste, versão 4.9. Durante as entrevistas utilizou-se a seguinte pergunta norteadora: “Que barreiras dificultam ou impedem o acesso à reabilitação física para vítimas de acidentes de trânsito?”. A denominação das classes e eixos resultantes do Alceste foi realizada por consulta ad hoc a três pesquisadores externos com posterior consenso da denominação mais representativa. Realizou-se análise multivariada da influência das variáveis do acidente, sociodemográficas, clínicas e assistenciais sobre o acesso à RF. As associações que apresentaram p<0,20 na análise bivariada foram submetidas à regressão logística, passo a passo, com p<0,05 e Intervalo de Confiança (IC) de 95%. As principais barreiras identificadas foram: “Regulação burocrática do acesso”, “Demora para o acesso”, “Não encaminhamento pós-cirurgia” e “Ineficiência dos serviços públicos”. Essas barreiras foram distribuídas em um modelo teórico construído a partir do diagrama de causa-efeito, no qual se observou que o acesso insuficiente à RF é produto das causas associadas à estrutura organizacional, processos de trabalho, profissionais e usuários. Construíram-se dois modelos de regressão: “Acesso geral à RF” e “Acesso ao serviço público de RF”. Obtiveram acesso à RF 51,6% dos usuários, sendo 32,9% na rede pública e 17,9% no serviço privado. O modelo de regressão “Acesso Geral à RF” foi composto pelas variáveis “Renda Familiar” (OR: 3,7), “Trabalhador informal” (OR: 0,11), “Desempregado” (OR: 0,15), “Necessidade percebida de RF” (OR:10,0) e “Encaminhamento para RF” (OR: 27,5). O modelo “Acesso à RF no serviço público” foi representado pelo “Encaminhamento para RF” (OR: 23,0) e “Plano Privado de Saúde” (OR: 0,07). Apesar da conhecida influência dos determinantes sociais sobre o acesso aos serviços de saúde, situação de difícil controle pela gestão pública, este estudo encontrou que os processos organizativos e burocráticos estabelecidos na assistência em saúde determinam sobremaneira o acesso à RF. As falhas no acesso sinalizam a importância do problema, e os fatores associados apontam para intervenções na gestão do cuidado integral, a fim de melhorar a qualidade e o acesso à reabilitação física e evitar prolongamento desnecessário do sofrimento dos sobreviventes da epidemia de AT.Dissertação Incapacidade funcional de mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama(2016-04-20) Oliveira, Nayara Priscila Dantas de; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; ; Pessoa, Daniela Mendes da Veiga; ; Rosendo, Tatyana Maria Silva de Souza;O câncer de mama apresenta altas taxas de incidência e atualmente observa-se aumento considerável na taxa de sobrevida, de modo que a qualidade desta sobrevivência passa a ser considerada uma importante questão de saúde pública. O objetivo do estudo foi verificar a prevalência de incapacidade funcional e seus fatores associados em mulheres sobreviventes ao tratamento do câncer de mama. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 101 mulheres residentes no município de Natal-RN com diagnóstico de neoplasia maligna da mama, que foram submetidas ao tratamento oncológico há no mínimo um ano e que ainda permanecem em acompanhamento clínico na Liga Norte Riograndense contra o Câncer. O estudo foi composto por duas fases de coleta de dados, realizadas com o acesso aos prontuários das pacientes e com entrevistas individuais. A capacidade funcional foi aferida por meio do instrumento Disabilities of the Arm and Shoulder (DASH). Coletaram-se também variáveis relacionadas às características socioeconômicas, hábitos de vida, condições de saúde, histórico ginecológico e obstétrico, características clínicas do tumor e abordagem terapêutica. A análise bivariada foi realizada por meio do teste teste Qui-quadrado de Pearson (Exato de Fisher). A análise multivariada foi feita por meio da Regressão de Poisson com variância robusta. Considerou-se o nível de confiança de 95%. A idade média das mulheres incluídas no estudo foi de 56,19 anos (±10,6), com renda média mensal de 3,88 (±4,5) salários mínimos e com acesso ao serviço de saúde público predominante (50,5%). Em sua maioria, as pacientes foram submetidas à abordagem cirúrgica conservadora (53,5%). A prevalência de incapacidade funcional foi de 22,8% (IC95%: 13,9-31,6). A capacidade funcional mostrou-se associada de maneira estatisticamente significativa à idade e ao tipo de acesso ao serviço de saúde. Pode-se concluir que as pacientes mais jovens sofreram maior impacto do tratamento do câncer de mama na funcionalidade quando comparadas às mulheres mais idosas. Quanto ao acesso ao serviço de saúde, as mulheres que receberam acompanhamento clínico público apresentaram maior ocorrência de incapacidade funcional, o que aponta para a necessidade de serviços de saúde mais organizados na sua rede assistencial, menos burocráticos e efetivamente resolutivos, minimizando os impactos do tratamento oncológico nas condições de vida e saúde das sobreviventes do câncer de mama.Dissertação Iniquidade racial no acesso ao pré-natal no primeiro trimestre de gestação: uma revisão sistemática e metanálise(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-30) Silva, Pedro Henrique Alcântara da; Mirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa; Medeiros, Wilton Rodrigues; ; ; ; Medeiros, Arthur De Almeida; ; Cavalcante, Rosangela Diniz;O acesso ao pré-natal é o principal promotor do nascimento saudável e a principal medida de prevenção de mortalidade materna por causas evitáveis existente na atenção básica. A entrada precoce neste serviço possibilita atingir o número adequado de consultas, bem como a realização dos procedimentos preconizados e definidores de adequabilidade. A raça/cor da pele é um importante preditor do estado de saúde da população, assim como um marcador de desigualdades sociais. Objetivou-se, então, realizar revisão sistemática da literatura e meta-análise de estudos transversais, para identificar a prevalência de acesso ao pré-natal no primeiro trimestre de gestação de acordo com a raça ou etnia e sua magnitude de associação. O protocolo desta revisão está cadastrado na plataforma PROSPERO sob o número CRD42020159968. Foram realizadas buscas na PUBMED, LILACS, Web of Science, Scopus, CINAHL e na literatura cinzenta (Google Scholar e Opengray), utilizando os descritores “pregnancy”, “prenatal care” e “Health Services Accessibility”. A qualidade dos estudos e o risco de viés foram analisadas utilizando o instrumento Joanna Briggs Critical Appraisal Checklist for Analytical Cross-Sectional Studies. Após as etapas de análise, foram incluídos 17 estudos para compor esta revisão. Os dados extraídos foram tabulados e analisados de forma qualitativa e quantitativa por meio de metanálise. Observou-se que, na maioria dos estudos incluídos, as negras foram as que menos tiveram acesso aos serviços de pré-natal ainda no primeiro trimestre, com prevalência de acesso variando de 53% a 56,4%; já as mulheres brancas tiveram prevalência entre 74% a 76,5%; e as de outras etnias de 64,2% a 68,8%. Na análise quantitativa dos dados, verificou-se que as negras quando comparadas às brancas apresentam 43% de chances a menos (OR = 0,57 IC95% 0,51-0,64) de obterem cuidados obstétricos ainda no primeiro trimestre, e de 22% de chances a menos quando comparadas com as mulheres de outras etnias (OR = 0,78 IC95% 0,65-0,95). Assim, conclui-se que as mulheres negras, mesmo quando contrastadas com brancas e outras minorias de características sociodemográficas semelhantes, ainda sofrem com a dificuldade de acesso aos serviços de saúde materna, podendo-se inferir que a questão raça/ cor da pele é per si um determinante importante na obtenção de cuidados obstétricos, sendo necessário a elaboração de políticas públicas direcionadas a esta população e que ampliem o seu acesso aos serviços de saúdeDissertação Uso dos serviços odontológicos e fatores associados em jovens do nordeste brasileiro(2017-07-26) Filgueira, Adriano de Aguiar; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; http://lattes.cnpq.br/8371601361583136; Ferreira, Maria Ângela Fernandes; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; Chaves, Sônia Cristina Lima; http://lattes.cnpq.br/8280978457776741A garantia do acesso universal definido pela Constituição brasileira de 1988 e os recentes avanços alcançados com a implantação da Política Nacional de Saúde Bucal trouxeram resultados positivos em relação ao acesso e uso dos serviços odontológicos, entretanto essa evolução aconteceu de forma desigual entre os diferentes grupos populacionais do país. Apesar de diversos modelos teóricos tentarem explicar a influência de diferentes fatores no uso dos serviços de saúde, lacunas importantes ainda persistem e exigem novas pesquisas com diferentes abordagens para um melhor entendimento das relações entre os determinantes sociais de saúde e o acesso e uso dos serviços odontológicos. Este estudo tem por objetivo analisar o uso dos serviços de saúde bucal e os principais fatores determinantes associados em jovens na faixa etária de 17 a 21 anos no município de Sobral, Ceará, a partir de diferentes desenhos metodológicos. O primeiro desenho trata-se de uma abordagem transversal e relacional distintos desfechos ao uso dos serviços odontológicos com determinantes individuais. O segundo também desenvolveu um estudo seccional, porém abordou os fatores contextuais e as relações com o uso dos serviços de saúde bucal. Nesse segundo momento, também foram elaborados mapas temáticos para uma melhor visualização da distribuição espacial das variáveis contextuais e dos desfechos utilizados. O terceiro desenho consistiu em um estudo de coorte, onde foram criados perfis de trajetórias referentes ao uso dos serviços odontológicos e, posteriormente, foram relacionados com fatores individuais em dois momentos distintos da vida: infância e juventude. A amostra para todos os desenhos teve origem em uma coorte de saúde bucal realizada no município de Sobral com dados coletados nos anos de 2000, 2006 e 2012. Os resultados apontam a influência dos fatores socioeconômicos, principalmente nos primeiros anos de vida, no acesso e uso dos serviços de saúde bucal, bem como no tipo de serviço utilizado. A dor de dente em algum momento da vida esteve associada com a ida ao consultório odontológico em algum momento da vida e de ter sofrido negação ao acesso. A presença de condições indicativas de tratamento odontológico esteve relacionada com o maior uso dos serviços odontológicos e com o acesso oportuno a eles. A visita não regular ao cirurgião-dentista parece aumentar a probabilidade de problemas bucais na juventude. Pensar políticas públicas que visem uma melhor distribuição de renda e inclusão social, bem como ações de promoção e prevenção em saúde bucal, podem contribuir com a melhoria dos aspectos relacionados ao uso dos serviços odontológicos.