PPGG - Doutorado em Geodinâmica e Geofísica
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/18276
Navegar
Navegando PPGG - Doutorado em Geodinâmica e Geofísica por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 83
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese Reavaliação de critérios estruturais na hidrogeologia de terrenos cristalinos, com ênfase na neotectônica e sensoriamento remoto(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2002-09-13) Coriolano, Ana Catarina Fernandes; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/5552621403067808; Costa, Waldir Duarte; ; http://lattes.cnpq.br/7839733304125539; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197A prospecção hidrogeológica no Nordeste do Brasil e em outros terrenos cristalinos tem sido baseada em conhecimentos de Geologia Estrutural e Regional que, pelo tempo decorrido, demandam uma natural reavaliação. Neste tipo de terreno, a percolação e acúmulo de água subterrânea são controlados por fraturas e outros tipos de descontinuidades, tais como foliações e contatos geológicos, que intemperizados adquirem certa porosidade e permeabilidade, permitindo o fluxo e/ou retenção de água. Diversos fatores devem ser considerados no processo de locação de um poço para água, conforme amplamente discutido na literatura. Dentre estes, o tipo de estrutura observada, a geometria do fraturamento (incluindo abertura e conectividade) e seu contexto geológico e cronológico. Neste último sentido, é importante correlacionar o fraturamento com o arcabouço neotectônico conhecido na região. Fraturas orientadas em baixo ângulo (subparalelas) com o eixo de tensão principal (s1) são aquelas que tendem a abrir (funcionam atualmente como juntas de distensão) e apresentam, em princípio, maior potencial hídrico; em situação oposta situam-se as fraturas em forte ângulo com s1 (corresponderiam a fraturas fechadas , com um componente de compressão). As fraturas diagonais às direções de compressão e distensão são equivalentes às fraturas de cisalhamento e, pela conectividade com planos de segunda ordem, são também importantes em termos de produtividade hídrica. A denudação do terreno também enseja descompressão e uma tendência geral de abertura (inclusive pelo efeito do intemperismo) de fraturas e outras descontinuidades, em orientações quaisquer. Fraturas de baixo ângulo, formadas nesse contexto, são igualmente importantes para definir a conectividade, coleta de água e a recarga dos sistemas aqüíferos. De um modo geral, um componente de abertura (neotectônico ou pela descompressão) e os vários modelos de interconexão de fraturas resultam no aumento de sua potencialidade hídrica. Em conjunto com pesquisas em paralelo, a presente Tese aborda modelos de ocorrência de água subterrânea no cristalino, procurando aperfeiçoar conceitos já estabelecidos (como o modelo Riacho-Fenda) e enfatizando outras possibilidades, a exemplo do papel de aluviões e paleo-regolitos (o modelo Calha Elúvio-Aluvionar) e de zonas fortemente alteradas (permo-porosas) em subsuperfície, ladeando vários tipos de descontinuidades, em especial fraturas interconectadas (o modelo Bolsões de Intemperismo). São também discutidos diferentes aspectos metodológicos atualmente utilizados na locação de poços, fazendo uma reavaliação destes procedimentos com vistas a aumentar o índice de acerto nas locações de poços em terrenos cristalinos. Nessa metodologia, foram estudadas áreas selecionadas, no interior do Rio Grande do Norte, envolvendo os municípios de Santa Cruz, Santo Antônio, Serrinha, Nova Cruz, Montanhas, Lagoa de Pedras e Lagoa Salgada, todos na região oriental do Estado. Além de fazer uma análise neotectônica do fraturamento, esta Tese aborda a validade da utilização de sensoriamento remoto como ferramenta na prospecção de água subterrânea. Foram testadas várias técnicas que pudessem facilitar a detecção e seleção de áreas com maior potencial para o acúmulo de água subterrânea, utilizando imagens Landsat 5-TM, RADARSAT e fotografias aéreas. Assim, foram utilizados filtros que melhor realçassem os lineamentos observados nas imagens, facilitando a sua discriminação, e destacassem áreas com maior umidade no terreno, que pudessem refletir o acúmulo de água em subsuperfície, bem como coberturas sedimentares e aluviões que servem como zonas de recarga. O trabalho partiu de uma análise regional com as imagens orbitais, passando pela análise de fotografias aéreas, até um estudo de detalhe, com estudo estrutural de afloramentos em campo. Esta última envolveu a análise de afloramentos próximos a poços pré-existentes (em um raio de aproximadamente 10 a 100m), com produtividade distinta, inclusive secos. Ao nível de detalhamento requerido, não foi possível realizar um trabalho estatístico utilizando os dados (fichas) de poços, pela falta das informações específicas requeridas. Todo este acervo de conhecimentos gerados deve agora passar por uma fase de testes através de locações específicas. O aumento no índice de acertos, assim pretendido, pode então conduzir a uma etapa posterior de consolidação e divulgação da metodologia, para empresas e órgãos envolvidos na prospecção de água subterrânea em terrenos cristalinosTese Litoestratigrafia e deformação cenzóica na região de Icapuí, Ceará, e implicações para a estruturação de campos de petróleo na borda ocidental da bacia Potiguar(NE do Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003-02-14) Sousa, Debora do Carmo; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/3244080713189448; Matos, Renato Marcos Darros de; ; http://lattes.cnpq.br/2387084052091889Esta tese contempla a caracterização sedimentológica/litoestratigráfica e estrutural das rochas sedimentares na porção continental NW da Bacia Potiguar, e que afloram em falésias no setor litorâneo compreendido entre as localidades de Lagoa do Mato e Icapuí, Ceará (NE do Brasil). Os estudos sedimentológicos /estratigráficos das unidades mapeadas, em escala de afloramento, envolveram descrições faciológicas, levantamento de perfis com empilhamento vertical das diferentes camadas, e a construção de seções colunares caracterizando as relações laterais observadas. Ainda foram realizados estudos granulométricos e petrográficos, bem como a identificação das assembléias de minerais pesados. O conjunto desses dados permitiu identificar dois grupos de litologias, representados por uma unidade carbonática, que ocorre de forma restrita na base das falésias, e três unidades siliciclásticas, que predominam lateral e verticalmente, nas falésias. As rochas carbonáticas, correlacionadas à Formação Jandaíra, do Cretáceo superior, são capeadas pelas rochas siliciclásticas da Formação Barreiras. A Formação Barreiras ocorre em dois contextos estruturais distintos, sob a forma de estratos horizontalizados e não deformados, a situação mais usual, ou com camadas basculadas e afetadas por forte deformação. Foram individualizadas duas litofácies, dispostas verticalmente em contatos normais, ou por falhas. A denominada fácies inferior é composta por arenitos síltico-argilosos com estratificação cruzada de baixo ângulo; a fácies superior é caracterizada por arenitos médios a grossos, maciços, com intercalações conglomeráticas. No extremo NW da área ocorre uma segunda unidade, a Formação Tibau (arenitos médios a grossos com intercalações de argilitos), que está lateralmente interdigitada com a Formação Barreiras. Finalmente, no topo das unidades anteriores ocorrem sedimentos eólicos correlacionados à Formação Potengi. A discordância na base desta última unidade (a Formação Potengi) torna-se nítida quando os estratos sotopostos estão basculados e falhados (discordância angular). Para os demais casos, o contato é erosional (discordância estratigráfica). Na área estudada, chamam atenção as feições estruturais identificadas na Formação Barreiras, que permitem caracterizar o campo de tensões neocenozóico, que gerou falhas e dobras e/ou reativou estruturas mais antigas na seção neocretácica (a paleógena, no setor offshore da bacia) subjacente. As feições estruturais identificadas nas rochas da Formação Barreiras permitem distinguir duas situações distintas, caracterizadas por uma deformação principal distensional, entre as localidades de Ponta Grossa e Redonda, e um estilo contracional (sucedido por estruturas distensionais oblíquas), em Vila Nova. No primeiro caso, as feições observadas envolvem falhas distensionais de direção N-S (N±20°Az), com mergulhos de alto a baixo ângulo. Em geral possuem arranjo em dominó ou geometria lístrica com estruturas roll-over associadas. Este padrão deformacional pode ser explicado por uma distensão E-W/WNW, contemporânea à deposição da fácies superior da Formação Barreiras, no intervalo Mioceno-Pleistoceno. A pronunciada rotação de blocos e falhas delimitantes, gerando falhas distensionais de baixo ângulo e, localmente, verticalização do acamamento, traduz a forte magnitude deste evento, com estimativas que variam de 40% até 200% de distensão. São freqüentes as zonas de descolamento paralelas ao acamamento, que permitem acomodar a intensa deformação observada. As superfícies de descolamento e boa parte das falhas exibem feições mesoscópicas análogas às de zonas de cisalhamento dúctil, com desenvolvimento de superfícies S-C, shear bands, clastos sigmoidais e outras, caracterizando no caso um regime de deformação hidroplástico. As ocorrências localizadas do Calcário Jandaíra são condicionadas por falhas distensionais que exumam a seção pré-Barreiras, incluindo um evento precoce com distensão N-S. Finalmente, são observadas zonas de cisalhamento e falhas distensionais com direção WNW, tardias, explicadas por um evento compatível com o campo de tensões holocênico, neste setor da margem continental. Na região de Vila Nova, próximo a Icapuí, observam-se dobras suaves afetando a fácies inferior da Formação Barreiras, com eixos mergulhando para SSW, planos incipientes de clivagem de dissolução e uma lineação de estiramento de alto rake, compondo um fabric S>L. A deposição dos siliciclásticos da fácies superior é controlada por estruturas de graben pullapart, delimitados por falhas e zonas de cisalhamento sinistrais-normais, com direção N-NE, caracterizando uma inversão estrutural. Os aspectos microestuturais são compatíveis com deformação tectônica em um contexto de soterramento raso do pacote sedimentar. As feições identificadas sugerem altas pressões de fluidos nos poros dos sedimentos, gerando microestruturas de caráter hidroplástico, indicativos da atuação do mecanismo de fluxo granular. Tais estruturas são superpostas por microfraturas e microfalhas (caráter mais frágil), o que denota a passagem para mecanismos de microfraturamento e deslizamento friccional, com a progressiva desidratação e litificação dos sedimentos. A correlação das estruturas observadas em superfície com aquelas presentes em subsuperfície foi realizada a partir de dados geofísicos (Ground Penetrating Radar, sísmica e mapa magnético). Devem ser destacados os lineamentos E-W e NE, observados no mapa magnético e, nas seções sísmicas, os vários exemplos de estruturas em flor positiva, que afetam a base da seção neocretácea; em níveis superiores, também são discerníveis rejeitos/componentes normais, o que seria compatível com a inversão negativa caracterizada em superfície. Tais correlações auxiliaram na proposição de um modelo estrutural compatível com o arcabouço tectônico regional. A deformação neógena-pleistocênica, de grande magnitude, está necessariamente propagada em subsuperfície afetando, neste caso, a seção neocretácea (formações Açu e Jandaíra), hospedeira dos reservatórios de hidrocarbonetos neste setor da Bacia Potiguar. O modelo estrutural proposto foi relacionado à deformação transcorrente/transformante dextral da Margem Equatorial, associada com terminações em transpressão de zonas E-W, ou na interseção destas com zonas NE, a exemplo do Lineamento Ponta Grossa-Fazenda Belém (o LPGFB, controlado por uma zona de cisalhamento transcorrente, de idade brasiliana). Numa primeira etapa (e possivelmente no Cretáceo superior e Paleógeno), este lineamento funcionou em regime transpressional sinistral (antitético à deformação dextral nas zonas E-W), e pode ter gerado as dobras na fácies inferior da Formação Barreiras, bem como as estruturas em flor positiva em subsuperfície. Este estágio foi sucedido (ou foi penecontemporâneo) pelas estruturas distensionais que sugerem uma etapa de movimentação transtracional (também sinistral) associada a processos de vulcanismo (Macau, Messejana) e domeamento térmico, no intervalo Neógeno-Pleistoceno. Este modelo estrutural tem implicações diretas nas atividades de exploração e de explotação de hidrocarbonetos neste setor da Bacia Potiguar e em sua extensão offshore. A estruturação dos reservatórios em subsuperfície (arenitos da Formação Açu, da sequência pósrifte) pode estar condicionada (ou pelo menos, fortemente influenciada) pela geometria e cinemática da deformação, caracterizada em superfície. Em adição, o evento deformacional registrado na Formação Barreiras tem idade próxima à da janela de maturação e migração de óleo na bacia, estimada entre o Oligoceno e o Mioceno. Desta forma, o cenário estrutural descrito representa um modelo válido para entender as condições de transporte e aprisionamento de hidrocarbonetos, promovendo abertura de espaços, formação e destruição de trapas. Este modelo é potencialmente aplicável à região NW da Bacia Potiguar e a setores com contexto estrutural semelhante, ao longo da Margem Equatorial Atlântica brasileiraTese Geologia, Geocronologia, Geoquímica e Petrogênese das rochas ígneas cretácicas da Província Magmática do Cabo e suas relações com as unidades sedimentares da Bacia de Pernambuco (NE do Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003-12-22) Nascimento, Marcos Antonio Leite do; Souza, Zorano Sergio de; Matos, Renato Marcos Darros de; ; http://lattes.cnpq.br/2387084052091889; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; ; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998A área pesquisada situa-se em uma estreita faixa de direção NNE no litoral sul do Estado de Pernambuco. Geologicamente, compreende a Bacia de Pernambuco (BP), situada entre o Lineamento Pernambuco (a norte), o Alto de Maragogi (a sul) e o Terreno Pernambuco-Alagoas (a oeste), os três últimos de idade Pré-Cambriana. Esta tese compreende os resultados obtidos para a Província Magmática do Cabo (PMC), com finalidade de caracterizar as relações geológicas, estratigráficas, geocronológicas, geoquímicas e petrogenéticos de rochas ígneas cretácicas presentes na BP. A BP é composta pelas formações Cabo (fase rifte), basal (conglomerados polimícticos, arenitos, folhelhos), Estiva (calcários, argilitos) e, no topo, Algodoais (conglomerados monomícticos, arenitos, folhelhos). A PMC é representada por traquitos, riolitos, piroclásticas (ignimbritos), basaltos / traqui-andesitos, monzonitos e álcali-feldspato granito, os quais ocorrem como diques, derrames, soleiras, lacólitos e plugs. Observações de campo e descrição de dados de poços demonstram que grande parte das rochas magmáticas é intrusiva na Formação Cabo, com algumas ocorrências também sugestivas de contemporaneidade com fácies siliciclásticas desta formação. Dados geocronológicos, usando as metodologias 40Ar/39Ar e traços de fissão em zircão, revelam uma idade de cerca de 102 r 1 Ma para as rochas da PMC. Esta idade representa um evento marcante em toda a província, haja vista a sua detecção em todos os tipos de materiais ígneos datados. Ela é considerada como uma idade mínima (Albiana) para o episódio magmático e o pico da fase rifte da BP. As idades 40Ar/39Ar são cerca de 10-14 Ma mais jovens do que as idades palinológicas disponíveis para a BP. Geoquimicamente, a PMC pode ser dividida em dois grupos: (i) uma suíte transicional a alcalina, subdividida em basaltos a traqui-andesitos (tipos de textura fina, contendo fenocristais de olivina, clinopiroxênio e plagioclásio), traquitos (textura porfirítica, com fenocristais de sanidina e plagioclásio) e monzonitos; (ii) uma associação vulcano-plutônica alcalina, de composição ácida bastante fracionada, constituída de quatro subconjuntos, um formado por rochas de fluxo piroclástico (ignimbritos), o segundo por riolitos de textura fina a média, ambos com fenocristais de quartzo e sanidina, o terceiro referente ao Granito do Cabo, contendo anfibólio alcalino, e por fim riolitos tardios. A distinção entre esses quatro tipos é feita com base essencialmente em aspectos de campo e petrográficos. A coerência dos padrões de elementos terras raras e de anomalias de Eu em cada grupo corroboram a separação dos mesmos. Razões entre elementos compatíveis e incompatíveis e modelamentos geoquímicos sugerem evolução por cristalização fracionada a baixas pressões para os traquitos e demais rochas ácidas, ao passo que basaltos / traqui-andesitos e monzonitos evoluíram por mecanismos de fusão parcial. Dados isotópicos de Sr e Nd revelam duas fontes distintas para a PMC. Para as rochas ácidas, as altas razões isotópicas iniciais de Sr (ISr = 0,7064-1,2295) e o epsilo de Nd negativo (HNd = -0,43 a -3,67) caracterizam uma fonte crustal, com idade mesoproterozóica (TDM = 0,92-1,04 Ga). Para as rochas básicas a intermediárias, as baixas razões isotópicas iniciais do Sr (ISr = 0,7031-0,7042) e o epsilo de Nd positivo (HNd = +1,28 a +1,98) indicam uma fonte primordial do tipo manto empobrecido, cujos magmas teriam sido extraídos de um manto neoproterozóico (TDM = 0,61-0,66 Ga). Todavia, o fracionamento dos elementos terras raras leves dessas rochas e modelos quantitativos de fusão parcial requerem um manto lherzolítico com pequenas quantidades de granada (1-3%), porém enriquecido em elementos incompatíveis. Esta aparente incoerência de dados geoquímicos e de isótopos de Nd pode se resolvida admitindo que o agente metassomatisante não apagou as características isotópicas originais dos magmas. Usando as composições químicas dos basaltos e traqui-andesitos, estima-se que os respectivos magmas foram gerados por taxas de fusão entre 2 e 5% de uma fonte lherzolítica, a pressões e temperaturas de cerca de 14 kbar e 1269oC. Tais parâmetros físicos são compatíveis com taxas de estiramento litosférico (E) em torno de 2,5. Em um modelo de estiramento uniforme, este valor de E seria válido para a evolução da bacia como um todo. Porém, em um modelo de estiramento heterogêneo, E seria menor para a porção crustal, em comparação com a porção subcrustal / mantélica. A integração dos dados obtidos sugere a evolução do magmatismo da BP conforme segue: 1º) fusão parcial (2-5%) do manto lherzolítico com pequena quantidade de granada (1-3%), gerando magmas basálticos, traqui-andesíticos e monzoníticos, enriquecidos em elementos incompatíveis, especialmente terras raras leves; 2º) posicionamento destes magmas na base da crosta continental, provocando a fusão parcial (em graus variados e a diferentes profundidades) desta e, assim, originando os magmas ácidos; 3º) concomitante à fase prévia, magmas traquíticos seriam produzidos por fracionamento a partir de um líquido monzonítico; 4º) colocação dos diversos magmas em níveis superficiais (derrames) ou subsuperficiais / hipabissais quase que sincronicamente, em geral intrusivos no pacote de rochas sedimentares da Formação Cabo, marcando o pico (ou final) da fase rifte na BP. A suposta presença de granada na fonte lherzolítica não condiz com as profundidades de cerca de 14 kbar para a geração magma basáltico, obtida por parâmetros químicos. Isto pode ser acomodado admitindo-se o soerguimento astenosférico sob o rifte, o que colocaria material quente (pluma?) oriundos de grandes profundidades (granada lherzolito) em níveis subcrustais. A geração dos magmas e o subseqüente posicionamento de grande volume dos mesmos estariam acoplados ao processo de rifteamento da BP, com controle de falhas de borda (NNE-SSW) e de transferência (NW-SE) como sítios de colocação dos magmas. Com base no fator de estiramento (E_ e no confronto de dados geocronológicos 40Ar/39Ar e palinológicos, deduz-se que a fase rifte (sedimentação clástica a pelítica da Formação Cabo e magmatismo básico a ácido) teve uma duração máxima de 10-14 MaTese Caracterização da dinâmica ambiental da região costeira do município de Galinhos, litoral setentrional do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-03-10) Lima, Zuleide Maria Carvalho; Vital, Helenice; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072Esta tese de doutorado sobre a caracterização da dinâmica ambiental da região costeira do município de Galinhos, Litoral Setentrional do Rio Grande do Norte, acha-se inserida na área de influência do Pólo Petrolífero de Guamaré, tendo como objetivo geral o entendimento da dinâmica costeira atuante na região de Galinhos, cujos objetivos específicos foram : estudar a variação da linha de costa nas décadas de 1954, 1967, 1988, 1996 e 2000, a partir de produtos de sensoriamneto remoto; elucidar a hipotese da região de Galinhos ter sido um antigo sisitema de ilhas barreiras, utilizando como ferramneta básica o radar de penetração no solo - GPR; monitorar e caracterizar a dinamica costeira da área em estudo a partir de dados mensais da perfis praiais, analise sedimentologica, dados hidrodinâmicos e dados de caracterização ambiental; este conjunto de dados foram utilizados para alimetar o banco de dados da Rede NNE de monitoramneto ambiental das áreas sob influência da industria petrolífera (REDE05/FINEP/CNPq/CTPERO/PETROBRAS). Esta pesquisa se justifica, do ponto de vista ambiental, por envolver ecossistemas de alta fragilidade como dunas, praias e manguezais. Do ponto de vista da exploração do petróleo, os sistemas de ilhas barreiras são propícios para reservatórios de hidrocarbonetos e, por conseguinte, alvos importantes para a indústria do petróleo e gás tornando esta região atrativa na comparação com depósitos similares litificados. O estudo da variabilidade na posição da linha de costa no Município de Galinhos/RN a partir da análise de imagens de sensores remotos, foi possível investigar as mudanças na linha de costa em escala temporal; a utilização de filtros direcionais permitiu enfatizar lineamentos de direção NE e identificar feições submersas tais como sandwaves. A utilização do GPR possibilitou a comprovação da existência de paleocanais confirmando a hipótese de que o spit de Galinhos foi formado a partir de um antigo sistema de ilhas barreiras. Os resultados das análises granulométricas indicaram que no período de verão os sedimentos nos perfis A e B na porção de estirâncio foram classificados como de granulometria areia com cascalho esparso e na antepraia foram constituídos por areia, já no período de inverno estes mesmos compartimentos morfológicos apresentaram-se com areia com cascalho esparso e areia siltosa respectivamente No perfil C, tanto no verão como no inverno, os compartimentos de estirâncio e antepraia apresentaram-se predominantemente por areia com cascalho esparso. Os resultados hidrodinâmicos mostraram que as maiores alturas de onda foram registradas no mês de fevereiro (62 cm) e o maior período de 1,00 m/s no mês de maio, o sentido das correntes litorâneas se manteve entre os quadrantes SW e NW, e os ventos provenientes de NE foram predominantes. A análise dos perfis praiais demonstrou que no perfil A, embora tenha ocorrido tanto erosão como deposição durante os meses monitorados, a morfologia do referido perfil permaneceu constante. Nos perfis B e C, ocorreram mudanças bruscas na morfologia, durante os meses monitorados, tendo sido identificada uma ciclicidade nas feições da zona de estirâncio ora formando barras arenosas longitudinais ora formando berma. Estes resultados evidenciaram, portanto, que estudos desta natureza são de fundamental importância para o zoneamento costeiro, dando subsídios aos órgãos gestores na tomada de decisões quanto à implantação de empreendimentos na região, e para a indústria do petróleo através de geração de informações que subsidiam a implementação de estruturas petrolíferas adequadas ao ambiente estudadoTese Evolução morfodinâmica da região de influência estuarina do Rio Curimataú/RN, com ênfase nas alternativas do ambiente deposicional de manguezal e a integração de geodados em Sig(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-04-07) Souza, Flavo Elano Soares de; Amaro, Venerando Eustáquio; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/5408876250195826; Silva, Carlos Augusto Ramos e; ; http://lattes.cnpq.br/1791046890452262; Souza Filho, Pedro Walfir Martins e; ; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252Os estuários são importantes zonas de investigação da morfodinâmica atual e de fácies deposicionais de história geológica recente. Constituem-se em importantes meios receptores de sedimentos da zona costeira, onde os processos evolutivos ocorrem rapidamente. Por sua vez são também meios atrativos para o desenvolvimento de atividades antrópicas, que de forma desordenada interferem nos processos atuantes no balanço sedimentar das áreas costeiras. Dentre as intervenções humanas, as alterações do ambiente deposicional de manguezal em áreas estuarinas tropicais, vem merecendo destaque, cujas implicações para o ambiente estuarino e o costeiro adjacente, ainda estão distantes de serem conhecidas. Devido o interesse da componente sedimentológica na compreensão dos processos associados à evolução dos ambientes estuarinos e costeiros adjacentes, este trabalho objetivou a compreensão dos fenômenos morfodinâmicos costeiros que envolvem a região de influência estuarina do Rio Curumataú/RN. Também foi avaliada no contexto morfodinâmico as implicações decorrentes das alterações do ambiente deposicional de manguezal pela atividade antrópica. O estuário Curimataú, localizado na porção sul do litoral oriental do Rio Grande do Norte, nas últimas décadas tem sido alvo da ocupação avassaladora da carcinicultura em áreas em áreas de manguezais, as quais foram implantadas com perspectivas de desenvolvimento a curto e médio prazo. Por sua vez, o estuário em pauta como a sua região de influência costeira carecem de informações suficientes para subsidiar o planejamento e reordenamento mais eficazes das atividades de seu entorno. Assim, pretendeu-se com este trabalho dar uma contribuição voltada ao uso sustentável dos recursos costeiros dessa região. Uma série de levantamentos utilizando dados de sensoriamento remoto orbitale acústico, como de amostragem de sedimentos, foram realizados na calha do estuário. Os resultados obtidos a partir da interpretação de mapas batimétricos, sonográficos e de distribuição de sedimentos possibilitam a setorização do estuário com base em critérios morfossedimentares. A planície de maré estuarina foi dissecada em ambientes de manguezais de intermaré, manguezais de supramaré e apicuns com base na integração de dados de sensores ópticos e de radar seguidos do controle de campo. A costa adjacente que é influenciada pelo estuário Curimataú, foi segmentada de acordo com suas características geomorfológicas, onde cada segmento teve um ponto de observação da morfodinâmica praial, durante o período de janeiro/2001 a fevereiro/2002. Uma vez a cada mês foram realizados perfis praiais, coletas de sedimentos nas zonas de praia, como medição de parâmetros hidrodinâmicos. Os resultados das observações do ambiente praial evidenciaram que a área de influência estuarina do Curimataú passa a sofrer taxas de sedimentação negativas, onde em algumas praias já são os processos erosivos. As caracterizações granulométricas dos sedimentos praiais passam a atender para o aumento de areias finas nos períodos erosivos. A destruição dos ambientes deposicionais de manguezais do estuário Curimataú para construção de fazendas de camarão, podem estar proporcionando a diminuição do prisma de maré do estuário ampliando os efeitos do aumento do nível do mar local, através do menor suprimento de sedimentos para a costa adjacente. Além disso, verificou-se a possibilidae do assoreamento do canal de maré na margem das áreas de manguezais destruídas, onde altíssimas taxas de sedimentação de materiais finos foram estimadas caso estas áreas fossem preservadasTese Caracterização geológica-geofísica do meio aqüífero fissural : uma contribuição aos modelos de fluxo e armazenamento de água subterrânea(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-06-09) Silva, Carlos Cesar Nascimento da; Medeiros, Walter Eugênio de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; http://lattes.cnpq.br/5136096872133075A Região Nordeste do Brasil apresenta substrato composto principalmente por rochas cristalinas (em tomo de 60% de sua área).Além disso, esta região apresenta um clima semi-árido ocasionando secas periódicas. Estas caracteristicas envolvem a má qualidade da água explotada dos poços existentes na região, associadas a elevados índices de sais dissolvidos. Não obstante, os recursos hidricos subterrâneos nesta região ainda são uma fonte muito importante de água para os consumos humano e animal. Os poços perfurados em rochas cristalinas no Nordeste do Brasil envolvem um indice médio de sucesso quanto aos poços produtivos da ordem de 60%, sendo considerado poço produtivo aquele com vazão superior a 0,5 m³/h. Este baixo índice revela a falta de conhecimento sobre as verdadeiras condições de fluxo e armazenamento da água subterrânea em rochas cristalinas. Dois modelos de estruturas de fluxo e armazenamento de água subterrânea em terrenos cristalinos para o Nordeste do Brasil tem sido propostos na literatura. O primeiro modelo, tradicionalmente utilizado para locar poços desde a década de sessenta, está baseado no controle de drenagens retilineas por zonas de falhas ou fraturas. Este modelo é referido comumente na literatura hidrogeológica brasileira como o "modelo riacho-fenda". Com base neste modelo, são enfatizados os locais mais densamente fraturados - particularmente os pontos de interseção de drenagens. Com base no modelo riacho-fenda, o trabalho subseqüente de campo envolve normalmente a análise geológico-estrutural do terreno. Já o segundo modelo é denominado de "calha elúvio-aluvionar"; este modelo também é descrito na literatura mas ainda não é incorporado à prática de locação de poços. A estrutura tipo calha baseia-se na hipótese de que drenagens retilíneas também podem ser controladas pela foliação da rocha. Eventualmente, dependendo do grau de intemperismo, uma estrutura pré-existente preenchida por sedimentos (aluvião e regolito) pode ser desenvolvida de modo a armazenar e produzir água. Com base na análise de diversos estudos de casos, esta Tese apresenta uma análise detalhada dos modelos citados, além de propor um novo.Aanálise está baseada em uma técnica metodológica integrada que envolveu levantamentos geofisicos e análise geológica enfatizando a neotectônica. Foram utilizados levantamentos geofísicos terrestres (eletro-resistividade e Ground Penetrating Radar - GPR) e aeroportados (magnéticos e eletromagméticos no dominio da freqüencia). A análise estrutural enfatizou aspectos da neotectônica. Em geral, foram identificadas fraturas na direção E-W relativamente abertas, quando comparadas com as fraturas na direção N-S. Este comportamento é regido pelo campo de tensões neotectônico do Nordeste do Brasil, o qual é controlado por compressão E-We distensão N-S. O modelo riacho-fenda é válido onde drenagens são controladas por fraturas. O grau de fraturamento e o intemperismo associado ditam o potencial hidrogeológico da estrutura. Levantamentos de campo enfocando a geologia estrutural revelam que as fraturas subverticais apresentam direções consistentes com as feições frágeis obsarvadas em afloramentos e fotografias aéreas. Levantamentos geofísicos identificam anomalias de condutividade associadas à rede de fraturas que controla a drenagem; nestas anomalias, uma de suas bordas coincide com a drenagem. Um aspecto importante e particular para validar o controle estrutural por fratura é a presença de anomalias de condutividade relativamente profundas que nâo apresentam continuidade ou propagação para a superfície. A origem da elevada condutividade da anomalia decorre do grau de intemperismo da rocha ou sedimentos (aluvião ou regolito) armazenando a água subterrânea ao longo da rede de fraturas. Levantamentos magnéticos são insensiveis a estas estruturas. Em casos especificos, nos quais a cobertura sedimentar ou o solo são resistivos (> 100 Ohm.m), o GPR pode ser utilizado para imagear precisamente a rede de fraturamento. Uma limitação principal ao modelo riacho-fenda, revelado por imagens de GPR, está associada ao fato de que fraturas subhori zontais têm um importante papel interconectando as diversas fraturas em subsuperfície e por sua vez, conectando-as com as zonas de recarga em superficie. Por outro lado, caso as fraturas apresentem um controle secundário da drenagem, o modelo riacho-fenda terá validade limitada. Neste caso, amplas porções da drenagem não coincidem espacialmente com as fraturas e desta forma, os poços locados ao longo da drenagem geralmente são secos. Normalmente, este controle secundário da drenagem somente pode ser identificado a partir de levantamentos geofisicos. O modelo calha elúvio-aluvionar é válido onde drenagens são controladas pela foliação. O grau de intemperismo da foliação dita o potencial hidrogeológico da estrutura. Análises de afloramentos revelam que as direções da foliação e da drenagem são compatíveis entre si e que, caso existam fraturas, a sua direçâo será diferente da direção da drenagem. Levantamentos geofisicos indicam condutividade elevada que pode resuitar da resposta de uma calha de sedimentos e/ou regolito preenchendo os espaços gerados pela forma do relevo e influenciado pelo intemperismo que atua sobre os planos da foliação. Neste caso, levantamentos magnéticos podem identificar a direção da foliação. Um aspecto importante para validar o controle da foliação é a presença de anomalias mostrando porções rasas e profundas que se interconectam. Na presença de coberturas sedimentares expressivas, os controles da drenagem segundo as estruturas tipo riacho-fenda ou calha elúvio-aluvionar podem ser facilmente confundidos na ausência de dados geofisicos. Certamente, este fato pode ser útil para explicar grande parte do índice de insucesso na locação de poços em terrenos cristalinos. Já o modelo bolsões de intemperismo é proposto para explicar casos nos quais ocorre uma alteração extremamente forte nas rochas cristalinas gerando ume porosidade intersticial secundária. A água é então armazenada nos poros do regolito de forma semelhante ao que ocorre nas rochas sedimentares. Um possivel exemplo para este modelo foi detectado em levantamento geofisico terrestre, no qual uma anomalia de condutividade relativamente profunda foi detectada. A partir do momento em que esta estrutura tenha a capacidade de armazenar água, é necessário conectá-la à superfície para garantir o seu suprimento sazonal. Este modelo pode ser utilizado para explicar as vazões anômalas, superiores a 50 m³/h, que algumas vezes são encontradas em poços perfurados em rochas cristalinas no Nordeste do BrasilTese Evolução tectono-estrutural do Campo de Xaréu (Sub-bacia de Mundaú, Bacia do Ceará - NE do Brasil: abordagem multiescala e pluriferramental(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-07-26) Antunes, Alex Francisco; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/1519973126832391; Matos, Renato Marcos Darros de; ; http://lattes.cnpq.br/2387084052091889The Xaréu Oil Field, located in the center-southern portion of the Mundaú Sub-Basin (eastern portion of the Ceará Basin), is characterized by a main Iramework of NW-trending and NE-dipping faults. The faults in the Xaréu Oil Field, among which the Xaréu Fautt stands out, are arranged according to an extensional-listriclan, rooted on a detachment surface corresponding to the Mundaú Fault, the border fautt of Mundaú Sub-Basin. During the tectonic-structural evolution of the Xaréu Oil Field and the Mundaú Sub-Basin, the Mundaú Fault played a crucial role on the control of the geometry of both compartments. The main carbonatic unit in the Xaréu Oil Field, named the Trairí Member(Paracuru Formation of Late Aptian to Early Albian age), contains the largest oil volume in the field, concentrated in structurally-controlled accumulations. The Trairí Member is composed by a variety of carbonatic rocks (massive, bedded or laminated calcilutites, ostracodites, calcarenites and carbonatic rudites, all of them presenting variable degrees of dolomitization). The carbonatic rocks are interbedded into thick packages of black shales and marls, besides local beds of siliciclastic conglomerates, sandstones, siltnes and argillites. From the spatial association and the genetic relationships between the carbonatic and siliciclastic units, it is possible to group them in three lithofacies associations (Marginal Plain, Ramp and Lacustrine Interior) that, together, were developed in a lacustrine system associated to a marginal sabkha. Structural studies based on drill coresthat sample the Trairí Member in the Xaréu Oil Field allowed to characterize two generations of meso- to microscale structures: the D1 group presents a typical hydroplastic character, being characterized by intra/interstratal to oblique-bedding shear zones. The hydroplastic character related to these structures allowed to infer their development at an early-lithilication stage of the Trairí Member, leading to infer an Early Cretaceous age to them. The second group of structures identified in the drill cores, nominated D2 and ascribed to a Neogene age, presents a strictly brttle character, being typilied by normal faults and slickenfibers of re-crystallized clayminerals, ali olthem displaying variable orientations. Although the present faults in the Xaréu Oil Field (and, consequently, in the Mundaú Sub-Basin) were classically relerred as struetures of essentially normal displacement, the kinematics analysis of the meso-to microscaie D1 struetures in the drill cores led to deline oblique displacements (normal with a clockwise strike-slip component) to these faults, indicating a main tectonic transport to ENE. These oblique movements would be responsible for the installation of a transtensive context in the Mundaú Sub-Basin, as part of the transcurrent to translormant opening of the Atlantic Equatorial Margin. The balancing of four struetural cross-sections ofthe Xaréu Oil Field indicates that the Mundaú Fault was responsible for more than 50% of the total stretching (ß factor) registered during the Early Aptian. At the initial stages of the "rifting", during Early Aptianuntil the Holocene, the Mundaú Sub-Basin (and consequently the Xaréu Oil Fleld) accumulated a total stretching between 1.21 and 1.23; in other words, the crust in this segment of the Atlantic Equatorial Margin was subjeeted to an elongation of about 20%. From estimates of oblique displacements related to the faults, it ws possible to construct diagrams that allow the determination of stretching factors related to these displacements. Using these diagrams and assuming the sense 01 dominant teetonictransport towards ENE, it was possible to calculate the real stretching lactors related to the oblique movement 0 of the faults in the Mundaú Sub-Basin. which reached actual values between 1.28 and 1.42. ln addnion to the tectonic-structural studies in the Xaréu Oil Field, the interpretation of remote sensing products, coupled wnh characterization of terrain analogues in seleeted areas along the northern Ceará State (continental margins of the Ceará and Potiguar basins), provided addnional data and constraints about the teetonic-structural evolution of the oil lield. The work at the analogue sites was particularly effective in the recognition and mapping, in semidetail scale, several generations of struetures originated under a brittle regime. Ali the obtained information (from the Xaréu Oil Field, the remote sensor data and the terrain analogues) were jointly interpreted, culminating with the proposnion of an evolutionary model lor this segment of the Atlantic Equatorial Margin; this model that can be applied to the whole Margin, as well. This segmentof the Atlantic Equatorial Margin was delormedin an early E-W (when considered lhe present-day position of the South American Plate) transcurrent to transform regime with dextral kinematics, started Irom, at least, the Early Aptian, which left its record in several outcrops along the continental margin of the Ceará State and specilically in the Xaréu off Field. The continuous operation of the regime, through the Albian and later periods, led to the definitive separation between the South American and African plates, with the formation of oceanic lithosphere between the two continental blocks, due to the emplacement off spreading centers. This process involved the subsequent transition of the transcurrent to a translorm dextral regime, creating lhe Equatorial Atlantic Oceano With the separation between the South American and African plates already completed and the increasing separation between lhe continental masses, other tecton ic mechanisms began to act during the Cenozoic (even though the Cretaceous tectonic regime lasted until the Neogene), like an E-W compressive stress líeld (related to the spreading olthe oceanic floor along lhe M id-Atlantic Ridge and to the compression of the Andean Chain) effective Irom the Late Cretaceous, and a state of general extension olthe horizontal surface (due to the thermal uplift ofthe central portion of Borborema Province), effective during the Neogene. The overlap of these mechanisms during the Cenozoic led to the imprint of a complex tectonic framework, which apparently influenced the migration and entrapment 01 hydrocarbon in the Ceará BasinTese Evolução geodinâmica e condicionamento estrutural dos terrenos Piancó-Alto Brígida e Alto Pajeú, domínio da zona transversal, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-11-30) Medeiros, Vladimir Cruz de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/9369889068441214A presente tese procurou avançar no conhecimento geológico da região que abrange os terrenos Piancó-Alto Brígida (TPAB) e Alto pajeú (TAP) , no Domínio da Zona Transversal (Província Borborema, NE do Brasil), com o intuito principal de compreender a evolução geodinâmica e o condicionamento estrutural destas unidades. Para atingir este objetivo, além do trabalho de campo e da interpretação de fotografias aéreas tradicionais, foram utilizados outros produtos de sensoriamento remoto (imagens Landsat 7 ETM+, aeroradiométricas, aeromagnéticas e topográficas), análises litogeoquímicas (rocha total) e datações geocronológicas (U-Pb em zircão), além da integração com dados da literatura. Na região afloram várias unidades geológicas precambrianas, representadas no T AP pelos complexos paleoproterozóicos de Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, Complexo Riacho Gravatá (seqüência metavulcanossedimentar de idade Esteniana-Toniana) e ortognaisses Cariris Velhos (Tonianos). No TPAB ocorrem as formações Santana do Garrote (unidade inferior) e Serra do Olho d'Água (unidade superior) do Grupo Cachoeirinha (Neoproterozóico III), além dos ortognaisses de Piancó e paragnaisses de Bom Jesus, estes dois últimos podendo constituir um bloco mais antigo (embasamento ?) e um equivalente de alto grau do Grupo Cachoeirinha (ou Grupo Seridó ?), respectivamente. Em ambos os terrenos ainda ocorrem vários corpos degranitóides brasilianos. Os dados aeromagnéticos permitiram estimar a continuidade, em profundidade, das principais zonas de cisalhamento cartografadas na região. As zonas de cisalhamento de Patos, Pernambuco, Boqueirão dos Cochos, Serra do Caboclo, Afogados da Ingazeira/Jabitacá e Congo-Cruzeiro do Nordeste atingem profundidades . superiores a 6-16 km. A assinatura aeromagnética de outras zonas de cisalhamento, tais como a de Juru, sugere que tais estruturas correspondem a feições crustais mais rasas. As imagens de satélite (Landsat 7 ETM+) e aerogamaespectrométricas permitiram individualizar unidades geológicas distintas, bem como esboçar a trama estrutural da região.A Zona de Cisalhamento Serra do Caboclo foi caracterizada como o limite/sutura entre o TPAB e TAP, tendo em vista ser uma estrutura marcante/penetrativa que separa unidades geológicas contrastantes, como o Grupo Cachoeirinha (Neoproterozóico III) no TPAB e o Complexo Riacho Gravatá (Esteniano-Toniano) e as metaplutônicas Cariris Velhos, do TAP. Embora mais jovem, o Grupo Cachoeirinha não exibe contatos em não conformidade sobre o Complexo Riacho Gravatá ou ortognaisses Cariris Velhos, indicando que aquelas unidades estavam distanciadas quando da sua deposição. Com relação ao evento Cariris Velhos (ca. 1,0 Ga), a presença do mesmo é indicada pelas metavulcânicas do Complexo Riacho Gravatá, augen gnaisses e ortognaisses intrusivos, todos com afinidade geoquímica de contextos de arco ou colisional. Todavia, o registro estrutural associado a este evento não foi identificado, o que foi interpretado em função de sua obliteração (constituíam estruturas de baixo grau/baixo strain) pelos eventos subseqüentes. O primeiro evento tectônico (01) observado nos litotipos de idade Cariris Velhos apresenta cinemática contracional com transporte para NW. Uma datação do Neoproterozóico III, obtida em granitóide tardi-D1, permite atribuir uma idade do início do brasiliano para este eventodeformacional. O segundo evento (D2) caracterizado na região corresponde à tectônica transcorrente Brasiliana, a qual é materializada por marcantes zonas de cisalhamento e corpos graníticos associados. Os dados geocronológicos obtidos (U-Pb em zircão) confirmaram a presença do magmatismo Cariris Velhos no âmbito do TAP, bem como a idade Neoproterozóica III para o Grupo Cachoeinha (TPAB) e para o evento tectônico D1. O TAP (Complexo Riacho Gravatá, augen gnaisses e ortognaisses) deve constituir um arco continental (provavelmente acrescido a um microcontinente) formado durante o evento Cariris Velhos (Esteniano-Toniano). Este terreno colidiu com o TPAB no inicio da orogênese brasiliana (deformação tangencial D1), sendo ambos os blocos afetados por retrabalhamento/cisalhamentos transcorrentes (evento D2) até o final do Ciclo BrasilianoTese Dinâmica Costeira dos Campos petrolíferos Macau/Serra, litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2005-10-10) Chaves, Marcelo dos Santos; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/9515716755940514; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; Lima, Zuleide Maria Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733Esta tese contempla a caracterização da dinâmica costeira dos campos petrolíferos de Macau e Serra, localizados no litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte. Estes campos petrolíferos estão inseridos em uma costa de mesomaré sob a ação da erosão costeira. As instalações do campo Macau foram construídas no início dos anos 80 do século passado a uma distância de aproximadamente 800 m do mar. Atualmente, encontram-se localizadas na linha de costa, sob ataque constante dos processos costeiros (ondas, correntes, marés), que promovem uma intensa variabilidade morfodinâmica.Diversas medidas têm sido aplicadas para proteger esta linha de costa contra a erosão nos poços petrolíferos. Entretanto, estudos de monitoramento não haviam sido efetuados anteriormente. A metodologia utilizada envolveu a utilização de dados de sensoriamento remoto (tratamento digital de imagens orbitais e fotografias aéreas), processos costeiros (ventos, correntes, ondas e marés, inclusive o padrão de circulação local), perfis praiais, análises sedimentológicas e geofísicas (batimetria) para caracterização da dinâmica costeira local em diferentes períodos (mensal, ciclo lunar, semestral) em três pontos distintos (P01, P02 e P03). Os resultados deste estudo mostram que enquanto a praia na região da Ponta do Tubarão apresentou-se estável com tendência a deposição, na região do Macau5 e Barra do Corta-Cachorro ocorreu uma tendência à erosão. Isto é confirmado através da evolução desta linha de costa realizada com base nas imagens Landsat de 2000, 2001, 2002 e 2003 (monitoramento anual). Observa-se também que durante o ciclo lunar de março 2002 (início do período chuvoso) a área em estudo não apresentou diferenças durante as quatro fases da lua. Entretanto, no ciclo lunar de outubro 2003 (período seco e ventos fortes), apenas o Perfil 01 não apresentou diferenças significativas. O Perfil 02 apresentou maior deposição na fase de lua cheia e o Perfil 03 uma maior deposição na lua nova, com presença de barras arenosas. Os resultados da hidrodinâmica costeira mostraram que na região da Ponta do Tubarão, devido à proteção exercida pela ilha-barreira, as ondas são atenuadas e as correntes de maré exercem um papel importante no interior da laguna. No período de maré vazante as correntes mostraram uma direção geral para NW, coincidindo com o sentido da deriva litorânea, enquanto no período de maré enchente ocorre uma inversão no sentido da corrente para E-NE. Na área do Macau5 e Barra do Corta-Cachorro, que não são abrigadas pela ilha-barreira, os valores de temperatura, condutividade e velocidade da corrente aumentaram com a profundidade e o sentido preferencial das correntes foi para NW, independente da fase de maré. O volume de sedimentos transportados pela deriva litorânea é da ordem de uma centena de metros cúbicos ao dia. A análise mensal dos dados granulométricos indica, no geral, uma grande homogeneidade nos resultados obtidos (acima de 90%), mostrando que não houve modificações no tamanho dos grãos em relação à sazonalidade (período de chuvas e período seco). Nos três perfis monitorados (P01, P02 e P03), tanto a pós-praia quanto o estirâncio, foram classificados pela média como areia fina a média. Apenas a antepraia é classificada como areia fina a muito fina. Os grãos são predominantemente esféricos, sub-angulosos a sub-arredondados. Composicionalmente quartzo é o mineral vi predominante, podendo ocorrer também micas, feldspatos, fragmentos de rocha e minerais pesados (< de 5% cada), bem como componentes bióticos. Quanto a morfodinâmica a área em estudo foi classificada como reflexiva (erosiva) nos meses de outubro a abril e como intermediária (instável) nos meses de maio a setembro, tanto no Perfil 02 (Macau5), como no Perfil 03 (Barra do Corta-Cachorro). Aplicando o modelo de Masselink e Turner (1999) para uma variação média de maré de sizígia de 3 m, a variação relativa de maré - RTR (Relative Tide Range) obtida para as praias da área em estudo esteve na sua maior parte entre 4 e 15, permitindo ser classificadas como praias mistas, denotando a influência das ondas e marés para a região. Na zona submersa próxima à costa as linhas batimétricas apresentam um trend principal paralelo à linha de costa na porção oeste da área, enquanto que na porção leste, apresenta uma variação, pela complexidade morfológica influenciada pela Ponta do Tubarão. Na baixa-mar é possível observar os bancos de areia expostos. O entendimento das causas da erosão costeira e monitoramento dos processos costeiros obtidos nesta tese permitiu a quantificação e caracterização das mudanças na linha de costa, essenciais para elaboração de mapas de sensibilidade ambiental ao derramamento de óleoTese Processamento e interpretação de dados 2D e 3D de GPR :aplicações no imageamento de feições kársticas e estruturas de dissolução no campo de petróleo de Fazenda Belém-CE(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-05-05) Xavier Neto, Pedro; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; Nascimento, Aderson Farias do; ; http://lattes.cnpq.br/8600906973888297; Costa, Jessé Carvalho; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788624Z6; Lins, Fernando Antônio Pessoa Lira; ; http://lattes.cnpq.br/9090815121890821Esta tese apresenta resultados da pesquisa realizada no campo de petróleo de Fazenda Belém-CE (Bacia Potiguar), com o objetivo de entender os mecanismos de geração de colapsos de terreno associados à existência de um substrato carbonático intensamente fraturado e karstificado da Formação Jandaíra. A principal ferramenta utilizada foi o imageamento do karst soterrado com GPR (Ground Penetrating Radar). Dois eixos temáticos de pesquisa foram desenvolvidos: um eixo de natureza geofísica, que consistiu no desenvolvimento de metodologias de processamento de dados de GPR, e um eixo de natureza geológica, que consistiu do estudo do karst Jandaíra e dos fatores condicionantes da sua evolução. Este segundo eixo foi fortemente apoiado no estudo de estruturas kársticas aflorantes e na interpretação de radargramas do karst soterrado. Um fluxo de processamento adequado para tratar dados de GPR é proposto a partir da adaptação de um fluxo usual de processamento sísmico. As principais modificações introduzidas estão associadas com diferenças fundamentais existentes entre GPR e Sísmica, notadamente: pior condição de acoplamento entre fonte e solo, fase da wavelet (que é mista, no GPR), grande nível de ruído (inclusive aéreo), aquisição monocanal e maior importância dos efeitos de propagação (principalmente dispersão) na onda eletromagnética. A necessidade de um processamento adequado foi ainda mais premente em Fazenda Belém devido à forte presença de ruído aéreo, por se tratar de uma área industrial, e grande complexidade das feições kársticas soterradas. A etapa chave do fluxo de processamento é a correção dos efeitos de propagação. Em meios dielétricos de perda baixa a moderada, verificou-se que a propagação do pulso de GPR impacta fortemente o seu espectro de amplitude, mas provoca muito pouca alteração no seu espectro de fase. Pôde-se assim corrigir os efeitos da propagação com uma aplicação judiciosa de ganhos e balanceamento espectral. Os ganhos foram utilizados para recuperar a perda de amplitude e o balanceamento espectral, para recuperar as componentes da faixa superior de freqüência, que são mais fortemente afetadas pelos efeitos da propagação. Apesar da não estacionaridade do sinal do GPR, o balanceamento espectral promove um aumento de resolução, o que qualifica esta técnica como um bom substituto dos algoritmos de deconvolução, garantindo repetitividade e independência do meio geológico. A karstificação da plataforma carbonática Jandaíra está associada a, pelo menos, três eventos de exposição sub-aérea relacionadas às discordâncias do Turoniano, Santoniano e Campaniano. Em Fazenda Belém, a partir do Mioceno Médio, o karst Jandaíra foi soterrado por sedimentos siliciclásticos continentais. Este soterramento preencheu parte das cavidades de dissolução e fraturas e, assim, o desenvolvimento do processo de karstificação foi bastante atenuado, em comparação com outros locais da Bacia Potiguar, onde o karst Jandaíra está exposto. Nas condições vigentes em Fazenda Belém, identificou-se que os principais fatores condicionantes do surgimento das dolinas e do colapso de terreno são: (i) existência de uma cobertura inconsolidada espessa o suficiente para encobrir o calcário, porém delgada o suficiente para que o seu volume possa ser acomodado nos espaços vazios dessas estruturas; (ii) ocorrência da interseção de lineamentos estruturais SW-NE e NW-SE, que promovem um aumento localizado da condutividade hidráulica e condicionam a canalização do fluxo hidráulico subterrâneo, facilitando a dissolução dos carbonatos; e (iii) existência de uma barreira hidráulica vertical, associada à Unidade Açu-4, que condiciona a circulação da água subterrânea a ser predominantemente lateral. Os colapsos de terreno em Fazenda Belém seguem o seguinte processo de evolução temporal. O fluxo de água se infiltra através da cobertura sedimentar inconsolidada e promove sua mobilização para o espaço vazio das estruturas de dissolução na Formação Jandaíra. Este efeito é iniciado na base da cobertura sedimentar, onde o fluxo aumenta o seu poder de abrasão, devido à mudança brusca do regime laminar para o regime turbulento, ao entrar no karst. O material remobilizado vai preenchendo, as cavidades intra-acamamento e geram espaço, de forma remontante, na cobertura sedimentar acima situada, que vai se afinando até o ponto de colapso, quando então ocorrem as dolinas. Este fenômeno é especialmente ativo durante a estação chuvosa, quando o nível estático da água, que normalmente está situado dentro do calcário, pode estar temporariamente localizado dentro da cobertura sedimentarTese Morfologia e sedimentologia da plataforma continental brasileira adjacente a São Bento do Norte e Caiçara do Norte-RN/NE-Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-06-10) Tabosa, Werner Farkatt; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/1313536081076361; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; Souza Filho, Pedro Walfir Martins e; ; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252; Oliveira, Jorge Eduardo Lins; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781872Z1Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida na região de São Bento do Norte e Caiçara do Norte, litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte, durante o período de Junho de 2000 a Agosto de 2001, no âmbito dos projetos MAMBMARÉ (CNPq/CTPETRO) e PROBRAL (CAPES/DAAD). O objetivo principal da pesquisa foi a caracterização da dinâmica sedimentar do litoral em questão, com base em dados relativos à dinâmica costeira (ventos, correntes, ondas e marés), levantamentos topográficos (perfis de praia e dunas), imagens de satélite e análises sedimentológicas. Como objetivos específicos foram realizados o monitoramento deste litoral, com o fim de verificar a manutenção de uma tendência erosiva ou progradacional após a construção de gabiões para contenção da erosão na praia de Caiçara do Norte, bem como verificar a influência das feições de fundo da plataforma interna adjacente sobre o pólo petrolífero de Guamaré. O monitoramento executado permitiu identificar que a movimentação dos sedimentos, ao longo do ano, nessa região, exibe um padrão cíclico, atingindo as maiores oscilações durante os meses de inverno (deposição) e verão (erosão). Os estudos sedimentológicos indicaram uma tendência geral para areias quartzosas, com presença de cascalho, moderadamente a bem selecionadas, com assimetria predominantemente negativa. De acordo com o parâmetro de Dean (1957), as praias monitoradas são basicamente reflectivas com tendência a intermediárias, o que enquadra esse trecho da costa norte-riograndense como fortemente vulnerável a processos erosivos. Os estudos desenvolvidos na plataforma interna desta região permitiram visualizar pela primeira vez, em macroescala, a distribuição das feições do fundo submarino até a isóbata de 25 metros. Ressaltando-se a presença de um alto topográfico submerso, com cerca de 5 metros de altura, 1 km de largura e mais de 24 metros de extensão, localizado na plataforma interna em frente a cidade de São Bento do Norte, coincidente com o trend do Sistema de Falhas de Carnaubais. Esta feição exerce um papel importante no controle dos processos sedimentares e oceanográficos, bem como na evolução costeira desta região do Estado do RN, que afetam diretamente a região do pólo petrolífero de Guamaré. Estes resultados contribuem para um melhor conhecimento dos processos atuantes na região e, conseqüentemente, fornece subsídios para a implementação de medidas de proteção costeira e ambiental para as cidades de São Bento do Norte e Caiçara do Norte, bem como para o melhor entendimento de modo como os processos geológicos e oceanográficos atuantes nesta área, vêm influenciando nas características geoambientais do pólo petrolífero de GuamaréTese Variação espacial e sazonal de elementos maiores e traços no estuários do Rio Curimataú (RN), através de dados geoquímicos e de sensoriamento remoto(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2006-10-27) Garlipp, Adriana Baggio; Amaro, Venerando Eustáquio; Silva, Carlos Augusto Ramos e; ; http://lattes.cnpq.br/1791046890452262; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/5411174047827061; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; Freire, George Satander Sá; ; http://lattes.cnpq.br/6803944360256138; Costa, Monica Ferreira da; ; http://lattes.cnpq.br/6602190994535764O estuário do rio Curimataú localiza-se na porção sul do litoral oriental do Estado do Rio Grande do Norte, apresentando uma das últimas porções de manguezais no Estado. Este ecossistema tem sido fortemente afetado por diversas atividades antropogênicas, como o cultivo de cana-de-açúcar, a carcinicultura, além da urbanização. Trabalhos anteriores neste local revelaram que ostras Crassostrea rhizophorae apresentaram concentrações de alguns metais acima dos limites permitidos para consumo, e que talvez a entrada destes metais no estuário estivesse relacionada aos efluentes de carcinicultura. Para uma melhor compreensão da origem destes metais, foram coletadas amostras de sedimento de fundo, testemunhos e material particulado em suspensão para uma caracterização das concentrações de dez elementos maiores e traços (Al, Ba, Cd, Cu, Cr, Fe, Mn, Ni, Pb, Zn), bem como para a determinação dos elementos potencialmente biodisponíveis. Além disso, também foi realizado o cálculo da razão de enriquecimento para cada elemento analisado. A composição mineralógica das amostras de sedimento de fundo e dos testemunhos foi obtida através de difratometria de raios-X. Adicionalmente, dados de sensoriamento remoto orbital foram usados a fim de se detectar e semiquantificar o material particulado em suspensão através da aplicação de um algoritmo logarítmico. As análises geoquímicas das amostras de sedimento de fundo revelaram que os elementos analisados apresentaram concentrações características de um estuário não poluído (Al: 0,25 a 8,76%; Ba: 3,03 a 870 µg.g-1; Cd: < 0,25 µg.g-1; Cr: 1,72 a 82,4 µg.g-1; Cu: 0,12 a 25,3 µg.g-1; Pb: 0,38 a 23,7 µg.g-1; Fe: 0,10 a 5,82 %; Mn: 15,1 a 815 µg.g-1; Ni: 0,14 a 36,1 µg.g-1; Zn: 1,37 a 113 µg.g-1). Um padrão de distribuição dos metais foi observado durante a estação seca, com maiores concentrações nas margens, diminuindo em direção ao centro do canal. A concentração dos metais se mostrou bem correlacionada com as respectivas composições mineralógicas das amostras de sedimento, com minerais de argila predominando nas margens, e quartzo e feldspato mais presentes no centro do canal. Contudo, este padrão não foi observado durante a estação chuvosa, provavelmente devido ao fluxo de água mais intenso que promoveu o distúrbio dos sedimentos de fundo, com remoção da fração fina das margens. Mas, da mesma forma que observado para a estação seca, nas amostras coletadas durante a estação chuvosa também se observou maiores concentrações de metais nas amostras com predomínio de minerais argilosos. Razões de enriquecimento sugestivas de ausência de poluição foram obtidas para a maioria dos elementos analisados, com exceção de Mn. O manganês apresentou as maiores razões à jusante da atividade de carcinicultura, as quais sugerem poluição significativa neste trecho durante ambas as estações seca e chuvosa. Esta pode ser uma evidência do impacto da carcinicultura no estuário, já que a montante desta atividade a razão de enriquecimento foi baixa. No material particulado em suspensão as maiores concentrações de metais foram obtidas na porção dominada pelo transporte fluvial para todos os elementos analisados, com exceção do cobre. Os únicos elementos que apresentaram concentrações elevadas, incomuns para ambientes livres de poluição, foram bário (de 5730 a 8355 µg.g-1) e zinco (de 3899 a 4348 µg.g-1). Contudo, estas concentrações anormais aparentam não estar relacionadas à carcinicultura ou aos efluentes da cidade de Canguaretama, uma vez que foram encontrados à montante destas atividades. A aplicação do algoritmo logarítmico à imagem LANDSAT foi bem sucedida, embora a imagem adquirida não corresponda exatamente às datas de coleta do material em suspensão. A imagem IKONOS forneceu visões muito detalhadas do estuário que permitiram observar a distribuição do material particulado, com a mistura de fluxos de água distintos na confluência dos rios Cunhaú e Curimataú, sendo que o rio Cunhaú apresenta águas mais turvas, e é diretamente afetado pelos efluentes de carcinicultura e dejetos urbanos da cidade de CanguaretamaTese Condicionamento estrutural das zonas de cisalhamento da região de Forquilha, domínio Ceará Central: uma abordagem integrada de sensoriamento remoto e geologia estrutural(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-06-06) Cunha, Fábio Souza e Silva da; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; ; http://lattes.cnpq.br/5329655240931620; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; Souza, Zorano Sergio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; Strieder, Adelir José; ; http://lattes.cnpq.br/0255706182014993; Jose, Ticiano; ; http://lattes.cnpq.br/8712158323183215A região de Forquilha localiza-se no extremo noroeste do Domínio Ceará Central (porção setentrional da Província Borborema) e apresenta um arcabouço litoestratigráfico formado por rochas metaplutônicas paleoproterozóicas, seqüências metasupracrustais e granitóides neoproterozóicos. As rochas metassedimentares do Grupo Ceará ocupam a maior parte da área e são subdivididas em duas unidades distintas: Canindé e Independência. A unidade Canindé é formada basicamente por biotita paragnaisses e muscovita paragnaisses, envolvendo rochas metabásicas (lentes de anfibolitos). A seqüência Independência abrange paragnaisses granadíferos, intercalados com silimanita-granada-quartzo-muscovita xistos e quartzo-muscovita xistos, quartzitos puros ou com muscovita e, mais raramente, mármores. Foram identificados e caracterizados pelo menos três eventos de deformação dúctil, denominados de D1, D2 e D3. O evento D1 pode ser interpretado como correspondente à uma tectônica tangencial de baixo ângulo com transporte tectônico para sul. O evento D2 é caracterizado pelo desenvolvimento de dobras fechadas a isoclinais com eixos aproximadamente N-S. Padrões de superposição de dobras F1 e F2 foram verificadas em diversos locais. O terceiro evento (D3), desenvolvido em um regime transpressional, gerou dobras megascópicas com eixos NNE a NE e zonas de cisalhamento transcorrentes. Essas zonas transcorrentes D3 são denominadas de Zona de Cisalhamento Humberto Monte (ZCHM), Zona de Cisalhamento Poço Cercado (ZCPC) e Zona de Cisalhamento Forquilha (ZCF). O processamento digital de imagens de satélite Landsat 7-ETM+, combinado com dados de campo, demonstrou que essas estruturas penetrativas desenvolveram padrões geomorfológicos positivos e negativos, distribuídos em arranjos lineares e curvilineares com bandamento tonal, associados ao fabric dúctil das rochas e a cristas. Diversas composições coloridas foram testadas, sendo que RGB-531 e RGB-752 proporcionaram os melhores resultados para análise de lineamentos correspondentes às principais zonas de cisalhamento. Técnicas de filtragem espacial (filtros 3x3 e 5x5) também foram utilizadas, sobressaindo-se os produtos resultantes da aplicação de filtros Prewitt na banda PC1. A análise integrada dos aspectos morfológicos e texturais presentes nas imagens filtradas, somados às variações de cores assumidas pelas unidades geológicas nas composições coloridas e à sobreposição sobre um modelo digital de elevação, permitiram uma caracterização em mega-escala da conformação estrutural da área de estudo. Um dos objetivos desse trabalho foi compatibilizar a cinemática das zonas de cisalhamento ZCHM, ZCPC, ZCF, juntamente com a zona de cisalhamento (lineamento) Sobral-Pedro II (ZCSPII), situada na adjacência, a oeste da área estudada. As idades 40Ar/39Ar obtidas nesta tese para a ZCSPII e a ZCPC, associadas com outros dados 40Ar/39Ar de zonas de cisalhamento do Estado do Ceará, são indicativas de que todas essas zonas estejam relacionadas à orogênese Brasiliana. Além disso, a orientação geral das estruturas, os sentidos de cisalhamento opostos (sinistral na ZCHM e na ZCPC; dextral na ZCSPII e na ZCF) e as condições metamórficas semelhantes conduziram à proposta de um modelo evolutivo das zonas de cisalhamento da região de Forquilha a partir do desenvolvimento de zonas de cisalhamento dúcteis conjugadas em uma área de transpressão não-confinada, com uma direção geral de encurtamento WNW-ESE. A geometria e a cinemática do conjunto de estruturas analisadas sugerem que o encurtamento tenha sido amplamente acomodado por extrusão lateral, com menores quantidades de estiramento verticalTese Sistemas computacionais espaço-temporais para tomada de decisão em questões ambientais relacionadas à indústria de petróleo e gás(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2007-08-31) Castro, Angélica Félix de; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/3724857575582110; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; Fialho, Sérgio Vianna; ; http://lattes.cnpq.br/8215124502137579; Soares, Valéria Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/0187018118567986; Silva, Cleverson Guizan; ; http://lattes.cnpq.br/2192755725741120A área entre São Bento do Norte e Macau, no litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte, caracteriza-se por sofrer constantes processos de transporte litorâneo e eólico que causam alterações no balanço de sedimentos e modificações no traçado da linha de costa. Além desses fatores naturais, a interferência antrópica é ampla nas adjacências, composta por trechos ambientalmente sensíveis, como demonstra a presença do Pólo Petrolífero de Guamaré/RN, o maior produtor terrestre de petróleo do Brasil, além das atividades da indústria salineira e da carcinicultura. Este contexto socioeconômico-ambiental justifica a elaboração de estratégias de monitoramento ambiental dessa área costeira. No monitoramento ambiental de faixas litorâneas alvo de impactos antrópicos é imprescindível o emprego de dados multifontes e multitemporais integrados por meio de um Banco de Dados Espaço-Temporal que permita o acesso amigável de multiusuários. O objetivo foi utilizar a potencialidade dos sistemas computacionais como ferramentas importantes no subsídio às tomadas de decisões por parte dos gestores do monitoramento ambiental. Os dados coletados e armazenados na forma de uma biblioteca virtual auxiliam nas tomadas de decisões a partir dos resultados relacionados e apresentados em diferentes formatos. Este procedimento amplia o uso dos dados no acompanhamento preventivo, sobre o comportamento do ecossistema, como suporte às operações de contenção em caso de derramamento de óleo. Alguns parâmetros, como os dados hidrodinâmicos, a declividade da face de praia. tipos de recursos em risco (ambiental, econômico, humano ou cultural) e uso e ocupação da área são alguns dos tipos de informações básicas essenciais dos mapas de sensibilidade e que sofrem alterações temporais. Deste modo, os dois sistemas computacionais desenvolvidos são considerados sistemas de apoio à decisão, pois fornecem subsídios operacionais ao monitoramento ambiental das áreas costeiras, considerando as transformações no comportamento dos elementos costeiros decorrentes das mudanças temporais inerentes da interferência humana e/ou natural do ambienteTese Caracterização geométrica e parametrização de depósitos transicionais recentes e sua aplicação na modelagem de reservatórios petrolíferos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-03-31) Pérez, Yoe Alain Reyes; Lima Filho, Francisco Pinheiro; ; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176; ; http://lattes.cnpq.br/1115982372037137; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; Florencio, Cláudio Pires; ; http://lattes.cnpq.br/0006270502154615; Sábadia, José Antônio Beltrão; ; http://lattes.cnpq.br/0280662216554148; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061Neste início do século XXI a Geologia transita por novos caminhos que demandam uma capacidade crescente de trabalhar com informações de naturezas variadas, assim como a aplicação de novas ferramentas. É dentro desse contexto que a caracterização de análogos recentes tem se tornado importante para o entendimento e predição das mudanças laterais na geometria e na distribuição dos corpos e fácies reservatório. No presente trabalho foi desenvolvida uma metodologia de integração de dados geológicos e geofísicos de depósitos transicionais recentes, em ambiente tridimensional, para serem empregados como subsídio na modelagem de reservatórios petrolíferos e estudada a influência dos mesmos no cálculo de volume. Para esta finalidade foram realizados levantamentos planialtimétricos e de geofísica rasa GPR em três áreas da desembocadura do Rio Parnaíba. Com as informações obtidas foi possível visualizar a superposição de diferentes gerações de canais estuarinos e realizar a delimitação da geometria do canal através dos parâmetros de largura e espessura. Para a visualização e modelagem tridimensional foram empregados dois dos principais softwares de modelagem de reservatórios. Este trabalho foi realizado com os parâmetros coletados e os dados de dois reservatórios. O primeiro foi criado com dados de poços da Bacia Potiguar existentes na literatura e correspondentes a unidade Açu IV. Já no segundo caso foi empregada uma base de dados reais de um modelo da região do mar do norte. Nos procedimentos de modelagem dos reservatórios foram criadas diferentes rotinas de trabalho e gerados cinco casos de estudo com seus respectivos cálculos de volumes. Em seguida, foi realizada uma análise para quantificar as incertezas referentes à modelagem geológica e a influência delas no volume. Esta análise foi orientada a testar a semente geradora e os dados de análogos empregados na construção do modeloTese Estruturas tectônicas cenozóicas na porção leste da Bacia Potiguar - RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-07-25) Nogueira, Francisco Cezar Costa; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; ; http://lattes.cnpq.br/4611598812368480; Sa, Jaziel Martins; ; http://lattes.cnpq.br/2772507532078148; Ferreira, Joaquim Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/0807368274222975; Morales, Norberto; ; http://lattes.cnpq.br/5136594572347865; Silva, Adalene Moreira; ; http://lattes.cnpq.br/2518547102494583Esta tese compreende a integração de dados geológicos, geofísicos e sismológicos na porção leste da Bacia Potiguar. A região nordeste está localizada na margem passiva sulamericana, exibindo importantes áreas com registro de atividades neotectônicas. As definições da cronologia dos eventos, da geometria das estruturas geradas por estes eventos e de quais estruturas foram reativadas, são necessárias nesta área. Os objetivos principais desta tese são listados a seguir: (1) identificar a geometria e cinemática de falhas neotectônicas na faixa leste da Bacia Potiguar; (2) obter a idade dos eventos tectônicos relacionados a estas estruturas e associá-las a paleossismos na região; (3) apresentar modelos evolutivos para explicar a evolução de estruturas neógenas; e (4) investigar a origem dos processos de reativação, principalmente o tipo de feição geológica relacionada a esta reativação. Os principais tipos de dados usados compreendem dados de campo, poços e dados de resistividade, imagens de sensores remotos, cronologia de sedimentos, análises morfotectônica e análises por Difratometria de Raio X, dados sismológicos e aeromagnéticos. A análise de paleotensões indica que os dois últimos campos de tensões que ocorreram na área de estudo form: compressão orientada segundo a direção N-S e extensão E-W, a partir do final do Campaniano ao início do Mioceno, e uma compressão orientada na direção E-W e extensão N-S, a partir do Mioceno ao Holoceno. Este campo de tensões reativou falhas de direção NE-SW e NW-SE. Estas falhas exibem cinemática transcorrente dextral, associada com uma componente normal. Neste trabalho foi possível determinar a geometria en echelon da Falha Samambaia, que é de ~63 km de extensão, 13 km de profundidade, orientada para NE-SW, e forte mergulho para NW. As falhas preenchidas por sedimento nas rochas graníticas foram datadas por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) e Single-Aliquot Regeneration (SAR), revelando idades de: 8.000 - 9.000, 11.000 - 15.000, 16.000 - 24.000, 37.000 - 45.500, 53.609 - 67.959 e 83.000 - 84.000 anos. A análise do fabric dúctil na área de João Câmara indica que a foliação regional está orientada para NE-SW (032o - 042o Az), que coincide com a orientação dos epicentros e veios ricos em Sílica. O conjunto de evidências aponta para a reativação de estruturas pré-existentes. Os dados paleossismológicos sugerem atividades paleossísmicas maiores que aquelas indicadas durante o curto período de registros histórico e instrumentalTese Evolução da paisagem do baixo curso do rio de Piranhas-Assu (1988-2024): uso de autômatos celulares em modelo dinâmico espacial para simulação de cenários futuros(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-07-25) Grigio, Alfredo Marcelo; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/7005301070400993; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; Carvalho, Edilson Alves de; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761201P6; Mendonça, Francisco de Assis; ; http://lattes.cnpq.br/3941384182506697; Paranhos Filho, Antônio Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/8366463150019459O baixo curso do rio Piranhas-Assu, localizado no Litoral Norte do Rio Grande do Norte, é de especial interesse como área de estudo, uma vez que, além das atividades de exploração de petróleo e gás, concentra as atividades relacionadas à carcinicultura, ao sal e à fruticultura, fatores que também merecem especial atenção. Assim, o conhecimento do estágio em que se encontra a área de estudo em seu estado ambiental, exige dos pesquisadores estudos e da sociedade conscientização, no sentido de se entender a inter-relação homem e ambiente. Portanto, busca-se conhecer e estudar a dinâmica do uso e ocupação do solo do baixo curso do rio Piranhas-Assu, através de uma análise multitemporal de tempos passados e presente, e realizar projeções futuras através de modelo de simulação. O trabalho é dividido em etapas que compreendem a pesquisa, a análise e interpretação de resultados e a geração de modelos de simulação, para análise de tendência da paisagem, tornando possível a identificação de indicadores causadores de tais mudanças para o baixo curso do rio Piranhas-Assu. Do Banco de Dados Geográficos foram realizadas as análises exploratórias necessárias aos seguintes itens: evolução do uso e ocupação do solo, vulnerabilidade natural e ambiental, índices de geodiversidade múltipla e preparação dos dados a serem utilizados no modelo de simulação. Posteriormente, procedeu-se à construção do modelo de simulação da paisagem. Na seqüência, realizaram-se às simulações de cenários futuros pela execução do modelo dentro de um ambiente de software específico para tal finalidade. Por último, realizaram-se as análises de tendência da paisagem da área de estudo. O baixo curso do rio Piranhas-Assu não apresentou uma intensa dinâmica de mudança da paisagem, já que no período considerado (de 1988 a 2004), a estabilidade das classes mostrou-se superior às suas transformações. As atividades relacionadas com a agricultura e com a pecuária são as que conduzem, principalmente, a dinâmica da paisagem. A produção de camarão marinho e de petróleo também infere na paisagem, porém em menor proporção. As políticas públicas do INCRA determinaram sobremaneira a dinâmica da paisagem do baixo curso do rio Piranhas-Assu, RN. Em relação à vulnerabilidade natural, o baixo curso do rio Piranhas-Assu, RN, apresenta mais áreas vulneráveis que estáveis. Na simulação da paisagem, no primeiro período considerado (2004-2009), houve aumentos e diminuições consideráveis das atividades antrópicas, se comparados aos períodos posteriores (2009-2014, 2014-2019 e 2019-2024). A simulação, em uma análise mais abrangente, mostra que os fatores determinantes para a mobilidade espacial das atividades antrópicas, na área em foco, estão relacionados à pré-existência de comunidades com vocação agropecuária e à existência de vias de acesso e escoamento. Uma área a ser destacada é a que corresponde às dunas fixas e móveis, localizadas no município de Porto do Mangue. Recomenda-se a transformação dessa área em unidade de conservaçãoTese A história do intemperismo na Província Borborema Oriental, Nordeste do Brasil: implicações paleoclimáticas e tectônicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-07-25) Lima, Maria da Guia; Vasconcelos, Paulo Marcos de Paula; ; ; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; Carmo, Isabela de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/0678748964005611; Oliveira, Sônia Maria Barros de; ; http://lattes.cnpq.br/0643730644808524Até recentemente, a geocronologia do intemperismo foi primeiramente baseada em datações por K-Ar e 40Ar/39Ar de minerais supergênicos. Recentes avanços em análises por (U-Th)/He de goetitas supergênicas expandiram o número de minerais utilizados e o intervalo de tempo de aplicação da geocronologia do intemperismo. Este trabalho representa o primeiro estudo sistemático, no Brasil, da combinação das metodologias de datação 40Ar/39Ar e (U-Th)/He, aplicadas para o conhecimento da história do intemperismo e das idades de formações sedimentares afossilíferas. Para entender o contexto evolutivo do relevo da porção setentrional do Nordeste do Brasil foram identificados, com base nos estudos geológicos e geomorfológicos regionais, diferentes tipos de perfis de intemperismo que ocorrem no interior e na faixa litorânea. Estes perfis foram correlacionados a três domínios geomorfológicos distintos: o Planalto da Borborema, a Depressão Sertaneja e as Planícies e Tabuleiros Costeiros, associados a superfícies de aplainamento características de cada domínio. Baseando-se na estratigrafia e profundidade dos perfis de intemperismo desenvolvidos em cada um dos três domínios geomorfológicos principais, foi possível observar que: (i) os perfis que ocorrem em cotas elevadas no interior do continente, capeando a chamada Superfície Borborema, são mais profundos (podendo chegar a 100 m), sendo caracterizados como perfis lateríticos; (ii) nas áreas de elevações mais baixas que constituem a Superfície Sertaneja ocorrem perfis mais rasos e incipientes (2-5 m de profundidade); (iii) os perfis de intemperismo que ocorrem na região litorânea são moderadamente desenvolvidos (podendo chegar até 25 m de profundidade), sendo caracterizados principalmente por espessos saprólitos e zonas mosqueadas. Visando colocar limites geocronológicos na evolução geomorfológica do Nordeste, 29 perfis representando desde a porção elevada da Província Borborema até o litoral, foram estudados através da análise de 248 grãos de óxidos de manganês supergênicos pela geocronologia de 40Ar/39Ar por aquecimento gradual a laser. Além disso, 20 perfis de intemperismo foram estudados através da geocronologia de (U-Th)/He, e 171 grãos de óxidos/hidróxidos de ferro supergênicos foram datados por este método. Os resultados geocronológicos obtidos para os 248 grãos de óxidos de manganês datados pelo método 40Ar/39Ar indicam que os perfis de intemperismo da área estudada registram um história de intemperismo que vai desde o Oligoceno até o Pleistoceno, apresentando idades patamar e patamar forçado que variam de 31,4 ± 1,0 Ma a 0,8 ± 0,4 Ma. A datação dos 171 grãos de goetitas pelo método (U-Th)/He mostraram idades variando de 43,2 ± 4,3 Ma a 0,8 ± 0,1 Ma, registrando uma história de intemperismo desde o Eoceno até o Pleistoceno. Os registros da precipitação de goetitas confirmam as idades dos processos de intemperismo identificados pelos registros de óxidos de manganês. Datações (U-Th)/He foram realizadas em 105 grãos de goetitas provenientes de 8 localidades distintas da Formação Barreiras. Cinco grãos provenientes do cimento dos arenitos da Formação Barreiras, nas localidades de Lagoa Salgada e Rio do Fogo, apresentaram idades de 17,6 ± 1,8 Ma, 17,3 ± 1,7 Ma, 16,3 ± 1,6 Ma, 16,2 ± 1,6 Ma e 13,6 ± 1,4 Ma. Os resultados obtidos para os 69 grãos de goetitas associadas a pisólitos autigênicos, provenientes de 7 localidades distintas, mostraram-se concordantes, apresentando valores que variam de 17,8 ± 1,8 a 7,5 ± 0,8 Ma. Os resultados obtidos para 31 grãos de goetitas provenientes de pisólitos detrítricos são compatíveis para as 3 diferentes localidades amostradas (Lagoa Salgada, Praia da Garças e Ponta Grossa), apresentando idades que variam de 43,2 ± 4,3 a 21,6 ± 2,2 Ma. Tais resultados indicam que a idade máxima de deposição dos sedimentos da Formação Barreiras é de aproximadamente 22 Ma. Os resultados 40Ar/39Ar obtidos para 15 grãos de óxidos de manganês associados ao intemperismo da Formação Barreiras, provenientes de 3 localidades distintas, variaram de 13,1 ± 0,9 a 7,7 ± 0,4 Ma, mostrando-se similares às idades das goetitas autigênicas também coletadas nesta formação, porém datadas pelo método (U-Th)/He. A aplicação sistemática dos métodos 40Ar/39Ar em óxidos de manganês e (U-Th)/He em goetitas mostra que os sedimentos da Formação Barreiras já estavam depositados há aproximadamente 17 Ma e que os processos de intemperismo perduraram até pelo menos 7 Ma atrás, indicando um período de provável clima quente e úmido para a região. As idades obtidas para os óxidos de manganês associados aos basaltos cenozóicos da Formação Macau, na localidade homônima, também revelam uma história de intemperismo entre aproximadamente 19 e 7 Ma, confirmando condições climáticas quentes e úmidas durante a maior parte do Mioceno. As idades 40Ar/39Ar obtidas para os óxidos de manganês relacionados à Formação Serra do Martins variam de 14,1 ± 0,4 a 10,5 ± 0,3 Ma. Já as idades (U-Th)/He obtidas nas amostras de óxidos/hidróxidos de ferro provenientes dos platôs da Formação Serra do Martins variam de 20,0 ± 2,00 a 5,5 ± 0,6 Ma, sugerindo uma idade mínima de 20 Ma para a deposição dos sedimentos desta formação. Os resultados 40Ar/39Ar e (U-Th)/He das amostras analisadas neste trabalho mostram correspondência com as interpretações paleoclimáticas baseadas em isótopos estáveis e índices de argilas presentes nos sedimentos do Oceano Atlântico, confirmando a adequabilidade do uso da geocronologia do intemperismo na investigação paleoclimática de uma região. Neste trabalho, a datação da Formação Barreiras forneceu informações mais precisas sobre a idade das estruturas frágeis que se encontram associadas à deposição desta formação, nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. O primeiro evento sin-deposicional correlacionável à deposição da Formação Barreiras apresenta uma idade do Mioceno Inferior; outro evento também presente no Barreiras, porém relacionado a um estágio de deformação pós-sedimentar apresenta uma provável idade que varia do final do Mioceno Inferior ao Holoceno. Similarmente aos dados da literatura, os resultados obtidos neste trabalho revelam que a profundidade e a complexidade dos perfis de intemperismo refletem a duração da exposição destes perfis às condições intempéricas. Todavia, não foi identificada relação de idade vs. cota topográfica nos perfis estudados. A profundidade e a estratigrafia de perfis de intemperismo no Nordeste do Brasil, diferentemente do que se observa na região Sudeste, não variam sistematicamente do interior em direção à costa. Na área de trabalho, observações de campo revelam a presença de perfis de intemperismo laterítico antigos, espessos e complexos, preservados nos platôs de alta cota topográfica, e perfis de intemperismo recentes, rasos e incipientes nas regiões dissecadas em volta desses platôs. Estes resultados sugerem que o modelo de retração de escarpas é o mais adequado para a explicar a evolução do relevo da região estudada. Entretanto, nas porções mais rebaixadas do relevo, localizadas no domínio das Planícies e Tabuleiros Costeiros, foram obtidas idades relativamente antigas, indicando que processos mais complexos atuaram no modelamento do relevo daquela áreaTese Arcabouço geofísico, isostasia e causas do magmatismo cenozóico da província Borborema e de sua margem continental (Nordeste do Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-07-27) Oliveira, Roberto Gusmão de; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; http://lattes.cnpq.br/3502030878720766; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; Lins, Fernando Antônio Pessoa Lira; ; http://lattes.cnpq.br/9090815121890821; Neves, Benjamim Bley de Brito; ; http://lattes.cnpq.br/4141785292003086; Ussami, Naomi; ; http://lattes.cnpq.br/6704246490515612A Província Borborema (PB) é um domínio geológico-estrutural localizado no Nordeste do Brasil, limitado a sul pelo Cráton do São Francisco, a oeste pela Bacia do Parnaíba e a norte e leste pelas bacias costeiras. Embora bastante estudada por geologia de superfície, na PB ainda estão em aberto aspectos importantes de sua evolução, notadamente: i) a sua compartimentagem tectônica após a Orogênese Brasiliana, ii) a arquitetura da margem continental implantada no Cretáceo, iii) as propriedades elásticas de sua litosfera, e iv) as causas do magmatismo e do soerguimento no Cenozóico. Esta Tese empregou dados geofísicos de cobertura regional (elevação, gravimetria, magnetometria, altura geoidal e tomografia), para aportar informações de geologia profunda aos problemas acima colocados. A sutura gerada pela colisão neoproterozóica entre o Domínio Sul da PB e a Placa Sanfranciscana (PSF) é marcada, na Faixa Riacho do Pontal e no oeste da Faixa Sergipana, por uma forte anomalia gravimétrica dipolar, cujo pico positivo corresponde ao alçamento da crosta inferior da PB e o negativo corresponde às nappes de supracrustais empurradas sobre a PSF. Na região leste da Faixa Sergipana não há assinaturas gravimétricas que indiquem cavalgamento e flexura de placas, mas a interpretação de truncamentos de assinaturas geofísicas de direção N-S da PSF permite localizar a sutura na margem sul do complexo de arco Marancó, ao longo da Z. C. Porto da Folha. Por sua vez, o limite colisional do Domínio Ceará da PB com o Cráton Oeste-Africano, ao longo da Z. C. Sobral-Pedro II, é também marcado por uma anomalia gravimétrica dipolar, cujo pico positivo coincide com a Z. C. Sobral-Pedro II, e o negativo coincide com o arco magmático de Santa Quitéria. A julgar pela expressão geofísica, os limites internos mais importantes da PB são: i) a Z. C. Pernambuco Oeste e sua continuação na Z. C. Congo, ii) a Z. C. Patos e iii) a Z. C. Jaguaribe e sua continuação na Z. C. Tatajuba. Estes limites dividem a PB em cinco grandes domínios geofísicos-tectônicos: Sul (ou Externo), Transversal, Rio Grande do Norte, Ceará e Médio Coreaú. O Domínio Sul é marcado por assinaturas geofísicas associadas à colisão da PB com a PSF. O Domínio Transversal teve a sua concepção original de limites modificada porque a parte leste do seu limite sul foi associada com a Z. C. Congo. O Domínio Rio Grande do Norte apresenta a crosta mais magnética da PB, com superposição de fontes pré-cambrianas e fanerozóicas. No Domínio Ceará, a Z. C. Senador Pompeu é o divisor de dois subdomínios: o leste corresponde à Faixa Orós-Jaguaribe e o oeste corresponde ao Ceará-Central, onde ocorre uma assinatura gravimétrica interpretada como uma descontinuidade crustal de direção ENE-WSW, que funcionou como um anteparo para as nappes brasilanas, com sentido de deslocamento para sul. O Domínio Médio Coreaú apresenta uma anomalia gravimétrica dipolar, cujo pico positivo está associado com rochas granulíticas, e o negativo com rochas supracrustais. A assinatura geofísica do seu limite com o Domínio Ceará é evidente, apesar dos sedimentos da Bacia do Parnaíba. A análise conjunta da anomalia ar-livre, admitância ar-livre e estimativas da espessura elástica efetiva (Te) evidenciou que as margens Leste e Equatorial possuem propriedades elásticas bastante diferentes: enquanto a primeira tem Te entre 10 e 20 km, a segunda tem Te em torno ou inferior a 10 km. Essa diferença é devida ao enfraquecimento da litosfera da Margem Equatorial produzida pelo magmatismo cenozóico. A margem continental da PB apresenta segmentações que incorporaram heranças das estruturas e dos domínios pré-cambrianos, que se correlacionam com os limites conhecidos das bacias. Descrevendo de sul para norte, o limite da separação da Bacia Sergipe - Alagoas em duas sub-bacias coincide com a sutura entre o Domínio Sul da PB e a PSF; as estimativas de Te indicam, concordantemente, que a Sub-bacia Sergipe (Te ≅ 20 km) se instalou em uma litosfera mais resistente do que a da Sub-bacia Alagoas (Te ≅ 10 km). Adicionalmente, no interior da crosta da Sub-bacia Sergipe ocorre um grande corpo denso (underplating ou herança crustal?) que não continua na Sub-bacia Alagoas. A margem da Bacia de Pernambuco (15 < Te < 25 km) apresenta características diferentes das outras bacias costeiras, porque no Platô de Pernambuco há duas anomalias do efeito de borda , o que indica a existência no platô de uma crosta continental afinada, contudo ainda relativamente espessa. A Bacia da Paraíba se apresenta bastante uniforme, com Te em torno de 15 km, e possui uma crosta inferior relativamente densa, que foi interpretada como uma modificação por underplating magmático relacionado com o magmatismo cenozóico. A segmentação da Bacia Potiguar em três partes é corroborada pelas estimativas de Te: Rifte Potiguar (Te ≅ 5 km), Plataforma de Aracati (Te ≅ 25 km) e Plataforma de Touros (Te ≅ 10 km). A fragilidade da litosfera na região do Rifte Potiguar está associada com fluxo térmico atual alto, e a resistência relativamente maior da Plataforma de Touros pode ser devida a uma crosta arqueana. A margem da Bacia do Ceará, no trecho das sub-bacias Mundaú e Icaraí, possui anomalia ar-livre uniforme, com Te entre 10 e 15 km. A análise da admitância Bouguer revelou que a condição isostática da PB é compatível com um modelo em que ocorrem carregamentos combinados na superfície e na base da crosta, com a carga da base 15 vezes maior que a do topo. Em adição, a PB possui uma crosta inferior anormalmente densa. Estas afirmações são especialmente adequadas para a parte norte da PB porque aí a aderência dos dados observados ao modelo é maior. Para o mesmo modelo isostático e usando a função coerência, estimou-se que a Te da PB deve ser inferior a 60 km, embora sua porção norte tenha Te de apenas 20 km. A inversão de espessura de crosta, usando o modelo isostático com carga apenas na superfície, indicou que existem na PB duas regiões de espessamento: uma abaixo do Planalto da Borborema (de origem cenozóica) e a outra no Domínio Ceará, sob o arco magmático de Santa Quitéria (vestigial do Pré-cambriano). Por outro lado, ocorre um afinamento ao longo do Trend Cariri-Potiguar, que representa o registro no interior do continente de um rifteamento cretáceo abortado. A interpretação das anomalias ar-livre de fontes oceânicas levou à proposição de que ocorreu um volumoso magmatismo na área oceânica adjacente à PB, ao contrário da área continental, como indicam as informações de geologia de superfície. A PB apresenta uma expressiva anomalia positiva de geóide, com correlação espacial com o Planalto da Borborema e o Alinhamento Macau-Queimadas. A integração de dados de tomografia de ondas superficiais e de anomalias residuais de geóide permitiu interpretar que uma convecção em pequena escala (Edge Driven Convection-EDC), gerada na interface entre a raiz da litosfera continental fria e o manto quente da área oceânica, pode ter sido a causa do magmatismo cenozóico. O mecanismo de EDC teria causado o arrasto do manto litosférico continental frio para dentro do manto astenosférico quente, ocasionando assim contraste positivo de densidade, que seria uma componente importante da origem da anomalia de geóide. A compatibilidade dos dados gravimétricos da PB com o modelo isostático que combina carregamentos no topo e na base da crosta, e a correlação temporal entre o magmatismo cenozóico e o soerguimento do planalto, permite propor que o soerguimento deste ocorreu por causa do empuxo provocado pela raiz da crosta, produzida por um underplating magmático no CenozóicoTese Caracterização tectono-estratigráfica da sequência transicional na sub-bacia de Sergipe(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-26) Cruz, Liliane Rabêlo; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Córdoba, Valéria Centurlon; ; http://lattes.cnpq.br/8212523609187259; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/2059175738186545; Antunes, Alex Francisco; ; http://lattes.cnpq.br/1519973126832391; Scherer, Claiton Marlon dos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/3488329717814652; Bueno, Gilmar Vital; ; http://lattes.cnpq.br/9431151350510653Esta tese aborda a evolução tectono-estratigráfica da Seqüência Transicional na Subbacia de Sergipe (porção sul da Bacia Sergipe-Alagoas, Nordeste do Brasil), depositada no intervalo que abrange o Alagoas superior. Foram identificadas as suas superfícies limítrofes e seqüências internas, de maior ordem, bem como as estruturas que a afetaram ou controlaram a sua deposição. Essa abordagem integrada teve como objetivo caracterizar o contexto geodinâmico e os processos atuantes durante a deposição desta seqüência e sua relação com os estágios tectônicos reconhecidos na evolução das bacias da Margem Leste Brasileira. O tema da tese remete a uma problemática amplamente discutida na literatura, envolvendo a passagem entre os estágios Rifte e Drifte, a expressão e o significado da discordância de breakup, a relação entre a sedimentação e o tectonismo em ambientes distensionais, bem como os controles dos processos de subsidência neste intervalo de tempo. A análise tectono-estratigráfica da Seqüência Transicional foi realizada com base em seções sísmicas e perfis de poços, distribuídos ao longo da Sub-bacia de Sergipe (SBSE). Foram executadas seções geossísmicas e análise de sismofácies, perfis e seções estratigráficas, que recobrem os principais compartimentos estruturais desta sub-bacia. A partir desses produtos, foram elaborados modelos deposicionais e da evolução tectonoestratigráfica da Seqüência Transicional. A análise estrutural demonstra semelhanças no estilo e cinemática da deformação atuante durante a deposição das seqüências Rifte e Transicional, que apontam para uma continuação dos processos de distensão litosférica ao longo da direção NW (eixo de strain X), até o final do Neo-Aptiano, quando se encerrou a deposição desta última. Os estágios tardios da distensão/rifteamento estariam marcados pela (i) contínua (embora em pulsos) atividade de falhas ao longo da bacia, controlando a criação do espaço de acomodação nas suas imediações e caracterizando o afinamento da crosta superior, e (ii) deposição em estilo sag, quando a Seqüência Transicional é visualizada numa escala mais ampla, refletindo o componente de estiramento e afinamento dúctil de níveis infra e subcrustais, combinado à crescente importância do regime de subsidência térmica. Além da tectônica rifte nos seus incrementos tardios, a Seqüência Transicional também se encontra afetada pela reativação das falhas de borda na SBSE, durante e após a deposição da Formação Riachuelo (porção inferior da Seqüência Marinha Transgressiva, de idade albiana). É possível que essa reativação constitua o reflexo (transmissão de tensões ao longo da margem continental em formação) dos processos de rifteamento ainda ativos mais a norte, entre a Sub-bacia de Alagoas e a Bacia Pernambuco-Paraíba. As camadas evaporíticas da Seqüência Transicional contribuíram para o desenvolvimento de estruturas pós-rifte, relacionadas à halocinese e ao colapso da margem, as quais perturbam os estratos das seqüências marinhas sobrepostas num intervalo que se estende do Mesoalbiano ao Maastrichtiano, ou mesmo até o Paleógeno. A análise estratigráfica demonstrou a ocorrência de 5 seqüências deposicionais de maior ordem, cuja sucessão vertical indica um aumento progressivo do nível de base, marcado pela deposição dos sistemas siliciclásticos continentais, que passam para sistemas lagunares-evaporíticos e marinhos restritos, indicando que a Seqüência Transicional foi depositada num flanco de subida relativa do nível eustático. Num ciclo de 2ª ordem, essa seqüência pode representar a deposição inicial de um Trato de Sistemas Transgressivo, cuja passagem para a Seqüência Marinha Transgressiva também estaria marcada por um afogamento dos sistemas deposicionais. Num ciclo de 3ª ordem, a passagem entre estas seqüências é balizada por uma discordância restrita que lateralmente passa a uma concordância correlativa, mais abrangente. Esta passagem corresponde à discordância de breakup , equivalente à Discordância Pré-Albiano na SBSE, e contrasta com a maior expressão da Discordância Pré-Alagoas superior, esta última na base da Seqüência Transicional e alternativamente referida, na literatura, como a discordância de breakup. Nesta Tese, é adotado o conceito de que a Discordância Pré-Albiano seria o marco da mudança de contexto deposicional e do ambiente tectônico (Rifte-Drifte) na SBSE, com superfícies equivalentes mas também diácronas, em outras bacias da Margem Atlântica. A Discordância Pré-Alagoas superior teria se formado em resposta à subida da astenosfera (aquecimento sob altas taxas de distensão litosférica) e pós-data o último pulso importante de falhamentos (a ela sotopostos) e erosão de blocos. Acima dela, o número de falhas ativas e o seu rejeito decresceram significativamente. Em águas profundas a ultraprofundas, os seaward-dipping reflectors (SDRs) são capeados em discordância pelos horizontes sísmicos correlatos à Seqüência Transicional. Essas rochas vulcânicas foram (pelo menos parcialmente) alojadas sobre crosta continental, sendo tentativamente atribuídas à fusão do manto astenosférico em processo de subida e descompressão adiabática. Embora seja uma feição muito importante na SBSE (e possivelmente, em outras bacias), a Discordância Pré-Alagoas superior não delimita o final do processo de distensão litosférica e o início de criação de assoalho oceânico, haja vista as evidências de estruturas distensionais de escala (pelo menos) crustal, que afetam a Seqüência Transicional. Considerando todo esse contexto, a deposição da Seqüência Transicional é melhor posicionada no intervalo tardio do Estágio Rifte, com a entrada de um mar epicontinental sobre o segmento de crosta ainda em processo de distensão. Ao longo deste segmento, a sedimentação estaria então controlada pela combinação de subsidência térmica e mecânica. Em seqüência, o início de criação de litosfera oceânica conduziu ao declínio do componente de subsidência mecânica, a distensão foi transferida para a cadeia mesoceânica e a margem continental em formação (e a correspondente Seqüência Marinha) passou a ser controlada exclusivamente pelo componente de subsidência térmica. Conceitos clássicos, dados multidisciplinares e novos modelos arquiteturais e de evolução da crosta podem ser reconciliados e melhor compreendidos sob as linhas discutidas