Navegando por Autor "Souza, Karolyny Alves Teixeira de"
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Dissertação Um baque pela ancestralidade: nação zamberacatu, pertencimento e construção de um Egbé (comunidade) Afro-Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-29) Souza, Karolyny Alves Teixeira de; Assunção, Luiz Carvalho de; https://orcid.org/0000-0002-0718-0492; http://lattes.cnpq.br/6232503538224768; http://lattes.cnpq.br/8386486755434162; Alves, Maria Lucia Bastos; https://orcid.org/0000-0002-1883-0139; http://lattes.cnpq.br/1719643619018288; Silva, Bruno Goulart MachadoEste trabalho busca dialogar sobre o Maracatu Nação como uma manifestação cultural de luta e resistência. Ser uma nação de maracatu significa ter estreita relação com a ancestralidade cultuada nas religiões de matriz afro-brasileira. Nesse sentido, utilizo de elementos da cosmovisão africana (OLIVEIRA, 2020) para desenhar caminhos de pertencimento da Nação Zamberacatu aos povos de terreiros, construindo assim um Egbé, uma sociedade afro-potiguar. Entendendo que nessa construção estão envolvidos aspectos religiosos, culturais e políticos, este trabalho procura estudar as relações que, desenvolvidas no contexto da manifestação, desencadeiam processos significativos para dialogar sobre a tradição na contemporaneidade, a construção de uma identidade negra e os significados de um matriarcado dentro de um maracatu nação, pensando-o como elemento central para a compreensão e culto da ancestralidade. Os procedimentos metodológicos estão dispostos de maneira que a escolha dos autores e da metodologia visa demarcar território de pertencimento social e dar voz a intelectuais racializados. Utilizo, desse modo, como estratégia uma escrita sobre a população negra que parta dela mesma nos moldes da pesquisa afrodescendente (CUNHA JUNIOR, 2013), tendo a escrevivência (EVARISTO, 2017) como maneira de assumir o lugar do ser que brinca e escreve, é pesquisadora e pesquisada. Utilizo igualmente a valoração da palavra falada, a oralidade, como elemento que faz nascer a escrita (A. HAMPATÉ BÁ, 2010) e a observação atrelada à perspectiva do ser afetado (FAVRET-SAADA, 1990), no sentido de construir um texto que se aproxima da escrita experimental (FLEISCHER,2018), com fluidez e que evoca horizontes.TCC “Onde estão as meninas para brincar com a gente?” uma análise da cultura popular como ferramenta de emancipação humana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018) Souza, Karolyny Alves Teixeira de; Madureira, Antoinette de Brito; Madureira, Antoinette de Brito; Assunção, Luiz Carvalho de; Coutinho, Karyne DiasCompartilho aqui o relato de experiência no Programa de Extensão Trilhas Potiguares vivenciada nos municípios de Taipú e Jardim de Angicos, localizados no interior do Rio Grande do Norte. Por se caracterizar como um projeto onde se busca a interação entre universidade e comunidade, numa relação de troca e reconhecimento de múltiplos saberes, priorizando o respeito à cultura, as tradições locais e ao saber popular, pensei em desenvolver atividades que dialogassem com a esfera do corporal e do sensível. Na perspectiva de vivenciar a cultura popular, seus saberes e tradições, redescobrir e se identificar, foram vivenciadas oficinas de confecção de instrumentos percussivos a partir de materiais reutilizáveis, xilogravura, capoeira, coco de roda, filtro dos sonhos e arte pela cidade, que foram permeados pelo fundamento da sabedoria de mestras e mestres da cultura popular, relacionada a proposta metodológica do Jogo da Construção Poética (Machado, 2017) e dos fundamentos da Educação Popular desenvolvidos por Paulo Freire(1987). O coco de roda é aqui considerado como a brincadeira que perpassa por toda essa vivência, que nos conecta à cultura popular e dá formas a essas experiências. As análises que dela resultam são fundamentadas nos diálogos sobre liberdade e emancipação a partir da perspectiva das mulheres negras,observando as intersecções entre raça, classe e gênero (DAVIS, A. 1997)para pensar a relação com as meninas, que juntas construímos uma ciranda de confiança, onde despertamos sentidos corporais, descobrimos afinidades e (des)construímos perspectivas da vida social, a partir da observação das relações sociais e patriarcais de gênero.Desse modo, acreditamos que esse trabalho tem importância por fazer emergir raízes históricas e trabalhar aspectos culturais de maneira lúdica e participativa, levando em consideração o saber do outro envolvido na ação, fortalecendo assim a cultura popular e o respeito às diferenças. Contribuindo para a compreensão da mulher negra como um ser autônomo e capaz de construir sua própria história.