DDCA - Departamento de Demografia e Ciências Atuariais
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Artigo A produção e o consumo do espaço nas aglomerações urbanas brasileiras: desafios para uma urbanização sustentável(Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP), 2006) Ojima, RicardoNão são raras as associações entre urbanização e degradação ambiental, sobretudo quando se relaciona o crescimento da população urbana à escassez de recursos, poluição e qualidade de vida. As recentes mudanças no padrão de distribuição populacional nas principais aglomerações urbanas do país apontam para um novo cenário onde o arrefecimento das taxas de crescimento populacional se confronta com uma nova forma de ocupar o espaço, alterando a dinâmica intra-urbana e os impactos ambientais relacionados à expansão urbana. Assim, ganha força um padrão de urbanização disperso e fragmentado que é conseqüência das mudanças estruturais da sociedade e as novas formas de mobilidade espacial. Assim, se a globalização pode ser entendida como algo além da expansão, em nível planetário, de modelos econômicos, é preciso deixar claro que os impactos vão além das mudanças na esfera da indústria, emprego ou das categorias ocupacionais, ou seja, não basta analisar a produção social do espaço, é preciso entender também o binômio produçãoconsumo. Afinal, se há mudanças na forma de produção do espaço, há também mudanças importantes nas formas de consumi-lo. Enfim, o trabalho procura abordar a urbanização brasileira, utilizando o exemplo do Estado de São Paulo para destacar as mudanças no consumo do espaço e apontar os desafios para uma urbanização sustentável nas aglomerações urbanas recentes. Trata-se de um investimento exploratório na busca de evidências que confirmem as proposições teóricas de uma nova etapa do desenvolvimento da sociedade moderna e os desafios para questão ambiental nos contextos urbanos.Artigo Mobilidade e rendimento escolar dos estudantes de ensino médio em Natal (RN, Brasil)(Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2018-02) Lima, William de Mendonça; Freire, Flavio Henrique Miranda de Araujo; Ojima, RicardoPouco explorado pela literatura, os deslocamentos diários casa-escola refletem uma incoerência espacial entre a distribuição da população em idade escolar e os estabelecimentos de ensino de educação básica (nível médio) em Natal, RN. Neste trabalho exploraremos o perfil dos comutadores (estudantes) a partir de um recorte político-administrativo intramunicipal. Dessa forma foi possível captar os fluxos diários de estudantes entre os bairros do município de Natal. Para isso, utilizamos o conceito de espaço de vida como embasamento teórico e o banco de dados do Censo Escolar 2012. Assim, relacionando as informações referentes à localidade de residência e de estudos dos alunos, verificou-se a relação entre o deslocamento para estudo e o desempenho escolar medido através do indicador de distorção idade-série em um modelo de regressão logística. Entre os resultados encontrados identificou-se que a chance de um aluno ter um bom rendimento escolar não está relacionada com a proximidade de sua residência da escola. Nesse sentido, a dinâmica da população em termos de distribuição escolar e de alunos pode representar aspectos importantes para a gestão urbana e a oferta de serviços educacionais, sobretudo em um contexto no qual as tendências demográficas apontam para uma redução expressiva da população em idade escolar nos próximos anos.Artigo Migração e (I)mobilidade no nordeste brasileiro: adaptação para quem?(Universidade de Taubaté, 2019) Correia, Isac Alves; Ojima, RicardoO objetivo deste trabalho é comparar as características das pessoas que permanecem no local de origem com as que emigraram dentro e para fora da região Nordeste. A fonte de dados é oriunda do Censo Demográfico 2010. Os principais resultados mostram que a imobilidade está associada à insuficiência de renda e à dependência da atividade agrícola e de programas de transferência de renda. O sexo e a escolaridade também são importantes para explicar a mobilidade, sendo que as mulheres apresentam maior participação nas migrações intrarregionais e os homens nas migrações inter-regionais e os que nunca migraram são menos escolarizados. Os não migrantes, além de serem mais dependentes de atividades agrícolas, apresentam atributos que os tornam menos capazes de mitigar suas vulnerabilidades às secas. Dessa forma, é necessário conceber políticas públicas específicas para que os benefícios do processo migratório sejam ampliados na região e que processos de exclusão não se sobreponham.Artigo Migração de retorno para a região do semiárido setentrional brasileiro(Universidade Federal do Ceará, 2019) Oliveira, Herick Cidarta Gomes de; Costa, Jose Vilton; Ojima, RicardoEm um sentido estrito, o migrante de retorno é compreendido pelo indivíduo que deixou sua região de nascimento, residiu por algum momento em uma região diferente e com certo tempo retorna a seu local de origem. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi analisar o processo de migração de retorno nos municípios do Semiárido Setentrional brasileiro (SemiSet), entre os períodos 1995/2000 e 2005/2010 e estimar os fluxos migratórios de retorno na região. Essa região é composta por 755 municípios, localizados acima do rio São Francisco, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Piauí. Utilizou-se os Censos Demográficos de 2000 e 2010, sobre os quais adotou-se o critério “data fixa” para definição dos retornados. Observou-se que em relação à região de origem (residência anterior) dos retornados, no período 1995/2000 predominou o retorno de indivíduos oriundos da região Sudeste do país. No período 2005/2010, inverte-se a posição entre a região Sudeste e Nordeste, com redução de 29% daqueles que se deslocaram do Sudeste e um aumento de 48% entre os retornados do próprio Nordeste.Artigo Balanço da migração do e para as metrópoles do Nordeste (Fortaleza, Recife e Salvador)(Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), 2019) Queiroz, Silvana Nunes; Ojima, RicardoO objetivo deste trabalho é analisar e comparar a migração interestadual do e para os municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Região Metropolitana do Recife (RMR) e Região Metropolitana de Salvador (RMS), e saber se as causas e os motivos da perda, rotatividade ou retenção/atração migratória, em pleno século XXI, ainda se relacionam com questões de ordem econômica e dinâmica do mercado de trabalho. Os microdados dos Censos Demográficos 2000 e 2010 são a principal fonte de informações. Os resultados mostram mais ‘gaps’ do que semelhanças entre as RMs e entre os seus municípios. As metrópoles (RMR e RMS) e núcleos metropolitanos (Recife e Salvador) com os melhores indicadores socioeconômicos, figuram com as maiores taxas de desemprego, e apresentam os maiores saldos migratórios negativos, sendo áreas de perda populacional. Por sua vez, a metrópole (RMF) e capital/núcleo (Fortaleza) com rendimento menos expressivo, possui a menor taxa de desemprego, são áreas de retenção populacional (1995/2000) e áreas de rotatividade migratória (2005/2010). Portanto, no século XXI, não há uma relação direta entre crescimento econômico, renda e atração de migrantes, mas permanece há relação atração migratória-emprego. Nesse sentido, as migrações estão mais complexas de serem estudadas, necessitando de outros elementos que justificam a retenção, rotatividade ou perda migratória nas RMs em estudo, sendo necessárias outras teorias para explicar tal dinâmicaArtigo Urbanização extensiva e reconfiguração rural na Amazônia: uma proposta teórico-metodológica baseada em indicadores demográficos e espaciais(Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ANPUR), 2020-06) Côrtes, Julia Corrêa; D'Antona, Álvaro de Oliveira; Ojima, RicardoEste trabalho resulta da reconstrução teórico-conceitual realizada para verificar empiricamente a existência de urbanização extensiva na Amazônia com base na incorporação de noções demográficas ao referencial em questão. Observou-se como o tecido urbano contribui para a reconfiguração rural, evidenciando as múltiplas dimensões que perpassam o fenômeno urbano. Com indicadores demográficos sensíveis aos processos socioespaciais urbano-rurais, foram analisados territórios rurais de dois recortes regionais no oeste do estado do Pará. Os resultados confirmam que a propagação dos vetores urbanos tende a intensificar a aglomeração populacional (coeficiente de Gini) e a predominância espacial de mulheres (razão de sexo) por mecanismos de diferenciações espaciais. A existência de um eixo de mobilidade populacional, o regime de ocupação e a distância do centro urbano são os elementos estruturantes da emergência de um mosaico de ruralidades imersas em contextos urbanos. Com os resultados, concebeu-se um modelo teórico-metodológico com uma abordagem analítica inédita na literatura sobre urbanização.