Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia por Assunto "Adolescentes"
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Dissertação Jornalismo independente brasileiro e a participação de adolescentes: uma análise sobre a produção de cinco organizações jornalísticas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-16) Silva, Alexandre Arthur Cunha da; Souza, Daniel Rodrigo Meirinho de; https://orcid.org/0000-0002-4658-5556; http://lattes.cnpq.br/9921846039591174; https://orcid.org/0000-0001-9092-3420; http://lattes.cnpq.br/5946924582443377; Veloso, Maria do Socorro Furtado; http://lattes.cnpq.br/8254589050604215; Marôpo, Lidia Soraya BarretoFenômeno exponencial cuja eclosão, em várias partes do mundo, apresenta-se como alternativas ao declínio da indústria jornalística (SALAVERRÍA, 2019), o jornalismo independente tenta se firmar, no Brasil, como espaços de práticas democráticas e discursos contra-hegemônicos através de narrativas plurais. Em todas as regiões do país, plataformas online buscam resgatar a credibilidade perdida (LACERDA, 2016) e oferecer à sociedade conteúdo de maior profundidades apurativa e temática. Entretanto, estes espaços, tão propícios à experimentação e a novos modos de fazer, tendem a seguir a regra de uma mídia adultizada, com um olhar ainda superficial e, muitas vezes, inexistente (MARÔPO, 2010) para o público infanto-juvenil. A partir dos métodos de observação sistemática e análise de conteúdo, este trabalho se debruça sobre a produção de cinco plataformas referências na mídia independente brasileira: Agência Pública; Marco Zero Conteúdo; Nós, Mulheres da Periferia; Revista AzMina e Agência Jovem de Notícias. No recorte temporal de um ano, investigamos como os adolescentes são agendados pelo jornalismo independente brasileiro. Os resultados nos demonstram o quão escassa e superficial é a presença dos mais jovens nas narrativas das organizações independentes, numa perpetuação daquele abismo relacional entre jornalistas e adolescentes tão visível nos veículos da chamada mídia tradicional. Destaca-se que, apesar de pautas alinhadas aos direitos humanos e aos interesses de populações em vulnerabilidade social, as iniciativas jornalísticas independentes seguem a negligenciar a participação de adolescentes enquanto fontes informativas e invisibilizam esse grupo etário enquanto sujeitos de direito e de fala, salvo exceções pontuais.