Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social por Assunto "Agência"
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Dissertação Do mato ao reinado: uma etnografia da interação humano-caprino no Cariri Paraibano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-09) Melo Júnior, Mauricio Guedes de; Miller, Francisca de Souza; http://lattes.cnpq.br/6834637163914977; http://lattes.cnpq.br/7398108510680871; Echazu, Ana Gretel; https://orcid.org/0000-0003-0792-1307; http://lattes.cnpq.br/2727813198531300; Sarandy, Andrea Barbosa Osorio; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283O campo dos estudos acerca das relações humano-animal na antropologia remonta aos cânones da ciência. Antropólogos e antropólogas como E.E.Evans-Pritchard, Claude Lèvi-Strauss e Mary Douglas trazem em suas reflexões a figura animal numa perspectiva exterior a vida humana, contemplados como “outros” nas relações sociais. Com a virada ontológica, ou virada animal, nos anos de 1970, surge para a antropologia uma nova perspectiva que se propõe a romper com a dicotomia natureza-cultura. Partindo dessa premissa, a presente dissertação descreve a interação existente entre humanos e caprinos, demonstrando como ambas as espécies contribuem para a construção social e para a diluição de uma concepção dualista imposta pela modernidade. Desse modo, o trabalho responde como um animal, que por muitos anos, foi considerado pelos locais como animal de mato e passa a ser homenageado e coroado na Festa do Bode Rei, maior festividade nacional, criada no Cariri na década de 90. A pesquisa objetiva averiguar a inserção do animal ao contexto paraibano, descrever a coroação do bode, investigar sobre a personificação do animal não-humano, compreender o animal não-humano como um ser que possui agência casual, além de percorrer os atravessamentos para a coleta de dados no campo. Para a realização da dissertação foi empregado o método etnográfico, com suas diversas técnicas, observação participante, entrevistas abertas, registros fotográficos e registro de dados no diário de campo, no período de janeiro a março de 2021, no município de Cabaceira, no Estado da Paraíba. Por conseguinte, elaboro, conforme a percepção local, como o animal não-humano, torna-se agente social central, contribuindo para a dinâmica social, cultural e administrativa do município.Tese Mulheres na estrada: encontros etnográficos nas rotas da América do Sul(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-16) Corrêa, Ester Paixão; Schwade, Elisete; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; https://orcid.org/0000-0002-4428-2391; http://lattes.cnpq.br/8369474609218146; Navia, Ângela Mercedes Facundo; https://orcid.org/0000-0001-9552-5763; http://lattes.cnpq.br/9174852118966092; Lopes, Paulo Victor Leite; Porto, Rozeli Maria; Godoy, Renata de; Rostagnol, SusanaAs diversas formas que as mulheres pegam a estrada na América do Sul são marcadas pela maneira de organizar, executar e perceber uma viagem de mochila na região. Há vários contornos possíveis nessas produções culturais, que narram outras perspectivas de uma prática historicamente masculinizada e associada ao risco e ao perigo. Busco por meio desta etnografia multissituada, estabelecer um diálogo entre antropologia feminista, geografia feminista e as viagens de mochila, com o objetivo de analisar as experiências das mulheres que viajam de mochila pelas rotas da América do Sul. Motivada por transformar uma experiência social em tema de pesquisa, e incentivada por certa experiência pessoal enquanto viajante, realizei pesquisa de campo etnográfica multissituada entre os anos de 2019 e 2022. Chamei essa empreitada de mochilão etnográfico. Este consistiu em experimentar o trânsito para encontrar outras viajantes na estrada. O itinerário foi construído entre diferentes países: Bolívia, Peru, Chile, Argentina e Brasil. Os encontros etnográficos ocorreram no decorrer do trajeto da pesquisa, tanto em espaços físicos quanto digitais. Utilizar o encontro como estratégia metodológica possibilitou estabelecer 10 interlocuções com mulheres viajantes latinoamericanas de diferentes nacionalidades, perfis sociais e estilo de viagem. Por meio da experiência compartilhada foi possível a reconstrução dos trajetos, caminhos e percursos; a contextualização de lugares, espaços, eventos, trajetórias; a contrastação das experiências e, também, a explicitação de categorias e formas de ser, se deslocar e permanecer, comum aos diferentes grupos. Dessa forma, os achados de pesquisa dão conta que as categorias de viajantes são construídas mediante as formas de trabalho desenvolvidas durante o trajeto e a escolha dos meios de deslocamento e hospedagem utilizados. Os encontros na estrada e os desembarques se constroem como parte igualmente importante da experiência. Foi possível perceber, ainda, que essas viagens são experiências culturais multifacetadas, que desafiam construções culturais estabelecidas, como a ideia do perigo, e expandem os processos de formação de si. Ademais, são sustentadas por meio das práticas de trabalho, das estratégias de deslocamento físico e subjetivo, e também pela transposição de fronteiras.Dissertação Nas tramas do Axé: memória, agência e articulações do Ilé Asé Dajó Ìya Omí Sàbá(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-27) Soares, Eloyza Tolentino; Assunção, Luiz Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/6232503538224768; http://lattes.cnpq.br/1542125910307334; Silva, Eliane Anselmo da; http://lattes.cnpq.br/8429272710753843; Freitas, Eliane Tânia Martins de; http://lattes.cnpq.br/8202430744079222; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283Esta dissertação busca compreender como o Ilé Asé Dajó Ìya Omí Sàbá, um terreiro de candomblé e jurema, transforma-se em referência na religião afro-brasileira em Areia BrancaRN. Seguindo os caminhos percorridos por essa Casa desde a Yalorixá Maria Pinheiro (in memoriam) até a publicização dos seus trabalhos, esta pesquisa transita entre yalorixás, babalorixás, pais e mães de santo, orixás, entidades, clientes, políticos, professores e pesquisadores. Utilizo a noção de memória e agência para analisar o destaque desse terreiro frente às suas estratégias políticas relacionadas à religião afro-brasileira em Areia Branca. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa etnográfica, desenvolvida entre 2019 e 2021. A etnografia foi construída a partir do diálogo com pessoas da Casa; dos objetos do Memorial Maria Pinheiro; de observações nos rituais de jurema e do candomblé; e de entrevistas com outros atores que estão ligados a este espaço, que fazem parte das articulações do terreiro e que levam à publicização do sagrado, através do Cortejo para Iemanjá, do Jornal Axé em Notícia e das lives.