Navegando por Autor "Urbano, Rhuama Martins"
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TCC Revisão sistemática da literatura sobre germinação de sementes em Myrtaceae Neotropical(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-13) Urbano, Rhuama Martins; Staggemeier, Vanessa Graziele; https://orcid.org/0000-0003-4911-9574; http://lattes.cnpq.br/4357034543526737; https://lattes.cnpq.br/2858306104334625; Ger, Kemal Ali; http://lattes.cnpq.br/0949406269847477; Rodrigues, Guilherme de Almeida Garcia; https://orcid.org/0000-0002-8278-3082; http://lattes.cnpq.br/4194857941554477Estudos sobre a fase inicial de vida das plantas são essenciais para compreender os requisitos de sobrevivência e estabelecimento da flora. Em ambientes megadiversos como o Neotrópico, é esperado que exista uma ampla diversidade de estratégias de germinação das plantas. Myrtaceae é uma das famílias botânicas com grande riqueza de espécies nesta região, onde possui cerca de 2500 espécies. Essa família apresenta ampla variação morfológica, variando o tamanho do fruto, a sua coloração, o tipo de embrião e a quantidade de sementes. Os frutos de Myrtaceae são uma importante fonte de alimento para os animais, devido a sua disponibilidade ao longo do ano. Além disso, muitas espécies como a goiaba, pitanga e jabuticaba, tem valor socioeconômico. Apesar do grau de relevância dessa família botânica, há poucos estudos sobre a germinação de muitas espécies. Por essa razão, fizemos uma revisão sistemática da literatura sobre germinação de sementes em Myrtaceae Neotropical utilizando três repositórios online: Web of Science, Scopus e Scielo Brasil. O objetivo foi descrever o que sabemos sobre essa fase inicial de vida das sementes em Myrtaceae e sintetizar este conhecimento para direcionar pesquisas futuras no tema. Como resultado de busca, 9.758 publicações únicas foram encontradas e após a triagem de pertinência ao tema, 151 estudos atenderam aos critérios de inclusão. Esses estudos avaliaram a germinação de 17 gêneros e 64 espécies, sendo Eugenia o gênero mais estudado. Encontramos uma tendência espacial de elevada concentração de estudos no Brasil onde ocorreram 120 trabalhos (79,5%), especialmente nas regiões sul e sudeste. Os objetivos de estudo mais frequentes foram testar a germinação em diferentes temperaturas (36 estudos), testar o efeito do tipo de armazenamento para a germinação (32 estudos) e testes de tolerância à dessecação ou ao método de secagem de sementes (30 estudos). A espécie Campomanesia adamantium foi a mais estudada nos dois objetivos mais frequentes, citada por sete e quatro estudos, respectivamente. Os critérios de germinação adotados pelos autores variaram, contudo, a protrusão da radícula foi a mais usada (45,3% dos estudos). A maioria dos experimentos (81,5%) foram conduzidos em laboratório. O substrato mais utilizado foi o papel (59,6% dos estudos) e a temperatura mais frequente foi de 25°C (57,6%). Um total de 150 publicações informaram a porcentagem de germinação das sementes, pouco mais da metade dos estudos apresentaram dados sobre índice de velocidade de germinação, menos da metade dos estudos apresentaram o teor de água e tempo médio de germinação, variáveis importantes para o conhecimento sobre o comportamento germinativo de espécies vegetais. São necessários mais esforços de pesquisa sobre a germinação de Myrtaceae a fim de que esses estudos possam contribuir com estratégias para restauração ecológica. A falta de congruência metodológica entre as pesquisas inviabiliza a execução de uma meta-análise dos dados já publicados, o que reforça a necessidade de elaboração de um protocolo consistente para germinação de sementes em Myrtaceae.