Navegando por Autor "Valle, Carlos Guilherme Octaviano do"
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Tese Águas e movimentos: mulheres indígenas, meio ambiente e organização política no contexto do território indígena Mendonça(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-26) Lewitzki, Taisa; Vieira, José Glebson; https://orcid.org/0000-0002-5546-1846; http://lattes.cnpq.br/0513632032515079; https://orcid.org/0000-0002-5098-6598; http://lattes.cnpq.br/0538615422731487; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Borba, Carolina dos Anjos de; Vázquez, José Antonio Cortés; Silveira, Pedro Castelo Branco; Neves, Rita de Cassia MariaA tese versa sobre mulheres indígenas, meio ambiente e organização política, no contexto dos povos indígenas do Estado Rio Grande do Norte (RN), no que se refere a formas de percepção, relação, conflitos e demandas pela água, a partir do estudo etnográfico no Território Mendonça na paisagem do semiárido. A partir das narrativas, conhecimentos, práticas, vivências e experiências das mulheres indígenas, ao longo de movimentações entre fontes de águas, lugares, comunidades, territórios e espaços organizativos, o estudo apresenta as relações hidrossociais a partir da perspectiva do movimento cotidiano e do engajamento territorial. Dessa forma, conceitos e categorias como água, escassez, terra, território, paisagem, paisagem hídrica, desigualdade hídrica e injustiça hídrica são instrumentos para apreender as relações movidas pela presença e ausência de águas. Ao longo do texto, destacam-se as relações hidrossociais agenciadas pela água-terra, água-lugares, água-Estado e água-território, sendo a água-mulheres transversal e complementar, porque apresenta engajamentos e formas de resistência das mulheres na manutenção da vida. Por fim, a noção de furo é apontada como possibilidade para compreender as resistências territorializadas, concepções de terra e as temporalidades da paisagem, que implicam autonomia dos indígenas sobre os projetos de futuro para o Território Mendonça.Artigo Apropriações, conflitos e negociações de gênero, classe e sorologia: etnografando situações e performances no mundo social do HIV/AIDS (Rio de Janeiro)(2008) Valle, Carlos Guilherme Octaviano doDissertação Ativismo Vegano em Natal: uma etnografia de mobilização política, alimentação ética e identidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-10-01) Vilela, Diego Breno Leal; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; ; http://lattes.cnpq.br/9257703953089175; Coradini, Lisabete; ; http://lattes.cnpq.br/3559843462349247; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Silva, Guilherme José da; ; http://lattes.cnpq.br/9806862393456180Esta pesquisa tem por interlocutores grupos de veganos na cidade de Natal, embora também se reporte a outros contextos de pesquisa como nas cidades de Recife (Pernambuco) e Campina Grande (Paraíba). Movidos por princípios éticos baseados nos direitos animais, os veganos se recusam a consumir todo e qualquer produto de origem animal. Na medida em que os hábitos de consumo podem ser tomados como poderosos elementos de identificação, a relação entre consumo, alimentação, identidade e política constitui uma chave analítica importante no desenvolvimento deste trabalho. A questão teórica que se persegue no presente trabalho, é saber como o discurso vegano (de caráter abolicionista) ganha forma e se materializa em ações, manifestações e mobilização política. Para tanto, me proponho a construir uma etnografia das atividades que esses sujeitos realizaram coletivamente, tanto as de caráter mais lúdico como a realização de piqueniques, quanto aquelas de caráter reivindicatório como são as manifestações políticas em locais públicos.Artigo Biosocial Activism, Identities and Citizenship: Making up ‘people living with HIV and AIDS’ in Brazil(2015) Valle, Carlos Guilherme Octaviano doThis article discusses how Brazilian AIDS activism has emerged and been reconfigured over the last 25 years. I analyze how societal forms were created and particular problems emerged in a specific context affected by the AIDS epidemic. Based on ethnographic research in concrete contexts in Brazil, I follow the ways by which people have united around various ideas and practices related to life, health and illness, morality and politics. People affected by the epidemic were engaged in sociality, identity formation and the definition of a wide range of health, political and judicial demands, which take a particular biosocial activism as their main form of collective mobilization. My main aim is to reflect, therefore, on the formation of particular biosocial worlds, socialities, collectivities and identities related to specific modes of subjectification surrounding life and death, biomedicine and biotechnologies, politics and citizenship.Tese Botando corpo (re)fazendo gêneros: uma pesquisa etnográfica sobre travestis e drag queens(2009-04-23) Damásio, Anne Christine; ; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; ; http://lattes.cnpq.br/7593999311239343; Lopes Júnior, Orivaldo Pimentel; ; http://lattes.cnpq.br/7945742180527825; Lopes Júnior, Edmilson; ; http://lattes.cnpq.br/7706483469232827; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Russo, Glaucia Helena Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/4354258494126959; Leite, Ivonaldo Neres; ; http://lattes.cnpq.br/9619259499897850Apresento uma discussão sobre a fabricação do feminino nos corpos das travestis e drag queens, com vistas a compreender como as mudanças corporais empreendidas se relacionam com a construção das expressões de gênero. Tentando articular as reflexões acerca das relações de gênero e toda uma série de apropriações/atualizações do referido conceito, informada por um olhar etnográfico centrado nos grupos mencionados. Aponto os corpos construídos, como o lugar para onde converge as minhas inquietações, por serem portados como a principal marca identitária dos sujeitos assim construí o texto em questão a partir dessas pequenas histórias etnográficas que me foram reveladas, sobre esses sujeitos e seus corpos, esses sujeitos em seus corpos.Dissertação A Cena Black Rio: circulação de discos e identidade negra(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-10-02) Braga, André Garcia; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058; ; http://lattes.cnpq.br/0106350675978757; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Sautchuk, João Miguel; ; Assunção, Luiz Carvalho de; ; http://lattes.cnpq.br/6232503538224768O presente trabalho pretende, a partir da análise da circulação de discos de vinil em uma determinada situação histórica, produzir uma interpretação da formação e desenvolvimento do fenômeno sociocultural conhecido como cena Black Rio, ocorrido no Rio de Janeiro na década de 70 do século XX. Trata-se também de mapear o campo artístico e de consumo em ação na cena, inserindo-o em um contexto mais amplo de circulação de cultura caracterizado no conceito que Paul Gilroy (2012) nomeia de Atlântico negro. Ao inserir a Black Rio ao Atlântico negro, a pesquisa permitiu, desta maneira, a possibilidade de investigação da formação de identidades locais a partir de referenciais estrangeiros ou globais, e dos estilos de vida decorrentes deste processo de ressignificação e trocas culturais. Em um segundo momento, faz-se um esforço para se entender a identidade racial e a sua conexão com a dimensão política do contexto dos bailes e da cena Black Rio. Utilizando-se para tanto dos trabalhos de Hall, Giacomini e Sansone, que orbitam em torno dos conceitos de raça, etnicidade e identidade, planejase, no limite, refletir sobre a seguinte questão: o quão negra (ou black) foi (ou é) a cena Black Rio?Artigo Compreendendo a dança do Torém: visões de folclore, ritual e tradição entre os Tremembé do Ceará(2005) Valle, Carlos Guilherme Octaviano doDissertação A construção jurídica e local da verdade real pelo juiz: oralidade, documentalidade e sintetismo em um Juizado Especial Cível(2016-05-19) Macêdo, Lucas Rocha de; Melo, Juliana Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/4328813707663376; ; http://lattes.cnpq.br/1009360578086775; Baptista, Barbara Gomes Lupetti; ; http://lattes.cnpq.br/6684240224402695; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Neves, Rita de Cássia Maria; ; http://lattes.cnpq.br/9446999089598991O presente trabalho busca compreender como se estabelece o processo judicial e de que modo a busca pela verdade real (MENDES, 2011), uma verdade absoluta para a situação discutida nos autos, apreendida pelo magistrado. Estudos como os de Regina Mendes (2011), Bárbara Lupetti Baptista (2008; 2012), Cardoso de Oliveira (2010; 2011) e Kant de Lima (2010), firmados no âmbito da Antropologia Jurídica, deixam claro que o jurisdicionado tem papel mitigado no Judiciário; que a ação se pauta em uma lógica conflituosa, e não transacional; e que a sentença é uma decisão imposta unilateralmente pelo magistrado às partes, sendo que estas nem sempre creem que sua demanda foi reconhecida por ele, findando insatisfeitas. Os dados obtidos em um Juizado Especial Cível do Estado do Rio Grande do Norte, neste sentido, parecem demonstrar que o magistrado intenta compreender aquela verdade para, a partir disto, comprimir o número de atos instrutórios e otimizar a produtividade, de modo a dar vazão à grande demanda que lhe é imposta diariamente. Mais ainda, conduz à ideia de que tal verdade é fruto de uma construção in loco, graças às experiências diárias vivenciadas naquele contexto. A partir desta pesquisa empírica, acompanhou-se o trâmite que a lide passa, desde sua elaboração mediante atermação até a sentença de mérito, conduzindo à presunção de que todos os atos procedimentais convergem àquela procura. A principal consequência oriunda disto, finalmente, é a análise de uma metodologia instrutória que, embora pareça ser peculiar, única, termina por refletir as estruturas jurídicas na qual está inserida: as liberdades concedidas, que aparentemente igualam os atores do Judiciário, reiteram as relações de hierarquia entre juízes e servidores; e a aparente possibilidade de maior participação da parte na instrução visa, na verdade, selecionar discursos, conhecê-los e mitigá-los no futuro.Artigo Corpo, doença e biomedicina: uma análise antropológica de práticas corporais e de tratamento entre pessoas com HIV/AIDS(2010) Valle, Carlos Guilherme Octaviano doTese Cosmopolíticas Tuxá: conhecimentos, ritual e educação a partir da autodemarcação de Dzorobabé(2019-10-29) Durazzo, Leandro Marques; Vieira, José Glebson; ; ; Porto, Rozeli Maria; ; Neves, Rita de Cássia Maria; ; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; ; Carvalho, Maria do Rosário Gonçalves de; ; Batista, Mercia Rejane Rangel;Este trabalho busca investigar algumas dinâmicas políticas e de elaboração indígena de conhecimentos entre os Tuxá de Rodelas, intensificadas a partir de seu engajamento no processo de autodemarcação do território de Dzorobabé, em Rodelas-BA. Para os Tuxá, Dzorobabé é considerado território ancestral, tradicional e historicamente relacionado aos índios rodeleiros da região do Submédio São Francisco, antepassados de quem se compreendem descendentes. Ao mesmo tempo que intensifica dinâmicas de organização social e política, a autodemarcação oportuniza aos Tuxá uma reabitação no território considerado cosmologicamente forte, pela presença desses mesmos antepassados – brabios, gentios, mestres encantados. Esta tese apreende certos dinamismos postos em ação quando da autodemarcação, iniciada em 2017, e reflete sobre formas de trato com a ciência tuxá, isto é, seu complexo de práticas e conhecimentos rituais que compõe base para a concepção indígena de mundo, bem como para as políticas e planejamentos educacionais elaborados pelos professores tuxá no âmbito de sua educação escolar indígena. Etnograficamente, buscamos delinear as correlações entre política indígena no processo de reabitação do território com dimensões de entendimento do complexo ritual da ciência e suas práticas político-rituais. Os arranjos políticos – divisões em grupos político-familiares, troncos que compõem atualmente o Conselho Tuxá – apontam modos específicos de relacionamento com o território, quer em sua ocupação material, quer nos relacionamentos imateriais com a dimensão da ciência no lugar. Também evidenciam a multiplicidade de grupos políticos entre os Tuxá de Rodelas, seja na Aldeia Mãe, seja na área urbana da cidade, e que se reorganizam em torno da autodemarcação a fim de que a ocupação do território possibilite novas afirmações políticas e acesso a recursos – representatividade política, acesso à terra, entre outros. Acompanhando os primeiros seis meses (agosto de 2017 a fevereiro de 2018) de autodemarcação, nossa etnografia busca descrever processos de negociação entre distintos grupos político-rituais, atentando para as dimensões materiais e imateriais que a reabitação em Dzorobabé promove. Observamos como a circulação de diferentes grupos político-rituais no território cosmologicamente forte evidencia distintas formas de se acercar dessa força, e estabelecer tratos possíveis com a ciência e com os conhecimentos que a ela se relacionam. No limite, estudamos dois modos de educação indígena que a relação com a ciência favorece: um, que chamamos de pedagogia da mata, elabora relações cosmopolíticas e rituais com os entes encantados e com os conhecimentos que deles advém; outro, acionado sobretudo por professores indígenas, transita por repertórios pedagógicos (indígenas e não-indígenas) em estreita relação com conteúdos aprendidos por meio da ciência, em contextos não-escolares, aí incluídos os rituais. O reforço dos repertórios e das políticas pedagógicas por meio do recurso à ciência permite-nos compreender como, entre outros projetos, vem ocorrendo entre os Tuxá de Rodelas uma tentativa de revitalização linguística baseada em múltiplos documentos e fontes: a própria comunicação com os brabios e mestres encantados – cuja coetaneidade em Dzorobabé estimula – e também textos do período colonial como o catecismo bilíngue em português e Dzubukuá, idioma da família cariri, tronco macro-jê, historicamente falado por povos da região. Ao território ancestral, assim, soma-se a noção de uma língua ancestral que nos permite traçar múltiplos acionamentos de uma territorialidade tuxá que permeia terra (pela autodemarcação), conhecimentos (pelas práticas rituais e pela ciência) e educação escolar (pelo horizonte de fortalecimento étnico e revitalização linguística que o projeto do Dzubukuá assume atualmente).Dissertação O cultivar da legalidade: articulações digitais, políticas e morais para legalização da maconha medicinal em Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-20) Silva, Ioanna Augusta Costa da; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; http://lattes.cnpq.br/0355322512859868; Freitas, Eliane Tânia Martins de; http://lattes.cnpq.br/8202430744079222; Alcântara, Jaina Linhares; Coradini, LisabeteFrente a um cenário brasileiro de aumento e de visibilidade da reivindicação popular pela legalização da maconha para fins terapêuticos, o presente texto cumpre o objetivo de apresentar a pesquisa feita sobre essa mobilização social na cidade de Natal. Com o objetivo de acompanhar essas movimentações, foi monitorado, a partir da observação participante, o grupo de WhatsApp Liga CanábicaRN, bem como eventos, palestras e outras atividades digitais e presenciais, que são espaços voltados para sociabilidade, informação e atuação política relacionadas a temas que envolvem os usos e o consumo da Cannabis spp. Assim, a pesquisa passa por temáticas como consumo, saúde, e cibercultura a fim de compreender o que vem a ser essa rede de articulação — que conta com diversos atores e diversas forças políticas — e visa produzir a visibilidade de seus benefícios e a sua transformação no status legal da planta.Dissertação Deficiência, mobilidade e sociabilidade: um estudo antropológico sobre trajetórias e projetos de vida em Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-11-19) Araújo, Fabiola Taise da Silva; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; Schwade, Elisete; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; Meinerz, Nádia Elisa; http://lattes.cnpq.br/0833029650495523; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; http://lattes.cnpq.br/8718456394925005Este trabalho pretende realizar uma pesquisa antropológica entre pessoas com deficiências em Natal/RN, tendo como objetivo analisar a constituição social da experiência das deficiências (ALVES & RABELO, 1999; MARTINS, 2010). As análises presentes pretendem entender essas experiências ancoradas no “modelo social da deficiência” (DINIZ, 2007). A metodologia utilizada consiste em pesquisa etnográfica, dividida entre observação participante e entrevistas semi-estruturadas, e análise de histórias de vida, no intuito de entender as “trajetórias” e “projetos” (VELHO, 1986; 1994) empreendidos no cotidiano de nossos interlocutores, pessoas com deficiências, frequentadores da Associação de Deficientes Físicos do RN (ADEFERN), e de outras instituições, tais como: UFRN, clube SADEFERN e as Companhias de Dança Contemporânea: Gira Dança e Roda Viva; entre outros espaços e redes sociais. A proposta de investigação desses diversos espaços é entender quais os caminhos traçados por essas pessoas, as interligações existentes entre elas e a construção de suas “interações sociais” (GOFFMAN, 2009), dentro do que chamamos, para fins dessa dissertação, de “campo social das deficiências” (BOURDIEU, 2007), formando um cenário de sociabilidades e possibilidades de atuação na cidade de Natal/RN.Artigo Doença, ativismo biossocial e cidadania terapêutica: a emergência da mobilização de pessoas com HTLV no Brasil(2013) Valle, Carlos Guilherme Octaviano doDissertação Emoções, documentos e subjetivação na construção de transexualidades em João Pessoa/PB(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-10-06) Alexandre, Juliana Ribeiro; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; ; http://lattes.cnpq.br/7918895363398999; Schwade, Elisete; ; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; Moutinho, Laura; ; http://lattes.cnpq.br/9156992025883151; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997Esta pesquisa tem como objetivo compreender de que forma os componentes afetivos envolvidos na relação de transexuais com os documentos constituem modos específicos através dos quais essas pessoas se reconhecem e constroem seus corpos e suas trajetórias, seus projetos de vida e sua relação com os outros. Entendemos que os documentos, sejam os de identificação pessoal sejam os produzidos pelos movimentos sociais, atores jurídicos e da saúde e pelo Estado, são experienciados pelas pessoas trans para além da função administrativa de que são inicialmente pensados, mas também comportam uma série de experiências emocionais que marcam seus processos de subjetivação, na forma como essas pessoas produzem a si mesmas e se projetam no mundo em suas redes de socialidade. Elegemos como campo de pesquisa duas instituições localizadas na cidade de João Pessoa (PB), observando o intenso movimento institucional, político, social em favor dos direitos à transexuais que vem ocorrendo nessa cidade nos últimos anos. Dessa forma, o Centro de Referência dos Direitos dos LGBT e Combate à Homofobia (Espaço LGBT) e o Ambulatório de Saúde de Travestis e Transexuais foram os espaços onde encontramos nossos interlocutores e analisamos suas experiências com os documentos observando dois aspectos centrais: a busca pela alteração de prenome no registro civil e a relação das pessoas trans com os documentos produzidos pelas políticas e serviços de saúde tais como os protocolos, os prontuários, as receitas e os laudos psiquiátricos. Percebemos que, embora haja divergências quanto a percepção que os nossos interlocutores têm sobre a documentação que regulamenta os serviços de saúde, todos relataram experimentar constrangimento nas situações de interação social quando tem quem fazer uso de uma documentação que não está coerente com a performance e “fachada social” que assumem. Além dos relatos de constrangimento, vimos que a argumentação do sofrimento social e do trauma tem embasado as plataformas dos movimentos sociais, das políticas públicas, os processos jurídicos e se convertem em “narrativas de dor”, que apresentam forte potencial micropolítico na demanda por direitos para as “pessoas trans”.Dissertação Enquanto espera: o acolhimento institucional de crianças e adolescentes na Casa de Passagem III. Cuidado, controle ou proteção?(2013-10-07) Correia, Danielma dos Santos; Schwade, Elisete; ; http://lattes.cnpq.br/7195821721383755; ; http://lattes.cnpq.br/3822809040042354; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Porto, Rozeli Maria; ; http://lattes.cnpq.br/2743599189433997; Longhi, Marcia Reis; ; http://lattes.cnpq.br/6213186075424256Diante da pesquisa de campo realizada na Casa de Passagem III, localizada na cidade de Natal/RN com crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional no período de março de 2012 a abril de 2013, foi possível conhecer algumas significações construídas sobre família e acolhimento institucional por parte daqueles que vivenciam e/ou vivenciaram o acolhimento institucional na Casa de Passagem observada. O acolhimento institucional faz parte das formas atuais de proteção legalmente existentes no Brasil aplicadas em caso de violação dos direitos à crianças e adolescentes. Esta forma de intervenção do Estado é feita através de entidades de atendimento a criança e ao adolescente espalhadas por todo o Brasil, que são de acordo com o artigo 90 do ECA e a Lei 12.010 de 03 de agosto de 2009, responsáveis pelo planejamento e execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados as crianças e aos adolescentes. Dentre estas entidades de atendimento existentes na legislação brasileira, as que funcionam em regime de acolhimento institucional, podem ser divididas em três modalidades: Abrigo Institucional para Pequenos Grupos, Casa-lar e Casa de Passagem. O objetivo desta dissertação é pensar este espaço como um lugar produtor e reprodutor de significados sobre o que venha a ser família, acolhimento institucional, cuidado/proteção/controle para as crianças e adolescentes abrigados na Casa de Passagem III.Dissertação Entre acordes e sonoridades: formas de atuação na música independente de Natal/RN(2016-09-06) Santiago, Felipe Inácio; Freitas, Eliane Tânia Martins de; ; ; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; Coradini, Lisabete; ; Janotti Júnior, Jeder Silveira;O presente trabalho tem como objetivo analisar diferentes formas de atuação dos sujeitos da música independente em Natal/RN. A partir de uma pesquisa etnográfica, busco realizar a descrição de algumas das atividades musicais que estão sendo desenvolvidas na cidade, desenvolvendo, assim, reflexões em torno do ser “independente”, discutindo as diferentes implicações que podem ser atribuídas a esta categoria dotada de diferentes problemáticas. Também discorre sobre os processos que envolvem a digitalização musical promovida pelo advento das novas tecnologias no meio musical, percebendo, assim, quais os efeitos inferidos sobre os modos de criação, produção, gravação, divulgação, distribuição e compartilhamento de música através de ferramentas disponíveis pela Internet como redes sociais e serviços de streaming e download musical. Assim, por intermédio das formas como esses mecanismos são acionados pelos interlocutores, descrevo os variados usos feitos por agentes como integrantes de bandas, produtores musicais, técnicos de som, membros de coletivos culturais, entre outras posições que envolvem o fazer musical. Por fim, percorro diferentes espaços musicais da cidade com o intuito de fazer a descrição de alguns eventos que elucidem o “ser independente” em Natal.Artigo Entre índios tremembé e trabalhadores rurais: historicidade, mobilização política e identidades plurais no Ceará(2011) Valle, Carlos Guilherme Octaviano doTese “Estamos vivos e produzindo”: narrativas, práticas e visualidades do fazer quadrinhos em Natal (RN)e João Pessoa (PB)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-13) Brandão, Deyse de Fátima do Amarante; Coradini, Lisabete; http://lattes.cnpq.br/3559843462349247; http://lattes.cnpq.br/9546162245443087; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Lopes, Paulo Victor Leite; http://lattes.cnpq.br/7595515282110283; Azevedo, Aina Guimarães; http://lattes.cnpq.br/7254533350574955; Barbosa Júnior, José Duarte; http://lattes.cnpq.br/6542228199752323; Amorim, Lara Santos de; http://lattes.cnpq.br/2644643105827732Este estudo busca compreender as dinâmicas e práticas do fazer quadrinhos na contemporaneidade, tendo como lócus privilegiado as cenas independentes de produção de quadrinhos em Natal (RN) e em João Pessoa (PB). Sendo as histórias em quadrinhos fruto do desenvolvimento da reprodutibilidade técnica e da imprensa, mencionamos a sua importância como um fenômeno cultural e artístico, para além de um objeto de consumo para as massas. Como resultado de um Ocidente industrializado, os quadrinhos tornaram-se populares em várias sociedades. No Brasil, a sua valorização foi contemplada por certos agentes sociais, como os jovens estudantes universitários que produziam publicações alternativas. Em contextos locais, como Natal e em João Pessoa, as atuações de determinados interlocutores foram de tamanha importância para a construção e manutenção de uma memória e afirmação de uma história local dos quadrinhos. Suas narrativas, colhidas por meio de entrevistas, são situadas em um devir histórico e social, trazendo lembranças e esquecimentos, assim como levantando questões a respeito do trabalhar com desenho, das construções de visualidades, das condições de produção/consumo de quadrinhos e de possíveis arranjos entre experiências e táticas colaborativas. Estas narrativas em um sentido geral demonstram habilidades em contextos locais, negociando projetos individuais com outros campos. Nossa análise seguiu etnografando alguns espaços de circulação de quadrinistas a partir de eventos em que se promove uma cultura dos quadrinhos. Dentre estes espaços, estão quatro eventos etnografados e uma oficina voltada para crianças sobre produção de histórias em quadrinhos, no qual foi possível refletir sobre a experiência perceptiva da linguagem dos quadrinhos em sua ritualização. Por serem produtos da imaginação criadora humana, os quadrinhos também desfrutam de uma poeticidade na construção de mundos ficcionais. Desta maneira, ao reivindicar um caráter antropológico dos quadrinhos, destaco como estes podem ser foco de preocupações antropológicas ao conceberem mundos socioculturais e sistemas de pensamentos. Para tal, aproximo-me da criação artística de dois interlocutores, no qual a categoria medo torna-se central no desenvolvimento de sua narrativa gráfica. Debruçando-me sob as contribuições da Antropologia Visual e da Antropologia das Emoções analiso o enredo de uma história em quadrinho autoral e independente. Por fim, ao realizar um exercício de olhar antropológico em diferentes contextos no qual se situam os interlocutores desta pesquisa, compreende-se que a prática do fazer quadrinhos é uma forma viva de potencializar suas existências nos mundos da arte, ao explorar as interdependências com as lógicas de mercado e com as lógicas institucionais.Dissertação Etnografando repertórios políticos no Congresso Nacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-10-05) Fonsêca, Lígia de França Carvalho; Pereira, Edmundo Marcelo Mendes; http://lattes.cnpq.br/6628113763709058; http://lattes.cnpq.br/8435733694614618; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; Neves, Rita de Cassia Maria; Lopes Júnior, Edmilson; Corrêa, José Gabriel Silveira; Sprandel, Marcia AnitaThis study aims to present and discuss about research efforts in a public space - Nacional Congress of Brazil - focusing on elocution situations where parliamentarians have demonstrated concepts that challenge politically and publicly groups and themes that have traditionally occupied the areas of activity and reflection of anthropology. The focus lies on discussions that took place in the most institutional political space, when approachs to subject-matters like agribusiness, populations and indigenous territories and anthropology, in order to understand, in a wider social scene, the conditions of project productions in debate and classification schemes in dispute over indigenous populations and the use of their territories. In this context, the interest of this work focused on ethnography two public hearings that took place in the Standing Commission entitled Agriculture, Livestock, Supply and Rural Development of the Chamber of Deputies in the capital of Brazil, as a privileged locus, to reflect about the structure of repertories and discursive performances in this political space, involving pontual themes in heteroglossia contexts.Dissertação Eu tenho os meus direitos: análise de audiências de conciliação em um JECRIM de Natal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-02-27) Moura, Jairo de Souza; Melo, Juliana Gonçalves; ; http://lattes.cnpq.br/4328813707663376; ; http://lattes.cnpq.br/2700515662649131; Valle, Carlos Guilherme Octaviano do; ; http://lattes.cnpq.br/7578005376543804; Neves, Rita de Cássia Maria; ; http://lattes.cnpq.br/9446999089598991; Schritzmeyer, Ana Lúcia Pastore; ; http://lattes.cnpq.br/4614382386818949A pesquisa tem como propósito analisar, no âmbito da Antropologia do Direito, os processos de constituição no Brasil dos Juizados Especiais Criminais-JECRIMs e visa a discutir, a partir da realização de trabalho etnográfico, a relação entre as formas e dinâmicas de distribuição de Justiça no Brasil e no âmbito local. Para tanto, realizouse etnografia em um JECRIM da cidade de Natal, analisando peculiaridades advindas dos esforços da juíza coordenadora e dos outros atores do Judiciário para trazer à realidade as propostas da Lei 9.099/95. A etnografia também possibilitou a análise das interações entre os atores do Judiciário e os jurisdicionados, acompanhados ou não de advogados particulares. O arcabouço teórico contou com temas diversos, abrangendo processos de judicialização de conflitos, análise de performance e de representações, e relações entre direito, moralidade, sentimento e ritual. Busca-se uma leitura crítica do atual estágio das conciliações e das mediações, levando em consideração o parâmetro legal e bibliográfico sobre o assunto. Ao fim, é traçada uma linha geral da atuação estatal na administração de conflitos, revelando algumas aporias e contradições de processos voluntários feitos obrigatórios pelo Estado-Punidor.
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