Navegando por Autor "Trindade, Ivaldo Rodrigues da"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Estudo geoquímico e geocronológico Rb-Sr e Sm-Nd em zonas de cisalhamento mineralizadas em ouro e suas relações com as rochas encaixantes e geocronológico Sm-Nd em mineralizações de scheelita na faixa Seridó(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2000-05-31) Trindade, Ivaldo Rodrigues da; Sa, Jaziel Martins; ; http://lattes.cnpq.br/2772507532078148; ; http://lattes.cnpq.br/5157012447833693; Macedo, Maria Helena de Freitas; ; http://lattes.cnpq.br/8748253704840703As mineralizações estudadas estão inseridas na Faixa de dobramento Seridó. A scheelitífera de Brejuí está hospedada em rochas calciossilicáticas da Formação Jucurutu. A mineralização aurífera de São Francisco tem como hospedeiros micaxistos da Formação Seridó, enquanto que as mineralizações de Ponta da Serra e da Fazenda Simpático estão hospedadas em ortognaisses do embasamento desta faixa de dobramentos. Grande parte das mineralizações de ouro estão associadas à zonas de cisalhamento que funcionam como conduto para a circulação de um grande volume de fluidos, que interagem com as rochas hospedeiras provocando lixiviação ou precipitação de elementos químicos, incluindo o ouro. Estas foram algumas das principais características observadas nas mineralizações aqui estudadas. A pesquisa realizada nas mineralizações de ouro teve a finalidade de integrar os dados do comportamento de elementos químicos durante o evento cisalhamento/mineralizante, e sua influência nos sistemas isotópicos Rb-Sr e Sm-Nd. Os estudos de mobilidade química mostraram que os elementos, que durante o cisalhamento, de uma forma geral apresentaram um coportamento imóvel, foram o AI, Ti e Zr. Dentre os elementos que foram mobilizados durante o evento, o K e o Rb mostraram ganho de massa em todas as faixas de rochas transformadas, enquanto que os elementos Ca, Na e o Sr normalmente perderam massa. Os elementos Sm e Nd na mineralização de São Francisco se comportaram como imóveis e em Ponta da Serra e Fazenda Simpático perderam massa. Os estudos petrográficos mostraram que os minerais biotita e plagioclásio, em todas as mineralizações estudadas, tiveram papel importante nas reações química ocorridas nas rochas transformadas para a geração de muscovita, cordierita e silimanita, justificando a entrada do K para formação da muscovita e da liberação de Na e Ca do plagioclásio para a fase fluida. Na mineralização aurífera de São Francisco, os resultados das análises isotópicas de Rb e Sr, forneceram idades de 645 ± 19 Ma e de 596 ± 17 Ma com amostras das rochas originais e transformadas juntas. Duas idades, 569 ± 20 Ma e 554 ± 19 Ma foram obtidas com as amostras do domínio das rochas transformadas. Estas idades são sugestivas de que houve dois pulsos metamórficos durante a instalação da zona de cisalhamento mineralizada. Os dados Sm-Nd forneceram idades TDM de 1,31 Ga e de 1,26 Ga com 3Nd (0,6 Ga) de -0,26 e -0,40 respectivamente para a rocha original e transformada final. Para os ortognaisses do Complexo Caicó, caso da mineralização de Ponta da Serra e da Fazenda Simpático, os dados Rb-Sr não forneceram idades com significado geológico. Na mineralização de Ponta da Serra, os dados isotópicos Sm-Nd forneceram idades T DM de 2,56 Ga e 2,63 Ga para as rochas originais e de 2,71 Ga para a rocha cisalhada, mineralízada e valores de 3Nd (2,0 Ga) entre -3,70 e -5,42 para rocha original e cisalhada respectivamente. Na Fazenda Simpático os dados de Sm-Nd forneceram as idades T DM ficaram entre 2,65 e 2,69 Ga com valores de 3Nd (2,0 Ga) entre -5,25 e -5,52. Quanto aos dados Sm-Nd as idades T DM podem ser admitidas como a idade de extração do magma parental formador dos protólítos dos ortognaisses das mineralizações Ponta da Serra e da Fazenda Simpático. Os valores de 3Nd baixos e negativos sugerem uma fonte crustal, ou a participação de duas fontes (mantocrosta) . Os estudos de mobilidade química mostraram que nas mineralizações hospedadas no embasamento, o Rb ganhou massa enquanto o Sr perdeu massa e tanto o Sm quanto o Nd, foram fortemente mobilizados. As razões Sm/Nd entretanto se mantiveram constantes, confirmando o caráter isoquímico destes elementos. Nas mineralizações do embasamento, idades pelo método Rb-Sr são desprovidas de significado geológico, em função da abertura parcial do sistema isotópico durante as transformações tectonometamórficas. Na mineralização scheelitífera foi realizado um estudo geocronológico Sm-Nd com o intuito de se obter as idades das paragêneses formadas durante os eventos hidrotermais sofridos pelas rochas calciossilicáticas mineralizadas. O diagrama Sm-Nd construído com os dados de rocha total e paragênese de alta temperatura (granada, diopsídio e hornblenda ferropargasítica) forneceu uma idade de 631 ± 24 Ma, e com os dados de rocha total e paragênese de baixa temperatura (vesuvianita, epidoto e calcita), foi obtida uma idade de 537 ± 107 Ma. Estas idades associadas com as observações petrográficas sugerem que houve um lapso de tempo entre os eventos hidrotermais responsáveis pelas formações das paragêneses de alta e de baixa temperatura nas rochas calciossilicáticas mineralizadas em scheelita